segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Impulsividade!!!

  


Os meus olhos estavam fixos, estava tão fascinada como se eu estivesse vivendo isso pela primeira vez.

Eu abaixei a cabeça tímida e sem voz, era a primeira vez que eu estava sem palavras diante dele.

E de repente, um silêncio tomou conta de mim, eu não sabia o que dizer, eu estava ali, sem a menor vontade de falar alguma coisa.


Às vezes eu me pergunto por quais as razões que me vejo sempre paralisada diante de sentimos tão fortes e muitas vezes conflitantes, e me recordo das inúmeras mudanças precisei viver para entender que tudo passa por nós como um sopro, uma brisa leve, e quando há tempestades, as emoções sempre são as mesmas que nos derrubam ao chão, são as mesmas emoções e sentimentos que ainda me descuido e se tornam incontroláveis.

Sempre estamos buscando razões para tudo , e não me admira que algumas razões são simples de perceber, embora outras são profundas e nos trás uma certa melancolia, mas a verdade, é que o autocontrole é um atributo dos sábios e que a paciência e resignação são virtudes de grandes conhecedores de si mesmos.

Não é fácil listas uma série de sentimentos dos quais não conseguimos controlar, então eu, corajosamente me encontrei diante de uma lista , eu sempre me olho diante do espelho, inspiro e respiro mas as emoções e sentimentos continuam ali, dentro de mim, esperando uma reação mais racional , e eu numa imaturidade predominante reconheço que eu preciso aprender muito.

Quando agimos com impulsividade, é natural que essas emoções estejam a flor da pele, mas como controlar a impulsividade? Quando sabemos que estamos sendo impulsivos?

A impulsividade é retratada como um comportamento imediato, sem pensarmos bem sobre a consequência de determinados atos munidos de emoções e pensamentos exacerbados.

Reconhecendo -nos como impulsivos e depois provocar um grande silêncio, só assim a serenidade passa a pré-existir em nós.

Não é um exercício fácil, para falar a verdade, é um dos mais difíceis, listar o que sentimos pode parecer fácil ,definir e resignificá-los são basicamente tarefas constantes,  enfim, o autoconhecimento é importante quando estamos dispostos a vivenciá-lo, o contrário estaremos enganando a nós mesmos.

Importante lembrar que quando tiramos essas máscaras que nos assombram damos "!de cara" com quem somos de verdade e ter medo de encararmos a nós mesmos, é natural, mas nunca poderá ser uma ferramenta negativa para a nossa recém- descoberta de nós mesmos.

Emoções e sentimentos podem nos paralisar quando desconhecemos uma maneira de lidar com eles, mas com o tempo aprendemos o que fazer com todos eles e definir quais são os benéficos e os maléficos, e no fim, a gente amadurece, e fim do drama existencial.

Alguns dos grandes sábios da humanidade criaram teorias, nos aconselharam e alguns até nos dão receitas para aprendermos a lidarmos com tantas palavras que povoam a nossa mente definindo-os  como sentimentos e emoções , as nossas reações é que nos afetam , portanto, listar o que sentimos é basicamente a primeira lição para nosso autoconhecimento.

Para que vivamos num mundo mais tranquilo, é preciso olharmos para nós mesmos e provocar a nossa própria mudança, olhar o mundo com diferentes olhares nos tornam mais sábios e nada mais belo do que essa linda caridade para com todos nós.

sábado, 9 de setembro de 2023

As nossas ancestrais!!!

 


Quem foram as mulheres que nos construíram?

Sim outras mulheres nos inspiram, nos fortalecem e nos constrói, são as nossas mães, irmãs, filhas, avós, bisavós, milhares de mulheres formam as nossas forças femininas, nem sempre foram as nossas heroínas mas fizeram parte de quem somos, então, elas sim contribuíram com a nossa formação, com a nossa história pessoal.

Muitas mulheres nos geraram , algumas permaneceram desacordadas , não se despertaram para se conectarem com o sagrado feminino, mas outras foram as nossas mentoras para nos encontrarmos.

As nossas ancestrais foram possibilitaram o nosso despertar, foram as nossas ancestrais que possibilitaram a nossa redescoberta e principalmente deram os primeiros passos para conquistarmos o nosso espaço no mundo como mulheres que foi destruído há longos milhares de anos, foram as nossas ancestrais que geraram a vida que nos levaram até onde nos encontramos hoje, são elas que nos mostram em alguns dos nossos momentos reflexivos onde estávamos e onde podemos chegar sendo fortes e destemidas, mas só chegamos a esse pensamento de gratidão as nossas ancestrais quando acordamos para esse reconhecimento, quando queremos de fato voltar ao nosso sagrado feminino.

Sempre nos deparamos com histórias trágicas, cômicas e até mesmo fantasiosas mas são as histórias que nos levaram até aqui, foram histórias contadas, lidas e foram as nossas antepassadas que nos contaram e que foram recontadas, enfim, devemos a nossa existência a tantas gerações passadas que não precisamos nos preocupar em contar quantas elas foram.

Quando estamos longe dessa conexão com o sagrado feminino, nos perdemos de quem somos e vivemos sempre para uma vida vazia e sem sentido, porque nos perdemos dentro de um ambiente que não é o nosso.

Muitas de nós foram criadas num ambiente machista, onde as mulheres estão sempre imóveis a sua própria vida e vontade, então, no momento em que despertamos, nos tornamos mais ativas e mais sensíveis a outras mulheres.

Agora cabe a nós que estamos nos despertando, acordar outras mulheres, a cuidarmos uma das outras com os cuidados merecidos.

Acabar com a violência não é uma tarefa fácil e nem distante, a verdade, é que não nos pode faltar a vontade de mudar, a violência é estrutural e quebrar essa estrutura e construir uma nova é tarefa de quem realmente quer fazer a diferença.

Busquemos mudar essa estrutura, seja em nossos próprios lares, em nossa comunidade, mas que comece dentro de nós.

A violência começa dentro de nós quando mutilamos as nossas esperanças, as nossas vontades e deixamos de buscar os nossos sonhos, a violência começa quando não aceitamos quem somos , quando não aceitamos o nosso corpo e queremos nos modificar porque não gostamos de nós mesmos.

Nos tornamos vítimas da violência quando nos deixamos levar pela nossa própria auto-estima baixa, quando deixamos os outros nos menosprezar e agir com preconceito sobre nós mesmos nos convencendo que eles estão corretos.

Está na ora de quebrar essa egrégora de negatividade sobre nós mesmos, vamos quebrar esses laços que nos prendem a violência que nos prendem a desvalorização de quem somos , e vamos lutar constantemente para sermos nós mesmos, o que não gostamos em nós, somos capazes de modificar e o que nos causa amor-próprio deve prevalecer forte para alcançarmos a confiança, portanto, se queremos sermos melhores, comecemos por nós mesmos, e isso é só o primeiro passo para que sejamos felizes com quem realmente somos.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

The Witcher, Yennefer - a feiticeira mais poderosa!!!O que a torna uma feiticeira???

 



Uma das séries mais famosas da Netflix  nos ensina o que é o poder, talvez você se pergunte o que é o poder?

Yennefer é a feiticeira mais poderosa da série não por ter domínio da magia, mas porque ela é autoconfiante e sabe controlar o seu caos.

Ao longo da história ela se compromete consigo mesma e se posiciona como uma verdadeira heroína , sua ambição se torna a força motriz , mas ao conquistar a sua meta se depara com um poder ainda maior.

E que força seria essa?

Yennefer se sobressai perante todas as aprendizes e ao se tornar feiticeira se torna mentora de sua pupila, a sabedoria a torna a melhor.

Quando superamos as nossas próprias fraquezas e nos colocamos a serviço do outro para dividir nosso conhecimento nos tornamos sábios, não nos tornamos sábios apenas porque temos um conhecimento admirável, mas porque nos tornamos humildes perante o conhecimento ainda maior que rege todo o Universo.

A força de uma feiticeira está no reconhecimento de si mesma, na sua própria reconstrução, ter controle sobre o caos nos tornam harmoniosos , ou seja equilibrados , e o poder que adquirimos sobre as nossa própria natureza.

Todos os elementos da natureza estão dentro de nós e esse controle sobre esses elementos é o que nos mantém firmes diante de qualquer perigo, nos tornando confiantes e deixamos de ser aprendizes para nos tornamos mestres de nós mesmos e a humildade de ensinar o que sabemos nos tornam poderosos, porque estamos movimentando energias do cosmos para permanecermos nessa ligação energética uns com os outros.

A magia nada mais é do que manipulação dessas energias e o que nos tornam poderosos?

É a força pessoal em nos mantermos equilibrados, em controlarmos as nossas emoções e transmutando o que for preciso para mantermos esse equilíbrio.

Tudo o que pensamos se torna real dentro de nós, o que desejamos se torna real porque cremos... as nossas ações nada mais são do que a reação a essa crença.

Yennefer nos ensina que a mudança interior modifica o exterior e nos transforma em beleza plena, mas não uma beleza superficial que ilude os olhares mais distraídos, a beleza de Yennefer é o resultado de sua mudança pessoal, na autoconfiança e na sua perseverança de se tornar algo melhor.

Não estamos falando apenas de uma história fictícia, estamos falando de nós mesmas, do nosso poder quando nos tornamos autoconfiantes, é bem verdade que há momentos de declínio, não nos permanecemos fortes o tempo todo, mas o fato de entendermos que há esse momento em que nos faltam forças é exatamente o momento que nos recarregamos.

Recarregar as nossas forças não é o mesmo que nos colocarmos na tomada e esperar a carga chegar ao 100%, é descansarmos a nossa mente e procurarmos a solução da situação que nos encontramos, às vezes estamos deprimidas, nos sentimos culpadas pelas perdas e danos, mas é só um momento de auto-reflexão. 

A nossa força vem desse momento reflexivo, dessa luta interna constante que nos aprimoram, nenhuma mulher forte nasce de um jardim sem os obstáculos antes do florescer.

A nossa autoconfiança vem da superação e dessa vontade interna de se envolver em si mesma procurando abrigo em si, porque quando nos conhecemos verdadeiramente estamos dispostas a lutarmos por nós mesmas e pelas outras companheiras de jornada, a grande magia de Yennefer é sua própria transformação , e  a sabedoria de ser uma inspiração e se responsabilizar sobre si e sobre os outros, o poder sempre vem com suas responsabilidades, a responsabilidade de ser exemplo, de estar a frente da luta sem se desviar de seu objetivo.

Nós criamos, nos recriamos e nós inspiramos, a verdadeira energia feminina existente em nós e em Yennefer está na sensibilidade de se colocar como ponte, de ser intermédio de uma força maior em prol de um bem maior.

Ninguém é poderoso sem auxílio do outro, porque todos nós somos um, a nossa força está na união de sabermos o nosso valor como unos, quando descobrimos que todos nós unidos formamos uma barreira impenetrável capaz de uma autoproteção, é como o oceano, o oceano é como uma grande gota formada por inúmeras moléculas de água.

Yennefer perde o poder de gerar um filho, mas ao longo da série a grande evolução da personagem está em assumir a maternidade ao se tornar mentora de sua pupila, a dor de Yennefer aumenta a sua força porque sua autoconfiança a faz perseverar e a sua resignação e sacrifício diante de um ideal maior a torna ainda mais poderosa.

Não vamos romantizar a dor ou o sacrifício, mas estamos diante de uma história que nos arremete ao autocuidado, a nossa força feminina diante do caos, e principalmente estamos diante de uma heroína feminina que se dispõe toda sua energia em demostrar o seu poder e se posicionar como uma grande líder humanizada, uma heroína que nos ensina que nada pode ser mais destrutivo do que nossa auto-depreciação e que o nosso  poder é construído com esforço pessoal e substancialmente em controlar as nossas emoções, sentimentos e pensamentos, porque as forças da natureza existente dentro de nós pode nos tornam equilibrados e forte quando controlados por nós.

Quando Yennefer ministra com sua singularidade as ervas, pedras e poções não é apenas atribuições de uma feiticeira sábia, nos ajuda a entender que a manipulação dessas energias naturais não são meras habilidades, são a concretização de conhecimentos milenares que permanecem vivas e que fazem parte de uma prática real em nossa história real, no dia-a-dia , a nossa realidade mágica, ou as pessoas se esqueceram dos chás mágicos das mamães e avós? Digo que algumas pessoas sim!

Então, Yennefer diz tudo sobre nós, é uma personagem feminista, que luta para que esse conhecimento de nós mesmas não se percam no caminho.