terça-feira, 12 de março de 2024

Liberdade de ser eu !!!




A liberdade 
A doce liberdade de ser eu.
Completamente nua, crua e sem tempero.
Apenas a liberdade.
Deitada esperando para ser tocada.
A liberdade.
As vezes a amargura nos trás a intensa vontade.
De ser livre.
De gritar quando der vontade.
De voar mesmo sem asas.
A liberdade de soltar os braços para qualquer abraço.
Essa mesma liberdade de olhar para qualquer lado.
De correr sem direção.
Essa liberdade de ser responsável pelo que vier.
Liberdade para visitar o inferno, com a ideia de céu.
Essa liberdade limitada no silêncio.
Quando o barulho dos outros nos atormenta.
A liberdade.
De rir de tudo.
De parecer louca.
E de errar de vez em quando.
Essa tal liberdade de escolher estar só.
De acompanhar o outro quando der vontade.
De ser feminina e masculina sem as intemperanças.
É de correr solta na chuva.
Chorar no chuveiro ou na chuva mesmo.
Essa liberdade de não ter que rimar sempre.
Nem me importar com as métricas.
Eu quero é falar demais ou falar de menos.
De enxergar as cores sem abrir os olhos.
Ahhh liberdade.
Como te desejo sem as limitações da inteligência.
Quero apenas te soletrar.
Quero apenas as asas, poder voar na altura que der.
E se eu cair...
Ahhh eu vou querer voar de novo.
Até alcançar o horizonte.
Sabendo eu que ele é infinito.
Que importa...
A liberdade é agora meu maior desejo.
O que vem depois, eu penso depois.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Conjugações do ser e a declaração do direito de ser eu !!!

 



 



Alguém certa vez me disse que eu escrevo com o coração, bem, não acredito que seria diferente, talvez seja sempre meu coração que fala mais alto e eu acabo escrevendo o que ele sempre me dita.

O mundo é um lugar bem amplo e me perco nas palavras quando quero dizer mais do que as palavras que eu conheço, então, eu escrevo , tanto que elas sempre são repetitivas, talvez , elas precisam fixarem dentro de mim até que uma outra ideia mais complexa me absorva.

Sinto-me com uma grande vontade de me silenciar e ouvir mais o que meu corpo e mente precisa sentir, e eu certamente faço isso com uma certa facilidade, desde bem pequena sei o valor do silêncio, e gosto dele dentro de mim, ele me ajuda a ouvir a minha respiração e me abre os olhos para coisas que eu não conseguia ver com clareza, é um exercício filosófico que eu faço.

A maternidade me trouxe a cinco vidas, estas que me garante a vida dentro de mim e o que me sustenta quando eu quero gritar e salivar as minhas aflições, são essas cinco vidas das quais eu dedico a minha própria vida, nenhum motivo me deixa mais forte do que viver para viver em outro ser, estranho não é?

Fico imaginando como a vida seria diferente senão tivesse as experiências que eu tive e cheguei a conclusão de que tudo que vivemos faz parte de mim e se eu pudesse mudar algo, eu mudaria alguns detalhes, como não me importar tanto com as críticas que me fizeram sentir-me inválida tantas vezes, mas essas invalidações me trouxeram a tona questões bem mais sérias como defender quem não tem a possibilidade de defender-se por si mesmo, eu aprendi a cuidar melhor de quem precisa ser cuidado, não apenas meus cinco filhos, mas os filhos dos outros, os que viveram tanto tempo e de quem por algum motivo se sentem indefesos, eu aprendi que cuidar do outro também me trás conforto.

Então me pergunto, quanto eu tenho de força para estar entre tantos sem que a tristeza me cerque quando alguém destes me ferir?

Eu e minhas perguntas se expandem e eu me encontro numa linha tênue , um querer incansável de alcançar saberes, eu quero saber olhar para dentro de mim sem tantas punições, sim, nos punimos quando não alcançamos as expectativas dos outros e nos ferimos quando tentamos ser super humanos sem entendermos as nossas sombras e as nossas mais altas virtudes.

Eu escrevo com o coração porque é o que eu tenho de mais preciso, é ele que me guia para o meu próprio saber e hoje depois de pensar tanto e me silenciar para alcançar esse meu amor-próprio eu me tenho por completo, eu me tenho  e me pertenço, esse é o meu tesouro.

Temos dentro de nós tesouros que desconhecemos, sentimentos e emoções que ainda não foram totalmente vividos por nós em sua plenitude e por isso as nossas vivências são tão importantes, por isso conviver com as diferenças nos aprimoram e nos enriquecem.

Não quero viver cem anos, mas eu quero viver intensamento meu tempo para que eu no tempo-espaço possa me encontrar com os que nunca ignoraram a força incrível que tenho dentro de mim, eu sou essa força e quero estar sempre pronta para começar e recomeçar até que eu tenha vivido o amor como ele precisa ser vivido.

sexta-feira, 8 de março de 2024

Dia internacional da mulher!!! Por que ainda não há grandes mudanças mesmo com o movimento feminista?

 

Hoje seria para ser mais um dia para se comemorar o dia internacional da mulher, mas não há muito para comemorar.

Todos os dias há muitas coisas a serem conquistadas, a começar pelas nossas próprias conquistas, sim, as nossas conquistas pessoais.

Aceitar as nossas próprias cicatrizes, a nossa liberdade quando nos vemos livres de nosso agressor, e talvez um pequeno aumento dos nossos salários, ou a visibilidade de nossos trabalhos no lar, no nosso lar.

Eu me pergunto muitas vezes por que não me encaixo no mundo, quando eu vejo o que eu já vivi, eu penso em como poderia ter sido diferente, pode ser uma coisa que todos fazemos ao longo da vida em qualquer idade, mas esses pensamentos de que poderia ter sido diferente me pega pelo calcanhar, e no fim da história, eu começo a entender o meu lugar em mim mesma.

Não seria isso a não aceitação ou simplesmente uma descoberta de que as coisas acontecem unicamente para aprendermos a viver?

Ainda não consigo responder a essas perguntas que persiste dentro de mim.

Nós mulheres aprendemos a dizer sim para tudo, a sermos a boazinhas, as que se sentam com as pernas cruzadas e fica calada mesmo quando estamos certas, que devemos estarmos vestidas para os outros e que o nosso corpo é o desejo do outro, que estupro, agressão será sempre responsabilidade da mina falta de vigilância, eu não sei quanto a você, mas eu acho isso um absurdo e não quero reproduzir isso.

Quantas de nós sentiu-se culpada pelo assédio do outro justamente pela permanência desses pensamentos de responsabilidade que nos reprimiram e nos oprimiram há tantos milênios?

Eu tenho um corpo só meu, assim como tenho uma mente só minha, somos donas de nós mesmas , mas por que não nos sentimos assim ainda?

Porque estamos ainda vivendo uma filosofia que não nos ajudaram a nos conhecer e nos libertar, foram centenas de mulheres que se sacrificaram para nos ajudar a nos amar como somos, a mudar o que está errado há tanto tempo.

Por maiores que foram os ensinamentos que nos engessaram de  nossas ancestrais, elas também se oprimiram para sobreviver, elas também sofreram e se revoltaram , algumas delas se colocaram a prova para defender o que sentia que era direito, e ainda fazemos o mesmo, nos mantemos seguras das nossas convicções e nós resistimos.

Na verdade a nossa resistência nos mantiveram fortes e por isso conseguimos algumas conquistas, mas não é o bastante, e acredito que será outros tantos anos para nos libertarmos de uma filosofia que nos oprimem.

Chegamos a conclusão que devemos viver muitas ondas do feminismo, é preciso de mais movimentos que nos ajudem a nos ajudar, novas guerras, novos movimentos que devem nos sustentar.

Chegamos num ponto em que a violência contra a mulher se tornou mais visível, portanto mais frequente, continuamos sendo presas pela prostituição, ainda somos escravas sexuais e ainda temos tiradas de nós os direitos universais, ainda precisamos fugir de quem nos perseguem, ainda somos vítimas de estupros virtuais, ainda somos vítimas de golpes, ainda estamos vulneráveis.

São tiradas de nós a esperança de sermos melhores, ainda somos vítimas do corpo perfeito, do trabalho invisível do lar, ainda somos as vítimas de todas as violências vividas e ainda nos calamos, porque aquela sensação de culpa que nos domesticaram ainda habita em nós por uma educação patriarcal que veio com a religião que vivemos, com a sociedade capitalista e principalmente porque a nossa força ainda é a nossa maior resistência, porque nós ainda temos poder, porque ainda somos as deusas e nos chamam ainda de loucas ou histéricas porque somos que somos.

Sim conquistamos muitas coisas, e muitas lutaram com gigantismo, mas a luta não é de uma única mulher para uma única mulher, são por todas nós, por isso a luta é contínua , porque somos bilhões.

O que estamos fazendo é um trabalho de formiga, trazendo e levanto amparo, trazendo e levanto alimento , mas não é um alimento simples, é um alimento filosófico, moral, é uma atitude de todas nós que construímos uma história melhor para todas nós, não vamos romantizar o sofrimento, eu sei que é um ato automático de todas nós, mas precisamos nos dar conta que qualquer que seja a nossa boa ação , ela seve ser multiplicada.

E é isso que fazemos todos os dias por todas nós, para as futuras gerações e para honrar quem veio antes de nós!!!


quinta-feira, 7 de março de 2024

O perigo das redes sociais !!! COMO LIDAR COM ELA!!!

 



Não sou dessas que fico buscando pelo impossível, sou daquelas que cria coisas impossíveis.

Dizer isso parece estranho, mas a nossa mente é verdadeiramente mágica.

Quando estamos cientes de nossa condição enquanto espíritos viventes , estamos dialogando com a gente mesmo e isso faz com que vivemos de maneira mais plena.

Reconhecer as nossas diferenças, reconhecemos o nosso lugar no mundo tudo fica mais claro e podemos sim mudar algo que está em nossa volta para melhor.

Eu não sei vocês, mas as redes sociais me fez entender muito a forma com que eu me encontro no mundo e isso me fez repensar sobre o quanto as redes sociais podem ser tóxicas e viciantes.

A nossa mente como sabemos é poderosa e cuidarmos dela é uma forma de nos distanciarmos dos perigos , sim, as nossas emoções e nossos sentimentos direcionam as nossas ações que quando estamos distraídos passam despercebidos.

As redes sociais nos abraça , é como se estivéssemos sendo carregados por um animal cheio de tentáculos e devemos ter cuidados, não digo que as redes sociais é prejudicial , mas tem suas armadilhas.

As redes sociais tem imagens que sobrecarregam a nossa mente , existe  um excesso de imagens e sensações que nos mantém sempre aptos para mais informações e nos mantém sempre ativos, nossos pensamentos aceleram e quanto mais nos enchemos de informações áudio visuais mais estamos esperando por mais informações, isto é, estamos enchendo nosso corpo com uma química, seja dopamina ou serotonina, todo excesso trás as suas consequências, e como lidar com os excessos?

Todas as sensações que estamos vivenciando enquanto estamos nas redes sociais estão sendo armazenadas dentro de nós, e de uma forma ou de outra, estamos nos sobrecarregando, coisas boas e coisas ruins existem em todas as dimensões e isso não é diferente nas redes sociais é só a maneira de lidarmos com isso é que nos fazem bem ou nos fazem mal.

Já vivenciamos  golpes na internet, já reconhecemos que existem perigos reais, desde ataques de fúria, assédios, e pornografia entre outros crimes cibernéticos, seja com o que já vivenciamos nas redes sociais estamos sempre cercados de experiências, então, precisamos apenas reconhecer o caminho da qual estamos.

Parar um pouco com as nossas redes sociais faz parte de um cuidado íntimo, de uma desintoxicação, praticar meditação, exercícios físicos, desde uma corrida , caminhada , qualquer que seja uma outra atividade que desligue um pouco desse ambiente tóxico.

Vivemos tempos em que a tecnologia domina o nosso dia-a-dia, ficamos reféns das opiniões de seguidores, de como nossa imagem é vista pelas pessoas que estão nas redes sociais, estamos vivendo uma era tecnológica mais intensa do que poderíamos esperar que fosse e até onde vamos chegar.

Nos apaixonamos por pessoas virtuais, e podemos odiar pessoas virtuais, as nossas emoções, os nossos sentimentos estão intimamente ligados ao abstrato, não abraçamos o outro e não sentimos o outro da forma que queremos e isso trás um carga energética negativa só pelo fato de pensarmos nessa negação, esse poder mental cai em desequilíbrio nos causando desde o estresse a depressão, esse vazio que trás o impossível pode causar danos que geram cicatrizes difíceis de lidar.

Mas tem aquele lado bom, das nossas religações afetivas, reencontros e encontros com os que amamos e estão distantes e que as redes sociais nos aproximam, mas com o tempo, essas ligações se desmaterializam e nos sentimos vazios porque a distância ainda é um espaço enorme entre nós.

Vamos vivenciar nossas experiências com mais cuidado?

Vamos nos aproximar do que nos fazem bem?

Vamos sentir os nossos abraços possíveis com mais intensidade?

Vamos esperar sempre o melhor?

A vida nos abraça com inúmeras possibilidades e vamos tentar nos encontrar em meio as redes sociais, sem querer estar competindo com quem tem mais seguidores, que consegue mais likes ou mesmo que ganha mais dinheiro nas redes sociais, vamos nos encontrar enquanto seres humanos, porque é isso que somos.

Somos os abraços de compartilhamos, somos os beijos que nos conectam com quem amamos.

Somos o que nos mantém juntos com os outros, somos as todas as versões possíveis e impossíveis, usar as redes sociais com sabedoria é um ato de amor, é estarmos diante de nós mesmos sem máscaras, sem nenhum tipo de maquiagem que nos faz ser diferentes de quem somos, as nossa imagem real tão tem filtros.

Como lidar as as armadilhas nas redes sociais? 

Cuidados simples como o cuidados com as senhas, pesquisar os perfis para identificar as contradições desde fotos a frases ambíguas, enfim, usar a intuição, redes sociais têm seus lugares obscuros e é preciso estar com a mente aberta para detectar os perigos que podemos encontrar.

Eu converso com muitas pessoas nas redes sociais e fora dela, sou perceptiva as várias variações, mas tenho um tática infalível para reconhecer quem me faz bem ou me faz mal: Eu penso nela com carinho, não a trato mal mas eu começo a analisar o que ela diz e as ações que ela pratica, então, eu consigo estar com as pessoas ao meu lado sendo ela boa ou ruim, eu me percebo como alguém falível, então, eu começo a entender que todos são falíveis assim como eu, logo, fica a minha decisão de permanecer com ou sem a pessoa com quem estou conversando...

Você percebe os seus vícios nas redes sociais quando fica esperando as respostas imediatas, quando espera ansiosamente por likes e esperando o maior números de visualizações e suas descargas emotivas vindo as reações de seus usuários, depender da opinião dos outros, depender da sua imagem que as pessoas tem de você é estar refém não só das redes sociais mas é estar preso a uma imagem distorcida de si mesmo, porque a imagem dos outros sobre você não é certamente uma imagem pura ,os seus sentimentos, as suas emoções e as suas atitudes é que são realmente suas e não a percepção do outro.

É preciso conhecer para se libertar, isso é essencial na vida de qualquer ser humano, o autoconhecimento te ajuda a se ver diante do todo mundo e do TODO.

Quando as civilizações antigas, desde os sumérios, egípcios, hindus , os budistas e até os gregos diziam e ensinavam sobre " mente sã corpo são" , nunca foram ensinamentos vãos, o uso de deuses para educar as pessoas há mais de 5.000 anos como arquétipos eram uma ação educativa e que com o passar os séculos foram esquecidas e se transformaram numa maneira de dominação em massa porque infelizmente a ignorância é uma forma eficaz de dominação dos fortes sobre os mais fracos, quero dizer, as pessoas mais sábias acabam sobressaindo as que desconhecem, as que ignoram, ou seja, o conhecimento liberta não é?

Por essa razão que a razão e conhecimento em mentes malvadas produz consequências ruins ao mundo.

Então, vamos procurar nas redes sociais algo realmente saudável, como a canção de um grande amigo  chamado Xá compôs  " Remédio bão" ensina... cantar ainda é um bom remédio, viver o nossa lado bom, alegre e esperançoso de ser é sempre um remédio bão!!!

Sempre que tiver dúvida sobre o que está vivenciamos nas redes sociais , pense nas emoções, nos sentimentos , faz uma análise do que vivencia sem exageros, sem vitimização e fazer um olhar sincero sobre as suas ações, as suas perceptivas sobre as redes sociais. porque depender dela exclusivamente para seu sucesso pessoal e até mesmo profissional pode ser uma armadilha...

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Gaza... Ele tem razão ... É genocídio!!! Poema das crianças tristes!!!

 

 


Num piscar de olhos, uma lágrima me trouxe ao mundo.

Uma imagem, uma simples e ingênua imagem.

A infância, a adolescência e uma vida adulta comum.

Eu me vejo assim, entre memórias.

Hoje vejo a dor em crianças tristes.

Um lar inseguro e bombardeios que quebram janelas e corações.

Uma dose única de amor é capaz de trazer ao mundo paz.

Ela não veio, e ela continua sendo a nossa mais linda bandeira.

Eu não vejo um sorriso, nem as mãos estendidas, é uma dor que não passa.

As cinzas num céu azul, e o vermelho ácido de sangue.

Um ar árido, seco e doloroso.

A dor tem notas musicais em cenas de tiroteios e bombas.

Ela não tem sons além de gritos e choros sentidos, contidos e aterrorizantes.

A dor tem tudo o que eu não quero sentir.

A dor é dura quando não podemos contê-la , ela é apenas dor.

Gaza, é Gaza, com suas janelas tristes e cinzas.

Os gritos ecoam longe, como suas sirenes ensurdecedoras.

São os silêncios de quem não vivem ali que desmontam meu ser.

Alguém de longe diz que ali não se vive, sobrevive.

E o canto triste das crianças não dizem nada para quem não quer ouvir.

Não é holocausto, é a desumanização maciça, é a indiferença, é a triste realidade de quem deixou morrer a alma.

Ele tem razão.

A tristeza tem a cor , é fria e delirante.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Violência contra a mulher, pedofilia e eu !!!

 


 


Quando falamos em pedofilia abrangemos os nossos horizontes por se tratar de dados não apenas alarmantes como também retrata uma cultura milenar, assim como o abuso contra as mulheres, a história não consegue mais esconder esses fatos.

As diversas culturas , estas milenares das quais descendemos, o que não é uma história não tão antiga assim a pedofilia caminha ao lado do abuso contra as mulheres e com a própria escravidão, sabemos que as relações sociais , familiares desde sempre foi regada por interesses e fatores políticos e então, os nossos tão importantes historiadores assim como os demais estudiosos  sabem que as grandes civilizações foram acumulando históricos de abusos contra crianças e mulheres, o que por muito tempo a legitimidade foi garantia de sua permanência em nossa sociedade que teima em se auto denominarem civilizados, o que me causa bastante reflexão.

No tempo em que nos encontramos não nos distancia muito dessa realidade, todas as guerras, todos os conflitos dos quais a nossa "civilização" viveu e vive até hoje é ainda crescente a violência contra a mulher e a criança.

Não nos cabe julgar a nossa ignorância, até porque nessa altura da vida, até nisso a tecnologia tem ajudado não só apenas nas punições contra esses atos de violência como também na divulgação destes que trás consigo números altíssimos de lucro financiando e aumentando essas dados que não param de crescer.

Sites, perfis em redes sociais, um comércio de abusos  e principalmente , a escravidão ,ao contrário do que muitas pessoas acreditam ainda existe em larga escala.

Não podemos fechar os olhos para essa realidade, a fome, o descaso com as classes mais pobres, pais e seus filhos vendidos, tudo isso não acabou, ainda existe, a pasmem, os números de escravos crescem assustadoramente.

Não podemos culpar apenas a ignorância, a falta de cuidado, a maldade humana, é a maior causadora desses atos que continuam impunes

Há quase um ano denunciei pedofilia, e até hoje não obtive nem sequer uma notícia do caso, a vida não é como as séries que assistimos, ela é bem mais dolorosa e não temos escolhas a não ser lutarmos por uma vida bem mais tranquila tentando proteger quem amamos.

Quando escrevi meu livro sobre violência doméstica , estudei sobre todas as variáveis da violência e não se acaba com a violência em 13 páginas de um livro, mas através da educação , nada mais, porque nós somos os responsáveis pelo ciclo de violência, quando deixamos o problema passar por despercebido, quando reproduzimos uma educação baseada na violência, quando nos descuidamos de fatos relevantes.

Criar reflexão, causar e orientar diálogos filosóficos e com orientação para as diversas formas para resolver o problema, só resolvemos o problema quando nos deparamos com ele e criamos possibilidades para sua resolução.

Pensemos nisso, a violência começa a partir de um pensamento violento, gera ações violentas e essa ciclo não deve continuar através da má educação, vivemos num país camuflado, cheio de preconceitos contra o que não é considerado padrão mas lembremos que somos uma nação de descendentes escravizados e  isso diz muito sobre quem somos e como fomos criados, portanto, fechar os olhos para o passado não é a melhor escolha no que diz respeito a violência contra a mulher e a pedofilia.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Uma criança grande.

 


 


Eu era uma criança agitada, meus passos deixaram pegadas.

Me fiz de adulto num corpo infantil.

Queria ter tido uma infância feliz, mas nem sempre as minhas preces foram aceitas.

Apanhei de meu pai, nem sempre dos meus irmãos, eles cuidavam de mim.

Eu cresci pensando em permanecer como antes, mas o tempo me trouxe mais responsabilidades.

Eu fiz dos meus sonhos, as minhas metas e as vezes a fuga.

AS crianças sempre foram a minha fortaleza.

Elas me criaram e me deixaram mais manso.

Meu coração se abatia quando uma delas sofria.

Escondi dentro de mim as minhas fraquezas de espírito.

Mas eu seu que fiz o meu melhor, a criança que eu era se agigantou, me tornei um homem.

Um homem bom, justo e amável.

Tentei proteger as crianças dos adultos maldosos.

Fui criticado, acusado, violado.

Fui fiel as minhas crenças e me tornei um rei.

Um rei sem reino, o rei em mim mesmo.

E fui crescendo assim, buscando o melhor de mim.

Agora depois de um tempo, perdoei, e me tornei anjo.

Não um anjo de asas, mas um anjo de roupas claras e um ideal maior.

Eu quero sim, estar de volta, para poder crescer e multiplicar o amor que tenho em mim.

Continuo o mesmo, um pouco melhor.

E diante do infinito do Criador.

Me curvo ao meu destino.

Que é ser um anjo doce, amoroso e protetor das crianças do mundo


MJ