domingo, 10 de abril de 2011

Uma guerra sem fim - página três


A sua vida parecia ter sido roubada, as suas mais lindas aspirações foram mortas com todos aqueles judeus que ele ajudara a extinguir.
A sua consciência o cobrava algo mais humano e assim que a sua vida sofrera uma mudança trágica, pois não mais conseguia olhar no espelho sem enxergar o homem mau que ali estava em sua alma.
Então diante das possíbilidades assegurou-se que ninguém estivesse desconfiado de sua fulga e assim chamou toda a sua família e partiu.
Quando cruzou a fronteira percebeu que dali em diante ele sofreria muitas acusações e tristezas mas a sua alma precisava de um refugio, ali bem perto da fronteira encontraram algumas trincheiras e seus então inimigos os prenderam, tornaram -se reféns não só de seus inimigos de Estado mas tão do medo que sentiam.
Ali por mais que parecesse estranho e solitário, ainda estava seguros, porque as palavras de um imperador tirano eram ainda mais tristes do que morrer ali junto de sua família.
Perto dali exalava um cheiro ruim, eram corpos expostos depois de um bombardeiro veloz e que quase todos ali estavam mortos, eram corpos multilados, sentia ainda sim...um privilegiado por não estar mais numa nação onde se pregava a mentira e força.
Alguns soldados vendo a calma e a tristeza daquele homem lhe perguntaram o que fazia por ali , mas o silêncio permanecia e assim fora durante alguns dias, presos numa pequena cabana que restava, dividiam o espaço com alguns também soldados alemães que o reconhecendo distilava ódio e assim permanecera em silêncio.

Um comentário:

  1. Querida amiga, cresci convivendo com judeus que estiveram em campos de concentração como Auschwitz e tantos outros, o sofrimento é inimaginável. Seu texto é muito verdadeiro. Tenha uma linda semana. Beijocas

    ResponderExcluir