sábado, 20 de agosto de 2022

Sinhazinha - psicografia - página 2

 


Luzia era uma menina com um olhar meigo, seu pai O Senhor Antônio Ferreira, era um homem áspero com um olhar sério e Luzia o fizera sorrir poucas vezes, ele se entregou a bebida , deixou-se levar pelas entranhas do álcool e Luzia vivia a brincar, já tinha 2 anos, brincava em Geralda e seus sete filhos, Antônio não gostava dessa amizade mas não ligava logo a princípio já que Geralda fora sua ama de leite, aos poucos Antônio foi se afastando dos trabalhos burocráticos, deixando tudo nas mãos de Gregório, seu amigo que frequentava a corte, era um português que fugira  para o Brasil, era politizado e conhecera Antônio durante as suas viagens a Portugal.

Antônio era severo com os escravos, era católico fervoroso, não deixara se levar por outras crendices, Geralda estava preocupada com a bebedeira de Antônio e protegia Luzia o quanto podia, a menina brincava com os bichos, corria pelas plantações de cana e de vez enquanto se adentrava na mata com seus irmãos, filhos de Geralda, era assim que os chamavam.

Era uma época alegre para a Sinhazinha, com o passar dos anos Sinhazinha passara a frequentar a Igreja com o pai, e assim nascera uma menina preocupada com o céu e o inferno.

Luzia crescendo entre os escravos era estranho para alguns cristãos e Antônio estava preocupado com a língua afiada do povo da cidade, no interior de Minas era uma cidade ainda pequena , uma pequena igreja  estava sendo construída, e os escravos estavam exaltados com tanto trabalho, eram torturados e massacravam a sua cultura , Luzia crescera sem saber sobre as diferenças, mas Antônio perdera a paciência com a menina que ansiava em crescer livre, deixara a boneca de pano de lado para correr pelo campo com os meninos, filhos de Geralda, não se importava com o que falavam, estava feliz mas cada ano que passava, Antônio deixava Luzia mais em casa, fora das paisagens que ela tanto amava. Sinhazinha crescera como as flores que colhia no campo e Antônio não aceitava, então passou a castigar os escravos, sua impaciência e vício o deixara violento, Geralda percebia mas Luzia começara a acreditar que o inferno era um lugar onde as almas impuras viviam, seu pai a convencera que  deveria ficar mais em casa, estudando, então já com cinco anos passara a ter aulas de piano e pintura , a infância para viver a vida que seu pai a impunha , ela via pela janela os meninos correndo, brincando , via as torturas e percebia que os escravos eram tratados diferente, e isso a deixava reflexiva , não entendia o porquê de tantas chibatadas , perguntava ao seu melhor amigo, filho de Geralda , Messias, como tudo aquilo funcionava , ele respondia com amor que tinha por ela, que era obra de Deus e que não sabia, apenas obedecia ordens e que tudo que Deus mandava era para o nosso bem, que sua mãe o ensinara a respeitar mesmo que não aceitasse bem, porque perguntar demais poderia levá-lo ao pelourinho, e ele não queria morrer.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Sinhazinha - psicografia página 1



 Dona Maria estava apreensiva , a menina não tinha um corpo forte, era magrela, uma brancura quase que sem cor, ela gritava de dor, Dona Maria, a mãe de todos, todos os pretos, estava ali para ajudar, mas a Sinhá já não aguentava, sorria e chorava, uma grande confusão, era o medo de morrer, medo de deixar o Senhor com uma criança, pensava que poderia morrer, mas Dona Maria ficava fazendo carinho na cabeça da menina, ela estava triste, seus olhos não estavam felizes porque seu coração dizia que algo não iria ficar bem.

A Menina Sinhá era realmente uma menina, não sabia nada da vida, gostava de bordar e fazer molecagem, brincava com os pretos da senzala , não queria saber de separação.

Foi assim que acabou a sua história, querendo ser grande sendo pequena, a menina Sinhá estava cansada, mas a Dona Maria não iria desistir da sinhazinha que tinha que nascer.

Deu a última golada , e abraçou a barriga de Sinhá e com a força dos Orixás, a menininha nasceu, nasceu sorrindo para o mundo, era seus olhos , os olhos da mãe, todos os pretos cantaram , dando glória, dando glória.

O Senhor do lado de fora do quarto gritou de dor, perderá a esposa, perderá a chance de viver esse amor, era sua única filha, será que terá forças para cuidar daquela menina, aquela bebê rosada e com os olhos verdes esmeraldas, será que teria o amor suficiente, seus olhos paternos estavam tristes ao ver sua esposa partir. Dona Maria chorou, Menina Sinhá era a sua filha, uma filha que abraçara a alma, chorou , chorou e a senzala antes cantarolando passa a chorar.

A morte não era uma coisa boa para o Senhor, ele não gostava de pensar na mortem ele vivia sua vida naquele momento, pensava que uma filha faria Menina Sinhá feliz, mas ao fechar os olhos para o mundo, Sinhá menina deixará um novo sorriso para o mundo, o pai, o novo pai deixara a dor de lado por um minuto e a abraçou, a menininha que acabara de nascer, quis pensar em um nome , e logo que viu seus olhos, o pai a chamou de Luzia, ela seria a luz dos seus dias, Luzia era uma menina linda, seus olhos lembravam a mãe.

O Senhor não sabia o que fazer, então chamou todos os escravos da casa para a novena, enterrar a esposa era como se tivesse enterrando sua própria vida, mas o que seria da filha sem os olhos do pai?

A recém- nascida chorava, chorava, então, Dona Maria chamou Geralda, ela seria a sua ama de leite e a união ali se estendia ao eterno.

Geralda e Luzia juntas, o pai inconsolável bebia seu último barril de vinho, queria morrer ao lado da Menina Sinhá.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Mais um poema...


 


Queria pensar diferente.

Deixar que os pensamentos fossem mais floridos e sem sofrimento.

Apenas um vento nas dunas.

Levantando a areia e ali meus pensamentos estariam livres e fortes.

Nem sempre nossos pensamentos são floridos, há sombras que também nos povoam.

As vezes somos sombras andantes.

Muitas vezes somos pensamentos dos outros que atrapalham os nossos e assim misturam-se.

Eu queria que fossem diferentes, mais intensos.

Meus pensamentos são diversos, como correntes, vão se ajustando ao tempo.

Eles se renovam, se moldam e assim cresço.

Como eu penso... eu penso demais, mas é sempre assim.

Cheios de direitos e deveres seguimos pensando.

Eu tento controlar, todos eles, colocando em seus potes.

Potes de felicidades, potes de sabedoria e também tem potes de ansiedade.

Tudo que temos em nós, está sempre nos cercando dentro de nós.

Quando eu crescer, vou poder falar que meus pensamentos estão equilibrados e sadios.

Enquanto não cresço , vou aprendendo com eles parte de quem sou.

domingo, 7 de agosto de 2022

O querer!!!

 


O querer...

Na vida podemos ter vários quereres, talvez sejam eles frutos de sonhos, fruto do trabalho, fruto de qualquer árvore que nos motivam a caminhar.

Ninguém vive sem seus quereres, embora as nossas rotinas maçantes nos tornam escravos de alguns quereres ou mesmo nos envolvemos em pensamentos negativos nos levando a coisas que não queremos, na verdade os nossos pensamentos definem as nossas palavras, ações e não tem como mudar o tempo em que vivemos, não conseguimos educar as nossas mentes adequadamente para realizar os nossos quereres, porque estamos sempre querendo algo e querendo mais, nossas ambições muitas vezes nos dominam e com isso controlam nosso tempo, a nossa mente e os nossos desejos.

A meditação tem me feito controlar alguns dos meus quereres, me ajudou a querer uma coisa de cada vez para não dar um nó na minha cabeça, mas nem sempre foi assim, e não é uma tarefa fácil porque há coisas delicadas em nossa mente e que nós devemos conhecer, refletir sobre nós mesmos nos leva a entender os nossos quereres, nos posicionam em situações e novos questionamentos.

Quem somos nós e quais são os nossos quereres , a quem desejamos perto da gente e portanto onde gostaríamos de estar, nenhum ser humano é desprovido de inteligência e nem mesmo as plantas , animais e mesmo os nossos minerais tem uma razão específica no Universo sendo assim, somos parte de tudo e o nosso querer move e pode modificar o querer do outro, porque todos temos em nós o desejo e a sua individualidade mas que sente a necessidade de viver em coletivo.

O querer bem ao coletivo nos tornam pessoas melhores e nos ajuda na nossa própria evolução porque sabendo que todos nós nos pertencemos garante que o bem ao coletivo, é o bem para todos nós também enquanto indivíduos.

Então, o querer faz parte de todos nós e nos ajuda nessa engrenagem universal e a nossa responsabilidade é nos querer bem e quando fugimos disso desequilibramos o nosso meio, o nosso papel é estimular os outros com pensamentos positivos e desenvolvermos bons quereres e assim o mundo estará bem , porque todos nós estaremos querendo isso.

sábado, 30 de julho de 2022

Casa -abrigo... um ideal para todas nós...



 Vamos falar de quê?

Vivemos tempos difíceis, a grande maioria dos brasileiros são trabalhadores, são homens , mulheres, crianças , idosos e adolescentes, cada qual com suas histórias particulares.

Somos uma nação pacífica , embora tenhamos histórias de violência que nos assombram, ainda sim somos um país amoroso e solidário, mas infelizmente o nosso país não está livre de sua realidade social que poderia ser melhor, mas não é.

Quando falamos de violência , imediatamente vem em nossa mentes, armas, mortes e muita dor, mas há dores silenciosas, há muita violência que não está retratada em noticiários e revistas, nem em algumas ruas e esquinas, existe uma violência silenciosa , esta que está em nossos lares, nos matando e nos escondendo.

A violência doméstica é uma violência silenciosa na maioria das vezes , porque ela é em grande quantidade silenciada por medo, por razões que desconhecemos ou fingimos não enxergar.

Existem milhares de pessoas que vivem essa realidade, eu vivi, a minha vizinha viveu, e a senhora do outro lado da minha cidade também, são milhares de mulheres que escondem histórias tristes e que fragilizam a nossa sociedade que se habituou a deixar para lá.

Dizem que briga de marido e mulher não se mete a colher... será que é possível?

Em nosso país sim, não se metem e ainda silenciam a situação, quantas vezes ouvimos essa frase, ela é tão comum, mas será que realmente é uma verdade, devemos nos silenciar?

Uma música infantil, essas que cantamos e dançamos desde que conhecemos por gente... " O  Cravo brigou com a Rosa..." quem não conhece?

Desde cedo nos habituamos a achar isso normal, a nossa sociedade brasileira foi criada, colonizada na base da violência, é um ato histórico, a humanidade é e foi cenário de grande violência, e em casa não é diferente.

Será que isso é realmente necessário para que a nossa sociedade se discipline para que haja amor e paz?

As nossas questões sociais sempre serão e devem existirem para que nós possamos crescer.

No Brasil existem 5.570 municípios, apenas 155 casas-abrigo para as mulheres vítimas de violência existem em todo o Brasil, ou seja, para onde a mulher vai fugir quando ela estiver desamparada?

A violência contra a mulher não é uma história recente, não é uma história inventada, 30% das mulheres admitem ter sofrido violência física ou sexual , e 38% dos assassinatos contra a mulher são por seus parceiros ou ex-parceiros.

O primeiro registro de casa-abrigo foi em 1971 em  Chiswish, Londres, na Inglaterra.

É importante que haja vontade política para que possamos superar essa situação, não há mais como conviver com isso, e as pessoas precisam entender que nós somos fortes mas que precisamos nos proteger.

Há muitos projetos na câmara de Deputados, mas precisamos muito mais do que leis, precisamos nos educar, nos habituar a fazer o bem, a cuidar do outro por sermos bons e não porque existe uma lei para isso.

Por mais que essas casas-abrigos ajudam muito, precisamos intensificar e melhorar, quantas de nós que vivemos em prol de uma educação, das ações sociais e nos indignamos com as ações violentas de desgovernos e dos descasos destes que se elegeram para nos ajudar em nosso crescimento moral, intelectual, tecnológico e financeiro.

Há tantas pessoas de fato que querem ajudar mas estão presas as entranhas das más condutas de governantes que só buscam poder e mendigar trocas de favores, no mundo onde as pessoas se vendem como escravos, escravos de uma vida farta sem consciência cidadã.

Precisamos nos conscientizar que precisamos nos organizar, nos olhar como pessoas inteligentes e que realmente procuram fazer o melhor para todos, os que nos tornam um, somos a multidão que arrastam ideais, sonhos e soluções.

Somos mulheres , mães , filhas , netas que nos ajudam porque queremos o bem a cada uma, não somos apenas herdeiras de uma Terra, somos nós que cultivamos as terras, educamos lares, trabalhamos e ensinamos valores, somos nós que sustentamos muitos lares, que criamos em nós força e fé para sustentar e crescer numa sociedade doente, somos nós que determinamos o que fazemos de nossas vidas e não podemos nos deixar levar por quem não nos ajudam a buscar a autoestima, o autoconhecimento e a paz que tanto necessitamos.

Somos nós que criamos as possibilidades e nos ajudamos quando o outro requer cuidados e amor, somos nós mulheres que nutrimos nossos filhos, que geramos a vida e deixamos que o mundo o receba com o mesmo amor que nos propomos dar, não somos qualquer ser que esmaga um outro ser por achá-lo inferior, somos nós que geramos a vida e devemos manter esse equilíbrio.

Vamos refletir sobre quem somos no mundo e qual é o nosso papel no mundo e na vida, quem somos nós?

A melhor maneira e única forma de se obter respostas para a vida, é através de questionamentos.

Precisamos de mais casas que acolhem as mulheres que vivem algum tipo de violência e que possam sobreviver as essas dores e más memórias, precisamos questionar sobre o porquê dessa negligência, os porquês dos descasos, das tantas transgressões de nosso desgoverno no que se refere a mulheres de nosso país que ajudam no sustento da economia, da educação e de tantos outros pilares da nossa sociedade, quantas de nós vamos sofrer para que as pessoas que estão no poder possam olhar para as mulheres com maiores cuidados?

Todos nós fazemos parte da sociedade, todos nós contribuímos com nosso trabalho, com as nossas grandes e pequenas ações, quem somos nós ?

Pense, reflita, e faça a sua parte.

Não se pode negar o que está diante de nossos olhos, nem o que está por trás deles, a vida é um sopro e devemos nos encarregar de cuidar uns dos outros para que a paz realmente faça parte de nossas vidas.

Quando falamos em lar, falamos de um lugar que sugere acolhimento, segurança e paz e quantos lares existem no Brasil ou quantos de nós não temos lares? 

Um lar seguro é mais do que um lugar para estar, é um lugar para se viver em paz, e a paz? Onde conseguimos encontrar a paz além de nossa consciência?

Precisamos de mais lares que trazem essa paz pessoal, que trás sorrisos e acolhimento , portanto, vamos fazer parte dessa corrente que busca solidariedade e respeito, vamos fazer parte de mais idealizadores de boas ações, vamos incentivar a solidariedade, de trabalhos voluntários e de mais força pessoal para que os outros sejam acolhidos pelos nossos corações que já estiveram cansados e que agora cuidam para que todos possamos nos cuidar.


quarta-feira, 20 de julho de 2022

Lembranças...

 


Hoje me lembrei das minhas histórias.

Cada uma com suas vírgulas, pontos de interrogações e exclamações, mas nenhuma história é mais importante de como eu superei as minhas dores.

Aprendi a olhar para mim de uma maneira diferente, deixei de tentar entender de como surgiram cada uma das minhas marcas para redefinir as minhas histórias, eu me desconstruí para poder moldar o que sou agora.

Nem sempre as nossas histórias estarão entre as histórias belas e cheias de lições, não serão como os contos de fadas e nem nas fábulas que inventamos para as crianças com o intuito de educa-las, eu descobri que cada parte dessas histórias são reflexo da minha falta de maturidade emocional e que eu tive que ir me desmaterializando até entender que nada é por acaso e que tudo leva ao mesmo fim.

A paixão pela vida nos leva a lugares incríveis a termos emoções e aventuras, mas o amor que temos nos leva a lugares bem mais altos e amplos, acordar e olhar para as rugas que nos definem me fazem pensar na importância de meus pensamentos, eu tenho as minhas sombras e parte da minha luz foi lutando contra essas minhas sombras internas.

Culpar os outros pelas minhas escolhas eram atitudes comuns e as vezes bem verdadeiras, mas eu me descobri ao abrir mão de mim para satisfazer os outros e não que isso seja ruim, não é, mas eu me vi destruindo meus sonhos e agora depois de longo período de reflexões, eu percebo que agora é o momento de olhara para meu espelho e me perceber como uma mulher forte e corajosa.

Talvez o tempo seja cruel, e outras vezes ele é bastante benevolente, eu não sei bem ao certo o momento de dizer as coisas, mas estou aprendendo, e isso é um novo começo para todos nós, sou apenas alguém tentando se encontrar, assim como qualquer um... Eu sei que demora um tempo para o perdão, para o auto-perdão, mas o que realmente importa agora é que tudo que aprendi, foi no tempo certo e hoje eu quero não só dividir, eu quero compartilhar quem eu sou e mostrar que não estamos sós nas nossas questões mais profundas, estamos sempre unidos com um só objetivo... amar, sempre amar.

As nossas lembranças nos levam a lugares incríveis em nossa própria memória, na nossa mente está a maior biblioteca do mundo, do jeito que queremos , guardar tudo de maneira bem organizada, às vezes, mas estão lá lembranças que precisamos guardar e acreditar que elas são importantes e parte de quem somos, seja qual aprendizado, as lembranças são as provas de que existimos , de que somos parte desse Universo e que nunca deixamos de existir.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Ser mulher!!!

 


O que é ser mulher? Como é ser uma mulher?

Nós sempre temos uma resposta na ponta da língua , não porque é uma resposta corriqueira e persistente , mas é é porque nós conhecemos cada detalhe de nossas inconstâncias e das nossas lutas diárias.

Ser mulher não é apenas o que vemos quando nos olhamos, é bem mais do que um gênero ou uma dádiva, vai além de deveres, escolha, da maternidade ou da filiação, é algo tão forte em nós que as palavras embora já decorada é uma afirmação de nossa personalidade, é algo que não nos impede de sermos quem somos, e mesmo que muitas de nós somos  estão soterradas em problemas, machismo entre outras questões, ainda sim nos alegramos em sermos quem somos.

O mundo é uma dimensão estranha para quem está fora dele, somos aprendizes que se acham sabedores como dizem as minhas filhas pequenas, somos apenas pequenos diante da imensidão de perguntas e respostas.

Nós mulheres temos dons, temos intuição aflorada e nos olhamos com piedade e compreensão.

Em nossa jornada interna, temos as nossas histórias pessoais, engraçadas, estranhas e chocantes, são as nossas histórias, assim como eu, outras mulheres já foram vítimas de violência e nós sabemos o que nos faz falta, no que são feitas as nossas cicatrizes, nós sabemos quando somos obrigadas, quando somos libertas, conhecemos bem as histórias e sentimentos femininos.

Nós sabemos quando algumas estão sendo machistas porque crescemos sempre oprimidas buscando liberdade e fugir de crenças que nos limitam, sabemos o que é bom e o que é errado e mesmo assim, sabemos onde estamos pisando e nos arriscamos muito uma pelas outras, porque conhecemos os laços de amizade.

Não se pergunta a nenhuma mulher o que é ser mulher, porque o nosso papel não é perguntar esperando uma resposta já dita há milhares de anos, se pergunta aonde que chegar? 

As dores , nós conhecemos bem, as nossas vitórias também conhecemos bem, mas o futuro é apenas um lugar desconhecido e que teimamos em desvendar, qual é o futuro da mulher?

O futuro da mulher é maravilhoso, grandioso e espetacular, mas enquanto não chegamos lá , vamos construindo o caminho nos desbravando, nos conhecendo e lutando uma pelas outras, porque nós sabemos que o nosso futuro será um futuro feliz, isso é chamado de fé e esperança e nós mulheres somos especialistas em acreditar que é possível...