Maria Mercedes chorava a dor da solidão, parou debaixo de uma árvore e ali molhou a roupa de medo, seus olhos grandes e azuis estavam vermelhos e o desespero a fizera calar, não conseguia gritar, só chorava, é como se o trauma apagasse a sua voz, por alguns minutos, parada, tentou gritar , mas a voz havia se calado... estava em estado de choque, a única coisa que podia fazer era ficar ali, esperando que alguém a encontrasse.
Estela estava desesperada, cavalgou por horas gritando o nome da filha, os outros ciganos estavam a procura também da menina, por muito tempo alguns ciganos entraram no riacho com medo dela estar nas pedras do riacho mas ela não estava ali, a cada hora que passava, aumentava o desespero de Estela e dos outros ciganos.
Eduardo fugira e nada o fazia parar, e agora só pensava em fugir, por alguns minutos sorriu por causa de toda aquela tristeza alheia, não era o único a querer ferir Estela, mas ele era o único capaz e tão cruel para isso. E o que fizera a Maria Mercedes lhe valia a vida, seu sorriso sombrio fazia qualquer pessoa sã se arrepiar.
Eduardo era um homem cruel e esse sem dúvida era um dos seus atos mais cruéis, a morte de uma criança era trágico para a sua vingança infantil, não demorara muito e ele parou em uma taberna a procura de mulheres fáceis, e isso foi sem dúvida a chance dos ciganos conseguissem pegá-lo, mas Estela não pensara em Eduardo mas em Maria Mercedes.
Estela estava desesperada e de joelhos diante de uma velha árvore rogou para Maria , mãe de Jesus encontrar sua filha com vida, e Estela chorou e esse sentimento de amor e desespero mesclado com a fé , ali materializou-se Maria e Cristiano, juntos, olharam para Estela e com a graça de ter alcançado uma resposta chorou e nada fez a não ser agradecer o amor .
Cristiano e Maria apontaram para uma direção e Maria com seus olhos umedecidos de amor disse a Estela: _ Não temas minha filha, vá , ela está próxima de ti.
Cristiano e Maria então desapareceram diante dos olhos de Estela e esta correu em direção indicada, e bem a sua frente depois de correr por alguns metros, encontrou Maria Mercedes debaixo da árvore toda molhada e desmaiada, Estela a carregou e juntas voltaram para o acampamento.
Fora um dia terrível e difícil de esquecer e neste momento crescia uma grande raiva no coração de Estela que prometera a si mesma que iria encontrar Eduardo e castigá-lo por isso.
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