terça-feira, 23 de março de 2010

O convento - página dezenove.


A vila de pescadores estava prosperando quando chegou alguns estrangeiros ferozes,alguns da vila morreramdurante uma luta sangrenta,ali ficamos nós cuidando dos feridos,tudo por causa das terras ricas em ouro...
A vida tomou seu rumo,continuávamos ali,orando por dias melhores,algumas irmãs de Maria continuavam coma gente,até algumas viúvas se juntavam a nós... erguemos o nosso convento,mas não os chamamos assim...apenas a Casa de Maria.
O tempo foi passando e nossos trabalhos se intensificaram,criando uma grande corrente de amor,algumas passaram a peregrinaçãoe não voltavam...outras traziam consigo mais irmãs de Maria.
A maioria das irmãs de Maria,eram viúvas,filhas abandonadas e até mesmo algumas mulheres sofredoras que antes foram prostitutas...ali era bem diferente do convento que vivíamos na Itália,ali era realmente o nosso lar.
Irmã Benígna se tornara uma santa,era reverenciada por muitas pessoas,ela fora uma santa em vida e agora uma alma angelical que nos visitara sempre.
Seu espírito nos aconselhou nada falar sobre seus milagres naquelas terras,pois era tão boa que semprefalara assim comoCristo:" A fé cura todo mal que possa nos envolver,é preciso crer."
Uma de nossas Irmãs,que possuia um dom especial,escreveu uma linda oração de nossa Irmã Benígna:

Meus irmãos queridos!!!
Nada pode ferir um coração com fé.
Peçam a Deus calma e resignação.
Os corações precisam estar livres dos pecados.
Peçam perdão a vós mesmos e terão paz.
Pratiquem o bem.
Agradeçam os dias de amor e os dias de aflição.
Aprendam a orar com o coração.
E serão felizes com a paz em Cristo.

Recebíamos mensagens divinas vindas de nossa Irmã.Mas nada poderíamos falar a não ser entre nós,pois poderíamos ser presas por bruxaria ou algo assim.
Numa tarde recebemos uma visita um tanto estranha,um padre nos veio e os hospedamos por alguns dias, ali ficou até quando pode,nos ensinou a catequizar os índios,mas para nós era preciso respeitar suas crenças,assim que ele se foi... continuamos a tratar todos com ainda mais igualdade, dentro de nossas possibilidades.

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