quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As mulheres da minha vida- página cinco.


Nossa Sara entra na casa da sogra amada e gentil e sente-se incrivelmente mais leve sua sogra percebe a transparência da situação pois tem uma sensibilidade aflorada e trabalha constantemente seu íntimo e sua força energética.
_O que houve mamãe, está estranha?
_ Não é nada meu filho, só uma alegria grande em vê-los. Como está o meu netinho?
_ Está bem!Ainda não dá para saber o sexo mas quero que seja apenas saudável.
_ Minha filha ! Posso falar um instante com você?
_ Sim .
_ Meu filho vá preparar um lanche enquanto conversamos.
_ Tá bom, mamãe.Não vá falar maluquices com Sara, ela já anda preocupada.
_ Calma.Tudo dará certo meu bem. Venha Sara.
Entram num quarto onde estão algumas fotos.
_ Minha filha, sabe que te considero como uma filha, sabe também que tenho que agradecer por ser a nora gentil e amável, mas tenho que lhe dizer algo.
_ O que foi?
_ Está se sentindo bem?
_ Tenho tido sensações estranhas referente ao meu filho, um sentimento que não compreendo.
_ Sabe que sou espírita não sabe? Então. Tenho recebido algumas mensagens referente ao meu neto querido. Não quero que se assuste.
_ Eu sei, antes eu tinha medo disso mas quando conheci a Senhora, estou mais esclarecida, antes tinha muito preconceito e era incrédula.
_ Eu sabia disso e sinto-me aliviada.
_ Quero que vá comigo as reuniões no centro para que faça um tratamento energético, quer dizer, para que você não tenha essas sensações estranhas e que te encomodam, sabemos do que se trata e aos poucos serào revelados muitos segredos e questões que lhe trás desconforto.
Abraçaram-se e Sara chorou compulsivamente como se aquela mulher a sua frente fosse sua mãe.Sara possuia uma tristeza íntima pois se sentia só , longe de sua màe que já falecera e aquela mulher chamada Sofia, era agora sua mãe querida.
As duas ficaram minutos ali abraçadas e Sofia viu um espírito infantil sorrindo naquele momento ,ela reconheceu seu netinho que viria em breve a este mundo.
_ Mãmãe? O que está fazendo? Sara não pode ter emoções fortes. O que disse a ela?
_ Nào disse nada demais , só me chamou para participar das reuniões no centro e claro que vamos.
_ Não vou não, tenho medo.Depois a gente conversa sobre isso.
Maria estava agora em seu quarto acariciando sua barriga já grande mas ainda estava preocupada com Matilda , pois vira nela algo que lhe assustara, sentia em seu íntimo que correra perigo mas quem iria acreditar além de Messias seu servo querido e humilde.
Nas escadarias de sua casa estava quadros magnificos entre eles seus antepassados, aquela casa pertencia a sua família mas quando casara aquela casa agora pertencia a seu marido Ricardo e isso fizera dele muito mais arrogante que antes, mas ela pouco se importava apenas refletia sobre sua própria conduta moral perante aquela situação, estranhamente a morte de Ester mexeu com ela, coisa inesplicável ao seu ver e seria obvio que seu marido nada entenderia.
Chamou Messias e lhe disse:
_ Meu querido Messias, por favor venha, vamos conversar. Tenho algo no meu peito e que quero compartilhar com alguém do qual posso confiar.
_ Sim ama!Na minha terra isso era explicados pelos espíritos da natureza, mas não posso dizer nada e nem mesmo orar por eles. Sabe ,essas coisas colocam a gente na fogueira, então eu não quero morrer.Muitas pessoas usam isso e eu não quero prejudicar ninguém , sou seu servo e só posso servir a Senhora.
_ Meu amigo!
Maria pôs-se a chorar naquele ombro calejado e judiado, ele com seus braços forte acariciaram seus longos cabelos louros e disse com um tom gentil.
_ Minha ama, tenho pela Senhora uma admiração e respeito, devo alertá-la.
_Sobre o quê?
_ Vosso marido.
_ O que há?
_ Ele anda muito estranho , apenas isso.Todos nós gostamos da Senhora e sabemos da forma que lhe trata, não é cortês.
_ Sinto muito se ele não los agradam. Mas ainda é o meu marido.
_ Sim Senhora, devo calar-me então.
_ Não meu amigo, só me diga , porque pensas assim.
_ Não gostamos da forma que ele lhe trata .
_ Tudo bem, já entendi.Na verdade, estou desconfortável sobre a morte daquela mulher, Ester. Tu conhecertes?
_ Ela era muito bonita, mas nada sabemos sobre ela além de ser uma mulher da vida como dizem, mas era uma mulher muito boa, ela frequentava a igreja mas deixou de ir depois que o Padre Amaro a expulsou de lá, é a única coisa que sei.
_ A sua amiga que esteve aqui se mostrou muito preocupada, logo pensei que ela corre perigo de vida, dentro de mim diz para eu ajudá-la mas não sei como.
_ Sabe aquela casa de campo que possuem, talvez deva acolhe-la lá.Mas seu marido não deva saber, não permitiria.
_ Então façamos assim, vá até lá e diga de minhas pretensões, seja breve, eu direi qualquer coisa ao meu marido. Agora vá. E Deus o abençoe. Diga a ela para me encontrar na igreja amanhã bem cedo para combinarmos a sua partida. Meu Messias querido. Obrigada.
_ Sim Senhora, devo ir.
Cristina e Estela chegaram ao lugar medonho , onde suas memórias lhe deixaram abater-se , lembrou-se de tudo, mas no fundo queria passar um véu naquele momento.
Estela era uma amiga fiel, mas dentro dela existia algo que a amedrontava. Estela amava seu marido Gustavo e esse era seu segredo, pois amava também Cristina e aquele sentimento a fazia triste e deprimida.Defendera Cristina sempre, pois sentia por ela um sentimento fraternal, se tornaram irmãs, e aquilo lhe confortara, tinha esperança de esquecer Gustavo, mas ele a assediava e tinha medo de dizer isso a amiga mesmo que ela o amava mas o sentimento pela amiga era maior que aquela paixão enfurecida.
Cristina possuia um magnetismo muito intenso e isso era notório a olhos dos mais incrédulos. Ela era amável com todos e nada discriminava além das atitudes cruéis do marido mas nada falara para não haver discussões e não ser devolvida aos seus pais , pois para eles seria um ultraje e dificilmente seriam perdoados por Deus, e principalmente pela Igreja que todos temiam.
Na Espanha a Igreja era bem cruel, os fiéis temiam os castigos divinos e mesmo o clero que sabiam forjar muitas situações, isso acorvadavam todos, eram tempos ferozes. Todos viviam temerosos, sem fé embora esta era a palavra mais dita e mais exigida, mas na verdade ou eram fanáticos ou incrédulos pois o medo fazia de muitos mentirosos, muitos forjavam milagres, outros entregavam vizinhos, amigos e parentes a fogueira em troca de uma poucas moedas ou para que os tributos fossem mais leves ou mesmo esquecidos, para a Igreja a inquisição tornara uma febre.
No mundo invisível as fogueiras eram festejadas , aquelas pobres almas estavam ali presas , muitos sentiam ainda as queimaduras pois ficavam presas ao ódio e a vingança, outros se achavam redimidos e logo eram socorridos pelos amigos de luz.
A menina Sara chegara em casa,uma tenda simples mas cheia de porcelanas, cores e lenços , adorava aquele cenário, mas agora seus pensamentos se voltaram para a cena que vira, adormeceu , sonhara com aquela cena e se os visse provavelmente poderia reconhecê-los mas a verdade é que ela preferia esquecer pois sentira que aquilo só iria prejudicar a comunidade cigana que vivia fugindo do Clero, agora todos estavam cansados pensavam seriamente em se instalarem naquela provincia e quem sabem se tornarem viventes dali, muitos ciganos morriam em centenas pela Igreja, trucidaram muitos ciganos que eram covardemente roubados, queimados, então para o bem daquele povo cansados de sofrer, pensavam em se fincarem ali, mas a tradição falava alto ao coração.
Cristina Então andou e avstou o acampamento de ciganos escondidos na mata, ela em um breve momento quis avançar mas preferia voltar para casa depois voltaria , já que a curiosidade a deixara com entusiasmo, muito falavam de ciganos e ela gostava deles mas não entendia o porque , talvez dentro de sua alma alva a sentia assim,uma cigana fora de seus acampamentos.
Voltaram para casa em silêncio, nada falaram. O silêncio foi quebrado por um grito.
Neste momento seus corações tremeram e se esconderam nos arbustos , e viram homens de negro, espadas e Matilda.
O grito era daquela mulher serena que conheceram na Igreja.Novamente a jogaram na mata assim como Ester.
Esperam que eles se fossem para então socorrerem ela ou ao menos tentarem.
Aquele grito as fizeram sentir horrores em vossos corações sofridos e dolorosos mas o mais importante era encontrá-la e quem sabe vê-la ainda com vida.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

As mulheres da minha vida - página quatro


O cocheiro chegou até a grande casa com flores amarelas colhidas na beira do caminho , Maria muito amável as colocou num vaso diante de um quadro familiar perto da lareira, neste ambiente sombrio era preciso flores para enriquecer e harmonizar. Aquala mulher ali diante daquelas flores estava entediada, grávida nada podia fazer a não ser repousar ou ir até a igreja.Decidira ficar em casa e cuidar juntamente com Messias do jardim que a muito tempo deixara para trás.
Neste dia as coisas pareciam tranquilas mas algo acontecera por aqueles arredores e nada a fazia pensar direito, aquela muilher assassinada estava em sua mente como se ela estivesse naquele ambiente a chamando, era estranho aquela sensação mas não contara a ninguém por sentir-se constrangida, mas estava firmemente decidida a conversar com aquela mulher que se apresentou como amiga de Ester, em seu íntimo algo dizia que esta corria risco de vida, mas estava amedrontada nào sabia como agir, então interrogou seu criado amado Messias.
_ Querido amigo ,sei que pouco sei ao seu respeito embora esteja aqui há muitos anos, mas algo me aflige mas antes que o diga quero que guarde esse segredo.
_ Sim ama, farei o que desejar, sempre serei seu criado e protetor.
_ Sabe aquelas senhoras que estiveram aqui?Pois bem!Uma delas era amiga de Ester a mulher que morreu ontém, estou me sentido apreensiva etemo por ela.
_ Minha Senhora, está preocupada a toa, tens um coração de anjo, então fique tranquila, irei ajudá-la no que precisar, quer que eu vá até onde mora e cuide dela?
_ Não sei ainda, mas quero que me mantem informada sobre as coisas que acontecem nas redondezas, prometas que nada dirá a qualquer um que seja.
_ Sim , minha Senhora.
Então os dois amigos continuaram a cuidar do jardim sem muitas preocupações, quando chegou Ricardo.
_ Maria! Venha até aqui por favor.
_ Sim querido, desejas alguma coisa?
_ Que flores são aquelas?
_ Ah sim!!! Pedi que colhessem para mim,não achou lindas?
_ Minha querida Maria, porque? Há tantas flores em nosso jardim?
_ Meu querido marido, é que passo na estrada e as admiro tanto então pensei, poderei colhê-las e enfeitarão muinha casa.
_ Tudo bem! Devo sair novamente, mais a noite teremos uma reunião em assembléia, devo demorar então não me espere.
_ O que houve?
_ Não é da sua conta, se limite a nossa casa, não se preocupe com as questões que não lhe dizem a respeito, mulher deve cuidar de filhos e de afazeres domésticos e não qeuestões poolíticas.
- Sim Senhor!
Maria ficara muito constrangida pois Ricardo não tinha pudores nem ao pouco ficava constrangido com suas palavras rudes e agressivas.Cristina era muito parecida com Maria, tinha os olhos cintilantes de amor, mas seu marido Gustavo nada a fazera para se sentir melhor.Era uma jovem mulher brilhante e astuta, seus pais temiam não arrumar marido pois era geniosa e muito audaciosa, quando conheceu Gustavo amansara seu coração mas ainda não era aquela mulher ideal no entender de seu marido, possuira delicadeza e dotada de grandes talentos mas este nada podia entender, para ele bastava cuidar da casa, ir até a igreja e ser atrativa aos seus olhos.
Cristina nada falou sobre Ester e aquela tarde que os seus olhos não deixaram esquecer.Sua Criada Estela estava sempre ao seu lado e naquela tarde resolveu reviver aquele momento.
Gustavo então disse a ela que teria uma reunião naquela noite mas nada questionou, saiu deixando-a com os empregados. Gustavo era de uma família de muitas posses mas seu passado o fizera se casar , seus pais temiam que ele nào se casasse , logo não teriam netos e sua família precisava de herdeiros, a família Herrera, precisava de um novo jovem educado, e seria um filho de traços marcantes já que Cristina era de uma beleza incomum.
Quando Cristina percebeu que seu marido afastara pediu a companhia de Estela e saíram apressadas.
_ Estela prepare os cavalos, vamos dar um pequeno passei.
_ Minha Senhora, desejas mesmo ir até lá?
_ Sim, a imagem daquela mulher não me sai da cabeça.
A menina Sara brincava com uma boneca de palha que confeccionara naquele dia, estava caminhando pela estrada quando avistou dois homens conversando, eram brancos e fortes,tomou cuidado para que eles não a vissem, então ao se aproximar percebeu que estavam discutindo, e num tom agressivo um deles com uma espada prateada embanhou-a e disse com um ar autoritário:
_ Não diga nada sobre essa nossa conversa ou sofrerá as conseuquência, sabe que tenho um certo poder então coloque-se em seu lugar.estamos entendidos?
_ Caro amigo, não se preocupe, nada saberão a respeito, temos pacto de honra não?
_ Espero que cumpra sua palavra.
Saíram então apressados,em diração da cidade.Sara vendo aquilo nada falou aos seus pais e apenas pensou.
Sara possuira um sexto sentido sabia que aquela conversa que acabara de assistir poderia rpejudicar seus pais e sua comunidade cigada.Pôs-se a colher as flores amarelas a beira da estrada como sempre fazia.Naquele momento uma cena estranha viu,mas não com seus olhos claros e puros.Era uma briga de uma mulher ruiva e branca com um jovem também jovem, agora pode perceber, aquele jovem que estava ali embanhando a espada era o mesmo de sua visão, entào seu coração pô-se a estremecer.
Agora a jovem Sara , dos tempos atuais , estava pronta para seus exames rotineiros, seu marido Pedro a acompanhara com muito amor e com cuidados quase exagerados.Saíram alegres do consultória , a criança estava bem mas ainda não podiam saber que sexo seria. Comentavam animados sobre o futuro nome do bebê, quando Sara teve uma leve sonolência e uma sensação entorpecida, mas passara daquele momento se recompondo.
_ Pedro, estou pensando em procura um analista, sinto coisas estranhas em relação ao nosso bebê.
_Que tipo de sensação?
_ Não sei , eu devo aguardar.Amanhã procurarei alguém que possa nos orientar.
_ Tudo bem.Vamos entre no carro. Vamos visitar a minha mãe, ela quer lhe ver.
_ Aconteceu alguma coisa?
_ Ela e aquelas coisas de espírito dela, não sei do que se trata.
_ Então vamos, estou morrendo de fome.Será que ela fez aquele pão de queijo?
_ Para o netinho dela? Ela faz até pamonha.
_ Pedro!!!
_ Minha mulher merece tudo e nosso filho mais um pouco.
_ Eu te amo, se acontecer alguma coisa comigo , promete que cuidará de nosso filho?
_ Que pergunta é essa? Realmente precisa de um terapeuta para tirar essas sensações.Não vá dar atenção as maluquices de minha mãe heim!!
Era uma casa pequena, uma grade lateral, uma varanda e um carro velho na garagem. Quando entrou Sara percebeu um ar diferente, mas não era ruim, era acolhedor.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Só por hoje


Só por hoje, eu resolvi ser melhor.
Somente hoje, eu decidi ter mais coragem e me olhar no espelho.
Só por hoje, eu tentei enxergar minhas qualidades e expurgar meus defeitos.
Só nesse momento, eu vivi um pouquinho para mim mesma.
Só por um instante, eu cri que havia sol num dia nublado.
Só agora, percebi que meu coração bate pra valer!
Sozinha, notei que não estava tão só.
Sonhando, percebi que podia ficar acordada, sem pesadelos diurnos.
Olhando ao redor, acreditei que meu mundo era mais vasto do que eu imaginava.
Com os olhos bem abertos, pela primeira vez em muitos anos, eu "agarrei" a vida com as duas mãos e pude sentir que tudo, tudo, valia a pena.
A solidão também tem a sua poesia.
Cada vida tem a sua canção.
(Suspiro)
Ainda posso dormir crendo na esperança...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As mulheres da minha vida - página três


Cristina estava nervosa e Estela sua criada estavam em silêncio, ao chegarem na Igreja encontraram uma mulher em prantos e muito , muito preocupada, a interrogaram com doçura e ficaram boqueaberta.
Aquela mulher era amiga de Ester, moça que morrera no dia anterior, então apenas oraram em silêncio, quando Maria Pereira chegou já estavam ajoelhadas , foi quando o Padre chegou olhou-as e as cumprimentou com um ar indecoroso, chamou As mulheres e disse.
_ Caras amigas e fieis, abençoo segundo Jesus Cristo, Nosso mestre e Senhor. O que fazem aqui? Ainda está cedo para a próxima missa, precisam de algo?
Maria Muito educada embora amedrontada respondeu.
_ Soube da morte de uma mulher e como boa cristã, vim até aqui orar pela alma dela. Faço mal?
_ Certamente que não, mas era uma mulher de vida fácil,longe dos ensinamentos de Cristo, vivia de forma profana.
Cristina neste momento se aproximou e disse.
_ Era uma mulher filha de Deus. Devemos orar por todos mesmo que estes não sejam perfeitos.
_ Minha filha aquela mulher não vivia conforme ensina a Igreja.
Maria indignada com a resposta.
_ Mas Jesus não perdoa Maria Madalela e esta torna-se seguidora e uma mulher cristã? Talvez, ela tenha se arrependido.
Constrangido o padre nada diz e sai em direçào do altar, ajoelha-se e ora.
Neste instante as duas jovens senhoras se olham e saem em companhia de Estela.
Quando os sinos da Igreja toca chamando todos para a missa, as três mulheres andavam e animadamente comentam a respeito daquela manhã e do Padre que nada gostou daquele situação frente às mulheres, em sua filosofia doente, as mulheres deveriam ficarem caladas e apenas orar sem questionar a atitude eclesiática.Que mulheres são aquelas para dizer que aquela mulher era alguém importante? Achava ele ser apenas uma mulher da vida, não tinha nenhuma importância a não ser servir homens rudes e selvagens, com um extintos de persevidades e infiés às esposas.
Naquele parque onde as mulheres conversavam Matilda se aproximou de forma tímida mas com coragem para agradecê-las por defender a amiga que morrera e nada tinha a não ser as vestes, Ester era uma moça boa, não tinha família , matilda era sua única e fiel amiga.
_ Obrigada por orarem por minha amiga, ela era uma moça muito boa embora vivemos num lugar horrendo e triste.
Maria logo disse com ternura.
_ Minha amiga, somos mulheres e Cristãs, não somos Deus para julgar a vida de ninguém. Deus a abençoe e que sua amiga descanse em paz.
_ Eu queria apenas agradecer!Obrigada e que Deus as protejam.
Cristina e estela comovidas com aquela situação não comentara o que vira no dia anterior, estava amedrontada apesar de nada poder fazer.
_ Sou Cristina Herrera e minha amiga e criada Estela.
_ Matilda.
_ Maria Pereira,porque não vamos até minha casa, moro logo ali a diante , podemos conversar em paz e sem entraves.
Matilda ficou pensativa mas Maria percebendo a sua situação disse:
_ Não se preocupe , meu marido não está então fique tranquila nada poderá nos fazer.
Então foram em silêncio, quando chegaram os criados da casa as cumprimentaram e as mulheres sentaram na varanda.
Conversaram por horas.
_ Matilda. Espero que esteja tranquila agora, sua amiga está com Deus, tomamos um chá com biscoitos e conversemos, esqueça o que o padre disse ,o que te preocupas, estás pálida.
_ Maria, estou preocupada com minha própria vida, eu conheço quem a matou e nada posso fazer a não ser fugir.
cristina empaledeu-se , pecebendo Estela disse:
_ Cristina está grávida de poucas semanas , devemos nos enterter com outras questões.
_ Desculpe-me querida,é que muito me preocupo. Estas últimas semanas notei um ar sombrio, como moro próximo a Igreja noto que muitas pessoas apreensivas. Só queria entender o que se passa. Me parece que esta jovem que morrera deve ter sofrido muito.
_ Certamente, Ester estava muito agitada neste dia, não vi o acontecido mas Um rapaz alto e esquio saiu com ela aos berros do quarto com outros dois senhores, suspeito que ele tenha matado.Ela devia muito dinheiro e estava preocupada em demasia, não tinha família mas pensava em partir, talvez fugir.
_Porque fugir e para onde?
_ Ester só vivia naquela situação porque nào tinha outra saída.Ela era muito minha amiga mas tinha alguns segredos dos quais desconheço, fomos amigas mas existe algo errado, mas nada posso fazer a não ser orar.
Neste instante um criado chega e anuncia a chegada de Ricardo, marido de Maria.
Matilda se levanta.
_ Devo ir!
Cristina e Estela se levantam e saem em companhia de Matilda.
_ Levarei-as até o cocheiro,ele as levará até vossas casas, assim será feito.
_ Obrigada Maria por vossa hospitalidade. Tornaremos a nos encontrar?Disse a amavél Cristina.
_ Claro, logo mandarei alguém as avisarem, podemos ir a Igreja pela manhã?
_ Creio que não mais nos encontraremos.
_ Matilda, agora somos amigas , espero vê-la, sou muito solitária, e gostaria de tê-la como amiga.
_ Sou uma mulher da vida, não mereço sua amizade, me desculpe.
_ Querida, a procurarei.Pedro, as leve com segurança e por favor nada fale ao meu marido.
_ O que devo dizer?
_ Colherá flores no caminho então diga isso a ele, caso pergunte.
_ Claro Senhora.
Abraçoa-as com carinho e se despediram. Maria estava muito apreensiva, de certa forma queria entender e ajudá-la mas tinha medo das atitudes do marido, mesmo assim algo em seu coraçào a induzia aquela atitude.Os empregados a amavam por trata-los com carinho e dignidade, na presença de seu marido o ambiente era sombrio mas em sua ausência todos ficavam livres e felizes. Maria havia casado segundo as convenções sociais, amara o marido mas tinha uma imagem diferente agora . ele era rude com os empregados, embora seja de uma família tradicional Maria carregava dentro de si gentileza , nada diferente de Cristina que era igualmente educada e amável.
Sara acordara de um sonho confuso, estava esperando seu marido para fazer os exames corriqueiros , estava próximo do primeiro ultrasom , estava animada, adormeceu no sofá e nem viu que já se passava das dezoito horas, enquanto preparava o jantar Sara pensou em como seria sua vida agora já que a família está preste a ganhar um novo membro.Estava firmemente disposta a fazer uma terapia com um profissional pois temera que estes sentimentos afetasse seu filho.
A menina Sara estava deslumbrada em aprender a arte oculta , sua família pssuia uma força incrível no que diz respeito aos conhecimentos desta arte, eram ciganos , há muitas gerações suas famílias aprenderam a se cuidarem , se curarem através de ervas e banhos energéticos, era para eles uma tradição era preciso passarem tais conhecimentos para que não morra essa tradição tào amada e presente na vida de todos eles.Embora perseguidos, os ciganos sabiam camuflar suas vidas, sabiam como agir em muitas situações, a Igreja estava enfraquecendo entào a Igreja se tornara ainda mais severa com os estrangeiros e com os que não faziam parte da condulta que diziam ser certa e conforme a vontade de Deus.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A arte de saber envelhecer.

Hoje eu visitei a mãe de uma grande amiga no hospital. A pobre velhinha já está carcomida pela vida e sentindo-se inutilizada pela doença. Ao olhar ao redor e ver o quanto o ser humano é frágil, fiquei inquieta. A morte bate a nossa porta todos os dias. Ela é sorrateira e impiedosa. Uns morrem jovens demais, outros, velhos demais. Passar por uma experiência dolorosa como essa, nos faz pensar não só em nossos entes queridos, os mais velhos do que nós, mas, principalmente, em nós mesmos.
A aparência é só uma casca que ainda não murchou mas todos sabemos que chegará seu tempo. Olhei para trás e vi o quanto aqueles que me feriram preocupam-se com essa "casca". O quanto se preocupam em manter a juventude. Tolos! Pobres mortais iludidos! A velhice chegará sorrateira, baterá à porta deles também.
O "revestimento" importa? Sem dúvida! Mas vale sacrificar a saúde física com anabolizantes e a saúde mental com neuroses estéticas?
Por que tanta arrogância? Por que tanta preocupação com o que o outro vai pensar sobre sua aparência?
Se você já e jovem e bonito(a), o que mais quer? Melhorar? Competir com os outros?
Vivemos em um mundo caótico, onde as aparências enganam. Enganam os olhos, enganam a alma. A TV explora a juventude e insinua que ser velho é péssimo.
Ao ver aquela velhinha lembrei-me que não há como escapar desse destino inexorável. A idade chega e te toma de surpresa. A saúde torna-se o bem mais precioso. Aquela roupa bonita da vitrine já não é tão importante; homens bonitos passando na nossa frente só nos despertam curiosidade, nada mais. Coisas, que antes ignorávamos, tornam-se visíveis. É o "olho" da consciência que se abre! As nossas rugas são nossas cicatrizes da vida, elas nos lembram que tivemos a oportunidade de estar nesse mundo, de ter vivido, conhecido pessoas, amado.
A vida é preciosa. Será que os Narcisistas têm tempo para se lembrar disso?

As mulheres da minha vida - página dois


Sara levantara assustada, tivera um sonho assustador, sonhara com algumas mulheres presas e torturadas, era real aos seus olhos que lagrimejava sistematicamente.Sara estava apreensiva, ficara com medo, sua gravidez a deixava nervosa... não conseguia entender como aquilo acontecia pois ela desejava ser mãe, seu marido estava feliz e radiante mas sua cabeça estava confusa, então resolveu tomar uma resolução, procurar um analista imediatamente que a orientasse, deixara de trabalhar aquele dia então colocou-se a disposição de alguns mimos, tomou um banho e se deitou no sofá, neste instante de relaxamente , acabou adormecendo.
A menina Sara brincava com seu cachorro próximo a cabana quando seu pai lhe chamou, dizia ele que estava na hora de começar a treinar seus dons curativos, mas algo que dizia e a amedrontava e assim com os olhos azuis cintilantes disse sim ao teu pai que a carregara no colo demostrando um amor fraternal.Perto dali Cristina estava caminhando numa trilha de árvores no final de primavera, as árvores ainda embelezava a estrada com suas flores roxas e amarelas.
Cristina estava contente, sorria por qualquer coisa, seu rosto angelical dizia ser dotada de grande beleza íntima, uma pureza harmônica, deixava qualquer um extasiado com sua aparência quase de menina , tinha uns dezoito anos, era jovem e sonhava com uma vida mais digna e simples, enquanto isso Maria sofria os desmandes do marido que nada lhe parecia, era rude e severo com os empregados da casa, não era nada parecido com o homem que aparentava ser, e Maria ficava indignada e isso lhe absorvia intimamente, sempre deixando-a pensativa, já não suportava ir a Igreja e ouvir o padre desprezar algumas pessoas, ele a deixava constrangida, tinha um olhar penetrante em muitas ocasiões, ela se sentia nua ao teu lado como se ele a penetrasse intimamente... ele a induzia e isso a incomodava, pois não queria desagradar ele e ao marido isso porque tinha muita propriedade e conhecimento com as artes ocultas. Ele era descendentes de alemães e chegou a Espanha ainda menina, escondia dentro de si a admiração por pessoas conhecedoras de ervas curativas, sabia distinguir uma erva da outra com bastante precisão, isso era um segredo muito bem quardado em seu íntimo pois isso poderia levar a consequências perigosas à sua família principalmente e para a criança que estava prestes a nascer.
Sara tinha uma característica própria de ser , era dotada de uma sensibilidade admirável, mas escondia um segredo , a vontade de mudar daquela vida de etinerários, fugindo de tudo para garantir uma vida de liberdade,assim que conseguia construir laço de amizades, lá estavam eles se mudando novamente... Nessa época sombria de nossa história, tudo era feito com muito planejamento e cautela pois era como se estivessem sempre vigiados e era incômodo a todos que queria uma vida mais livre longe das entregas e da autoridade da Igreja que massacrava todos que lhe eram contra, aquela situação se prolongava a séculos e todos já estavam ficando revoltados com toda aquela tortura moral e muitas vezes se apoderavam das nossas crianças em nome de um Deus que humanizaram representado no papel de um papa que nos trastornavam com idéias absurdas.Muitas crianças eram intimamente molestadas pelos padres do lugar durante a peregrinação que faziam em dias alternados para conhecerem os aldeões e constatarem o domínio da Igreja.Quando descobriam o dia da peregrinação muitos se retiravam de suas casas mas sempre voltavam e muitos eram torturados na frente de crianças, esposas e até maridos. Algumas mulheres se negavam mesmo conversar com os padres mas os maridos temorosos as forçavam e logo algumas apareciam grávidas, era uma situação muito triste a todos,mas muitos já haviam se acostumado com tudo isso.
Cristina andava distraída, não queria companhia naquele dia, queria andar sozinha e pensar na vida com mais liberdade, seu marido não se encontrava em casa naquele dia, então aproveitou a ocasião e saiu.enquanto voltava pra casa ouviu cavalos correndo pelo caminho temorosa com os visitantes desconhecidos se escondeu entre as árvores, quando eles passaram por ela, eram três homens, claros e robustos, de repende viu-os jogar algo no caminho.esperou que eles se afastassem e quando se foram foi olhar o que era.
Quando olhou teve vontade de gritar, ficara horrorizada pelo que via, era um corpo, de uma mulher jovem, brnca com cabelos ruivos e enrolados, nesse momento ficou paralisada, parecia conhecê-la, sem ação pos-se a chorar compulsivamente, como uma criança,não conseguia pensar direito, estava se sentindo tão mal, então se sentou para pensar no que diria ela ao marido. Se estivesse com alguém talvez seria mais fácil testemunhar sobre o ocorrido mas ficava olhando pro céu, tentando entender o porque daquilo tudo, resolveu então voltar pra casa, mas e aquela mulher?Quem era?O que fazia com aqueles homens?Inúmeras perguntas a deixava muito nervosa mesmo assim voltou pra casa para ver o que iria fazer e como contar a alguém o que se passara ali.
Quando chegou em casa se apresentou pálida e sem voz, parecia ter perdido noção do tempo, chamou a criada Estela e lhe contou o que havia acontecido, então resolveram contar ao marido.
Gustavo chegara muito estranho e então Cristina resolveu contar no dia seguinte.
Assim que amanheceu o dia , já havia chegado a notícia da morte daquela mulher, era uma mulher da vida, vivia ali nas aproximidades, mas nada mais comentaram, nào sabiam o que ocorreram e ninguém queria saber por se tratar de uma mulher de má indole como diziam , mas Cristina ficara curiosa,e aquela curiosidade lhe fazia pensar nas questões mais íntimas de sua vida. Pensava ela,aquela mulher tem uma história, deve ter uma família, estas questões eram comuns em sua cabeça.Então saiu novamente em companhis de Estela que lhe era muito agradável,resolveram ir até a igreja orar por aquela desconhecida.
Até aquele presente momento Maria já soubera da morte estranha e enigmática daquela mulher, se sentou no sofá e pôs-se a pensar em sua vida pacata e monótona fez a mesma pergunta que fizera Cristina em sua mente e entào resolveu ir até a Igreja orar por aquela mulher até então desconhecida.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Primeiras páginas... As mulheres da minha vida.


Ela se sentou e não mais falou, gostaria de ver nos olhos do marido algo novo , mas ela nada tinha a falar a não ser bom apetite, ela se inspirava nas suas palavras para não pecar nas questões mais nobres de sua alma, cativa e sublime de uma mulher vivendo numa época tão constrangedora para as mulheres de um século onde as palavras masculinas sempre eram imperativas.
Se datava de 1765, num período medonho para quem ousasse questionar sejam sobre qualquer coisa.
A mulher era Maria Pereira, uma família nobre mas a nobreza não passava do título real, mas a moral havia só ali naquela mulher leiga mas generosa... queria poder conversar com mais alguém mas seu marido vivia leproso dentro de sua alma, pois aparência é um detalhe pequeno para Deus e seus anjos do céu.
Naquela tarde Maria queria dormir mas precisava ir até a igreja para dizer que era cristã mas dentro de sua alma existia uma resistência ao que a igreja fazia, muitas vezes se sentia inojada a atitudes infundadas do clero... vivia numa província , apenas servia, nada mais, mas algo lhe dizia que tudo mudaria, bastava uma vontade, mas Deus tem a hora certa de agir... e esse dia chegaria mas não naquele dia talvez em um próximo.
Cristina era uma outra mulher que vivia sempre distante de seus pés, viva a questionar as mesmas coisas que Maria mas ainda era jovem, estava em seus primeiros dias de casamento com um ovem rico mas ainda atormentado pelo passado que ainda não abandonara.Cristina estava grávida e Maria também então muitas coisas surgiriam para que essas duas almas pudesse se encontrarem, estariam dispostas a mudar suas vidas.
Quando Sara deixou a clínica ainda estava abatida acabara de receber a alta do médico, agora era 2005 , e Sara era uma jovem grávida e recem casada...
Sara estava pensativa e muito fraca perdera sangue em suas primeiras semanas talvez nem chegue a dar luz, ela pensava no bebê e se amedrontava com a idéia de ser mãe pois algo em seu ser lhe dizia que algo muito estranho longe de suas ciência lógica pudesse explicar.
Voltamos então para um tempo longincuo onde iremos agora apresentar uma terceira mulher também chamada Sara, uma criança ainda vivendo seus 12 anos imprecisos, era forte e determinada mas vivia presa num lar muito diferente das demais mulheres , era pobre e vivia em muitos lugares,era uma cigana... e esta seria a mulher que mudaria de vez a imagem negativa que tinham do mundo ignorado por outrem em virtude de uma cultura masculina e ignorante ao se tratar das moradas do Senhor.
Em especial Maria tinha uma fé mais intensa pois a igreja a muito havia lhe cobrado a presença nas reuniões matinais, mas sempre arrumava uma desculpa para fugir de uma obrigação que a forçavam a existir.Ela tinha em si um questionamento comum entre as mulheres, o que Deus quer de mim? Eu deva viver assim tão submissa?Mas a diferença é que muitas mulheres achavam-se missionárias por viverem com homens rudes e amargos.