terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Gaza... Ele tem razão ... É genocídio!!! Poema das crianças tristes!!!

 

 


Num piscar de olhos, uma lágrima me trouxe ao mundo.

Uma imagem, uma simples e ingênua imagem.

A infância, a adolescência e uma vida adulta comum.

Eu me vejo assim, entre memórias.

Hoje vejo a dor em crianças tristes.

Um lar inseguro e bombardeios que quebram janelas e corações.

Uma dose única de amor é capaz de trazer ao mundo paz.

Ela não veio, e ela continua sendo a nossa mais linda bandeira.

Eu não vejo um sorriso, nem as mãos estendidas, é uma dor que não passa.

As cinzas num céu azul, e o vermelho ácido de sangue.

Um ar árido, seco e doloroso.

A dor tem notas musicais em cenas de tiroteios e bombas.

Ela não tem sons além de gritos e choros sentidos, contidos e aterrorizantes.

A dor tem tudo o que eu não quero sentir.

A dor é dura quando não podemos contê-la , ela é apenas dor.

Gaza, é Gaza, com suas janelas tristes e cinzas.

Os gritos ecoam longe, como suas sirenes ensurdecedoras.

São os silêncios de quem não vivem ali que desmontam meu ser.

Alguém de longe diz que ali não se vive, sobrevive.

E o canto triste das crianças não dizem nada para quem não quer ouvir.

Não é holocausto, é a desumanização maciça, é a indiferença, é a triste realidade de quem deixou morrer a alma.

Ele tem razão.

A tristeza tem a cor , é fria e delirante.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Violência contra a mulher, pedofilia e eu !!!

 


 


Quando falamos em pedofilia abrangemos os nossos horizontes por se tratar de dados não apenas alarmantes como também retrata uma cultura milenar, assim como o abuso contra as mulheres, a história não consegue mais esconder esses fatos.

As diversas culturas , estas milenares das quais descendemos, o que não é uma história não tão antiga assim a pedofilia caminha ao lado do abuso contra as mulheres e com a própria escravidão, sabemos que as relações sociais , familiares desde sempre foi regada por interesses e fatores políticos e então, os nossos tão importantes historiadores assim como os demais estudiosos  sabem que as grandes civilizações foram acumulando históricos de abusos contra crianças e mulheres, o que por muito tempo a legitimidade foi garantia de sua permanência em nossa sociedade que teima em se auto denominarem civilizados, o que me causa bastante reflexão.

No tempo em que nos encontramos não nos distancia muito dessa realidade, todas as guerras, todos os conflitos dos quais a nossa "civilização" viveu e vive até hoje é ainda crescente a violência contra a mulher e a criança.

Não nos cabe julgar a nossa ignorância, até porque nessa altura da vida, até nisso a tecnologia tem ajudado não só apenas nas punições contra esses atos de violência como também na divulgação destes que trás consigo números altíssimos de lucro financiando e aumentando essas dados que não param de crescer.

Sites, perfis em redes sociais, um comércio de abusos  e principalmente , a escravidão ,ao contrário do que muitas pessoas acreditam ainda existe em larga escala.

Não podemos fechar os olhos para essa realidade, a fome, o descaso com as classes mais pobres, pais e seus filhos vendidos, tudo isso não acabou, ainda existe, a pasmem, os números de escravos crescem assustadoramente.

Não podemos culpar apenas a ignorância, a falta de cuidado, a maldade humana, é a maior causadora desses atos que continuam impunes

Há quase um ano denunciei pedofilia, e até hoje não obtive nem sequer uma notícia do caso, a vida não é como as séries que assistimos, ela é bem mais dolorosa e não temos escolhas a não ser lutarmos por uma vida bem mais tranquila tentando proteger quem amamos.

Quando escrevi meu livro sobre violência doméstica , estudei sobre todas as variáveis da violência e não se acaba com a violência em 13 páginas de um livro, mas através da educação , nada mais, porque nós somos os responsáveis pelo ciclo de violência, quando deixamos o problema passar por despercebido, quando reproduzimos uma educação baseada na violência, quando nos descuidamos de fatos relevantes.

Criar reflexão, causar e orientar diálogos filosóficos e com orientação para as diversas formas para resolver o problema, só resolvemos o problema quando nos deparamos com ele e criamos possibilidades para sua resolução.

Pensemos nisso, a violência começa a partir de um pensamento violento, gera ações violentas e essa ciclo não deve continuar através da má educação, vivemos num país camuflado, cheio de preconceitos contra o que não é considerado padrão mas lembremos que somos uma nação de descendentes escravizados e  isso diz muito sobre quem somos e como fomos criados, portanto, fechar os olhos para o passado não é a melhor escolha no que diz respeito a violência contra a mulher e a pedofilia.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Uma criança grande.

 


 


Eu era uma criança agitada, meus passos deixaram pegadas.

Me fiz de adulto num corpo infantil.

Queria ter tido uma infância feliz, mas nem sempre as minhas preces foram aceitas.

Apanhei de meu pai, nem sempre dos meus irmãos, eles cuidavam de mim.

Eu cresci pensando em permanecer como antes, mas o tempo me trouxe mais responsabilidades.

Eu fiz dos meus sonhos, as minhas metas e as vezes a fuga.

AS crianças sempre foram a minha fortaleza.

Elas me criaram e me deixaram mais manso.

Meu coração se abatia quando uma delas sofria.

Escondi dentro de mim as minhas fraquezas de espírito.

Mas eu seu que fiz o meu melhor, a criança que eu era se agigantou, me tornei um homem.

Um homem bom, justo e amável.

Tentei proteger as crianças dos adultos maldosos.

Fui criticado, acusado, violado.

Fui fiel as minhas crenças e me tornei um rei.

Um rei sem reino, o rei em mim mesmo.

E fui crescendo assim, buscando o melhor de mim.

Agora depois de um tempo, perdoei, e me tornei anjo.

Não um anjo de asas, mas um anjo de roupas claras e um ideal maior.

Eu quero sim, estar de volta, para poder crescer e multiplicar o amor que tenho em mim.

Continuo o mesmo, um pouco melhor.

E diante do infinito do Criador.

Me curvo ao meu destino.

Que é ser um anjo doce, amoroso e protetor das crianças do mundo


MJ

Nunca mais.

 


Nunca mais quero me sentir usada, castigada e humilhada.

Nunca mais quero me sentir perdida.

Faço das minhas palavras um apelo.

Silenciosa e quieta.

Eu quero sentir a vida fluir dentro de mim.

Sentir que sou querida e não mais usada.

Nem meu corpo, nem minha mente.

Quero a liberdade, a delicadeza de ser eu.

Não quero mais sentir o peso de carregar o outro nas costas;

Eu quero ser livre e não submissão;.

Eu quero ser eu, sempre eu.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

O feminismo que habita em mim!!!

  


Falar sobre o feminismo é falar sobre quem eu sou, porque a mudança que esse termo fez na minha vida contribuiu para que um aprendesse sobre mim mesma.

Não é só um termo que usamos para definir a nossa luta pelos direitos da mulher e sua emancipação, mas é sobre conhecermos a nossa própria história e aprender a aceitar o que passou para mudar o que eu posso mudar por agora.

O que aprendemos lendo " a criação do patriarcado" de Gerda Lerner é que somos bem mais do que julgamos ser, há uma força gigantesca dentro de nós que nos carrega e nos faz lutar pelo que acreditamos e pelos outros que amamos.

Nos tornamos feministas não apenas por amor a nós mesmas mas por um ideal maior que nós, a história da mulher na humanidade não foi contada, fui suprimida, por isso não se fala sobre isso, não se fala de coisas que não foram entendidas.

Quando entendemos o que aconteceu com a humanidade, quando descobrimos através de historiadoras o que realmente aconteceu passamos a nos amar e nos respeitarmos.

Quando criamos uma metodologia para entender o feminismo e suas definições a gente cria uma ligação importante e assim agimos com segurança, quer dizer , para quebrar o ciclo do patriarcado precisamos conhecer, entender e criar formas para agirmos de forma que as mulheres e homens possam educar a nova geração com respeito e com a sabedoria, quebrar esse ciclo é primordial para que a nossa sociedade seja de fato justa e pacífica.

Feminismo não é apenas um movimento importante, ele é primordial para sabermos trilhar um caminho para a sabedoria, é como encontrar o Tao, é como um mapa para que nós possamos construir uma nova história.

Quando me tornei feminista? Quando encontrei Cinderela às avessas era uma feminista por intuição, a autoproteção e o cuidado com as outras mulheres foi uma chave que virou através de estudos sistemáticos e a ajuda de mulheres do grupo, então, me tornar de fato feminista me abriu novas possibilidades e conhecimento, aliada ao que eu já sabia, O feminismo que habita em mim está em outras mulheres , conectadas a todas elas que nos fazem querer mais.

Somos todas nós, juntas , unidas com uma força incomensurável para querer fazer o melhor , e futuramente "Cinderela às avessas" vai estar com seu canal no Youtube, e vamos continuar com o nosso trabalho de informar, e motivar as muitas mulheres a serem elas mesmas, sem máscaras, estimulando sempre a emancipação, e resgatar essa energia feminina que perdemos ao longo de um tempo, lutando por nossos direitos, tornando-nos um só. 

Todas as formas de amar, de amor e sermos uma grande irmandade, lutando por todos nós.