segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O convento - primeira página


Por muito tempo vivia num lugar sombrio e sem brilho, o sol não tocava a janela pois se encontrava próximo ao solo, corria na campina quando era pequena e hoje percebo o quanto estou mudada ao me mudar para um lugar onde os raios de sol tocam o horizonte, as minhas palavras são sempre ouvidas o que antes nada acontecia, corptaram minha língua para que não me ouvissem, hoje canto hinos de louvor, as minhas palavras são sinceras e trazem luz para os que me aprisionaram naquele lugar fético e cheio de animais que causaria nojo a qualquer um. Nós hoje habitamos um mundo de luz por termos superado as mazelas da vida enquanto encarnados.
Aos quinze anos me tornei freira devido a minha eterna admiração por Santa Clara, esta muito amada nos planos mais altos, hoje próxima a retornar a vida como encarnada, quando me tornei uma serva de Deus não esperava tamanhas torturas que sofríamos nos conventos, a humanidade desconheciam a crueldade naqueles lugares e hoje venho a relatar.
Meu quarto eu dividia com uma amiga germânica Helena,uma moça igulamente bonita digna do nome, eu estava alegre por compartilhar as minhas esperanças, mas nada equiparava as muitas moças daquele lugar, algumas fugiam de suas vivas mundanas e outras da família incoerente que possuiam, eu fora órfa ainda muito nova e a minha vida infantil era as ações nobres de Clara e de seu amado Francisco, corríamos nas campinas, meus cabelos dourados eram luninados pelos raios de sol.
Segui os conselhos de meus tios e segui os passos de Cristo a exemplo de meus doces e amados amigos que hoje prontos a terem a vida em conjunto.
As mulheres eram constantementes molestadas por alguns padres e bandidos, a Itália se tornara berço da indescência do clero, mas nada me importava a não ser seguir a ordem Cristã, desde de muito nova fui tomada pelo bem fazer, me sentia tocada pelas trocidades, das outras ordens religiosas, perdia a noçào de tempo quando rezava diante do altar tamanha minha devoção, vivia sempre tomada por uma força de amor, que eu admirava em Clara e Francisco, quando Francisco falecera o mundo fora tomado por instantes de luz, perdera o sol que vivera mas o bem sempre supera qualquer instantes de sombras, o amor que ele deixara na Terra fora muito admirado por qualquer um que nele tocasse o nome, era como seu nome fora um espelho de luz, então chorei sua morte e Clara me ensinou a prosseguir em seus ensinamentos que fora cruciais a minha futura vida religiosa.
Pensara em praticar o bem e fora essa a minha bandeira, comecei a fazer parte da jornada que Maria Santíssima desgninara a nós mulheres de Deus, muitos homens tentaram nos ludibriar com promessas fundadas num espelho de família , mas na realidade servíamos para apenas satisfazê-los em seus instintos. Segui os passos de Clara, formamos uma legião de mulheres lutadoras e fiéis a Deus, quando Clara morreu, fiquei triste e me sentia solitária então me alistei em uma cruzada que diziam eles uma cruzada que defenderia Deus contra os pagãos, que hoje são os mulçumanos, nos diziam que seríamos as mulheres soldados de Deus, nos armaram com espadas e escudos, mas a nossa maior luta era íntima, me recusava a guerriar, fiquei sendo terinada por homens num convento, diziam que éramos lutadoras e que seríamos exemplos de outras mulheres,nos tornamos lutadoras mas não estávamos agindo corretamente, sabíamos nos defender, mas não contra os estupros que sofríamos, pois os homens da lei, os padres que nos ensinavam a palavra divina, eram nossos maiores inimigos, pois se diziamos não eramos cruelmente castigadas, algumas moças fugiam e logo eram encontradas mortas, a nossa vida era uma vida lutar contra nossas idéias de angústia.
Nós estávamos presas por um ideal, e presas num castelo no alto da colina, no litoral italiano, ali muitas mulheres foram massacradas em virtudes de uma guerra insana, nós eramos facilmente ludibriadas por possuirmos muitos desejos, de nos tornarem como Clara, mas não éramos Clara, eramos mulheres sonhadoras, e nos entregávamos a idéia de sermos santas. Uma idéia errônea, mas eramos jovens... Quando nos demos conta das coisas que nos aconteciam nos colocavamos em quartos escuros e nada podíamos fazer e era nos aconselhado nos calármos... essa parte da história é muito contraditória aos que relatam nos livros de história.Nossa maior heroina durante as cruzadas sofreu por muitas humilhações, e hoje nos orientam na cruzada feminina da qual Maria de Nazaré é líder e amada por todas nós.Quando Joana nos apareceu parecíamos pequenas, e sua luz resplandecentes nos deixavam esperançosas, poucas moças diziam a respeito pois eram nós consideradas loucas assim como consideravam Joana.
Nossas vidas limitadas nos muros do castelo, e quando podíamos saíamos em peregrinação, sempre éramos ameaçadas, e retornavamos amedrontadas, algumas cometiam suicídio. Helena sempre fora a minha amiga fiel, nos apoiávamos uma na outra como se fôssemos irmãs, e assim nos designávamos, Irmã Helena e irmã Letícia, as moças do convento, as moças amigas e irmãs, alguns até achavam que estávamos envolvidas num mistério, nos chamavam de bruxas pois éramos sempre muito unidas, e sentíamos o perigo quando aproximava os padres algozes.no tempo em que pude viver ao lado de Clara, minha grande mentora e amiga, percebi o desejo de mudar o mundo pelo amor, com o seu falecimento, muitas mulheres perderam o rumo de seus ideais, deixando que os padres as conduziam pois acreditavam serem mais apropriados, algumas mulheres continuavam a sua jornada assim como alguns franciscanos, mas nós no auge dos sonhos acreditamos que estávamos no caminho correto.
Em certa ocasião saimos em peregrinação, Irmã Helena pensara em fugir, mas as outras irmãs precisavam se sentir seguras quanto a uma fulga, então adiamos a nossa revolta, o Clero nos consideravam as mulheres guerreiras de Jesus, um exército feminino, os conventos recebiam fortunas para se manterem erguidos,mas eram alguns que seguiam com afinco os ensinamentos de Clara, algumas mulheres freiras, e alguns padres eram corruptos e inescrupulosos, possuiam interesses comuns e se enriqueciam com isso, pois recebiam moedas de famílias ricas em deixarem suas filhas ali longe do mundo, mas se enganavam, alguns eram corretos em suas escolhas mas outros deixavam suas filhas amadas nas mãos de pessoas cruéis.
Nosso castelo ficava na colina, na costa italiana, perto de uma pequena aldeia, um lugar simples e poucos sabiam das atrocidades daquele lugar, a família era sempre visitada e muitos familiares nem mesmo apareciam, as deixando ausentes. a vida era difícil , mas Joana nos visitavam em nossos sonhos nos dando esperanças, as que comentavam a respeito eram consideradas doente e nem mesmo sabíamos o que acontecera com elas.
Trabalhávamos na horta, na colheita de frutas e até na confecção de roupas, era uma vida simples, mas o meu ideal era nos moldes de Clara, sentia sua falta, das suas palavras doces, era menina quando esta falecera mas a sua voz sempre fora presente em meus mais nobres pensamentos.Sentia sua presença nos momentos masis marcantes de minha vida naquele lugar, faziamos pães, e até vinhos, vendíamos nas feiras o que podíamos achando que sustentávamos aquele lugar com nosso trabalho, apesar da vida dura, éramos todas amigas.
Quando completei dezessete anos, queria percorrer o mundo, como tantas outras mulheres a exemplo de Clara, mas não eram todos os conventos que ensinavam a lei do amor, alguns eram duramente questionados e até fechados devido a propostas de amor e paz,era esse tipo de convento que eu estava pensando em me abrigar, mas eu me encontrava, ali num castelo ricamente sustentado pela igreja massacrante.irmã Helena pensava como eu, então buscamos outras alternativas de sair daquele lugar, talvez nos transferissem , mas não tínhamos consciência que o mundo pudesse abrigar outros lugares piores que aquele, entào alegando saudades de casa, pedimos para sair, e quando conseguimos fomos levadas para um outro lugar, mas não fora um convento como achávamos, era um hospital onde loucas se abrigavam, almas doentes, nos enganaram, pois temiam que os denunciassem e estes parariam de receber grandes quantias de dinheiro de famílias ricas e aristocráticas.

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