quarta-feira, 3 de março de 2010

O convento- página dez


Estávamos na fronteira de Portugal onde marcamos um reencontro com nossas irmãs de convento, as crianças eram robustas e alegres.
Vanessa estava feliz se casara com um senhor um pouco mais velho,chamado Gaspar Pereira,era um homem bastante intelectualizado e viviam bem,as outras irmãs que fugiram comVanessa também viviam nas aproximidades.Nos receberam com festa.
Os ciganos ficaram na Espanha e seguiram suas vidas com a sabedoria que eles dispunham.
Nas noites frias de inverno dormíamos juntas perto da lareira e conversávamos sobre os ensinamentos de Cristo, passamos a trabalhar na Vila do Vintém, onde muitos pescadores desembarcavam ali e ajudávamos limpando peixes na feira.A vida corria os rumos felizes.
Irmã Benígna sentia falta de André e com ela carregou sua imagem como uma lembrança de amor e fé.Era uma mulher muito sofrida por ser negra e por ser órfã, mas seu nobre coração era para nós bálsamo,nossas conversas sempre foram edificantes.
Nossa juventude já estava apenas no nosso espírito,as mãos calejadas denunciavam o que passamos nos longos anos de convento.
Passaram-se anos vivendo em Portugal,a vida nos dera uma nova chance,durante as guerras cuidávamos das feridas,passamos a cuidar dos moradores da vila e ali fundamos o nosso lar feliz, não tínhamos títulos, apenas Irmãs de Maria como nos chamavam.
Edificamos nosso lar com muito amor com a ajuda dos moradores e pelo esposo de Vanessa que tinha grandes terras.
Os moradores nos procuravam para qualquer evento,fosse por um problema ou um festival,estávamos vivendo o amor em Cristo, foi quando nos chegaram uma notícia que nos deixaram apreensíveis,descobriram que fugimos do convento na Itália e estavam nos procurando,nunca nos foi dito como descobriram mas naquela altura dos acontecimentos apenas podíamos esperar pelas forças divinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário