terça-feira, 7 de maio de 2024

As enchentes do RS ... Eu sinto muito!!!

 



 Retratos, documentos, destroços de sorrisos presos nas correntezas.

O choro, os gritos, as vidas perdidas.

As crianças, mães e idosos,famílias  presas em telhados, sem despedidas.

Estão nos jornais, na boca a boca.

Há doações, solidariedade e descaso de alguns.

Orações silenciosas e velas acesas.

Corações que tentam consolar outros corações.

E a dor continua latente ignorando outras dores.

As águas crescem e transbordam, lembrando Mariana,Brumadinho, lembrando a Bahia, Nordeste, lembrando os tantos desabrigados,lembrando tantas outras lágrimas.

Mais uma história triste para contar, mais um tempo de luto.

As fitas pretas embaladas no vento, nas telas e nos corações despedaçados.

Há quem diga que foi maldição, outros não sabem o que dizer, não tem muito o que dizer.

Há quem diga que é terrível, outros não tem o que dizer.

A esperança é um lugar no horizonte, num sol claro e límpido.

Ela está em todos nós.

Buscamos a força onde as águas ainda não nos cercaram.

E as doações chegam e se fazem presentes num país que já viveu de tudo.

As nossas palavras afetuosas e gentis aquecem.

As nossas mãos curam e abraçam, são de todas as cores. religiões, não há diferença alguma.

Há apenas boas palavras para dizer para quem passou a noite chorando.

Há em todos nós uma oração de amor na solidão de nossos pensamentos, mas é solidário e carinhoso.

Há uma parte de nós que reata laços, colhem grandes amizades, são as grandes tragédias resgatando vidas perdidas dentro de nós.

Nos corações há mais do que espaços vazios, há espaços cheios de amor.

Quem do fundo do coração doa orações, no fundo dele brota a luz.

sábado, 4 de maio de 2024

Anjos caídos!!!

 



Seus olhos diziam tudo, a suas palavras traduziam perfeitamente seus pensamentos mais puros.
Mas algo aconteceu.
Eu perdi a voz.
Eu poderia dizer qualquer coisa.
Universo.
Física quântica.
Espiritualidade.
Infância.
Faculdade e bebedeira.
Carnaval e fantasia.
Coisas que o coração e a mente pudessem se alinhar.
As nossas vozes se calaram.
Procuramos culpados.
E só encontramos vazios.
Eu fiquei no escuro procurando algo luminoso para me guiar.
Você simplesmente apagou a luz.
E eu me senti culpada por isso.
Os dias se passaram e eu me vi perdida,sem rumo, sem o sol que me guiava.
Eu escrevi poemas para que você pudesse ler.
Me vi completamente sozinha.
Eu te procurei no escuro.
Mas quando eu reencontrei uma luz.
Uma luz que nunca fora apagada.
Era eu mesma, e eu brilhei tão forte.
Eu percebi.
Abusou ,mentiu  e eu ainda vejo a sua luz.
Não me ilumina mais, mas eu só queria saber.
Se você ainda estava bem.
Eu também percebi.
Sua luz...
Ligado...
Movido a um cabo de egos e impressões.
Eu percebi que você é só mais um poste de luz.
Esquio,pálido tentando sobreviver.
Eu me esqueci de mim.
Projetei a minha vida na sua.
Era meu dever cuidar de você, ser seu anjo.
Mas as minhas asas quebraram quando percebi que você me deixou cair.
Eu percebi que eu estava triste.
Triste e perdendo a luz.
Mas eu cresci, aumentei de tamanho.
Me vi novamente brilhante no céu.
Cristalina e cintilante.
Gosto de me ver no espelho.
Contando as rugas que o tempo me acrescentou.
Depois de um amor incompreendido,achei que te encontrar fosse presente.
Mas eu não me enganei.
Você foi presente,foi paz  e foi alegria.
Foram  risadas escondidas, foi espaço inteiro dentro de mim.
Acariciei o vento, me perdi na lua e vasculhei as minhas entrelinhas.
Eu aprendi a amar você, sem palavras e como um doce amargo.
Mas bom, muito bom amar você.
Deixar que as melhores coisas fluíssem fez de você a minha lição.
Eu já havia me decepcionado antes, então...você foi o outro que chegou depois.
Palavras podem soar amargas,duras e quase puras.
Foi isso... Uma bela história.
Hoje... O tempo levou e te trouxe em minhas belas lembranças.
Eu sempre espero melhor.
Você foi bom, muito bom.
Eu aprendi que anjos são seres educadores.
E você sem dúvida me ensinou bem mais do que esperávamos um do outro.
Continuo vendo estrelas.
Elas me fazem lembrar de você.