terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O convento - página oito



Eu era mais uma em meio tantas outras irmãs, eu estava esperançosa e enigmática, estávamos quase completando trinta dias num porão do contento, e quando saimos já estávamos quase mortas, na mesma noite resolvemos fugir dali, não importa quanto nos custassem, muitas vezes ou na maioria delas ninguém sabia do que tratava viver ali entre nós, as freiras mais velhas se acostumaram com a situação, então foi dado o veredito, sairemos nesta mesma madrugada.
Irmã Benígna estava anciosa e triste , foi lá que conheceu seu grande amor, morto por uma doença até então desconhecida, então na balada das três, fizemos um chá que fizessem com que todos dormisse,inclusive nós, alguns pareciam mortas mas era um chá forte para os que sofriam do mal do sono, assim que raiou o dia, alguns achavam que estávamos mortas, então estes nos colocaram mantas que no envolviam, então nos colocaram no campo próximo ao muro da encosta, então a notícia correu fora dos muros do convento, dez freiras estaria mortas e deveriam ser enterradas fora dali, alguns parentes que viviam nas aproximidades vieram nos ver, e na noite deste dia, aproveitando o momento de oração fugimos, no dia seguinte alguns disseram que as santas voaram alto, outros que as moças do convento foram enterradas por fanáticos religiosos, ou mesmo doutores de saúde, mas nesta noite nos tornamos livres, o caso foi silenciado para que não questionassem o convento ou até mesmo a Santa Igreja. Então estávamos livres.

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