terça-feira, 29 de setembro de 2015

Teodora- psicografia - página nove


Teodora durante o banho pensava no rapaz que acabara de conhecer, ele pareceu intrigante , mas algo nele a chamava atenção, não totalmente a beleza física mas o olhar dele a fazia pensar, um enigma talvez a deixava curiosa e estava disposta a se entregar a esse mistério.
Após um banho revigorante Teodora desceu as escadarias elegante mas com um vestido simples púrpura a cor lhe caíra bem e todos os olhares se voltaram a ela, tímida mas segura, desceu sorrindo, como que já acostumada com toda a atenção.
Sua mãe gentilmente a apresentou formalmente a todos e a partir daí o jantar foi servido.
Rodolfo não tirava os olhos da adorada Teodora, era visível o fascínio que ela exercera sobre ele, então durante o jantar sua mãe pede que toque o piano algo que ela saiba tocar de maneira exemplar, então, Teodora tocara piano brilhantemente bem agindo como uma verdadeira princesa, e assim fora toda a noite, todos encantados com os dons artísticos de Teodora e a sua desenvoltura com todos no salão.
Sua mãe estava admirada com os trejeitos de Teodora, era como se ela não a conhecera, o jeito de Teodora fizera a sua mãe parecer uma completa estranha. Após o evento, Rodolfo se aproximou de Teodora e conversaram até tarde da noite, e então, se despediram e cada um fora ao seu aposento.
Já se passara das duas horas da manhã e Teodora não conseguira dormir, saiu de seu quarto e foi até a varanda respirar o ar puro de novembro.
Teodora estava contemplando as estrelas quando uma sombra se aproximou dela.Era Rodolfo.
Ela pensara na maneira estranha da qual se aproximara mas ficou quieta esperando a reação dele.
_ Teodora, o que faz aqui ?
_ Eu lhe pergunto, o que o trouxe até aqui? Qual esse estranho motivo?
_ Você.
_ Mas você não me conhece, não entendo. A minha vida é tão peculiar, tão fragilizada e simples.
_ Justamente isso que me faz admirá-la, tem um olhar que nos hipnotiza, não sei bem o que me atrai, mas também quero descobrir o que une você a mim.
_ Rodolfo, não sou como as outras pessoas que você conhece e que fascinam pela sua fortuna ou por sua aparência. Estou confusa quanto ao seu objetivo.Espero que entenda que nada tenho a lhe oferecer além de uma distante amizade.
_ Sinto muito se deixei essa má impressão.
_ Não me deixou má impressão, apenas quero que seja claro no que diz respeito as suas intenções.
_ Teodora, como lhe disse, eu não sei que sentimento estranho faz com que eu me sinto atraído por você, mas espero que não sinta desconfiança das minhas boas intenções.
_ Me despeço, vou acordar bem cedo, tenho meus afazeres matinais. Tenha uma boa noite.
Rodolfo a pegou pelo braço e deu-lhe um beijo. Instintivamente Teodora deu-lhe um tapa e se foi.
Rodolfo sorriu , Teodora sem poder se desculpar embora não achava que lhe devia desculpas, subiu as escadarias pensativa e surpresa.
O dia amanheceu com uma leve neblina e Teodora já estava entre os cavalos e Damião.
Teodora relatou o acontecido a Damião e este riu, eram bons amigos e juntos tinham planos de estudarem e contemplarem as artes da bela e iluminada Paris.
Os dois cavalgaram durante toda a manhã explorando a floresta em meio de ensinamentos das plantas,das artes e da literatura francesa.
Ao chegarem sua mãe já providenciara um belo lanche da manhã com chás e bolos feitos com todo esmero, mas vendo Teodora chegar ao lado de Damião já seria motivo para o mau humor.
Teodora achava graça das manias de sua mãe, mas a amava assim como seu pai.
Rodolfo havia acabado de acordar e se sentia envergonhado ao lado de Teodora, e esta num olhar já dissera que sua atitude fora desaprovada mas que não tinha raiva ou qualquer outro sentimento negativo.
Teodora era expressiva e nada a temia, era sem dúvida uma mulher confiante e  desprendida.
Rodolfo nada falou, mas Teodora com um ar irônico disse a ele.
_ Não se preocupe, o que aconteceu não acontecerá mais. espero que eu deixe claro isso a você.
_ Sim, me desculpe.
Teodora pediu licença a mesa e voltou para o campo com um livro a mão.
Sua mãe compreendendo as intenções de Rodolfo de se aproximar de Teodora o instiga a ir atrás de sua filha, e assim fora.
Damião percebeu a aproximação de Rodolfo, se aproximou e disse:
_ Se o senhor quer se aproximar de Teodora seja gentil, e não haja como um menino, se as suas intenções forem verdadeiras tenho certeza que ela não rejeitará sua amizade, mas tenha a certeza que estarei sempre ao lado dela com a intenção de ajudá-la, Teodora é minha amiga e não a quero sofrer.
_ Certamente, obrigado pela sua sinceridade, não a desejo mal, apenas quero poder me aproximar dela sem que me sinta mal por estar tão fascinado com a personalidade dela.
_ Desculpe a minha indiscrição, mas quais serão suas intenções? A conhece em tão pouco tempo.
_ Meu rapaz, o que aconteceu com ela no convento, aquela visão dela do o que ocorrera com os pais dela, acontecera comigo, assim como ela, preciso entender, mas algo além disso me exerce uma ligação íntima com ela que não sei explicar e que acredito que juntos podíamos descobrir.
_ Então é por isso que sua mãe ajudou-a?
_ Sim.
_ Agora que me deixou claro do que pensa, acho justo que peça desculpas a ela e seja sincero e direto. Não a deixe com dúvidas. Como disse, ela é minha amiga.
_ Sim. obrigado, espero que essa nossa conversa fique entre nós três.
_ Sim.
Teodora vendo os dois conversando aproximou-se sorrindo.
_ Vejo que conhece meu amigo Damião.
_ Sim, é um bom amigo.
_ Teodora, desculpe sobre ontem a noite. agora que tenho sua atenção e a boa companhia de Damião vejo que podemos conversar sem dúvidas e com sinceridade.
Rodolfo então esclarece toda a sua história e sua motivação para que pudesse conhecê-la, os três amigos então numa longa e agradável conversa passam a tarde toda numa longa caminhada nos campos da propriedade e assim voltam confiantes e unidos por histórias tão comuns.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário