segunda-feira, 13 de março de 2017

Dia 8 de março...dia internacional das mulheres...um dia além das 24 hs.


Não sabia o que escreveria no dia internacional das mulheres... e mesmo com um discurso machista de nosso presidente... ainda sim... eu não tinha meu discurso em mente...
Pensei em falar da violência que acontece todos os dias contra as mulheres, poderia falar na lei Maria da Penha... falar das minhas histórias, histórias das outras tantas que igualmente já viveram uma violência contra a mulher.
Pensei apenas escrever e chorar com outras tantas a vida de mulher... talvez chorar as tristezas que muitas sofreram e sofrem...pensei nas minhas quatro filhas pequenas que dependem de minha educação para serem fortes e valentes.

E nada me vinha em mente... vi tantos vídeos a respeitos, textos lindíssimos que eu poderia reproduzir aqui... mas hoje a Divina, uma senhora já com seus 70 e poucos anos veio capinar meu quintal... e me contou sua história... eu quis chorar... deixar as minhas teorias falarem a ela... mas eu só ouvi.

Na minha cabeça surgiu as mais incríveis lutas, as atrocidades da humanidade contra as mulheres, eu vi na minha frente uma vida futura ainda triste com mulheres ainda desamparadas... e chorei... deixei que as dores surgissem dentro de mim e ali através de muitas lágrimas brotassem as rosas que preciso ter para não desistir de lutar.
Não são as lutas que machucam, são as feridas que não saram... essas feridas estão na pele de milhares de mulheres que não conhecemos...de algumas que convivemos e de nossas filhas que vivenciam tudo isso nos noticiários e até em seus lares machistas.

Machismo não é apenas uma filosofia de vida de nossa humanidade, mas uma educação que vivemos há milhares de anos, uma sociedade que massacra as nossas vidas.... são pequenas ações que deixamos passar, somos nós mães que educamos nossas filhas a perpetuar esse machismo ,porque temos medo do sofrimento ,temos medo do que ainda não conhecemos ... medo de lutar em vão... nós ensinamos as nossas vidas uma independência financeira para que não sejam sustentadas pelos nossos maridos, e deixamos de buscar nossos direitos a pensão alimentícia, deixamos de lutar pelo parto humanizado, não buscamos igualizar, precisamos respeito... porque é merecimento uma pensão alimentícia, não é favor...deixamos de lutar por sermos nós mesmos quando temos receios de deixar as nossas filhas vestirem o que querem com medo do estupro... estamos educando as nossas filhas terem medo dos homens... e não tiro nenhuma razão disso... porque quem mata não é o feminismo, é o machismo...é aquele homem que não tem controle emocional, é aquele homem arrogante, prepotente , orgulhoso e egoísta... sim temos medo do machismo... mas é preciso lutar contra ele, educando as nossas crianças a cultivarem o amor, a pensarem na amizade sincera, a pensar que as nossas diferenças físicas, as diferenças corporais são importantes para o mundo, mas que é preciso respeitar os seres humanos... o caráter humano deve ser evidenciado em nossa mente buscando a melhora íntima... a busca de coragem para fugir dos maus companheiros, coragem para dizer não, coragem para pedir proteção, ter coragem para uma nova vida longe do agressor.

Peço a todos vocês , meus amados leitores que comecem a pensar no feminismo de forma diferente, não como uma filosofia oposta ao machismo, mas uma filosofia de respeito ao ser humano, as mulheres geram a humanidade, são as mulheres que devem buscar mais amor e viver isso com seus filhos e filhas, são as mulheres que choram na hora do parto com suas dores de amor e dores físicas...
Vamos pensar na mulher como força criadora, como o ser que dá a luz a humanidade, porque sem um ventre, somos apenas seres esperando para nascer...

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