segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Rose Marie Muraro , Conceição Evaristo e eu !!!



 Sabe aquelas mulheres que conhecemos a partir de uma biografia e que nós intimamente queria ter a honra de tê-las conhecido ?

Rose Marie Muraro é uma dessas mulheres, lendo uma biografia enpolgante me vejo me redescobrindo, e me transformando.

O feminismo está me transformando, antes, como a própria Rose diz " feminista por intuição" hoje me vejo com mais embasamento teórico e também  numa fase de bastante profundidade.

Nós temos as nossas histórias particulares que nos mantém próximas ou distantes de muitas outras mulheres, enquanto algumas se tornam manipuladas, portanto, manipuladores de um sistema de opressão de forma hipócrita no quesito feminismo, nós que queremos ser quem somos por quem somos, não se sujeitam às palavras apenas de auto-confiança, nós queremos mais.

Num mundo globalizado, a pauta feminista está em voga por modismo em poucos aspectos já que algumas mulheres sabem poucos sobre a própria história feminina, eu era assim,mas em contrapartida, conhecemos mulheres incríveis e cheias de ideais das quais nos foratelecem, e isso é magnífico.

Aprendemos com outras mulheres, a medida que me aprofundo no movimento feminista e sinto motivada a querer mais, a querer ser bem mais do que a mãe de cinco filhos.

O blog me serviu de consolo, de terapia e me fez sentir uma mulher ativa, mas agora, diante de tanto conhecimento, venho a me sentir bem mais, estou me sentindo uma mulher plena.

Estudo sobre espiritualidade há muito tempo e venho aprendendo ainda mais sobre diversos assuntos, e ao me engajar na publicação do meu livro infantil sobre a violência doméstica , eu me descobri muito mais do que eu pensava, mas eu sei que posso muito mais.

Ela também é mãe de cinco, também se empolga com suas próprias histórias e nos encaminham para uma jornada de busca interna e nos ajuda a olharmos para o mundo de um ponto de vista feminino e que nos trás de perto a história do Brasil de maneira bem particular.

Rose Marie Muraro é uma daquelas mulheres que te ensinam na vida, que a sua vivência se desenrola com a nossa história e nos fazem relembrar porque somos mulheres, ela é capaz de nos guiar por um caminho emocionante onde cada momento da vida dela, nos encontramos na nossa.

A vida nos acaricia com belas histórias, às vezes histórias famosas, mas a grande maioria são histórias anônimas, histórias de mulheres comuns, essas que andam nos metrôs, que vivem perambulando nas cidades contando suas próprias histórias para as meninas jovens, as nossas histórias também ensinam, também encantam e Rose Marie é sem dúvida uma das histórias que valem muito a pena contar.

Assim como Conceição Evaristo que me encantou com a sua poesia e histórias que me encheu os olhos de lágrimas por prazer de ler sobre mulheres fortes, mulheres anônimas e que se tornou uma das minhas autoras preferidas e sem dúvida me abrilhantou com suas palavras que nos reinventam.

O ato de recontar histórias fizeram de Conceição a minha autora encantada e que tenho o prazer de conhecê-la apenas em Lê-la e apreciar as suas doces e significativas palavras.

Somos mulheres escreventes, e que buscam serem lidas e querem trazer significância na vida das pessoas, porque ser escrevente é buscar nas palavras a vida e inspirar as pessoas a serem melhores por serem elas mesmas, por serem nós mesmas, porque a felicidade é estarmos conectadas com a nossa essência sem remorsos e dores.

O que queremos quando escrevemos para alguém não é só sermos lidas e conhecidas pelas nossas palavras, mas é trazer para a vida , para a vivência das pessoas as cores que nem sempre estas desconhecem.

É como descrever as cores à um cego, é como ser a luz e a muleta de alguém, em nossa real humildade de sermos apenas escreventes.

O que somos senão pessoas se expressando a nossa maneira.

Não me comparo a essas brilhantes mulheres, longe de mim essa arrogância, mas o fato é de tê-las lido me trás uma esperança gritante, de podermos ser quem queremos ser, sem aquele auto-julgamento que nos mata e nos fazem ignorar as nossas qualidades, enfim, todas nós podemos contar histórias, então, eu faço a minha parte, e você?

Seja quem for você, brilhe!!!!




sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Relacionamentos abusivos!!!



Somos tantas mulheres, e são muitas que vivem ou viveram relacionamentos abusivos.

Nós nos acostumamos com os abusos, historicamente sim, as mulheres querem sobreviver, as crianças querem sobreviver e nos acostumamos a viver mas não significa que deva ser assim.

Há muitas formas de nutrirmos esses abusos, sim nutrimos, porque quando nos acostumamos com os abusos, nós alimentamos a esperança de que os abusos vão parar se tratarmos os abusadores com amor e gentileza e num momento de "gentileza" de nosso abusador, há continuação dessa relação.

A história das mulheres da humanidade é a nossa história, não há como negar essa evidência, como eu já via mencionado em outras postagens, a cultura do estupro, a prostituição por muito tempo foi legalizada para que o capitalismo se fortalecesse e as "famílias do patriarcado" se prevalecessem intactas, entre outras razões, a verdade é que o sistema está tão bem estruturado que sair desses laços apertados parece impossível.

Relacionamentos abusivos vão além de cárceres privados, são relacionamentos que no ponto de vista do agressor, é uma relação saudável, o ciúme, a intensa vontade de agradar para não se zangar é uma moeda de troca.

Quando ouvimos que" tapas de amor não dói" é uma afirmação abusiva, ou mesma " estou agindo assim para você aprender" é uma afirmação mentirosa e abusiva, nenhum relacionamento saudável ou uma forma de educação deve ser motivada pela violência, devemos sim nos proteger contra qualquer tipo de abuso, 

Qualquer tipo de relação que haja chantagens emocionais, é um relacionamento abusivo porque intimamente há uma agressão, e ela pode ser invisível. a vítima de um relacionamento abusivo é sempre levada a acreditar na normalidade dessa ação, ela se acostuma com isso.

E como saímos de um relacionamento abusivo?

As nossas relações afetivas  nos alimentam , a sociedade se baseia em nossos laços e também em desenlaces dando continuidade as nossas vidas, é assim desde sempre, e a sociedade se firmou por essas relações, as nossas relações sociais, familiares, mesmo as mais antigas civilizações nômades, os laços as mantiveram ainda em perfeita harmonia com suas leis internas, enfim, a civilização foi criada para estreitar laços e banir o que parecia impróprio, e infelizmente, as atitudes abusivas permanecem até hoje.

Quando vivemos num relacionamento abusivo não detectamos a princípio, porque parece normal, as trocas de gentilezas são constantes e é sempre uma ação desagradável e depois uma ação de gentileza como compensação, e ao longo desse relacionamento, essas ações se tornam rotinas , logo , quem é vítima de um relacionamento abusivo, para não viver mais as agressões psicológicas, ela passa a agradar o agressor para não sofrer, é um sistema de trocas, a única saída para um relacionamento é o auto-amor, o auto-cuidado e esse buscar a si mesmo constantemente, esse amor-próprio é a melhor alternativa para que a pessoa vítima de abuso possa se fortalecer.

Quando o agressor além de abusar psicologicamente também pode usar a condição financeira para continuar com esse abuso, daí o problema se torna ainda mais intenso e de difícil resolução porque a pessoa então fragilidade fica ainda mais vulnerável, então, quando a pessoa começa a cuidar das suas próprias finanças o abusador também passa a intensificar suas agressões, e quando as agressões passam a serem físicas, é necessário uma intervenção imediata, não tem como remediar , é preciso de uma rede de apoios, aonde no Brasil há uma certa precariedade, não que não exista, existe, mas ainda em estado ainda muito atrasado, mas a ideia é melhoria, e acredito que isto está sendo trabalhado e teremos melhoras quanto a isso, mas enquanto essa ação não se intensifica, as relações afetivas de amigos e parentes é primordial porque as atitudes de empatia é que faz a vida dessas pessoas mudarem.

Nos relacionamentos abusivos o agressor impede que essas relações existam usando de todas as suas artimanhas para que isso aconteça de forma intensa, o isolamento e a auto-estima baixa, é uma ação comum a todos eles.

O primeiro ato é se descobrir vítima de um relacionamento abusivo e só depois se cuidar, buscar ajuda, procurar uma rede de apoio.

Busca de conhecimento, do auto-conhecimento é primordial para a saúde mental de qualquer um.

O cuidar de si mesmo, o amar, o criar-se diariamente nos fortalece e nos impedem de agirmos com brutalidade de nos trás a empatia que necessitamos ter para com todos em nossa volta.

Cuidemos de nós e dos nossos e tudo dará certo.

Quando passamos por um relacionamento abusivo nós aprendemos e ensinamos uns com os outros nos trazendo um pouco de paz.




 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Conjugar o afeto.



Todas as formas de amar me pegam pelo braço.
As minhas mãos duras do tempo também podem afastar .
Nos afastamos dos abraços estranhos e negamos beijos que nos ameaçam sorrisos.
Quando dentro de mim, me toca o cuidar um do outro.
Todas nós juntas num mesmo laço e às vezes nos estranhamos.
Pensamentos que retornam sempre no mesmo lugar pela sua constância.
As formas de amar também me abraçam.
Me toca olhar para o outro com um afeto amigável.
Um abraço amigo, um toque claro de afeto.
Grandes almas se encontram tempos em tempo.
E meu coração se encanta com o toque de tambor.
Grave e contínuo...
Busco dentro de mim tantos toques.
Num espaço apertado .
Eu abraço o tempo e me encontro quase infantil.
Desmonto com um beijo afetuoso de um amigo.
As minhas mãos encontram outras mãos.
Uma irmandade.
Uma grande irmandade.
O cuidar uma da outra, uns dos outros.
Todos num mesmo laço.
As diferenças unidas para um mesmo abraço.
Afasta quem não nos fala de coração.
Afasta quem machuca .
Afasta quem nos fere a alma.
Mas quem em nós se acalma e se aquece.
Cuidamos.
E amamos ...
Quem a alma feminina, feminista e felina se achega 
Recebe de nós afeto ...muito afeto...



terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Cinderela às avessas

 


Quando eu entrei para o grupo de mulheres " Cinderela às avessas" eu pensei que iria aprender com grandes mulheres, então, eu não perdi tempo e fui navegando por essa jornada feminista e me descobri bem mais do que uma blogueira que escreve coisas aleatórias, eu me descobri alguém muito melhor do que eu achei que fosse.

Todas nós temos muito poder, somos verdadeiras deusas, não porque temos super poderes como brinco mas é por causa das nossas conexões internas, tem a ver com quem somos de verdade.

O mundo é tão intenso em suas diversidades, podemos ter vivido grandes histórias mas a maioria delas não foram escritas pelo nosso ponto vista, pelo ponto das mulheres.

Muitas mulheres escreveram grandes obras com "pseudônimos" masculinos para serem lidas, grandes mulheres estavam na obscuridade porque o machismo não as permitiram usufruir de ainda mais conhecimento.

Todas nós sofremos algum tipo de assédio , abuso e muitas de nós nos calamos, não por medo, mas não fomos ouvidas, entre outras razões.

Hoje a nossa visibilidade está bem maior , mas a luta não acabou, ainda nos resta romper algumas estruturas, não é apenas por mim, mas por todas nós.

Não são apenas as nossas vivências que inspiram, não são apenas palavras ou gritos de guerra que nos movem, mas são as nossas esperanças que cercam a todas nós.

A nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro nos revela sabedoria e nos colocam num lugar privilegiado, de estarmos juntas numa ideia de que somos bem mais de que um corpo, somos corpo e alma, temos mentes aguçadas e conectadas uma com as outras para fins de cuidado.

Não somos apenas mulheres que querem aprender e ajudar, somos mulheres que buscam esclarecer outras mulheres, nos vemos como uma irmandade .

A vida não nos pouparam tempo, e o tempo nem sempre foi a nossa melhor arma para vencermos qualquer luta.

Há quem diga que mulheres feministas lutam contra os homens, nunca ouvi tanta besteira, mas a gente ouve argumentos sem nenhum acréscimo, portanto, vale a pena lembrar, que feministas lutam por todos nós, crenças limitantes, só fazem nos lembrar o quanto podem ser ridículos.

Crescemos entre nós, lutamos por todas nós e aprendemos com todas nós, não vale a pena nos enfurecer com pessoas que a mente ainda está rasa de pensamentos egoistas e machistas.

A nossa força está numa esperança contínua de querermos sempre o melhor para todas nós, e isso significa lutarmos por todas nós, sermos feministas não nos limitam , sermos quem somos amplia nossos espaços e nos acalenta saber que podemos ainda sermos maiores enquanto seres pensantes e positivas.

A luta não acaba apenas com uma aprovação de lei, numa passeata com bandeiras, a luta só termina quando deixamos de lutar, e eu sei, nós sabemos que haverá muitas vitórias porque a nossa força une a todas nós!!!

Somos importantes para alguém!!!

 


Sabe aquelas pessoas que nos motivam a crescer?

Nem sempre são as pessoas que amamos profundamente, às vezes são as pessoas que não temos nenhum afeto.

Muitas pessoas são motivadas justamente porque precisam provar o seu valor, precisam de estímulos para progredir.

Quando sofremos e nossos algozes nos menosprezam ou mesmo nos trazem pensamentos tristes e depressivos, é preciso lutar contra eles, é nesse momento que pensamos e superamos isso , nos motivando a acreditar que somos bem mais do que imaginam e crescemos também assim.

Nossos pensamentos são energias, e quando percebemos que precisamos melhorar, crescemos.

Crescemos quando percebemos as nossas próprias falhas e isso trás benefícios, porque passamos a olharmos para nós mesmos com olhar mais crítico.

Um olhar solidário, e não um olhar perverso, é um olhar que diagnostica quem somos de verdade e olhar para o que estamos vivendo , estaremos olhando para o nosso próprio futuro.

A forma com que nos vemos , diz quem somos, e quem queremos ser, a mudança é a parte difícil, porque estamos acostumados a enxergar as coisas de um jeito e quando mudamos o nosso olhar, tudo muda.

A vida parece complicada mas ela na verdade tem um segredo, a leveza do nosso espírito depende de como nos vemos no mundo, todas as nossas impressões estão no espírito, portanto, somos o que pensamos.

As pessoas que nos inspiram , ou simplesmente nós que possamos inspirar alguém temos responsabilidade, pois as nossas mensagens serão compartilhadas e muitas vezes fruto de atos alheios , porque a nossa influência pode significar mudanças na vida de pessoas, essa responsabilidade deve ser pensada. Fazermos uma auto-crítica é essencial para a manutenção do nosso EU.

Quem somos nós no mundo, quem somos nós na vida dos outros?

Mesmo que queiramos colocar cada um conforme as suas obras, temos sim, influências da vida de alguém, não podemos negar isso, somos sim responsáveis mesmo que a escolha seja importante, a nossa responsabilidade nos tornam importantes na vida de alguém.

Quando culpamos o outro quando ficamos zangados ou tristes, é compreensível na mesma proporção que alguém nos culpam, porque vivemos em sociedade e criamos vínculos, criamos karma, logo, todos somos um.

Eu sei que eu sou responsável pelas minhas escolhas e a minha mente é o meu paraíso ou a minha perdição, eu entendo, mas eu preciso entender que a minha influência sobre o outro acrescenta o meu karma, porque eu sei que o que sinto, as minhas emoções provocam ações e essas ações terão as consequências e eu devo refletir sobre isso.

Então, mesmo sabendo que cada um conforme as suas obras, eu , a minha consciência entendo a responsabilidade que possuo sobre a vida dos outros, porque só crescemos quando criamos vínculos e esse é o caminho que todos nós seguimos.

Quando alguém diz de maneira provocativa que não somos capazes de agir , estão nos motivando a agir de uma maneira ou de outra, e nós respondemos a essa provocação negativamente ou positivamente, está aí a nossa escolha, portanto, a nossa escolha é sempre nossa ação, sendo ela para agradar ou não alguém, então, estamos agindo , reagindo a todo momento ao mundo.

Se inspiramos alguém significa o grau de nossa importância, e essa importância nos responsabiliza intimamente as consequências.

Sejamos conscientes que somos parte de um todo, a nossa vida por mais simples que possa parecer, ela é importante... Pense nisso!!!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A mulher que eu fui no século passado!!!

 


 


Meus olhos azuis se confundiam com o céu... seus olhos me buscavam entre o azul do céu.

Sua voz gritava dentro de mim.

Cada parte de mim, cada um que está em mim deixa de existir quando eu tento me ver no outro.

As dores que assemelham ao inferno me prendem a alma e eu me perco dentro de mil céus.

Cadê o pouco de dignidade que me resta, o inferno não é um lugar seguro.

O remorso de antes, me torna eu hoje.

Fora uma história que se foi dentro de mim.

É o passado de uma outra vida, que me persegue quando eu vejo o teu olhar em mim.

E eu nessa vida que as vezes me acorrenta ao passado, sou outra eu, e dentro de mim, a mulher de olhos azuis está nesta aqui, de olhos castanhos...

Olhos que percorre os azuis e que se lembra de como foi .

Esta mulher de olhos castanho ama sem igual quem um dia odiou e se perdeu nisso.

Diante de cada  lembrança, eu me lembro de quem eu quero ser, sendo muitas em uma.

Já fui princesa, rainha, cigana, e fui até senhora, hoje sou eu.

Muitas mulheres em muitas.

Eu sou apenas eu, querendo fazer de mim, uma mulher melhor.

E eu sei que isso leva tempo, espaço e cuidado.

Sendo assim, eu sou eu... 

Mas a mulher que eu fui no século passado foi quem gerou a mulher que sou hoje.

A mulher que quer ver outras crescerem dentro de mim.

E cada uma delas em mim, me faz a mulher linda que sou hoje.

Análise do filme Persuasão.



As vezes agimos de forma um tanto enigmática e reagimos as situações que colidem com os nossos pensamentos, considerando que nos sentimos persuadidos a agir contrário a todos nossos sentimentos.
O filme não retrata apenas uma situação de fere os nossos sentimentos mas o que um época impôs as mulheres situações que não a fizeram melhores, mas dignas de uma análise moderna do que no que acontecia na época em que o filme retrata.
As mulheres não tinham muitas escolhas a não ser viverem conforme as regras do patriarcado, os homens endeusaram as mulheres e depois as demonizaram. Quanta dominação!!
Mulheres solteiras, eram mulheres sem créditos consideradas difíceis, as mais feias, enfim, era uma mulher que não merecia destaque.
O amor é dado ao mundo como algo sublime e nobre mas numa época em que a honra era dada ao mundo como uma ação valiosa, as mulheres faziam de tudo para se permanecerem como estava, submissas as questões sociais, eram vendidas aos maridos, o homem rico eram os homens mais valorosos , assim como as mulheres, e aonde ficava o amor nessa história?
Nos diários, nas memórias. e em seus mais profundos pensamentos, quando o que na verdade a herança era um bem maior do que imaginamos pensar, os homens sempre venceram quando se tratava em domesticar as mulheres.
Um detalhe importante, os negros não tinham um lugar de destaque nas famílias endinheiradas, então, estranhe as famílias negras endinheiradas nos filmes, portanto, há uma discrepância nesses fatos da história, na verdade, mulheres brancas com homens negros, eram relações proibidas, mas vale o romantismo do filme.
Casais pobres eram comuns, mas infelizmente o filme retrata uma verdade bastante comum, as pessoas se casavam por dinheiro, algumas coisas ainda permanecem nos dias de hoje considerando que vivemos numa sociedade capitalista.
O filme mostra um casal que se ama e que se separam por questões sociais e que depois de oito anos separados se reencontram, ela se vê numa família agora falida e ele, volta rico e digno de um casamento agora com a personagem feminina protagonista, não há outro final senão, o casamento de ambos.
Por quê persuasão?
Porque a personagem feminina protagonista é convencida a se separar do amado porque ele é um simples e pobre marinheiro e ao retornar rico, adivinha, ela tem a permissão de se casar, mas como todo filme deve haver um certo conflito , ele o marinheiro e agora capitão se vê pretendente de uma outra mulher, mas como todo romance nos deixa com dúvidas, um pretendente para ela aparece, outro conflito de interesses, enfim, ela decide com qual rico deve se casar e adivinha... Ela se casa com seu amado.
Não há novidades, mas é um filme interessante e perspicaz porque retrata uma vida bastante comum naquela época, todas as mulheres eram persuadidas a se casarem a quem fossem prometidas, e isso era uma relação comum.
O comportamento da época não é segredo para nenhuma de nós que nos acostumamos a entender como era as relações e o porquê. 
A pergunta que fazemos a nós mesmos é bastante persistente , e quando a mulher se recusava a seguir o roteiro?
A mulher era considerada histérica, difícil , entre outros adjetivos, a mulher era considerada bruxa em alguns casos, mas nada surpreendente.
O filme tem seu brilhantismo com os diálogos inteligentes e interessantes, vale a pena ver com um olhar mais crítico.
A ideia de retratar essa situação comum no cinema, e procurar filmes que retratam essa vida feminina é uma viagem ao passado não muito distante das inúmeras mulheres daquela época, e que não foge muito dos dias de hoje com leves diferenças, então senão assistiu, se delicie com uma bela e romântica história.

A feminista chata!!!

 


Sabe aqueles momentos em que a fixa cai e a gente vai tentando se acertar?

Pois é, a minha fixa caiu, sou aquela feminista chata, que não consegue entender a lógica em certas situações.

A mulher calma e resignada sai do salto quando ouve falar de um assunto tão meu, e tão próximo de todas nós, a violência, não é um assunto que eu deva me afastar, é um assunto tão comum que não sai da minha sala de estar e sempre está nas discussões familiares, eu e meus filhos...

Quando dizemos sermos feministas, nós ouvimos : " Lá vem a feminista chata" e eu assumo, sou mesmo, o fato é, eu estou ciente de quem eu sou e o meu papel no mundo.

Venho falando sempre neste blog da auto-estima, do auto-conhecimento, e muitos outros "autos", mas nunca me adentrei ao feminismo de fato, porque eu não o conhecia tão bem como agora, e venho estudando e me aprofundando não só a história da Mulher, mas sobre quem somos desde sempre.

Ser de alguém já é estranho, imagina a mulher que sempre foi considerada propriedade, afinal, muitas mulheres quando casam, tem em seu nome o acréscimo o sobrenome do marido, eu sempre achei isso estranho, mas vamos lá, vamos conversar...

Tenho assistido filmes, lendo biografias, documentários, tudo que vá me ajudar a conhecer melhor e não é de se espantar que o mundo continua do mesmo jeito, com algumas leves melhoras.

Vamos parar para analisar, as mulheres sempre são retratadas como objetos, somos sempre de alguém, filhas de alguém, algumas são esposas de alguém e tem filhos.

Os trabalhos sempre são exaustivos e acumulamos tarefas, somos a faz tudo sem remuneração, para uma sociedade capitalistas, somos escravas?

Fazemos por amor, fazemos porque não tem outra pessoa para fazer e quando não fazemos, somos a má mãe, a má esposa e a má mulher, enfim, ora deusas, ora más, não dá para entender o que o mundo quer da gente.

Daí chega eu, a feminista chata que se envolve nas muitas questões sociais e entra na vida das pessoas como a pensadora e manipuladora... Bem , muitas de nós somos vistas como as egoístas , vai entender a humanidade!!!

A feminista chata é aquela que sabe o que está falando, que conhece o falar egoístas das pessoas que normalizam o preconceito, e acreditam que a mulher precisa cuidar do lar e deve se sobrecarregar, sim, a mulher é a super em tudo, mas sempre foi assim, e foi por isso que ela está sempre se sentindo culpada por não fazer esse papel quando se sente estanha com essa história que tudo sobra para ela, essa mulher, essa mulher faz tudo, somos nós, somos todas nós em diferentes aspectos, e não adianta falar que isso vai mudar com um toque de mágica, porque não vai ser assim.

Vejamos, nós enquanto mulheres somos as deusas que criamos para nos deixarmos mais fortes, somos o ventre do mundo e sendo assim fomos domesticadas a sermos essa mulher cuidadora, essa mulher que abraça o mundo , somos sim, a mulher amorosa e gentil, a que deseja a paz em tudo, mas precisamos desempenhar um outro papel, de sermos nós mesmas , a cuidarmos para que não seja sempre assim, que temos o nosso espaço onde queremos estar.

Sermos fortes o tempo todo já está anexado em nós, mas porque não podemos nos cansar desse fardo?

NÃO vamos deixar de ser cuidadoras, as mulheres amorosas e femininas, mas quem lutou pelo trabalho remunerado, pelas tantas conquistas ? Fomos nós, porque não havia outra saída a não ser querer isso e lutar por isso, na verdade, apenas os que precisam dessa justiça é que a procuram, já ouviram falar de um dono de uma indústria fazer greve? Acredito que não. 

Só quem se incomoda com a situação é que se vira para mudar, portanto, somos capazes de fazer grande ações mas nos basta a vontade e a união de muitos para que isso aconteça, então, ser feminista chata não é uma denominação ruim, é esta feminista chata que está fazendo a diferença, seja no seu próprio lar, seja no ambiente do trabalho, somos nós a criadora de polêmicas, não importa, fazemos alguma coisa, mesmo que seja alguém como eu, que escreve para outras mulheres falando as próprias experiências, tentando mudar o humor , somos nós que fazemos e é só.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Algumas considerações sobre Calibã e a bruxa.


 


Ainda lendo o livro " Calibã e a bruxa " me deparo com documentos impressionantes, não apenas por serem desconhecida por muitas mulheres mas por serem dados tão absurdos.

Que a violência sempre existiu contra as mulheres,  é um fato mas que fora tão amplamente aceito e legalizado , isso é de fato assustador.

Quando as mulheres lutam por seus direitos não é apenas porque necessitam, mas porque nós mulheres merecemos, o machismo não é apenas algo que deva ser combatido mas é preciso bani-lo de nossa história, o patriarcado não só destruiu grande parte de nossos conhecimentos ancestrais como também destruiu parte de quem somos e que precisamos nos apossar de tudo que nos foram tirados por sermos quem somos.

Grande parte da população feminina são massacradas por desconhecerem o valor que possuem, hoje com todas as ferramentas que dispomos , somos capazes de nos fortalecerem não apenas como mulheres mas como grande pessoas que somos.

Mulheres de todo o mundo estão se unindo e se redescobrindo e isso é maravilhoso visto que há ainda muito que fazermos por todas nós.

Quando as mulheres de séculos antes deste se viram presas, elas se revoltaram, elas se uniram e transformaram o mundo para que hoje tivermos a possibilidade de falar e nos tornarmos ainda mais fortes.

Quantas de nós ouvimos que nascer "mulher" é um grande fardo?

Todas nós já sofreu algum tipo de assédio ou violência, e nos silenciaram porque não tínhamos como provar as anormalidades que sofremos?

Tentamos protegermos de todas as violências possíveis e inimagináveis mas é quase impossível, porque ainda estamos presas ao patriarcado e o que me deixa ainda abismada é que muitas mulheres são machistas e educam seus filhos com ideias machistas e como convencer essas mulheres do contrário?

É uma grande tarefa de todas nós convencer o mundo de que o machismo não pode ser uma coisa normal, e nos deparamos com barreiras gigantescas quando dizemos que o feminismo é um movimento por todas nós.

Muitas mulheres foram vítimas de estupro coletivo, eram queimadas porque não queriam ter filhos e muitas por algum motivos sofreram aborto, mesmo aquelas que deram a luz mas as crianças nasceram doentes ou mortas, todas elas foram mortas porque não estavam de acordo com a "civilidade" imposta pela sociedade, pela Igreja, ou seja, mulheres traíram outras mulheres por medo, por intrigas, não importa, eram mulheres que mesmo diante de todas as atrocidades impostas não desistiram de si mesmas, elas lutaram até o fim.

Isso só foi uma parte de nossa história e o que vem além disso?

Nós precisamos esclarecer outras mulheres, estar entre mulheres que ignoram o seu poder e mostrá-las que somos capazes de mudar as nossas perspectivas e ampliar os nossos olhares. 

As mulheres foram escravizadas e mutiladas com seus direitos, não eram donas dos seus corpos, não podiam trabalhar como desejavam, tinham seus salários sequestrados, filhos tirados e muitas queimadas por serem grandes conhecedoras de si mesmas, hoje admito termos evoluído bem, mas não mudou muitas coisas, porque o pensamento machista não mudou, adquirimos mais paciência, ainda lutamos para sermos valorizadas, ainda temos os nossos trabalhos dentro da invisibilidade e muitas questões a serem discutidas, mas há grandes mulheres que lutam por todas nós, devemos nos tornar visíveis nessa luta constante para retornarmos a nossa liberdade.

A maioria de nós mulheres ainda estão feridas, grande parte de nossas vidas fomos educadas para sermos discretas, sermos silenciosas e muitas de nós desconhecem o prazer, têm medo de sentirem prazer , não conhecem seu próprio corpo, ou seja, somos criadas para sermos sempre excluídas, e somos marginalizadas por pensarmos diferente, mesmo com tantas mulheres quem estão nos ensinando, ainda sim nos faltam mais chances, nos é imposto certas atitudes machistas, porque o patriarcado domina a nossa sociedade.

A liberdade, a igualdade e fraternidade que tanto buscamos ao longo de nossa jornada deve ser nossa maior meta e ensinar as nossas crianças a validade dessas três palavras que nos motivam , enfim, cada vez que nos reconhecemos como mulheres, nos reconhecemos como humanas que lutam pela sua existência com o amor e o respeito que merecemos.



sábado, 25 de novembro de 2023

Domesticação das mulheres!!!



 É estranho imaginar uma pessoa sem passado, é estranho imaginar como nós mulheres desconhecemos a nossa própria história.

Quando comecei a estudar o feminismo com mais entusiasmo eu percebi o quanto a minha história estava apagada dentro de mim.

Ao buscar as minhas origens e meus ancestrais eu pude perceber o quanto nós mulheres perdemos milênios de histórias porque nos domesticamos para que essa história fosse esquecida, mas eu não perdi a fé, a fé em mim, a fé nos outros.

A narrativa continua a mesma, "em favor da família", mas será que apagarmos a nossa história faz crescer e proteger a nossa família?

Nós crescemos aprendendo que devemos fazer sem pensar, sem questionar, entramos numa nova fase, a nossa redescoberta, ainda há quem quer reviver " a caçada as bruxas" mas nós mulheres pensantes e histéricas queremos muito mais, queremos nos tornar mulheres selvagens, nos reconstruir.

No tempo em que as mulheres eram mais submissas e temerosas, fomos domesticadas para não morrer mas a esperança e a força , a vontade pela liberdade continua dentro de nós, nossa energia não cessou por causa do nosso passado.

Quem são as mulheres de agora, somos mais fortes?

Ainda somos fortes mas ainda continuamos lutando contra essa domesticação e a invisibilidade do nosso trabalho, eu escrevo de maneira simples para pessoas simples, porque eu sou assim, pensando na mulher simples e ainda escrevendo para ela.

Fomos violentadas quando o machismo tenta nos calar, somos violentadas quando deixamos de fazer o que nos aquecem o coração, somos violentadas quando a política não nos dá voz e morremos intimamente quando nos calamos e não conhecemos o nosso passado.

As mulheres foram domesticadas, caladas para que hoje a vida fosse como ela é, a nossa história foi sendo criada através da violência e precisamos retornarmos as nossas origens.

Quando a mulher admira a lua,quando vê a sua própria natureza com honestidade estamos retomando o nosso lugar,estamos nos tornando ainda mais fortes, a história da mulher está ainda apagada porque ainda estamos em busca de nossa verdade.

Vemos a domesticação das mulheres nos contos de fadas quando a mulher protagonista está adormecida, calada e presa, a mulher boa,é  é a mulher boazinha, a mulher submissa, essa mulher doméstica, é a Branca de Neve, é a Bela Adormecida,é Bela, a Rapunzel, essas mulheres retratadas como passivas, a mulher má, é a bruxa, a madrasta, a mulher histérica, quem somos nós nos contos de fadas, onde nos encontramos em nossa própria história?

Como foi essa domesticação?

As mulheres foram silenciadas quando o mundo machista a entendeu como perigosa, quando perceberam a sua força feminina, afinal, a mulher conhecedora de si mesma poderia cuidar dela e das outras mulheres, a mulher sabia o que era bom para ela, reconhecia a importância do seu trabalho em comunidade, mas o mundo queria que ela fosse reprimida, e começou a vê-la com um diabo de saias, começou a ensinar que o sexo era pecaminoso e a impediu de sentir prazer, a impediu de se tocar e entender o seu próprio corpo, e a fez ser uma propriedade para a reprodução, a fez sentir como inferior, traindo-a , machucando-a, a deixou morrer e perder seu valor, a mulher adormeceu e passou a temer a si mesmo e seu poder feminino.

Sem a luta de milhares de mulheres ao longo de nossa história não teríamos nenhuma evolução, não estaríamos nesse lugar de fala, os nossos direitos, as nossas revoluções não foram apenas violentas , foram baseadas na dor constante e na vontade de crescimento e de sobrevivência.

Fizeram do nosso corpo uma moeda, uma propriedade e nos mutilaram, nos violentaram para que o capitalismo se consolidasse, ou seja, nos domesticaram para nos venderem.

Crescemos aprendendo que a mulher deve sentar com as pernas cruzadas, não podemos falar alto, não podemos vestir roupas insinuantes, mas insinuantes para quem?

Quem pode dizer para quem eu deva me vestir?

Como eu devo me expressar ?

Qual é nosso lugar no mundo?

Hoje as mulheres são mais falantes, mais desejosas e mais claras, mas ainda temos muitas lutas, há ainda dores cortantes, há muitas mulheres silenciadas , não  entre as mais esclarecidas, as intelectuais, mestres, doutoras e entre as mulheres geniais, claro, elas sofrem sim, mas eu quero falar para as mais simples, as que ainda estão sofridas , as que foram forçadas a serem assim , pela falta de compreensão, pela falta de cuidado, as que sofrem com auto-estima baixa, pelas que cuidam sem serem cuidadas, essas precisam de todas nós, dos nossos cuidados.

Essas mulheres ainda doloridas, essas que se escondem numa maquiagem, que escondem-se em roupas compridas por causa das marcas roxas, eu quero estar com elas, para elas, e não me importo o quanto me sacrifico, ainda sim, será por amor a elas.



quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Feminismo e a força feminina!!

 


Quando dizemos que somos feministas, algumas pessoas com ideias distorcidas já nos julgam como mulheres histéricas, mas não se perguntam a real razão pela qual lutamos, simplesmente se entregam à preconceitos e ignorância.

Fomos silenciadas, acorrentadas a crenças que nos limitaram e nos deixaram na periferia, o patriarcado nos calaram e nos educaram para sermos limitadas em nossas crenças, em nosso sexo nos privando da nossa liberdade.

Precisamos conhecer a nossa própria história da qual fomos excluídas e que precisamos retornar as nossas origens, colocarmos num lugar de protagonismo.

Algumas histórias nos colocam num plano menor , num lugar que não merecemos.

Desde muito antes das civilizações que conhecemos como antigas civilizações, as mulheres tiveram seus lugares como senhoras de si mesmas, dividindo seus valores mas o patriarcado nos fizeram esquecermos de quem somos e nos fizeram absorver crenças de que não somos donas de nós mesmas mas uma costela do homem para metaforizar questões mais complexas.

Enfim, nós mulheres sempre tivemos que lutar pelos nossos próprios direitos, e assim as civilizações cresceram a custas das lutas não apenas das mulheres, mas a luta da classe mais sofrida, a classe que basicamente sustenta toda a classe dominante e que se dá importância por serem manipuladores e se aproveitarem da simplicidade ou melhor da condição de servidão do outro.

Somos donas de nossos corpos , do nosso prazer e das nossas escolhas, mas isso não é uma aquisição fácil, não foi e nem será, ainda estamos lutando pela nossa condição humana de sermos livres para sermos nós mesmas.

Quantas de nós já sofreu algum tipo de abuso e se calou por razões que não nos cabe dizer agora, mas houve razões, houve agressões, mas nós nos punimos porque no inconsciente coletivo, nós nos responsabilizamos por isso.

Ainda hoje nos culpam pelas agressões que sofremos pelo simples fato de sermos mulheres, porque na mente de muitos, a mulher sofre porque quer, por dinheiro, porque veste uma roupa mais sensual, porque é um ser livre, mulher já nasce com a marca de ser vulnerável, já tem um destino de sofrimento , de perdas e de preconceitos.

O feminismo não é um movimento de histéricas, é um movimento de força, somos capazes de grandes feitos unidas, lutamos não somente para a igualdade, mas pela dignidade, pelo respeito e pelo direito de sermos humanos, de sermos humanos livres.

Ao contrário do que dizem, não nascemos para sofrer, ou para vivermos eternamente lutando, nascemos para amar, sermos amadas e sermos livres de preconceitos.

Somos as mulheres que geramos, que educamos e que constrói , logo, podemos ser quem bem entendermos, embora cada uma de nós têm suas questões morais a serem aprimoradas, lutamos pelo mesmo fim, sermos valorizadas pelo que somos, por quem somos e isso todos nós temos direitos e por que foram negados?

Talvez seja porque essa nossa energia feminina seja bem maior do que imaginamos e que a nossa força venha crescer e nos fortaleçam ainda mais.

Estamos nos unindo cada vez mais, criamos espaços maiores, criamos frentes de luta, criamos vidas livres e pensantes que possam fazer valer a nossa luta.

O Feminismo não é uma luta recente de poucos séculos, ela é antiga, começou quando  o patriarcado criou força, e isso faz muito tempo, quando a força feminina era ainda o que nos mantinham ainda unidas e guerreiras, a vida era mais simples e mais dedicadas a nós mesmas e fazíamos tudo por amor uns pelos outros, mas daí veio o patriarcado e nos deixaram perder as forças através de ideias que mudaram o mundo e nos mantiveram em segundo plano, a supremacia masculina ganhou forças, criaram-se mitos para suprimir essa força feminina que já nasce dentro de nós.

A força feminina é a energia criadora, é a energia que circunda a vida que geramos, que nutrimos dentro de nós e o feminismo é o movimento que veio restaurar essa força em nós.

Não confundamos o que já existe, não deixemos de pensar no poder que temos dentro de nós, restauremos essa força divina que nos cria e que nos renova , o feminismo é apenas uma parte do que podemos ser unidas, somos bem mais do que simples geradoras de vidas, somos a vida em si, e todos podemos ser, sem essa polaridade que nos divide, sim temos forças diferentes que nos unem, somos todos criaturas divinas, mas a vontade de poder  suprime a força feminina e assim vivemos em desarmonia.

Somos fortes quando nos unimos para um bem maior e negar a força feminina é negar a sim mesmo.

Feminismo não é algo que fora criado para separar mas para restaurar o que foi perdido e roubado, e agora nos tempos do agora temos a oportunidade  que todas as mulheres possam se lembrarem  de  nossa origem e vivermos conforme temos o merecimento, somos fortes unidas e isso é quem devemos ser desde sempre.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Cinderela às avessas... uma recém descoberta!!!

 


Eu poderia dizer algo diferente , poderia relatar ou transferir as histórias das inúmeras mulheres que me escrevem e replicar para os leitores deste blog para que muitos possam aprender com cada uma delas.

Eu também poderia parar de escrever, deixar de escrever coisas que nós estamos carecas de saber, mas eu me vi cercadas de nossas ideias e aprendendo a partir de muitas leituras feministas e sobre o sagrado feminino, poderia também criar textos mais fortes mas resolvi apenas escrever o que normalmente faço... coisas do coração.

Nós mulheres sempre fomos motivadas a viver nos comparando, competindo com outras mulheres como se fôssemos eternas inimigas, como se viver assim fosse normal, mas não é e nem é sadio.

Aprendemos a usar nossos corpos para serem atrativos, para sermos as reprodutoras perfeitas para outros seres perfeitos, mas será que isso não nos afastou de quem somos de verdade?

Antes das mulheres serem consumidas e consumidoras da vaidade incansável éramos deusas, éramos mulheres mais fortes e mais serenas, porque éramos nós mesmas, a nossa auto-estima não se tratava de comparações entre nós, mas éramos unidas por nossas escolhas, daí veio o patriarcado que nos orientaram numa direção oposta ao que somos, nos levando à um labirinto sem saída, nos trancaram numa redoma e nos deixaram morrer.

Nos distanciaram da vida mais leve e serena, e nos enfraqueceram, surgiu uma supremacia masculina da qual nos distanciam do nosso EU DIVINO  e nos incorporaram pensamentos que não nos ajudaram a crescer, enfim, usaram os nossos corpos, usaram a nossa força de trabalho porque sabiam que se lutarmos por todas nós, sempre ganharíamos a luta.

O feminismo não é uma luta solitária, é de todas nós, para que possamos nos fortalecer e nos reconhecermos como deusas que somos, o feminismo é uma luta eterna pela reconstrução dessa nossa identidade.

Entrei num clube da leitura, grupo de Whatsapp chamado " Cinderela às avessas " minha recém descoberta,eu me vi cercada de mulheres fortes e inteligentes, mulheres que realmente contam uma com as outras, porque é isso que devemos ser, mulheres fortes, mulheres que crescem com outras mulheres e entender a nossa história enquanto mulheres nos fortalecem.

Nas salas Xspaces , o antigo twitter, as terças-feiras Às 20:30 não é só um espaço para mulheres espertas , é um espaço para a reconhecimento de nossa própria identidade, a nossa história contada por nós mesmas.

Quando estamos cercadas de pessoas que desconhecem sua própria história estamos parados no tempo, longe da aventuras e de conhecimento, e não é isso que o feminismo quer, não é isso que queremos, queremos nos motivarmos, queremos ajudar uma as outras com o mesmo amor que desejamos a nós mesmas.



Eu criei uma ferramenta para meu auto-conhecimento, criei um mapa, uma forma de me orientar, um diário de bordo para eu pudesse encontrar um tesouro, o meu tesouro pessoal e ao longo desse período eu o retrato no meu blog pessoal, eu construí uma história , sem definição de tempo, em um lugar imaginário, o meu mapa, enfim, eu conto a história e a minha lição, tem me ajudado bastante e tenho colhido frutos disso.

Esse mapa eu me encontro, me reconheço e provoco mudanças em mim, eu crio estratégias, cada lugar retratado no mapa é um traço da minha personalidade e me sintonizo como mulher, como conhecedora, e principalmente como eu quero ser e aonde quero chegar.

O dia de hoje, o agora é sempre o melhor lugar para estarmos, embora o passado seja a base da nossa construção pessoal, o agora é sempre a projeção do que virá. O agora nos mantém esperançosos, nos dá a motivação que precisamos para continuarmos a jornada.

Podemos ter sofrido muitas coisas no passado e nos fazem reviver velhas emoções e sentimentos, mas ele já aconteceu, não há como viver o que passou, logo, o agora é nosso melhor momento, momentos de recomeços, de novos ciclos, é tempo para vivermos, reconhecermos quem somos hoje e nos inspirarmos no amanhã.

Nós mulheres já vivemos bons momentos e nos reconstruir não é uma opção, é uma realidade, devemos nos mantermos prontas para novas batalhas, desviar e mesmo criarmos novas maneiras de vermos o mundo, o nosso jeito de ver o mundo.

A nossa capacidade de criar é bem maior do que nós podemos imaginar, porque há uma imensidão de novas paisagens e temos a eternidade para aprendermos, e nos colocarmos no lugar onde devemos estar.

Hoje é um dia incrível, é o nosso dia incrível e a vida sempre nos inunda de energias positivas, e mesmo diante de qualquer dificuldade sermos quem somos nos trás uma vantagem... somos verdadeiras, somos reais e temos um mundo inteiro diante de nós.

Fomos poderosas e somos poderosas, porque somos deusas, somos criadoras de nós mesmas, merecemos sermos assim, portanto,  não importa o que virá , seguiremos lutando.


domingo, 5 de novembro de 2023

A garota da fita, da Netflix... uma série realista.

 


A série da Netflix " A garota de fita" retrata uma realidade bastante cruel, uma série de 6 episódio relata o sequestro de uma garota de cinco anos e por alguns anos o caso é investigado, a questão ainda aprofunda porque trata de pornografia infantil além da cultura do estupro e da loucura por trás de traumas profundos, mas o que é importante salientar que essa é uma realidade difícil de engolir garganta abaixo que nos deixam de mãos atadas, o que nos fazem pensar na segurança de nossas crianças , na educação que damos aos nossos filhos e que há monstros que não vivem em baixo de nossas camas, mas em qualquer lugar que encontramos num caminho de tantos atalhos.

A internet se vê como um meio eficaz para a propagação de atos como a prostituição, o estupro virtual, pedofilia, além de divulgação de vídeos de abuso,essa violência crescente é alimentada por todos nós através das redes sociais por estarmos nos sentindo seguros , mas na verdade estamos ainda mais vulneráveis.

O que nos trás reflexões diversas sobre o nosso próprio comportamento nas redes sociais, além de relacionamentos, mas a série retrata os caminhos dessas redes de pornografia que apesar de serem bastante comuns, elas ainda estão bem guardadas e senão forem extintas continuarem inseguros e inoperantes enquanto pais e responsáveis nas redes sociais.

Durante toda a série os investigadores se deparam com redes de pedofilia, cultura ao estupro mas o caso está longe de acabar devido as várias bifurcações que a série nos levam, mas a cada episódio nos reconhecemos como mulheres e pais com os nossos medos e frustrações além da loucura de pessoas que se colocam no limite de seus desejos levando-os às atitudes deploráveis para alcançarem seus objetivos.

É basicamente o conto de Rapunzel nos tempos modernos com detalhes diferentes da versão original, embora no conto a menina cresce longe da civilização, a garota vive em meio aos pais sem nenhum problema a não ser a culpa de seus próprios pais por terem raptado a menina, precisam ver a séria e analisarem com um olhar crítico.

Enfim, o final pode ser surpreendente, mas vale a pena entender os caminhos e atalhos ao longo da série para estarmos conscientes de que as rupturas da sociedade são criadas por todos nós, pelas nossas atitudes e falhas, portanto, precisamos refletir de como estamos nos comportando diante das adversidades que nos confrontamos todos os dias.



quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Feminismo e o sagrado feminino!!! Nós mulheres estamos destinadas a inferioridade?


 


Eu me pergunto muitas vezes ao dia sobre nós mulheres sermos uma atração, como se nós mulheres fossemos um troféu, alguém que as pessoas devam admirar sempre e nós temos que nos suportarmos a dor de sermos sempre as melhores em tudo, e eu mesmo respondo timidamente: Não tem que ser assim.

Vivemos numa sociedade em que nós mulheres somos uma vitrine, que temos que estarmos sempre a frente e atrás dos homens como se fossem superiores, e isso não é uma impressão só minha, é de milhares de mulheres que lutam contra isso diariamente, como militantes.

Estamos destinadas sempre a perder?

Não, nós não estamos até porque sempre estaremos sendo a base e estrutura dessa sociedade que teima em submeter as mulheres a um lugar inferior, lembrando que nós , mulheres aguentamos as cargas da historia, afinal, somos nós que educamos ou deseducamos o mundo.

Posso assegurar ainda que nós mulheres apesar de sofrermos todas as diversidades, todas as mutilações possíveis, somos nós que fizemos com que o mundo sofresse uma evolução social, sem a luta das mulheres pelos seus direitos, senão fossem os escravos que trabalharam para enriquecer, senão fossem os pobres para sustentar a sociedade onde estaríamos hoje enquanto sociedade?

A luta é por todos nós , é por todos que as mulheres trabalham e lutam por igualdade, para nos libertar desse patriarcado que luta para continuar massacrando com uma ideia morta, sim, uma ideia para nos mortificar enquanto mulheres.

Mas por que estamos ainda vivemos essa situação de maneira tão massacrada?

Vivemos em um mundo onde aprendemos a sermos mulheres, na verdade não nascemos mulheres e por mais que nos esforcemos estamos sempre tentando provar quem somos.

Queremos sermos quem somos mas acabamos nos esbarrando nas nossas fraquezas sociais e psíquicas  baseadas em ideias machistas e precisamos mudar isso, primeiramente dentro de nós, e depois de mudarmos intimamente mudamos o que nos está em nosso redor.

Não podemos nos limitar, já passamos por tantas limitações, vivemos desde cedo a viver a opressão mas será que devemos aceitar isso como servidoras fiéis?

Primeiro cuidemos de nós e cuidemos uma das outras, porque não nascemos das costelas de Adão, precisamos nos tratar como iguais , ninguém deve dizer quem deveremos ser a não ser nós mesmas, somos as mulheres deusas e não nos cabe apenas nos conhecer  como mulheres mas nos conhecer enquanto seres humanos.

Somos parte dessa natureza, não somos a natureza, mas parte dela, portanto , ela está em nós assim como em outros seres vivos, vivemos polaridades mas ainda sim, somos um em sua essência, então, não somos inimigos, somos parte de um todo, então, não podemos nos considerar inferiores enquanto indivíduos , mas pensamentos inferiores sim, podemos possuí-los.

Não somos vitrines, somos mulheres incríveis e devemos nos tratar assim, como seres em formação, em evolução sem nos sentirmos inferiores apenas por sermos mulheres.

Não nos escapa o fato de sermos em nossa formação diferentes mas a nossa natureza humana , somos todos um, então, porque somos inferiores já que temos uma diferença significativa apenas para nos designar como mulheres.

Vamos nos tornar melhores nos tornando conhecedoras de nós mesmas porque só nos libertaremos quando esse conhecimento se torna pleno e acessível a todos nós.

O sagrado feminino nos ajuda a nos conhecer como mulheres, essa energia nos cria e criamos através dela, lembremos que somos quem podemos ser a partir do momento que tomamos consciência de quem somos.

O feminismo é uma luta para vivermos o nosso feminino, a nossa energia criadora nos leva a lutar pela nossa igualdade de direito , isso não nos tira a feminilidade , pelo contrário , ela impera a nossa posição enquanto mulheres.

Sermos femininas é assumirmos a nossa essência, e o feminismo nos ajuda a entender a nossa própria história e ainda mais, nos ajudam na vitória para sermos a nós mesmas, a mudança começa dentro de nós no instante em que nos entendermos.

O feminismo é uma luta considerável contra o machismo, é a luta por nós , por sermos mulheres nessa igualdade enquanto seres humanos.

É mais fácil nos prender numa sociedade machista e patriarcal do que nos entendermos e comungar a vida.

Será que a Bíblia sagrada, que é o livro sagrado é um livro machista?

Não posso dizer precisamente ,mas eu ,por minha opinião particular, sim...

A mulher na Bíblia é santificada quando é vista como um ser que sacrifica tudo ,não estou aqui fazendo do sacrifício algo ruim, sem nobreza, mas será que a mulher só é valorizada quando esta se sacrifica para atingir um ideal divino e será que ela não pode fazer da vida dela algo nobre sendo ela mesma?

As mulheres sempre mudaram o mundo ao seu jeito, com  um sentimento sacrifícial  tornando -as quase super humanas, isso é notável , mas será que tem que ser sempre assim?

Enfim, ser feministas não nos tornam ferozes e nem estúpidas, mas empoderadas e principalmente mais empáticas, e estar conectadas com o sagrado feminino nos fortalecem enquanto mulheres que sabem aonde querem chegar.


A ressurreição -página 9



 O pianista tocou duas canções , mas as duas canções eram exatamente aquilo que se sentia por sua amada.

Anna o via emocionada , os dois amantes, se encontram logo após a apresentação, Smitt estava ocupado com seus convidados e se embebedou, que acabou dormindo no jardim.

Giovana e Pietro foram embora nas primeiras horas do dia, Smitt vira Giovana e se lembrou de seu amor e o quanto precisava esquecê-la , pois ambos estavam casados.

Smitt bebeu para ter que conviver com suas mágoas.

O poanista e Anna  se encontravam na casa de férias ao lado da grande casa aonde morava com Smitt, os empregados embora descoonfiados, nada falaram, apenas atendiam as ordens.

Após passarem a noite de amor juntos,ambos se despediram, o pianista voltou para seu velho lar magoado com a situação mas aliviado de que Anna ainda o amava.]

Smitt acordou já haviam se despedido, e ele envergonhado da bebedeira se manteve em silêncio, pegara o cavalo para reconhecer a propriedade, como era de costume, tomou um banho no rio e depois voltou aos seus aposentos, Anna ainda dormira.

O pianista ainda sentia cheiro do seu corpo, não conseguia entender a alegria de estarem juntos aquela noite.

Smitt perdera a noção do tempo e só voltara a noite, sua esposa o recebeu com um sorrido e continuaram suas vidas quase sem se falarem.

A ressurreição - página 8

 


Anna estava agora entre dois homens, não sabia o quanto sua vida iria mudar. O pianista a olhava com os olhos apaixonados e cheio de esperanças.

Na noite do sarau, Anna estava deslumbrante , o pianista estava extasiado com sua beleza, o jovem soldado a tinha  como um prêmio , não sabia aonde tinha surgido esse sentimento.

Smitt estava encantado , mas outra pessoa o chamava a atenção, era Giovana, uma mulher igualmente bela, era seu amor de infância mas se casara com Anna por convenções sociais, estava dividido, Giovana estava casada com Pietro, um italiano endinheirado, filho de proprietário  de um vinhedo , era ele o maior produtor de vinho da região de Nápoles , os dois eram apaixonados um pelo outro, Smitt era um homem apaixonadamente agitado, entre dois amores Smitt vivera uma luta interna.

O pianista olhava atento sua amada que deixava a todos encantados, não apenas com sua beleza mas como sendo uma mulher inteligente causava espanto em alguns homens , mas o pianista a contemplava assim como se contempla as estrelas.


A ressurreição - página 7

 


A noite, depois de um leve chuvisco, toda a sociedade aristocrática se encontraria n propriedade de família de Anna, para ouvir o famoso pianista e suas excentricidades.

Anna vestiu seu melhor vestido, tomou uma taça de vinho e desceu as escadarias ao lado de seu marido, que se dispersou assim que reencontrou seus amigos de guerra, todos embebedados e alguns já pensando nas orgias da noite, o pianista aprecia de longe sua amada imortal, que sorria suavemente para ele, seu rosto iluminado pela lua se declarava apaixonada , mas apenas os dois se declaravam, um no olhar do outro, eram eternos apaixonados, vivendo solitários em suas casas vazias e frias.

O soldado olhava para a esposa que não negava desacordo entre eles, mas ele já estava se apaixonando pela leveza e o brilho incomum da esposa.

Esse sentimento crescia a cada dia, e isso certamente seria um problema para o pianista que só tinha pensamentos de amor e bem querer à sua amada Anna.

Dois homens apaixonados por Anna , uma jovem dama que apenas estava ali para viver de forma simples e dedicada.

A poeira , a brisa e a lua.

 


A poeira , o doce aroma das flores.

A força dentro de mim acorda.

Há muito tempo adormecida.

Acordei ansiosa para crescer.

E a lua, me ilumina , me acende o que muito tempo se apagou.

As flores me alimentam, me inundam a liberdade que eu ansiava .

Quero que a voz se calou em todas nós se faça presente em cada canto que eu resolver cantar.

Quero ter o gosto de ter prazer.

OHH, mãe.

Me faça florescer como as cores que eu escolher ser.

Que os raios de sol me façam brilhar , deixando dentro de mim, um punhado de luz.

Que cada uma de nós possa se encontrar uma nas outras.

E vamos fazer crescer dentro de nós o amor que já existe naturalmente dentro de nós.

Que a brisa me leve aonde eu cresci.

Onde eu possa ouvir a cigarra.

E a lua possa iluminar os meus sonhos antigos .

E contar para os que virão, aonde encontramos a essência perdidas por nós um dia.

Que as nossas histórias sejam apenas cantos de glória e paz.


O sagrado feminino e eu!!! Minha redescoberta!!!


 


A vida nos amontoa , ela nos envolvem de inúmeros problemas que nos desconectam de quem somos de verdade.

Quando foi isso? Quando deixamos de sermos nós mesmas para vivermos esse capitalismo selvagem?

As mulheres foram silenciadas por muito tempo, nos deixaram sem voz e nos mutilaram de tal forma que deixamos de nos conhecermos para agradar o outro de maneira que nos esquecemos de onde viemos e quem realmente somos , e agora?

As mulheres foram consideradas bruxas, e somos sim, se entendermos a etimologia da palavra, passamos a nos considerarmos bruxas, as mulheres foram queimadas vivas, foram estupradas, adulteradas , fomos proibidas de sentirmos prazer, fomos traídas, amaldiçoadas e nos fizeram esquecer da nossa própria história.

Esse conhecimento é milenar, de muitas civilizações perdidas , conhecimento do qual precisamos nos apropriar para sermos quem nascemos para ser.

Houve um tempo em que não competíamos umas com as outras, houve um tempo em que nós éramos as deusas que conhecemos e ainda somos, basta um olhar mais apurado.

Somos as mulheres que povoaram o mundo e nos mantiveram conectadas com a natureza, com a nossa própria essência, antes do patriarcado , éramos deusas, e lembremos, ainda somos.

Precisamos nos descobrirmos como as mulheres de outrora, somos deusas lindas que precisamos redescobrirmos dentro de nós.

Como nos reencontrarmos?

O sagrado feminino me trouxe , eu no meu lugar, ainda estou aprendendo a estar presente  essa nossa fase da minha vida, fiquei adormecida por muito tempo apenas sendo a mãe boazinha, que se abdicou de tudo pelos filhos, ainda sou a mãe boazinha  agora, estou mais forte mas o que me trouxe até aqui?

Quando estamos imergidos nos problemas do dia-a -dia precisamos de um tempo para nós mesmas, mas não usar o tempo num salão de beleza, é bem mais, é estar presente , estar presente na minha própria vida.

Eu me vi completamente sendo mãe, apenas mãe , não que seja ruim, mas eu precisava me ver mais como uma mulher, uma mulher forte e determinada , não desistir do que eu nasci para ser.

As mulheres não foram sempre assim, houve um tempo em que ser mulher não era tida como histérica mas como a imagem da sabedoria e de grandes conhecimentos não só místicos mas se fundiam com a própria natureza, com a nossa mãe Terra, e continuamos sendo assim, mas é preciso irmos mais além e com mais profundidade , é preciso um sentimento mais honesto, é preciso nos achar enquanto sábias e nos conectando com a nossa essência.

O sagrado feminino é essa energia em que estamos conectadas, é esse sentimento de amor por toda a criação, é essa energia que alimenta e nos tornam mais fortes e sabedoras dos mistérios mais antigos, é o que nos tornam plenas.

Quando entramos em contato com as deusas que nos constroem , estamos nos conhecendo e nos aceitamos como somos de forma genuína e com uma beleza singular.

Quando aceitamos que fazemos parte dessa natureza , estamos aceitamos a  leveza das nossas vidas e celebramos a vida com naturalidade e humildade, esse contato com essas energias nos fazem  refletir sobre a nossa existência e nosso poder que exercemos.

Que poder é esse?

O poder vem da sabedoria, vem desse amor que já nascemos com ele e que dele fomos criadas, essas energias que conseguimos co-criar e nos guiar para fazer o bem.

As deusas sempre estiveram intimamente ligadas a nós, porque elas nos representam e nos fortalecem quando nos conectamos com essas deusas dentro de nós.

Nós somos deusas, somos nós o ventre do mundo, o poder de dar a luz, e esse contato mais íntimo com a natureza, com a nossa natureza nos dão esse poder inimaginável.

O ver a vida brotar, ver o movimento das águas, o som do vento e o pulsar do sol dentro de nós, precisamos sentir isso, sentirmos unas.

Façamos esses exercícios meditativos sempre para que essa conexão nos tragam a consciência de quem realmente somos, nos alimentam o coração.

Aprendemos que o sofrimento nos eleva o espírito, isso é milenar , portanto, vamos filosofar sobre a origem desse esquecimento de quem somos, de quem fomos , porque ao entendermos isso, estaremos nos apropriarmos desse sagrado feminino.

Podemos passar uma boa parte do nosso tempo trabalhando em áreas diversas mas precisamos usar nosso tempo para nos conectarmos com o nosso Eu divino, para que não nos esqueçamos de quem somos.

Nos inspiremos em mulheres que consideramos forte, nos inspiremos nas deusas que aprendemos a entender, nos inspiremos na nossas ancestrais que nos deixaram esse mundo e que nos conectemos com as mais altas energias para que as nossas vidas também sejam inspirações.

Uma sugestão de leitura. " Calibã e a bruxa" de Silvia  Federici, estou aprendendo muito com essa leitura e espero que gostem também.

Qualquer literatura que nos façam nos conectar com a deusa que nós somos é de grande valia.


quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Qual é o melhor relacionamento?

 


Qual é o melhor relacionamento?

O relacionamento que nós vivemos em relação a nós mesmos.

Esse auto-cuidado é importante para convivermos com os outros, quando estamos de bem com a gente mesmo, conseguimos lidar com os outros com mais naturalidade e sinceridade.

A honestidade com os nossos próprios pensamentos , com as nossas emoções nos colocam em equilíbrio, mas lembremos que nem todos os dias estamos naquele momento glorioso de  harmonia , mas essa oscilação é normal e saudável, mas as nossas tendências depressivas nos colocam num lugar difícil, porque é preciso muita atenção com os nossos próprios sentimentos e emoções para não ficarmos presos a sensação de solidão e tristeza intensa.

Nossos relacionamentos estão sempre intimamente ligados ao nosso olhar sob nós mesmos, porque essas relações são baseada em nossos comportamentos, a nossa atitude e essa cadeia de reações  é que constrói a nossa sociedade, ou seja, vivemos em sociedade, e essas relações é que torna a nossa vida boa ou ruim.

O cuidar dos outros é também uma forma de cuidarmos de nós mesmos, o jeito que tratamos os outros , é também o jeito que tratamos as nós mesmos.

Só oferecemos o que temos , isso é lógico, então quando temos raiva, ou temos algum sentimento que provoca danos em alguém, estamos emitindo essa mesma força a nós mesmos.

Quando nos amamos, cuidamos de nós mesmos, cuidamos das nossas relações pessoais, porque precisamos estar de bem com os outros para estarmos bem.

Mas é preciso entender que a necessidade de ser "boazinha" o tempo todo tem que ter um certo equilíbrio , já que fomos educados para que para sermos amados precisamos ser bons, logo, quando agimos de forma "errada" são merecemos amor? Essa é uma ideia cruel , já que todos nós temos as nossas sombras das quais precisamos cuidar.

O "ser boazinha" para sermos aceitas às vezes no colocam em perigo porque para nos sentirmos amadas precisamos agradar a todos, nos colocando em situações que nos levam à uma auto-estima baixa, desgostamos de nós mesmos , mutilamos o nosso corpo emocional e isso causa uma dor emocional podendo provocar problemas sérios de saúde e até mesmo entrarmos numa relação abusiva, e isso é mais comum do que pensamos.

Somos seres humanos, seres em formação, estamos sempre buscando o melhor de nós, porque faz parte dessa nossa natureza humana, a nossa educação se baseia nessas relações pessoais, somos seres sociais e sendo assim, sentimos a necessidade de estarmos sempre bem socialmente , isso significa seguir os padrões sociais , e nem sempre os padrões estão associados aos valores morais equilibrados...

Com as redes sociais as nossas relações ficaram mais evidentes, a  nossa maneira de viver, as formas de expressarmos , tudo ficou mais exposto, ficamos mais vulneráveis?

Quando imergimos nas redes sociais percebemos as polaridades, percebemos que há excesso de informações e senão tivermos um foco, nos perdemos com muita facilidade desses conhecimentos e às vezes isso nos causam  estresse , crise de ansiedade e muitas vezes deprimidos, quando nos comparamos ao que vemos, porque a nossa força mental é capaz de fazer uma grande diferença.

O que pensamos sobre nós mesmos direciona a nossa vida, então, quando estamos bem, é estar bem com o todo.

O melhor relacionamento sempre é o que temos a nós mesmos, a forma com que nos tratamos , é essencial para vivermos bem, se eu estou me sentindo incapaz, eu vou ser incapaz, porque quando eu direciono a minha mente no desânimo , as coisas boas não estão próximas de acontecer.

Precisamos confiar em nós mesmos, precisamos criar bons hábitos, e principalmente ter uma constância desses hábitos, porque as coisas boas estão no ar, só precisamos estarmos com as portas abertas para que elas possam entrar.

Tudo que existe de bom, está dentro da gente, só precisamos estarmos dispostos a encontrar, busquemos essa força interna que todos nós temos, o mundo pode ter seus padrões enlouquecidos e às vezes rudes , mas a nossa consciência e intuição devem seguir sempre a diante nos motivando e nos impulsionando, o mundo não é um morango, mas pode ser bom quando procuramos enxergar o melhor em algumas coisas.

O melhor relacionamento não é construído de um dia para o outro, é sempre leve e devagar, como a tartaruga, que é inteligente e paciência, por isso vive tanto tempo.

Não vamos nos tornar seres humanos maravilhosos imediatamente, mas podemos tentar o nosso melhor porque merecemos o melhor.





quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A ressurreição - página 6

 


O sol estava alto, o pianista gritava dentro de si, estava ansioso para rever a amada e mesmo sabendo que ela agora estava casada e que estava infeliz e fazia pensar cada vez mais em sua amada, chorou por um tempo e compôs mais uma canção de amor, compôs e trazia paz, o fazia perceber o mundo de um outro jeito. Era dentro de si uma morte lenta, era tão difícil desfazer das lembranças, ele se apegava as suas tarefas diárias, mas seu pensamento tinha um jeito diferente de existir, estava ligado a sua amada, pensar em desistir mas seu coração controlava seus mais simples afazeres.

Anna estava sentada na varanda da fazenda onde o pianista iria tocar, ela pensava seu seu amado, no dedilhar, nas suaves notas e ela sabia que todos as suas canções seriam para sempre para ela, isso a alojava , a fazia se sentir plena.

O soldado não era seu amor, era apenas um ato de palavras, ele não a sentia sua e nem ela a ele, mas ele, a protegia quando lhe fazia necessário, ele sentia um sentimento fraternal por ela, mas era apenas um sentimento que crescia a medida que o tempo passava e iria passar muito tempo, pois o casamento era um eterno contrato, um contrato que perduraria durante sua vida inteira.


A ressurreição - página 5

 


Anna chegara na Inglaterra em sua carruagem, pensara no seu pianista e seu bom gosto quase infantil. Perdeu o chão ao chegar num lar onde em poucos dias iria se casar. Ali um soldado a esperava era seu noivo, que estendera a mão e beijou-a suavemente , viver um grande amor era o sonho de poucas mulheres, Anna ali estava, pronta para viver sua prisão matrimonial , presa num relacionamento que não pertencia ao seu coração, perdeu-se em seus pensamentos, ele, o soldado Smittt, sentou-se num banco próximo à porta central e a disse:

_ Minha prometida e amada Anna , temos pensamentos diferentes sobre a vida, mas estou aqui para fazer valer a lei, e prometo amá-la e protegê-lo.

Anna e Smitt se casaram depois de 15 dias , não houve uma noite de amor como Anna desejava, Smitt fora servir o país , e ela fora apenas servida num banquete burocrático, era ela a fonte de qualquer concórdia e discórdia de suas famílias, ambas famílias queriam apenas manter laços políticos e isso fora feito.

Smitt fora servir o país como um bom soldado, que quase não estava, Anna passara tempos sem vê-lo, e quando voltou, a tomou violentamente, por várias noites, Smitt e Anna se entregaram aos prazeres. Anna pensara em seu pianista e Smitt se assegurou que ela o pertencia, e isso fora comemorado entre Smitt, os outros soldados e sua família endinheirada.

Ao saber do casamento o pianista se entregou a bebida e ao ópio, foram dias em completa solidão, mas os dois amantes eternos se encontrariam em breve, num concerto em Londres, o pianista estava pronto para viajar e reaver sua amada Anna.


A ressurreição - página 4



 A moça estava ali visitando com os olhos, as árvores mais altas, cortinava sua vida e percebia que esse segredo era impossível guardar, mas o pianista não podia se servir desse amor, porque ela era prometida para um outro amor, do qual seu coração ardia de descontentamento, era como se perdesse para a vida, a sua própria vida.

Eles a despediram com a esperança de se verem novamente assim o amor passou a povoar seus sonhos.

Anna , era o nome dessa moça, era um nome comum , e tão belo quando ela mesma nos seus quase 17 anos, esperava por um casamento seguro, mas ela não queria se casar, queria viver esse amor impossível pelo qual seu coração era tão dominado e servil.

Ele era apenas um rapaz apaixonado e suas canções lhe servia se consolo, para outros era um homem enigmático, mas sua amada o conhecia bem.

Ela deveria se casar em breve, ela contava os dias clamando por um dia mais feliz, e ele pedindo -a para ser a sua eterna e imortal amor.


quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A ressurreição - psicografia - página 3

 


Era num domingo, a primavera enfeitava as tardes na Inglaterra e o jovem alemão se encontrava com o cheiro das flores que nunca tinha visto antes, sua amada andava no campo da pequena propriedade de seus pais, o cavalo a obedecia como um velho amigo, mas ao longo do caminho a chuva leve molhava seu rosto branco e quase pálido, quando o jovem pianista chega em seu cavalo cantarolando uma nova canção.

Os dois haviam combinado um reencontro, a jovem estava radiante porque o via feliz e nada poderia tirar seu encanto. Os dois velhos amigos e amantes se beijaram longe dos olhares curiosos, ela era uma moça desejada por inúmeros rapazes , e ele não se cansaria de compor suas canções românticas para sua amada, a cada acorde que alcançava uma nota sublime, eles se olharam e se pertenciam.

Os cavalos dialogava, a grama verde e selvagem os alegravam enquanto os amados donos se amavam e se prometiam na eternidade.

Naquele domingo , era um dia de despedidas, embora apaixonados sabiam que se afastariam mas sempre se prometeriam encontros em cartas apaixonadas escondidas nos quintais e jardins com medo que fossem descobertos.


A ressurreição - psicografia - página 2

 


A moça entrou tímida no salão, seu amado a olhou profundamente com um olhar apaixonado e dedilhou mais uma canção, que qualquer um ficaria hipnotizado com um lamento , um amor impossível mas para todos dali nada tinha de comum com a vida do pianista que emocionava a todos.

Sua amada o olhava e o amava profundamente ambos não sabiam como desviar o olhar, então, como um beijo invisível e incompreensível perfeição, os dois puderam se amar com seus tímidos e apaixonados olhares.

No canto do salão, um jovem soldado encarava a jovem, e mesmo apaixonada, ele viria a ser o homem que impediria esse amor de acontecer. O pianista com seu incomum talento era homenageado com fervor, todos ali o tinha como um grande homem, talvez anestesiante com seu talento, e muito nervoso quando incomodado durante seus dias criativos, mas ainda sim, seu nome era um novo romântico, um homem que faria o mundo todo vibrar em luz ao ouvir suas canções sentidas e ferozmente tocadas com o mesmo teor que sentia em teu vasto coração.

 

A ressurreição - psicografia - página 1

 


Ele estava ansioso, seus olhos mostravam um medo incompreensível, suas mãos suavam frio, parecia que seu coração estava parando, então ele orou, olhou para o terço que carregava no braço e naquele momento dedilhou uma canção jamais sentida com tanto amor, era um amor incomum, quase invisível, ele olhava para todas as pessoas do salão aguardando ver o sorriso singular de sua musa, então seu coração parou, por um breve segundo e chorou, diante de todos, sua voz grave fazia todos se curvarem a ele como um encanto sonoro, ele com seu corpo franzino fazia as pessoas se perguntarem, como um homem daqueles era tão genial e sua música tão magnetizante? Algo nele fazia as pessoas adormecerem e se sentirem vibrantes , sua música era tão envolvente quanto seu próprio olhar, era um homem visivelmente atraente, não pela sua beleza incomum mas por sua força pessoal impressionante.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Marilyn Monroe e eu ... quando psicografei para ela pela primeira vez!!!

 


Há algum tempo, escrevi um livro psicografado chamado "Estrelas no além" foram cartas de estrelas de Hollywood, eu me emocionei ao escrever cada uma delas,como se fizesse parte de mim cada uma daquelas histórias.

E todas elas me ensinaram,me fizeram refletir e sobretudo, me motivaram.

Uma das celebridades que tive o prazer de estar foi Marilyn Monroe, 


Quando eu a vi pela primeira vez, achei que eu estava pirando, mas seu semblante meigo, quase ingênuo me deixou encantada,porque ela é assim, simples e uma mulher que me fez lembrar de mim mesma, de como somos bem mais do que aparentamos ser.

Nossos olhares já dizia: Vamos escrever uma carta, eu  quero falar uma coisa relevante!!!

Ela me fez sentir como uma mulher empoderada e expressiva, me fez pensar em como nós mulheres nos colocamos no mundo,em como crescemos distantes de nós mesmas porque sempre estamos querendo aprovação dos outros e tentando desesperadamente mostrar em como somos sabedoras e buscando sempre estar diante dos outros mostrando como somos valorosas.

Sempre estamos nos levando a lugares desconhecidos, porque temos a coragem de nos mostrar dispostas a fazer muito mais.

Buscamos fazer o melhor,nos colocando em lugares que nem sempre nos valorizam e quando descobrimos que precisamos praticar o auto- amor , daí surge o grande "BUM " dentro de nós, é a virada de chave, é o momento em que nos descobrimos maiores do que pensávamos que éramos.

Marilyn, Uma mulher que lutou bravamente pela vida , por estar sempre se buscando e se limitando por se achar ainda pequena,por ter sofrido horrores num mundo machista e sexista, ela não é só uma mulher extraordinária, ela é uma lição.

Somos deusas, somos a representação divina do feminino, e todas as mulheres são lindas em suas diversas dimensões, cabe cada uma de nós buscarmos as diversas formas de sermos essa expressão divina,somos criadoras,somos fontes de vida e mais do que isso, somos chamas de vida,somos espíritos aprendizes.

Quando procuramos um poder de fala diante de uma multidão, estamos encorajamos outras mulheres a se posicionarem, estamos inspirando outras mulheres,estamos lutando para sermos nós mesmas e nossas diversas formas de ser.

Quando Marilyn se posiciona , ela não é apenas um exemplo de mulher que lutou para ser uma mulher forte, ela simplesmente foi forte, se sentiu insegura como a maioria de nós, se sentiu uma mulher objeto quando o trabalhou exigiu limites, mesmo quando o mundo a rotulava, ela insistiu em ser ela mesma.

Somos como Marilyn, mulheres rotuladas, mulheres agredidas mas mulheres fortes,mulheres que se destacam porque se colocaram a frente de espaços cercados de hipocrisia e incoerência , somos como Marilyn, que se colocou diante do mundo buscando espaço,buscando poder de fala num ambiente em que querem nos calar.

Quando estamos diante de qualquer problema,a solução não aparece imediatamente, ela nos exige raciocínio e perseverança, o problema nos coloca a frente de nós mesmas, nos colocamos a frente para sermos mais forte,porque que fato somos fortes.

Marlin passou por diversas questões íntimas, violência e se mostrou sempre a caminho ,nunca desistiu, procurou na solidão a melhor parte de si, foi amante da vida, se submeteu a situações movida pela paixão e sempre foi ameaçada e viveu uma opressão invisível.

O mundo está cheio de Marilyn, somos como ela, desejáveis, espertas,impressionantes e fortes, somos mulheres... 

Marilyn me ensinou a não desistir , a não me colocar abaixo do lugar que não me representa, embora ela caído em algumas armadilhas, ela se recusou a ser uma boneca, ela se mostrou mais forte do que muitas pessoas a julgaram, tinha a bondade estampada no rosto, a delicadeza e a força feminina em si.

Muitas mulheres a julgaram a deixando depressiva e muitas vezes se sentiu fraca em muitos momentos de sua vida,mas elas sempre buscou mais, procurou provar que ela era mais do que uma beleza física, e isso a tornou uma mulher brilhante.