domingo, 30 de outubro de 2022

Sinhazinha - página 6

 


Sinhazinha se sentia frágil, pertencia ao mundo mas não se encontrava, estava paralisada e só.

Antônio não buscava forças, tinha revolta, tinha tanta raiva aos negros que os chicoteavam sem motivos e isso assombrava aos escravos da fazenda, Sinhazinha ouvia seus gritos, suas lamentações de longe, parecia não pertencer aquele lugar, se isolava.

Chegara o grande momento, o encontro com seu futuro marido, era um jovem pequeno e feio, mas sentia um grande calor dentro de si, sentia que seria feliz ao lado daquele homem que seu pai escolhera, não sabia explicar aquele sentimento que confundia seus pensamentos.

Lembrara de todas as suas outras vidas, sentia como se aquele homem fora feito para ela, então se entregou a essa paixão repentina.

Antônio estava convicto que fizera a coisa certa, estava disposto a entregar a sua vida pela essa história que ele havia começado.

A festa começara bem, as escravas da casa estavam eufóricas e não entendiam como Antônio pudesse entregar sua filha a um desconhecido.

Ao quase amanhecer, a senzala pega fogo, os escravos que conseguem fugir entram no casarão tremendo e agitados, muitos morreram nessa ocasião, Antônio se pergunta como poderia ter acontecido tão tragédia, mas os poucos sobreviventes fogem  por causa da confusão dos convidados, Antônio de desespera.

Sinhazinha chora pela morte de seus irmãos e o noivo sem entender a abraça para que ela se acalmasse, nasci ali, uma história de amor.

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