terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O feminismo e evolução!!!


 


O feminismo não é só um movimento gigantesco motivado por mulheres, é um movimento social que nos provoca a evolução da humanidade, digo isso com um conhecimento teórico, todo o movimento feminista provocou mudanças na sociedade, embora seja distinto em alguns países, ele é sim um avanço importante para a nossa consciência coletiva.

Quando um movimento transforma a sociedade , ele nos oferece melhorias, essa é a dinâmica, sem o movimento feminista não teríamos a melhoria nas ações trabalhistas, nas leis morais que regem os países em nosso orbe, mesmo que tenhamos lugares que infelizmente não evoluiu tanto assim.

Quando trabalhamos pela coletividade abrimos um leque de possibilidades, estamos evoluindo enquanto seres humanos e assim o mundo se modifica.

Precisamos ter a consciência de unicidade quando pensamos em nós como seres individuais precisamos pensar também na coletividade, uma ação feita por mim ou por outra pessoa qualquer gera uma reação no coletivo.

E porque isso acontece?

Somos humanos e sendo assim, vivemos em comunidades e estas se interligam por meio de ações em benefício de ambas, a civilização cresce e evolui em razão da coletividade, porque não sobreviveríamos sem esse avanço.

Uns precisam dos outros, logo, o que me causa desconforto, causa também desconforto no outro, mas há aqueles que agem de forma egoísta, que querem se sobressair sobre os outros e a consequência é o caos, um exemplo disso são as guerras e conflitos passionais, enfim, o feminismo existe para que todos tenhamos consciência da importância de cada um nesse coletivo , não é uma luta de gêneros mas uma busca de consciência de todos nós por todos nós.

E por que feminismo e não outra denominação?

Porque desde que descobrimos a história da mulher tivemos a consciência do nosso papel nas civilizações e no desenvolvimento delas, a opressão criada a nós causou muitas reações que nos mantiveram presas a um sistema de opressão, nos tiram a liberdade de agir e pensar , nos causaram traumas, genocídios e até hoje carregamos essas reações , então , diante de tanta opressão nos levantamos e nos colocamos no  nosso lugar na história, estamos escrevendo a real história e nos qualificamos para mudar e melhorar o que for preciso, a evolução depende de todos nós.

O feminismo trabalha para a coletividade, para o bem de todos nós, porque acreditar que somos fortes quando lutamos por todas nós.

Historicamente a mulher teve um papel importante mas nos foi ocultado isso, a opressão contra as mulheres nos trouxeram as reações atuais, se fizermos uma comparação em como seria a vida sem essa opressão viveríamos uma outra história não é mesmo?

Quando um sociedade luta uns pelos outros há uma evolução histórica, não haveria melhoria na vida do trabalhador senão houvesse atos revolucionários para isso, foi preciso movimentos para que isso acontecessem , logo o feminismo precisou ser construído para que atos acontecessem, não há outra forma que conhecemos, porque houve tantos massacres? Os opressores existem porque há oprimidos , e quando estes se revoltam há uma reação negativa dos opressores causando uma luta importante para que algo aconteça, e graças a Deus em favor do oprimido e muitas vezes o opressor munido de uma força maior causou fatalidades memoráveis a toda a sociedade.

O feminismo causou uma evolução e continua causando porque sabemos o valor da nossa luta, sabemos aonde  queremos chegar e como chegaremos, então Viva o feminismo e todo de bom que ele nos faz!!!




segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Fome - Você tem fome de quê?

  


Um dos livros mais chocantes de que li durante toda a minha vida como leitora, enquanto eterna estudante foi Vidas secas de Graciliano Ramos, publicada em 1938,o escritor brasileiro nesta obra me trouxe uma sensação de impotência e desconstrução.

É tão intensa e significativa em dois pontos que nos fazem repensar sobre as nossas perceptivas enquanto seres humanos e a real pobreza que vem nos arrastando ao longo de nossas vidas e que se perde quando nos desconectamos da realidade.

Diante de tantos dados assustadores sobre a fome no Brasil e no mundo, eu me perco num olhar doloroso e quase sem palavras,e buscando a melhor definição, mas nenhuma  seria comparada o que de fato é.

Enquanto algumas milhares de pessoas estão com suas vidas comuns, entre os poucos milionários no mundo outras centenas de milhares de pessoas sentem fome, e não é só a fome, é a privação de quase todo necessário.

Só no Brasil são mais de 33 milhões de pessoas, estas vivem em situações deploráveis , e nenhuma cena ou retrato conseguiria definir em sua complexidade.porque ela se estende a todos os dias, sim, todos os dias estão com fome e todos os dias nós passamos por esses dados sem nos darmos conta ou mesmo como resolver, porque não depende de um único Estado, um único poder, se trata de cuidarmos de todos nós no sentido mais íntimo da palavra.

Eu estou dizendo sobre a fome concreta, essa falta de alimento, a falta de nutrientes para que o corpo físico sobreviva, e se pudermos aprofundar e detalhar mais sobre isso corremos o risco de cairmos em total desespero , porque há nessas milhares de pessoas crianças e idosos que morrem de fome diariamente, e os números aumentam a cada dia em decorrência das guerras que dificilmente serão resolvidas.

A falta de alimento não só trás a tona as nossas formas egoístas de viver, a fome retrata a nossa falta de humanidade e aprendemos com ela que estamos longe de sermos civilizados.

A fome trás a nós a consciência de que somos uma massa concreta de pessoas que não se importam, pessoas que vivem nas redes sociais mascaradas e hipnotizadas por uma tecnologia que deveria nos socializar e nos aproximar e ao invés disso retrata o que mais me aterroriza, a falta de amor.

Não é só uma matemática, é a filosofia que vivemos hoje,  que o capitalismo nos trouxe alguns avanços mas aumentou de forma trágica as nossas diferenças e nos afastou da viva em comum , do cuidado uns dos outros, não estou falando que o capitalismo seja uma coisa ruim, estou dizendo que estamos cada vez mais competitivos , invejosos, egoístas e camuflamos tudo isso nas redes sociais, o que é lamentável.

Antigamente dizíamos: " O que a mão direita faz a esquerda não precisa saber ", bem, também acredito nessa privacidade, mas será que agora diante de tantas atrocidades sofridas não está na hora de compartilharmos as nossas boas ações para que elas sejam contagiantes a ponto de todos fazerem a sua parte enquanto seres humanos ou estamos mergulhados a tanto egoísmo que somos incapazes de pensar no outro de forma humanizada?

Por incrível que pareça, quando fazemos uma campanha do "quilo" as pessoas mais vulneráveis, são justamente as que mais doam, por uma única razão, essas pessoas sabem como é a escassez, sabem o real problema da falta do que comer, e o mundo caminha com passos lentos.

E venho sempre me fazendo a mesma pergunta: Eu tenho fome de quê?

Tenho fome de solidariedade, de mais amor e de mais fraternidade.

Para sermos humanos não se trata apenas dos nossos traços fisiológicos mas de quem deveríamos, mais amorosos com aqueles que merecem, somos capazes de fazer muito pelos que necessitam e precisamos nos dar conta dessa responsabilidade moral, a caridade está sendo necessitada e senão tivermos essa consciência humana estaremos entrando em novas guerras e podemos acabar com o único lugar onde precisamos estar, em nosso lar estelar, com a nossa família, com as pessoas e seres que amamos.

O que podemos fazer?

Trabalho de formigas, ensinar as novas gerações a solidariedade, o respeito e através de bons exemplos a prática da caridade.

Esse é o grande milagre dos peixes exemplificado no evangelho na figura de Jesus, e seus apóstolos, e  outros mestres em diferentes pontos de nosso Orbe, enfim, não nos falta exemplos, nos falta apenas a ação...

O nosso socorro não virá de outros orbes, não vai ser fugindo que resolveremos um problema como a falta de humanidade, a solução está dentro de nós por todos nós.

domingo, 7 de janeiro de 2024

A insignificância!!!


 


Em meio a um teto imaginário e a insignificância de que somos a imagem concreta apertou meu coração.

Me transcrevi num sonho em que me fez acordar cobre quem somos e naturalmente percebi as disfunções que existem no nosso olhar.

Olhamos para uma imagem concreta e achamos que ela é real, porque a tocamos com nossos sentidos acreditando que a beleza está apenas no que vemos com um olhar incompleto de quem somos.

Uma imagem , uma concreta imagem, moléculas que se grudam e depois de tantas maneiras se desfazem no envelhecer, na morte e na certeza de que nada existe a não ser no que não posso ver com meus olhos de carne viva.

O tempo escorre em suores, forças físicas e acreditamos que isso é tudo, somos tolos em pensar assim.

Meus olhos imperfeitos que são ,choram por sentir que acordei de um sonho lúcido e percebi a insignificância do ser ao fixar-se nas aparências e isso se torna o todo para quem apenas vê o que os sentidos incompletos do ser enxergam.

Estou diante do espelho e percebo que não sou tão linda como queria mas este mesmo espelho me faz perceber o quanto sou profunda quando me desmascaro em sentimentos, essa sim sou eu.

Completa e ininterrupta eu me vejo como sou, absolutamente e única.

Quem diante de si mesmo não percebe-se?

Quem vive de aparências não descobre a si mesmo olhando para si diante do espelho mas diante das consequências de uma alma quase vazia, é alguém que se esvazia com o tempo quando se descobre envelhecer e que o tempo não descarta nada.

Eu em minha pequena alma que busca se entender , entendeu que nada tenho a não ser uma alma, sendo eu a própria alma.

Carta de um extraterreste - Uma carta para você ... De um ser de outro planeta!!

 




 Em seu distante e perfeito desamor resolvi escrever uma carta, dessas que a vida só consegue escrever uma, me perdi entre palavras desconexas porque sabia que seria a última, e por causa disso, eu me vi emocionalmente variante , como se tudo girasse diante de mim e perceber que a distância tem seus propósitos estranhos.

A ponta da caneta estava tremula e me vi esperando que caísse do céu o que eu deveria escrever e assim foi até que meu coração resolveu ditar para mim o que era preciso e então respirei aliviada, o que eu escreveria ficaria impresso o que eu sentia de fato, sem metáforas e formas inconsistentes.

Primeiro eu iria dizer que  viver de aparências só eram imagens inadequadas do que pensamos de verdade, e que beleza era só uma concepção diferente em diferentes olhares.

Segundo, eu iria dizer sobre quem eu era, mas refiz a frase porque ela não diria quem realmente eu sou, fiquei quieta diante das palavras e me atrevi a colocar um emoji , era tão feio que resolvi apaga-la da mensagem, ficou apenas o vazio.

E terceiro iria contar uma história ilustrativa, mas a minha memória descontinuada preferiu esquecer a metade dela, e assim ficou o texto :

Venho através desta carta dizer adeus, sem grandes facetas e dizer que não sou humana, sou uma extraterrestre tentando de abduzir.

Eu sei, foi uma ideia de Jirico, mas é real e nada de valor você teria no meu planeta.

No meu planeta os sentimentos tomam forma, e as cores são bem mais intensas, as emoções são vistas com cores e são iluminadas, por isso não precisamos de palavras, apenas pensamos e a mensagem se revela diante de nós.

A beleza é tão passageira lá que desconhecemos o feio, porque no meu planeta, a beleza se expressa pelas cores e em sua luminosidade.

As casas são quase todas parecidas porque no meu planeta a riqueza também se expressa pelos pensamentos e emoções, elas vibram e nada tem a ver com o dinheiro, mas o real significado do coração, portanto, pessoas ricas são sempre as mais belas porque têm  pensamentos altruístas e sua luminosidade é tão intensa que se transmuta em bem estar, as pessoas ricas e belas aqui, são felizes.

Infelizmente eu tenho que partir, deixar que viva em seu planeta, eu apesar de amá-lo incondicionalmente , eu preciso voltar ao meu planeta, eu não me adequei aqui.

Os humanos aqui são tão sólidos que as lágrimas não significam nada, ninguém liga para os sentimentos dos outros, os humanos comem animais com molhos para que o cheiro e o sabor  disfarcem sua real podridão, são seus irmãos menores, e é tão triste vê-los assim.

Aqui me sinto estranha e inválida, tudo que eu faço aqui para ajudar parece insuficiente, os humanos são apegados ao seu próprio corpo, se esquecem que são almas e vivem maquiados, como se tivessem medo de se mostrarem como realmente são.

A beleza aqui é tão efêmera e se apegam a isso com tanto afinco que menosprezam os outros humanos por se comportarem diferente, os discriminando e os maltratando por isso.

Aqui os humanos mais ricos não se importam com os mais pobres e os oprimem pelas suas condições, e os desfavorecem.

Eu não quero estar aqui, nada conhecem sobre o espírito e quem se empenham para adquirirem tais conhecimentos são tidos como loucos, nada sabem sobre o universo e quem também se empenham em saber, são também considerados lunáticos, como se esse conhecimento não lhes servissem para nada.

As guerras são constantes e não procuram a paz, apenas se vendem, e se matam por muito pouco e sacrificam seus irmãos por puro egoísmo e ganância.

Eu o amo profundamente, mas não pelo que parece ser, mas pelo que é capaz de ser, mas percebi que nem você percebe isso, então resolvi partir. e dizer que esse lugar não se parece comigo , eu desejo uma vida mais alegre e de fato pacífica, eu quero continuar a minha iluminação.

Eu sei que possuo imperfeições e que nada que eu fizer por você terá valor real, acho que vivi num sonho ao conhecê-lo por tão pouco tempo, mas confesso que aprendi muito com você e suas teorias estranhas para a minha então realidade.

Agora vou viajar para meu planeta, que está numa outra dimensão, seu planeta não me nutre e me causa falta de ar, parece que estou enlatado assim como seus alimentos.

Apenas agradeço a sua grande contribuição a minha vida , seu amor me trouxe aconchego mas eu devo ir, você tem muito o que viver, participe ativamente de atividades sociais sem buscar créditos por isso, apenas divulgue o quanto é prazeroso ajudar alguém.

Uma coisa importante, o seu amor deve ser cada vez maior pelos seus irmãos humanos, eles merecem cuidados, haverá grandes catástrofes e merecem viver em lugares seguros, as guerras nucleares não podem existir, a atmosfera desse planeta entrará em colapso se continuarem a viverem entre bombas e canhões.

Outra coisa importante, as drogas devem serem para uso medicinal e em dosagens quase invisíveis , porque o efeitos delas de forma muito intensa causa danos irreparáveis ao corpo e a mente , e a sua cura é dolorosa através do karma, enfim, me despeço com muito pesar mas certa que minha missão com você ainda está no começo mas a distância entre nós é um tanto estelar, mas carrego dentro de mim a gratidão e o amor que em mim é um tanto profundo e significativo.

À alma peregrina

 



A natureza se revela para mim, as minhas mãos tocam a folhagem e me recolho em pensamentos.
Os meus olhos fitam as estrelas e como um sopro, eu me descubro novamente nua diante do Universo diante de mim.
Somos como seres alados, nos perdemos em emoções que nos governam, eu me recolho nelas e me aprofundo em mim mesma.
Eu me perdi nesses pensamentos, e a doçura do mundo me tornou serena.
O riso mais parece um sino, um som suave e adocicado.
 Ah, Se eu pudesse tocar, se eu pudesse sentir o beijo delicado de um anjo.
Talvez o encanto tivesse apenas no ato de olhar.
Me olhando, e me buscando atrás dos lençóis presos no varal.
Quando eu brincando, invisível e infantil.
De pés descalços sentindo a força da terra buscando fadas nas flores amarelas do campo.
Eu mergulhada em sonhos , realizo e amplio espaços.
Curando as dores, espiando o sorrisos e fitando estrelas.
Só , somente só posso viver esse doce momento.
Respirando e me inspirando no mais belo sorriso.
O seu sorriso.
Só assim poderei contemplar o que nenhum santo , sábio ou artista pôde enxergar.
A sua capacidade de ver o melhor em mim.
E no mundo onde a maioria das cores se misturam ao cinza.
Eu vejo você, meu doce e sereno anjo.
Composto do mais sublime sentimento.
A natureza se revela em mim na sua delicada presença.
E as gotas da chuva suave se misturam as águas claras da cascata.
Sendo a imagem perfeita
Da visão profunda de mim para a sua belíssima alma peregrina.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Sobre Alienação parental - Um ato de amor começa com o respeito!!!

 

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010.

Mensagem de veto

Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. 

Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 

Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  

I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 

II - dificultar o exercício da autoridade parental; 

III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 

IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 

V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 

VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 

VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 

Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 

Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 

Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 

Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou ao adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida no fórum em que tramita a ação ou em entidades conveniadas com a Justiça, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas.       (Redação dada pela Lei nº 14.340, de 2022)

Art. 5o  Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 

§ 1o  O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 

§ 2o  A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.  

§ 3o  O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. 

§ 4º Na ausência ou insuficiência de serventuários responsáveis pela realização de estudo psicológico, biopsicossocial ou qualquer outra espécie de avaliação técnica exigida por esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade judiciária poderá proceder à nomeação de perito com qualificação e experiência pertinentes ao tema, nos termos dos arts. 156 e 465 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).       (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)

Art. 6o  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 

I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 

II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 

III - estipular multa ao alienador; 

IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 

V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 

VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 

VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 

VII – (revogado).        (Redação dada pela Lei nº 14.340, de 2022)

Parágrafo único.  Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. 

§ 1º  Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.       (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)

§ 2º O acompanhamento psicológico ou o biopsicossocial deve ser submetido a avaliações periódicas, com a emissão, pelo menos, de um laudo inicial, que contenha a avaliação do caso e o indicativo da metodologia a ser empregada, e de um laudo final, ao término do acompanhamento.       (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)

Art. 7o  A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. 

Art. 8o  A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 

Art. 8º-A. Sempre que necessário o depoimento ou a oitiva de crianças e de adolescentes em casos de alienação parental, eles serão realizados obrigatoriamente nos termos da Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017, sob pena de nulidade processual.        (Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022)

          Art. 9o  (VETADO) 

Art. 10.  (VETADO) 

Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília,  26  de  agosto  de 2010; 189o da Independência e 122o da República. 

LUIZ INÁCIO LULA DASILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Paulo de Tarso Vannuchi
José Gomes Temporão

Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.8.2010 e retificado no DOU de 31.8.2010

Alienação parental - vivências.

 


Não é a primeira e nem a última vez que falarei sobre isso, é um assunto que vivemos em nosso cotidiano embora seja comum, não quero que seja naturalizado, quero mesmo é que pensemos sobre isso de forma mais concreta ao invés de ficar só numa fase teórica.

Não se trata apenas de um meio violento de ferir alguém, se trata de um meio de dar continuidade a algo que já vinha acontecendo, sim, estou sendo bastante pessoal agora.

Quando os filhos se tornam armas, quando os filhos se tornam vítimas é quando sofremos mais, é mais doloroso que qualquer abuso sofrido, é um ato cruel de defesa de quem passa o tempo nos agredindo.

Vivemos constantemente sob a mira da sociedade patriarcal, porque somos uma maioria sacrificada, é mais fácil ferir ao outro do que aceitar que o outro é importante para que eu permaneço bem no pedestal , simples assim.

Quando a situação de um relacionamento está insuportável e nos resta apenas esperar pelo fim, o jeito mais abominável de um agressor é manter os filhos como escudo, como uma arma de proteção, , e a mulher como naturalmente é a cuidadora, a quem está ali para dar nutrição emocional aos filhos sofre as maledicências do agressor, usa os filhos dizendo-os o quanto a mulher é inferior, quando ela é submissa ou covarde, não é apenas o nosso ponto de vista, é a nossa vivência.

Somos fortes, somos mulheres incríveis, e temos uma potencial gigantesco para superar, para se inspirar e servirmos de inspiração, sabe qual é o significado disso?

A nossa força, a nossa força nos mantém firmes diante do medo, da incerteza e sobretudo, do futuro, somos nós que transformamos a nossa vida em algo melhor apenas com a nossa própria vontade.

Eu escrevo neste blog há muito tempo e não me canso de falar o que acredito ser importante a todas nós, o fato de sobrevivermos a esse mundo cruel nos trás a garantia que podemos sermos melhores a cada dia e podemos transformar o que for preciso.

Pessoas rasas se apegam ao que sentem com os seus sentidos ainda de maneira superficial enquanto as pessoas profundas se apegam a filosofias que as fazem crescer, se preocupam com a espiritualidade e não vivem de aparências, apenas se olham de maneira confiante e reflexiva.

As nossas histórias se convergem , e nos mantém seguras e não nos acomodamos com o que vivemos porque não queremos apenas um lugar, queremos um lar seguro, um lar seguro que é nossa mente, nosso corpo, é o que nos pertence de fato.

Quando sofremos alienação parental esse lar seguro deve estar seguro, a nossa nutrição mental se estabelece quando estamos mentalmente confortáveis embora haja ataques por todos os lados, essa serenidade é o ideal da maioria de nós.

Contra a alienação parental há justiça, há lei, e precisamos lutar por ela, para que ela se mantenha viva na vida de todas nós.

LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010.

Enquanto tivermos força para lutar, enquanto tivermos motivos para lutar, as nossas mãos sempre estarão unidas.