terça-feira, 9 de abril de 2024

Vamos combinar??? Temos muita para experienciar!!!

 



Quando aprendemos a escrever, quando começamos a formar as primeiras frases, as primeiras histórias estamos fazendo com que a nossa mente crie e sinta as emoções, os sentimentos naquelas palavras, as energias vindas das palavras nos transformam assim como os próprios sentimentos.
Quando escrevi meus primeiros romances psicografados, os primeiros textos autorais e mesmo as poesias de todas as maneiras e temas diversos, eu aprendi o poder que cada uma palavra poderia exercer e acabei me dando conta que poderia fazer muita diferença na vida de alguém, fosse apenas um único leitor que me seguisse no blog ou nas minhas redes sociais, então, criei uma ferramenta para me conhecer melhor e me vestir numa personagem de meu próprio livro, e dei o nome de Diário de bordo, porque é uma jornada interior que faço ao longo dos meus dias, através de um história fictícia e que se transformou numa fanfic, eu a princípio achei estranho fazer isso, mas achei um pouco divertido e um desafio, bem... já temos 23 capítulos e a história está se desenvolvendo.
Nem sempre fazemos os trabalhos que gostamos por questões financeiras, por falta de opção, os motivos são diversos, mas acabamos nos acostumando com isso, mas será que estamos agindo certo?
Digo que isso depende da nossa percepção, querendo ou não aprendemos através da nossa própria vivência, muitas vezes nós nos acomodamos com determinadas situações porque não acreditamos em nosso próprio potencial e nos prendemos as situações que não nos agrada, por um tempo, aquilo fica conveniente, mas depois, acabamos nos dando conta de que devemos mudar.
A mudança pode ser assustadora quando desconhecemos o que vem pela frente, mas também nos acostumamos com as mudanças, então, pensemos...
A vida é uma eterna mudança de fases, de coisas das quais vamos nos adequando e criando as nossas próprias estruturas, e assim vivemos, nos arriscamos, retraímos mas há sempre um movimento.
Esse movimento faz parte da nossa existência, poderíamos ficar imóveis num lugar, mas há movimento dentro de nós e fora de nós, o tempo nunca é o mesmo, e nossos pensamentos nunca cessam, então vamos combinar uma coisa?
Vamos criar movimentos, vamos nos recriar e vamos nos conectar com nossas emoções, sentimentos de maneira simples embora genuína, somos seres tão vibrantes e únicos.
Somos capazes de tantas ações, e mesmo que o outro não concordem com as nossas ações, somos responsáveis por cada ato, então, vamos nos movimentar, vamos nos renovar todos os dias, fazer do nosso passado apenas um livro em que a gente consulta quando formos nos lembrar das lições vividas, e deixar que o futuro se apresente sem pressa e sem estresse.
Vamos fazer yoga, meditação, vamos nos concentrar no que queremos , no que achamos extraordinário em nós, vamos praticar exercícios físicos, vamos nos explorar ao máximo, vamos contar as nossas histórias, vamos escrever as nossas histórias , as nossas aventuras inéditas, vamos seguir o nosso coração, vamos ouvir o que ele tem a dizer e vamos nos transformar em pessoas mais brilhantes?
O que somos só depende de nós.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Meu amor depois de você!!!

 



Quando as minhas mãos perderam as suas mãos, eu cai.

 O meu céu perdeu a cor, nem as águas rasas me deixaram ver a minha própria imagem.

 Mas eu cresci, eu cresci andando descalço em terras ásperas.

 As minhas mãos, as minhas palavras, meu coração abraçou-se como um amigo urso;

 Eu cresci quando eu me vi sozinha, transformei-me em dores crescidas.

 Eu aprendi a olhar você com os olhos fraternos , então, deixei você partir.

 E eu cresci.

 E meu céu ficou azul, fiquei com as cores que o mundo coloriu para mim.

 Eu me vi novamente crescendo em mim e não em você.

 Eu aprendi a esquecer as dores que você deixou.

 E eu cresci.

 Cresci sem você por perto.

 Cresci nascendo de novo, é assim que nos fazemos presentes em nós mesmos.

 Aprendi a olhar você com os olhos abertos.

 Eu cresci ...

 Nada do que foi será, como disse o poeta.

Meu coração abraçou as alegrias de ser eu mesma.

E me engrandeci querendo ser eu.

E quando foi que deixei de ser eu?

Quando eu pensei que deveria ser o que você quisesse que eu fosse.

E então, eu cresci.

Eu me amei como nunca tinha amado antes.

Olhei para o céu e vi a lua me banhando e me nutrindo.

Eu cresci com ela.

As minhas fases, as minhas lindas memórias sobre você, eu perdoei.

Eu vi as borboletas posaram nas minhas mãos, eu eu novamente me vi voando com elas.

As flores do meu jardim, a minha casinha de fadas, as minhas estátuas ritualísticas.

Eu me vi sendo eu, eu me alegrei sendo eu, e eu amei sendo eu.

E quando percebi que meu brilho se intensificou, eu esqueci o que você foi dentro de mim.

E eu cresci.

Quando eu ficar velha quero poder olhar para trás e ri de tudo, poder sentir a brisa e rir de tudo.

Entrar dentro de mim, ficar dentro de mim sem você por perto.

Sabe?

Eu te amo, mas agora... eu te amo mais.

Amo o que você deixou em mim, amo o que você causou em mim.

Acho que o que sou hoje é bem mais...

Quem sou eu depois de você?

Sou apenas eu...

O simples querer, a vontade louca de continuar vivendo na lua e sonhando com ela.

Sabe?

Eu te amo, mas agora, eu te amo mais.

Meu amor depois de você, é mais linda de todas as flores, é a mais bela que as pedras do meu jardim.

O meu amor depois de você é a dose exata da cura, é a beleza de qualquer ser.

É o Universo expandindo em mim.

É o gosto doce do orvalho.

A medida certa do açúcar e a chuva grossa que faz cócegas na minha pele.

Meu amor depois de você, é a mais pura verdade dentro de mim.

Eu cresci quando você deixou dentro de mim a mais dura carência.

E eu te amo por isso, por me deixar crescer fora de você.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

__ Mãe, eu estou com fome!!!

 




Pelas ruas estreitas da cidade, um choro escondido por entre a multidão que passa apressada.
As pernas finas de uma criança incomoda a mãe que a carrega no colo.
Agora é um choro sentido de criança, não há descanso no coração da mãe que não consegue esconder a dor.
Ela segura um choro escondido desde de muito tempo porque ela esqueceu de contar os dias.
Ela se esqueceu de quem era ela antes de tudo isso.
Suas mãos se estenderam ao primeiro casal que passa por ela, se sente sozinha e rejeitada.
Ela chora mais uma vez.
Seus olhos umedecidos banham a criança que acaba adormecendo no seu colo.
Suas dores se estendem a alma, o mundo parece vazio e sólido.
Não há nenhum sinal no céu de que vá chover.
O calor que antes a fazia esquecer do frio pela manhã agora a faz transpirar.
É um dia quente, bem quente.
Suas mãos se estenderam de novo, mas ninguém a vê, a pressa dos outros se faz com a indiferença.
O menino no colo acorda e pede água, a mãe tira uma garrafa quase vazia da bolsa pesada que carrega no ombro.
A pobreza marca a pele da mulher que carrega seu filho no colo.
Ele só tem três anos.
Não importa para ninguém, ninguém ali se importava, nem a enxergavam, ela existia, o filho dela existia.
Mas as mentes dos que caminhavam nas ruas da cidade não se importavam com aquela mulher.
As mentes estavam nas redes sociais, nas lojas de roupas e nos restaurantes caros que podiam pagar.
Nas drogas encaminhadas pelos correios e nas portas das danceterias, não adiantava chorar ou gritar.
A mulher sozinha com um filho no colo não fazia a diferença.
Os olhos do menino fitavam a loja de brinquedos, mas a mãe ensinou o menino que não iria adiantar pedir.
A pobreza marca as mãos da mulher que carrega seu filho no colo.
Um som vindo de dentro dela a incomodava mas não mais do que o som que saia de dentro do menino.
Um som que também doía, que matava lentamente.
Matava também a esperança, a vontade de sorrir.
E então ela se sentou num banco de praça.
Um homem idoso sentado no mesmo banco olhava para a árvore, a única árvore em  meio os concretos que deixavam a cidade cinza.
Então, a voz do menino fraco e magro quebrou o silêncio.
__ Mãe, eu estou com fome.
A mãe olhou para o homem e se envergonhou.
Envergonhou-se de ser pobre, de ser mulher e de ser ela.
O homem saiu, foi embora, a mãe chorou mais uma vez.
Era um choro seco.
Depois de alguns minutos aquele homem voltou.
A mulher enxugou as lágrimas.
O menino falou mais uma vez:
__ Mãe, eu estou com fome.
O homem então abriu uma sacola e disse:
__ Minha senhora, eu comprei um lanche.
As lágrimas da mulher molharam mais uma vez o seu rosto.
O homem se levantou , a mulher num gesto de gratidão o abraçou.
e o homem disse :
__ Esse é o melhor abraço do mundo!!!

A morte como lição!!!

  


Há uns três anos atrás eu estava escrevendo um livro chamado " Cinco Marias", um romance de 100 páginas, todas as vezes que eu terminava uma página eu as li para as minhas filhas, ao chegar a última página, assim que eu terminei de ler as últimas linhas, as meninas choravam compulsivamente, e eu também, ao terminar aquelas páginas de uma história sobre cinco mulheres fortes e destemidas, que sofriam todas as perseguições improváveis, as meninas se revoltaram com o final da história dizendo assim:

_ Mamãe, como você pôde matar as mulheres que deram vida a sua história?Você é uma escritora assassina!!!

Na hora em pensei. Meu Deus , eu sou uma escritora psicopata.

Eu me perdi naquelas palavras, reavaliei toda a história, e mesmo assim percebi que era impossível que tivesse um final feliz para aquela história, demorou algumas semanas para as meninas entenderem que a história se tratava de coragem, de amizades sinceras e intensas e que a morte é um momento natural da vida de qualquer ser vivo.

Quando percebemos que a morte parece o fim de qualquer história ficamos frustrados e desolados porque a vida nos impõe um final terrível e parece que não há esperança e tudo chega ao fim, quando a morte é uma realidade que não podemos fugir nos revoltamos e não compreendemos que a vida não chega a fim, apenas acreditamos que não há como escrever outras histórias, acreditamos que não haverá novas experiências e a morte se torna uma vilâ, mas na verdade a morte apenas é uma mudança que não conseguimos entender, e que a história que vivemos é a nossa passagem mais linda de qualquer história, o que conta é sempre o que vivemos e não como julgamos o término, enfim, a morte é apenas um jeito cruel de dizer, que as coisas irão mudar a partir desse ponto final.

Sempre julguei que eu fosse uma pessoa forte, cresci acreditando nisso, as histórias que a minha avó me contava de eu estar no hospital no meu aniversário de um ano, eu sempre me aventurei, e me entregava as minhas aventuras como se eu fosse uma superwoman, eu vivia subindo em árvores, cai inúmeras vezes de árvores, escadas , nadava em rios e sofria com picadas de insetos, me ralava toda correndo no carrinho de rolimã, o tempo todo, quando eu cai da trave de futebol e meu rosto inchou, eu mal me reconhecia, e da vez que subi num coqueiro, entrou um espinho no meu pé e eu acabei caindo lá de cima , meu Deus, eu nunca quebrei um osso se quer... eu sempre acreditei que eu fosse invencível, e a menina mais sortuda do mundo, e acredito que eu ainda sou tudo isso.

Ser forte o tempo parece uma tarefa fácil para uma heroína , mas não é, somos capazes de fazer coisas inacreditáveis, nos esforçamos para não cometermos erros, mas somos falíveis, acabamos ferindo o nosso coração e o coração dos outros, estamos sempre correndo riscos e o final da história sempre estaremos acreditando que podemos muito mais, que podemos salvar os outros, nos salvar , mas será que isso é bom?

Eu ainda não consegui responder a essa pergunta, sempre oscilo ao tentar responder, porque eu sempre estou em dúvidas sobre como seria a minha vida se fosse diferente.

Por maiores que fossem as minhas dores, por mais que eu poderia magoar alguém com as minhas impulsividades, com as minhas atrevidas indagações, ainda sim , eu sempre precisei ser forte, apesar de eu chorar por qualquer coisa que me dê vontade de chorar, eu sempre acreditei que fingir sentimentos nunca foi uma boa ideia, enfim, eu sempre testarei a minha resistência e sempre irei matar os meus personagens porque eles serão as Fênix que eu crio para entender o que se passa dentro de cada um de nós, e sempre teremos as cicatrizes das nossas escolhas e sobreviveremos a elas.

Estou escrevendo meu próximo livro, e até agora não matei ninguém, não que seja uma regra eu matar meus personagens, mas que mais cedo ou mais tarde eles viverão as lições que devemos aprender, que cada leitor se verá neles e os farão entender que tudo se trata de escolhas e de lições e que no final sempre aprendemos algo, teremos sempre memórias, e apesar da minha condição de desmemoriada estar avançando sem que eu queira, ainda sim carrego dentro de mim as lições das quais eu preciso passar e seja lá para onde a minha vida me levar eu serei sempre grata aos que passaram por mim, aos que passarão e se eu deixei alguma memória em alguém, boa ou ruim, eu fiz parte da vida de alguém, eu deixei uma cicatriz, eu deixei uma lição e eu deixei um pedaço de mim em alguém.

Somos todos seres que brilham e que podem voar com suas lindas asas que são feitas de puro amor e resistência, resistimos as dores, e nos deliciamos com as alegrias que vivemos e compartilhamos, assim se cria o Universo, com um amor infinito e não pensemos na morte como algo ruim, é só mais um momento da qual todos acabamos nos lembrando e que se acreditarmos que a morte é uma passagem para uma outra vida, ótimo, porque o amor sendo eterno, estaremos vivendo em um outro lugar de forma intensamente proporcional ao nosso coração.

sexta-feira, 29 de março de 2024

Livros feministas bom para ler!!!

 Dediquei-me às minhas leituras e me deparei com incríveis obras literárias que expandiram a minha mente fervilhante.



A criação do patriarcado e Calibã e bruxa são duas obras gigantescas , uma complementa a outra, sendo a primeira uma visão clara de que não houve em momento algum  o matriarcado colocando algumas teorias a baixo, essa obra nos apontam fatos históricos além de pesquisas e uma posição feminista diante de muitos fatos e até mesmo uma análise sobre as religiões e de como encaramos as diversas civilizações. sobretudo o eurocentrismo, é uma leitura tensa mas que abrange de forma consistente a visão feminista e histórica, uma visão diferente desta que vemos em nossos livros de história.

Retrata a história da mulher de forma abrangente e significante, alguns relatos que diferem a nossa linguagem aprendida há milênios e nos coloca a par de acontecimentos até então não retrtatados pelos historiadores.

O livro nos leva há mais de 5000 anos atrás , nos mostrando escavações, análises da vida e de como normalizou o patriarcado e de como a política influenciou e apossou de nossos corpos e manipulou a nossa educação nos oprimindo e nos trazendo sentimentos de inferioridade, como o patriarcado manipula as religiões que proferem uma ideia estranha e de domesticação das mulheres, assim como a escravidão e suas formas desumanas  e de como ocorria as várias dominações e desapropriação de terras, além de explicar de forma muito didática as várias revoluções ocorridas ao longo de milhares de anos.



Calibã e a bruxa é uma obra viva e escancarada de nossa humanidade que digo de passagem, desumana, também retrata a transição do feudalismo para o capitalismo e suas atrocidades, nos faz revelações de como as mulheres viviam e como eram inferiorizadas, o texto é rico em detalhes e historiadoras renomadas e análises consistentes além de fatos que também está longe de ser retratada nos nossos livros de história.

Um capítulo a parte sobre a caçada as bruxas que foi um verdadeiro genocídio, as milhares de mortes de mulheres assassinadas por motivos que fogem da nossa lógica.

A escravização e a colonização das Américas que nos fazem pensar o quanto o homem é capaz de chegar em nome da religião e do acúmulo primitivo, sempre muito bem explicado e exemplificado ao longo do livro.

É difícil dizer o quanto aprendi ao ler dois livros célebres e de tamanha importância para os estudos sobre o feminismo.

São duas obras que nos levam ao nosso limite, nos mostra a crueldade e  animosidade dos que construíram as nossas civilizações e de como esses ensinamentos nos influenciam até hoje.

As mulheres não apenas foram inferiorizada como foram manipuladas psicologicamente através da opressão e das inúmeras maneiras de repressão que infelizmente nos aniquilam até os dias atuais, nos  trás uma reflexão de como ainda somos subestimadas.

A importância dos movimentos feministas nos ajudaram em muitas conquistas mas vale lembrar que a luta é por todas nós, e que não somos ainda a força avassaladora que realmente somos, ainda estamos lutando e nos aprimorando.

É de suma importância estarmos cientes que nosso estado psicológico tem um motivo histórico e que devemos nos fortalecer e fortalecer o movimento para que novas políticas sejam feitas e novas conquistas.




quinta-feira, 28 de março de 2024

Meu último desejo!!!


 


Desejo bem mais que a felicidade e um último sorriso.

Quero poder apreciar as estrelas como se eu pudesse estar entre elas.

Quero correr nua numa dança da lua e rir de mim mesma quando ninguém estiver olhando;

Quero acertar uma pedra no rio e achar graça quando ninguém mais achar.

Poder pintar à óleo uma última tela.

Quero sobretudo ver meus filhos felizes por qualquer bobagem.

Ter o cabelo pintado de azul e as unhas negras.

E meus filhos dizerem : Mamãe aonde você está com a cabeça?

E eu sem ter muito que responder dizer: Está no mundo da lua!!!

Brincar de pneu num gramado infinito.

Nadar com os peixes fazendo cócegas nos meus pés

Plantar e ver crescer os Ipês.

Cantar desafinado e não sentir vergonha disso.

Quero escalar as pirâmides como se eu fosse um gigante entediado.

E não mais chorar de saudades dos meus pais.

Quero beijar e abraçar quem eu encontrar pela rua.

Contar histórias até adormecer e ler  livros da biblioteca de Alexandria.

Quero fazer o que ninguém fez .

Poder amar infinitivamente quem eu quiser sem que ele saiba.

Fazer uma grande viagem pela África.

Poder contar todas as histórias que eu criar em mente.

Meu  desejo...

É nunca deixar de sonhar para que essa lista de desejos seja eterna e arrebatadora assim como meu coração.

Um coração cheio de sonhos fantásticos.

Meu último desejo

 É estar no coração de alguém... 

quinta-feira, 21 de março de 2024

AS gotas de orvalho!!!

 


 


Eu vi de longe as pequenas gotas de orvalho.

Quando o toque sereno da luz sol as tocaram , eram como se fossem muitos sóis.

Eu mergulhei o meu olhar, como notas doces de uma canção.

Eu via ali o universo , e ele cabia em mim.

Nem mesmo o maior dos sábios poderia definir a alegria de estar ali.

O orvalho molhava as pétalas dos lírios, e eu  me embebedei.

Era como se eu coubesse em tantos lugares além do meu corpo frágil e pálido.

Nas minhas mais antigas memórias eu me encontrava chorando, contemplando as estrelas.

Eu queria tanto estar entre elas.

Assim eu vejo o meu mundo.

Como as gotas de orvalho, tão simples e tão perfeitas e tão completas de luz e cor.

A ciência poderia explicar sua beleza, mas o meu olhar.

O meu olhar sobre elas , é tão intenso que meu coração permanece em êxtase.

Dizem que a beleza se encontra na simplicidade.

E nas minhas palavras matutas, a beleza é o que eu não consigo definir em palavras.

Mas num olhar meigo que eu quase me cego de tanta luz.

Quanta luz cabe dentro de nós?

o tanto que se pode doar de amor.