sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As mulheres da minha vida - página três


Cristina estava nervosa e Estela sua criada estavam em silêncio, ao chegarem na Igreja encontraram uma mulher em prantos e muito , muito preocupada, a interrogaram com doçura e ficaram boqueaberta.
Aquela mulher era amiga de Ester, moça que morrera no dia anterior, então apenas oraram em silêncio, quando Maria Pereira chegou já estavam ajoelhadas , foi quando o Padre chegou olhou-as e as cumprimentou com um ar indecoroso, chamou As mulheres e disse.
_ Caras amigas e fieis, abençoo segundo Jesus Cristo, Nosso mestre e Senhor. O que fazem aqui? Ainda está cedo para a próxima missa, precisam de algo?
Maria Muito educada embora amedrontada respondeu.
_ Soube da morte de uma mulher e como boa cristã, vim até aqui orar pela alma dela. Faço mal?
_ Certamente que não, mas era uma mulher de vida fácil,longe dos ensinamentos de Cristo, vivia de forma profana.
Cristina neste momento se aproximou e disse.
_ Era uma mulher filha de Deus. Devemos orar por todos mesmo que estes não sejam perfeitos.
_ Minha filha aquela mulher não vivia conforme ensina a Igreja.
Maria indignada com a resposta.
_ Mas Jesus não perdoa Maria Madalela e esta torna-se seguidora e uma mulher cristã? Talvez, ela tenha se arrependido.
Constrangido o padre nada diz e sai em direçào do altar, ajoelha-se e ora.
Neste instante as duas jovens senhoras se olham e saem em companhia de Estela.
Quando os sinos da Igreja toca chamando todos para a missa, as três mulheres andavam e animadamente comentam a respeito daquela manhã e do Padre que nada gostou daquele situação frente às mulheres, em sua filosofia doente, as mulheres deveriam ficarem caladas e apenas orar sem questionar a atitude eclesiática.Que mulheres são aquelas para dizer que aquela mulher era alguém importante? Achava ele ser apenas uma mulher da vida, não tinha nenhuma importância a não ser servir homens rudes e selvagens, com um extintos de persevidades e infiés às esposas.
Naquele parque onde as mulheres conversavam Matilda se aproximou de forma tímida mas com coragem para agradecê-las por defender a amiga que morrera e nada tinha a não ser as vestes, Ester era uma moça boa, não tinha família , matilda era sua única e fiel amiga.
_ Obrigada por orarem por minha amiga, ela era uma moça muito boa embora vivemos num lugar horrendo e triste.
Maria logo disse com ternura.
_ Minha amiga, somos mulheres e Cristãs, não somos Deus para julgar a vida de ninguém. Deus a abençoe e que sua amiga descanse em paz.
_ Eu queria apenas agradecer!Obrigada e que Deus as protejam.
Cristina e estela comovidas com aquela situação não comentara o que vira no dia anterior, estava amedrontada apesar de nada poder fazer.
_ Sou Cristina Herrera e minha amiga e criada Estela.
_ Matilda.
_ Maria Pereira,porque não vamos até minha casa, moro logo ali a diante , podemos conversar em paz e sem entraves.
Matilda ficou pensativa mas Maria percebendo a sua situação disse:
_ Não se preocupe , meu marido não está então fique tranquila nada poderá nos fazer.
Então foram em silêncio, quando chegaram os criados da casa as cumprimentaram e as mulheres sentaram na varanda.
Conversaram por horas.
_ Matilda. Espero que esteja tranquila agora, sua amiga está com Deus, tomamos um chá com biscoitos e conversemos, esqueça o que o padre disse ,o que te preocupas, estás pálida.
_ Maria, estou preocupada com minha própria vida, eu conheço quem a matou e nada posso fazer a não ser fugir.
cristina empaledeu-se , pecebendo Estela disse:
_ Cristina está grávida de poucas semanas , devemos nos enterter com outras questões.
_ Desculpe-me querida,é que muito me preocupo. Estas últimas semanas notei um ar sombrio, como moro próximo a Igreja noto que muitas pessoas apreensivas. Só queria entender o que se passa. Me parece que esta jovem que morrera deve ter sofrido muito.
_ Certamente, Ester estava muito agitada neste dia, não vi o acontecido mas Um rapaz alto e esquio saiu com ela aos berros do quarto com outros dois senhores, suspeito que ele tenha matado.Ela devia muito dinheiro e estava preocupada em demasia, não tinha família mas pensava em partir, talvez fugir.
_Porque fugir e para onde?
_ Ester só vivia naquela situação porque nào tinha outra saída.Ela era muito minha amiga mas tinha alguns segredos dos quais desconheço, fomos amigas mas existe algo errado, mas nada posso fazer a não ser orar.
Neste instante um criado chega e anuncia a chegada de Ricardo, marido de Maria.
Matilda se levanta.
_ Devo ir!
Cristina e Estela se levantam e saem em companhia de Matilda.
_ Levarei-as até o cocheiro,ele as levará até vossas casas, assim será feito.
_ Obrigada Maria por vossa hospitalidade. Tornaremos a nos encontrar?Disse a amavél Cristina.
_ Claro, logo mandarei alguém as avisarem, podemos ir a Igreja pela manhã?
_ Creio que não mais nos encontraremos.
_ Matilda, agora somos amigas , espero vê-la, sou muito solitária, e gostaria de tê-la como amiga.
_ Sou uma mulher da vida, não mereço sua amizade, me desculpe.
_ Querida, a procurarei.Pedro, as leve com segurança e por favor nada fale ao meu marido.
_ O que devo dizer?
_ Colherá flores no caminho então diga isso a ele, caso pergunte.
_ Claro Senhora.
Abraçoa-as com carinho e se despediram. Maria estava muito apreensiva, de certa forma queria entender e ajudá-la mas tinha medo das atitudes do marido, mesmo assim algo em seu coraçào a induzia aquela atitude.Os empregados a amavam por trata-los com carinho e dignidade, na presença de seu marido o ambiente era sombrio mas em sua ausência todos ficavam livres e felizes. Maria havia casado segundo as convenções sociais, amara o marido mas tinha uma imagem diferente agora . ele era rude com os empregados, embora seja de uma família tradicional Maria carregava dentro de si gentileza , nada diferente de Cristina que era igualmente educada e amável.
Sara acordara de um sonho confuso, estava esperando seu marido para fazer os exames corriqueiros , estava próximo do primeiro ultrasom , estava animada, adormeceu no sofá e nem viu que já se passava das dezoito horas, enquanto preparava o jantar Sara pensou em como seria sua vida agora já que a família está preste a ganhar um novo membro.Estava firmemente disposta a fazer uma terapia com um profissional pois temera que estes sentimentos afetasse seu filho.
A menina Sara estava deslumbrada em aprender a arte oculta , sua família pssuia uma força incrível no que diz respeito aos conhecimentos desta arte, eram ciganos , há muitas gerações suas famílias aprenderam a se cuidarem , se curarem através de ervas e banhos energéticos, era para eles uma tradição era preciso passarem tais conhecimentos para que não morra essa tradição tào amada e presente na vida de todos eles.Embora perseguidos, os ciganos sabiam camuflar suas vidas, sabiam como agir em muitas situações, a Igreja estava enfraquecendo entào a Igreja se tornara ainda mais severa com os estrangeiros e com os que não faziam parte da condulta que diziam ser certa e conforme a vontade de Deus.

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