sábado, 17 de maio de 2025

TARDE DEMAIS?




 O céu cresce.

‎Se expande.
‎Habita .
‎Alimenta.
‎Nada de novo.
‎Nada fora do lugar.
‎Nada além do movimento.
‎Constante e claro.
‎Nada de novo.
‎No horizonte.
‎Lugar onde ninguém está.
‎Ninguém alcança.
‎Onde esperançosos querem  habitar.
‎Então.
‎Você está ali, quieto.
‎Eu respiro, tento alcançar com as mãos.
‎O seu rosto.
‎Com sorriso pálido.
‎E olhar de estrela.
‎Eu contemplo você no horizonte.
‎Ali onde eu não posso alcançar.
‎Me perco entre o sim e o não.
‎O talvez é um caminho possível.
‎E novamente busco o seu olhar.
‎Entre o céu e o chão.
‎Quando o sol morre em você.
‎A lua ainda tímida invade.
‎A intuição, a dança ,o banho.
‎As conjugações.
‎As idéias mistas.
‎Cá estou eu .
‎Em meus desvaneios.
‎Tentando suprir a sua imagem no horizonte.
‎Há um lugar além desse que eu vejo agora.
‎É onde posso te tocar.
‎Sentir o frescor do seu abraço 
‎É aonde quero estar e me apoderar.
‎Sem pudor, sem os recomeçar e recortes.
‎Aqui onde o brilho se estende no seu olhar.
‎Me encontro entre o encantamento.
‎Sonhos e desvaneios.
‎Cá estou eu...
‎Perdida nas palavras para dizer.
‎Uma única ideia.
‎Ela tem cor, som e vibra na alta hierarquia do ser.
‎Sim. O amor pousa sobre os nossos braços.
‎Compartilhamos esse instante.
‎Como quem morre ao amanhecer.
‎Ultimo suspiro, última vez.
‎Uma ação inquietante .
‎O verbo .
‎A projeção do amanhã.
‎Tarde demais?

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