Estela não esquecera de Eduardo, não ria se vingar como pensara antes, deixara ao propósito divino a justiça mas sim queria que ele fosse para outro lugar bem longe do acampamento , então, providenciou que ele fosse dias antes de todo acampamento assim poderia preparar a saída de todos sem as intrigas de Eduardo que assustava Estela com seu silêncio, e com Eduardo longe do acampamento, ela poderia se casar em Cristiano em paz.
Estela findava os preparativos para o casamento, todo o acampamento felicitava o casal que se amavam a olhos nus.
Como a tradição cigana sempre se enobrece com o casamento, Estela e Cristiano se tornaram público sua felicidade, foram dias de festas e sempre abençoados por todos, eram dias de total liberdade e celebração. Todos estavam felizes e presenteavam o casal com bençãos e grandes jóias, eram verdadeiros artistas e Estela estava cada vez mais encantadora, com o fim das festividades, tidos se preparavam para a travessia, as crianças eram a prioridade e protegidas, as mães eram as que mais trabalhavam pois a missão da educação estava a cargo das mulheres fortes e inteligentes, os homens mais fortes ficavam a cargo da proteção durante a caravana , e assim depois de muitas alegrias saem em viagem ,a maior jornada que o acampamento já fizera .
Nas primeiras horas o cansaço não era difícil de lhe dar mas na primeira noite, as barracas já estavam trazendo lutas de ego.
Mulheres cansadas mas decididas a progredir, homens e mulheres dançavam a luz do luar e nas fogueiras do clarão, Estela e Cristiano celebravam o amor, compartilhavam as boas relações , os amigos nunca se cansavam das conversas e risadas com o casal tão amado.
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