quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A feminista chata!!!

 


Sabe aqueles momentos em que a fixa cai e a gente vai tentando se acertar?

Pois é, a minha fixa caiu, sou aquela feminista chata, que não consegue entender a lógica em certas situações.

A mulher calma e resignada sai do salto quando ouve falar de um assunto tão meu, e tão próximo de todas nós, a violência, não é um assunto que eu deva me afastar, é um assunto tão comum que não sai da minha sala de estar e sempre está nas discussões familiares, eu e meus filhos...

Quando dizemos sermos feministas, nós ouvimos : " Lá vem a feminista chata" e eu assumo, sou mesmo, o fato é, eu estou ciente de quem eu sou e o meu papel no mundo.

Venho falando sempre neste blog da auto-estima, do auto-conhecimento, e muitos outros "autos", mas nunca me adentrei ao feminismo de fato, porque eu não o conhecia tão bem como agora, e venho estudando e me aprofundando não só a história da Mulher, mas sobre quem somos desde sempre.

Ser de alguém já é estranho, imagina a mulher que sempre foi considerada propriedade, afinal, muitas mulheres quando casam, tem em seu nome o acréscimo o sobrenome do marido, eu sempre achei isso estranho, mas vamos lá, vamos conversar...

Tenho assistido filmes, lendo biografias, documentários, tudo que vá me ajudar a conhecer melhor e não é de se espantar que o mundo continua do mesmo jeito, com algumas leves melhoras.

Vamos parar para analisar, as mulheres sempre são retratadas como objetos, somos sempre de alguém, filhas de alguém, algumas são esposas de alguém e tem filhos.

Os trabalhos sempre são exaustivos e acumulamos tarefas, somos a faz tudo sem remuneração, para uma sociedade capitalistas, somos escravas?

Fazemos por amor, fazemos porque não tem outra pessoa para fazer e quando não fazemos, somos a má mãe, a má esposa e a má mulher, enfim, ora deusas, ora más, não dá para entender o que o mundo quer da gente.

Daí chega eu, a feminista chata que se envolve nas muitas questões sociais e entra na vida das pessoas como a pensadora e manipuladora... Bem , muitas de nós somos vistas como as egoístas , vai entender a humanidade!!!

A feminista chata é aquela que sabe o que está falando, que conhece o falar egoístas das pessoas que normalizam o preconceito, e acreditam que a mulher precisa cuidar do lar e deve se sobrecarregar, sim, a mulher é a super em tudo, mas sempre foi assim, e foi por isso que ela está sempre se sentindo culpada por não fazer esse papel quando se sente estanha com essa história que tudo sobra para ela, essa mulher, essa mulher faz tudo, somos nós, somos todas nós em diferentes aspectos, e não adianta falar que isso vai mudar com um toque de mágica, porque não vai ser assim.

Vejamos, nós enquanto mulheres somos as deusas que criamos para nos deixarmos mais fortes, somos o ventre do mundo e sendo assim fomos domesticadas a sermos essa mulher cuidadora, essa mulher que abraça o mundo , somos sim, a mulher amorosa e gentil, a que deseja a paz em tudo, mas precisamos desempenhar um outro papel, de sermos nós mesmas , a cuidarmos para que não seja sempre assim, que temos o nosso espaço onde queremos estar.

Sermos fortes o tempo todo já está anexado em nós, mas porque não podemos nos cansar desse fardo?

NÃO vamos deixar de ser cuidadoras, as mulheres amorosas e femininas, mas quem lutou pelo trabalho remunerado, pelas tantas conquistas ? Fomos nós, porque não havia outra saída a não ser querer isso e lutar por isso, na verdade, apenas os que precisam dessa justiça é que a procuram, já ouviram falar de um dono de uma indústria fazer greve? Acredito que não. 

Só quem se incomoda com a situação é que se vira para mudar, portanto, somos capazes de fazer grande ações mas nos basta a vontade e a união de muitos para que isso aconteça, então, ser feminista chata não é uma denominação ruim, é esta feminista chata que está fazendo a diferença, seja no seu próprio lar, seja no ambiente do trabalho, somos nós a criadora de polêmicas, não importa, fazemos alguma coisa, mesmo que seja alguém como eu, que escreve para outras mulheres falando as próprias experiências, tentando mudar o humor , somos nós que fazemos e é só.

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