segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Teodora- Psicografia - página três


Teodora aceitava bem a ideia de ser uma noviça mas seu espírito aventureiro e sua audácia não deixaram ir muito adiante na sua condição de menina de ouro. A sua curiosidade e a sua tendência em artes a fizeram uma pessoa sensível mas com uma dose amarga da vida por causa da ausência de seus pais.
Numa tarde de verão as quatro amigas ficaram responsáveis pela organização da biblioteca pois na próxima semana os padres iriam visitar o convento e precisavam estar tudo na mais perfeita ordem.
Sebastiana interessadas nas histórias bíblicas acabou encontrando documentos importantes sobre a velha Paris e se sentia entusiasmada com tudo que encontrara, a sua sabedoria com aqueles conhecimentos a deixaria mais preparada para a vida.
Os sonhos das quatro meninas eram unidos pela força da fé, elas queriam mudanças e descobriram que essas mudanças deveriam ser somadas a vontade de sair dali e procurar outras vidas que se adequasse mais profundas ideias e vontades.
Se passaram cinco anos e as superiores estranhavam tamanha resignação das quatro amigas e lhes propuseram um acordo.
Poderiam sair do convento a cada quinze dias com a finalidade de reconhecimento da vida além do muros, o que acontecia no final do ciclo das noviças, ali poderiam escolher entre a vida religiosa e a mundana.
A vida sempre fora cruel com as mulheres mas ser freira a ideia sobre santidade fazia com que as pessoas as respeitassem, mas essa falsa ideia de santidade era apenas na mente mais alienada, pois na verdade os homens abusavam e acabavam envolvendo-as num mundo sombrio, pois na maioria delas fugiam da guerra e não de um amor.Algumas delas acabavam grávidas e muitas delas sofriam aborto ou morriam no parto.
Teodora sabia disso e não se iludia com as coisas que via ou aprendia no convento, as idas na biblioteca e estudando sobre tudo o quanto possível a fez pensar num mundo mais realista.
No dia então marcado para a primeira saída das quatro amigas um padre devia acompanhá-las, mas no meio do caminho se perderam e Paris passou a ser de fato a cidade luz que tanto esperavam ser.
A cidade era pura destruição mas os artistas as encantavam, além das cores cinzas das casas arruinadas pela guerra constante... mas uma guerra que não matava os ideais.A ideia de fraternidade, igualdade e a liberdade... eram a tríade que tanto as empolgavam, mas voltaram para o convento sem a presença do padre o que foi benéfico para manterem a confiança das superiores.

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