segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O príncipe e as dunas - página dois

Estávamos envolvidos com muita tristeza, vivíamos num tempo muito selvagem, não no que se trata de civilidade mas moralmente a Terra estava vivendo uma grande prova moral.


Depois de três anos após o nascimento de nosso príncipe dos céus voltamos a cidade de seu nascimento e ali nos estalamos por mais de uma década, nos tornamos anônimos naquela cidade e dali seguimos as dunas da Síria, caminhamos anos afinco e nos encontramos nas terras do Egito, foi onde nos encontramos com o príncipe estudando, era um rapaz bastante altivo, seus olhos continuavam vivos, tínhamos a impressão que nos liam a alma com seus olhos brilhantes.

Nos tornamos essênios, e ali vivíamos tranquilamente, a vida era pacata sem muitas atribulações, vendíamos tecidos para nosso próprio sustento.

Estávamos próximos a Realeza egípcia, as filhas do faraó eram maravilhosamente encantadoras, tínhamos um amor muito grande por toda a família real, e o príncipe muitas vezes se encontrava por ali em suas andanças pelas dunas.

Em uma de suas estadas em terras egípcias aprendeu sobre as energias, e ele parecia fazer parte daquilo tudo, ele se via mergulhado por uma força divina que encantava a todos nós, era um rapaz estudioso e sua voz parecia embelezar as terras por onde passava, sua amada mãe cuidava de seus outros irmãos com igual carinho, este era bastante independente o que estranhavam o resto da sociedade.

Estávamos nós embebidos das belezas do céu quando ele se aproximou e com uma energia hipnotizadora começamos a conversar sobre as coisas do alto, foram noites de magia e divindades pairavam ali, foram nos ensinado amar e praticar o bem, aquele príncipe era o menino cujo nascimento não conseguimos presenciar, e ali estava ele, com seus pés descalços e seu corpo iluminado de amor, uma luz quase cega tamanho amor que dele florescia.

Bebemos licores que nós mesmos fazíamos ,mas não era algo alcólico como os dias de hoje, era doce, as nossas roupas eram simples, diferentes das que usávamos em nossa terra natal, ali éramos pessoas como as outras, sem regalias, nem empregados , éramos servos do Senhor.

Apesar do Egito adorar vários deuses, havia nas paredes dos palácios algo bastante obscuro aos olhos dos que não conseguem enxergar além da matéria, havia ali um ensinamento místico de como surgira as coisas do universo, poucos eram os que assimilavam tais ensinamentos, pois apenas os sacerdotes e a realeza entendiam tamanha força.

O faraó tinha um conhecimento detalhado de tais coisas de Deus, ele fora bastante questionado a esse respeito, mas seu poder poderia fazer com que todos mudassem de opinião, mas isso seria algo lento e perigoso.Sua filha mais velha sentia no pai um amor incondicional, juntos liam as leis do universo e ali nosso príncipe aprendeu e ensinou as forças do amor.

Nosso príncipe amado enquanto esteve ali, nos acariciou com sua sabedoria divina, passou poucos anos ao nosso lado , pois ia ao Egito poucas vezes, ele andava nas dunas como quem as conhecesse pedra a pedra, pegada por pegada.

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