sábado, 30 de julho de 2022

Casa -abrigo... um ideal para todas nós...



 Vamos falar de quê?

Vivemos tempos difíceis, a grande maioria dos brasileiros são trabalhadores, são homens , mulheres, crianças , idosos e adolescentes, cada qual com suas histórias particulares.

Somos uma nação pacífica , embora tenhamos histórias de violência que nos assombram, ainda sim somos um país amoroso e solidário, mas infelizmente o nosso país não está livre de sua realidade social que poderia ser melhor, mas não é.

Quando falamos de violência , imediatamente vem em nossa mentes, armas, mortes e muita dor, mas há dores silenciosas, há muita violência que não está retratada em noticiários e revistas, nem em algumas ruas e esquinas, existe uma violência silenciosa , esta que está em nossos lares, nos matando e nos escondendo.

A violência doméstica é uma violência silenciosa na maioria das vezes , porque ela é em grande quantidade silenciada por medo, por razões que desconhecemos ou fingimos não enxergar.

Existem milhares de pessoas que vivem essa realidade, eu vivi, a minha vizinha viveu, e a senhora do outro lado da minha cidade também, são milhares de mulheres que escondem histórias tristes e que fragilizam a nossa sociedade que se habituou a deixar para lá.

Dizem que briga de marido e mulher não se mete a colher... será que é possível?

Em nosso país sim, não se metem e ainda silenciam a situação, quantas vezes ouvimos essa frase, ela é tão comum, mas será que realmente é uma verdade, devemos nos silenciar?

Uma música infantil, essas que cantamos e dançamos desde que conhecemos por gente... " O  Cravo brigou com a Rosa..." quem não conhece?

Desde cedo nos habituamos a achar isso normal, a nossa sociedade brasileira foi criada, colonizada na base da violência, é um ato histórico, a humanidade é e foi cenário de grande violência, e em casa não é diferente.

Será que isso é realmente necessário para que a nossa sociedade se discipline para que haja amor e paz?

As nossas questões sociais sempre serão e devem existirem para que nós possamos crescer.

No Brasil existem 5.570 municípios, apenas 155 casas-abrigo para as mulheres vítimas de violência existem em todo o Brasil, ou seja, para onde a mulher vai fugir quando ela estiver desamparada?

A violência contra a mulher não é uma história recente, não é uma história inventada, 30% das mulheres admitem ter sofrido violência física ou sexual , e 38% dos assassinatos contra a mulher são por seus parceiros ou ex-parceiros.

O primeiro registro de casa-abrigo foi em 1971 em  Chiswish, Londres, na Inglaterra.

É importante que haja vontade política para que possamos superar essa situação, não há mais como conviver com isso, e as pessoas precisam entender que nós somos fortes mas que precisamos nos proteger.

Há muitos projetos na câmara de Deputados, mas precisamos muito mais do que leis, precisamos nos educar, nos habituar a fazer o bem, a cuidar do outro por sermos bons e não porque existe uma lei para isso.

Por mais que essas casas-abrigos ajudam muito, precisamos intensificar e melhorar, quantas de nós que vivemos em prol de uma educação, das ações sociais e nos indignamos com as ações violentas de desgovernos e dos descasos destes que se elegeram para nos ajudar em nosso crescimento moral, intelectual, tecnológico e financeiro.

Há tantas pessoas de fato que querem ajudar mas estão presas as entranhas das más condutas de governantes que só buscam poder e mendigar trocas de favores, no mundo onde as pessoas se vendem como escravos, escravos de uma vida farta sem consciência cidadã.

Precisamos nos conscientizar que precisamos nos organizar, nos olhar como pessoas inteligentes e que realmente procuram fazer o melhor para todos, os que nos tornam um, somos a multidão que arrastam ideais, sonhos e soluções.

Somos mulheres , mães , filhas , netas que nos ajudam porque queremos o bem a cada uma, não somos apenas herdeiras de uma Terra, somos nós que cultivamos as terras, educamos lares, trabalhamos e ensinamos valores, somos nós que sustentamos muitos lares, que criamos em nós força e fé para sustentar e crescer numa sociedade doente, somos nós que determinamos o que fazemos de nossas vidas e não podemos nos deixar levar por quem não nos ajudam a buscar a autoestima, o autoconhecimento e a paz que tanto necessitamos.

Somos nós que criamos as possibilidades e nos ajudamos quando o outro requer cuidados e amor, somos nós mulheres que nutrimos nossos filhos, que geramos a vida e deixamos que o mundo o receba com o mesmo amor que nos propomos dar, não somos qualquer ser que esmaga um outro ser por achá-lo inferior, somos nós que geramos a vida e devemos manter esse equilíbrio.

Vamos refletir sobre quem somos no mundo e qual é o nosso papel no mundo e na vida, quem somos nós?

A melhor maneira e única forma de se obter respostas para a vida, é através de questionamentos.

Precisamos de mais casas que acolhem as mulheres que vivem algum tipo de violência e que possam sobreviver as essas dores e más memórias, precisamos questionar sobre o porquê dessa negligência, os porquês dos descasos, das tantas transgressões de nosso desgoverno no que se refere a mulheres de nosso país que ajudam no sustento da economia, da educação e de tantos outros pilares da nossa sociedade, quantas de nós vamos sofrer para que as pessoas que estão no poder possam olhar para as mulheres com maiores cuidados?

Todos nós fazemos parte da sociedade, todos nós contribuímos com nosso trabalho, com as nossas grandes e pequenas ações, quem somos nós ?

Pense, reflita, e faça a sua parte.

Não se pode negar o que está diante de nossos olhos, nem o que está por trás deles, a vida é um sopro e devemos nos encarregar de cuidar uns dos outros para que a paz realmente faça parte de nossas vidas.

Quando falamos em lar, falamos de um lugar que sugere acolhimento, segurança e paz e quantos lares existem no Brasil ou quantos de nós não temos lares? 

Um lar seguro é mais do que um lugar para estar, é um lugar para se viver em paz, e a paz? Onde conseguimos encontrar a paz além de nossa consciência?

Precisamos de mais lares que trazem essa paz pessoal, que trás sorrisos e acolhimento , portanto, vamos fazer parte dessa corrente que busca solidariedade e respeito, vamos fazer parte de mais idealizadores de boas ações, vamos incentivar a solidariedade, de trabalhos voluntários e de mais força pessoal para que os outros sejam acolhidos pelos nossos corações que já estiveram cansados e que agora cuidam para que todos possamos nos cuidar.


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