quarta-feira, 1 de novembro de 2023

A poeira , a brisa e a lua.

 


A poeira , o doce aroma das flores.

A força dentro de mim acorda.

Há muito tempo adormecida.

Acordei ansiosa para crescer.

E a lua, me ilumina , me acende o que muito tempo se apagou.

As flores me alimentam, me inundam a liberdade que eu ansiava .

Quero que a voz se calou em todas nós se faça presente em cada canto que eu resolver cantar.

Quero ter o gosto de ter prazer.

OHH, mãe.

Me faça florescer como as cores que eu escolher ser.

Que os raios de sol me façam brilhar , deixando dentro de mim, um punhado de luz.

Que cada uma de nós possa se encontrar uma nas outras.

E vamos fazer crescer dentro de nós o amor que já existe naturalmente dentro de nós.

Que a brisa me leve aonde eu cresci.

Onde eu possa ouvir a cigarra.

E a lua possa iluminar os meus sonhos antigos .

E contar para os que virão, aonde encontramos a essência perdidas por nós um dia.

Que as nossas histórias sejam apenas cantos de glória e paz.


O sagrado feminino e eu!!! Minha redescoberta!!!


 


A vida nos amontoa , ela nos envolvem de inúmeros problemas que nos desconectam de quem somos de verdade.

Quando foi isso? Quando deixamos de sermos nós mesmas para vivermos esse capitalismo selvagem?

As mulheres foram silenciadas por muito tempo, nos deixaram sem voz e nos mutilaram de tal forma que deixamos de nos conhecermos para agradar o outro de maneira que nos esquecemos de onde viemos e quem realmente somos , e agora?

As mulheres foram consideradas bruxas, e somos sim, se entendermos a etimologia da palavra, passamos a nos considerarmos bruxas, as mulheres foram queimadas vivas, foram estupradas, adulteradas , fomos proibidas de sentirmos prazer, fomos traídas, amaldiçoadas e nos fizeram esquecer da nossa própria história.

Esse conhecimento é milenar, de muitas civilizações perdidas , conhecimento do qual precisamos nos apropriar para sermos quem nascemos para ser.

Houve um tempo em que não competíamos umas com as outras, houve um tempo em que nós éramos as deusas que conhecemos e ainda somos, basta um olhar mais apurado.

Somos as mulheres que povoaram o mundo e nos mantiveram conectadas com a natureza, com a nossa própria essência, antes do patriarcado , éramos deusas, e lembremos, ainda somos.

Precisamos nos descobrirmos como as mulheres de outrora, somos deusas lindas que precisamos redescobrirmos dentro de nós.

Como nos reencontrarmos?

O sagrado feminino me trouxe , eu no meu lugar, ainda estou aprendendo a estar presente  essa nossa fase da minha vida, fiquei adormecida por muito tempo apenas sendo a mãe boazinha, que se abdicou de tudo pelos filhos, ainda sou a mãe boazinha  agora, estou mais forte mas o que me trouxe até aqui?

Quando estamos imergidos nos problemas do dia-a -dia precisamos de um tempo para nós mesmas, mas não usar o tempo num salão de beleza, é bem mais, é estar presente , estar presente na minha própria vida.

Eu me vi completamente sendo mãe, apenas mãe , não que seja ruim, mas eu precisava me ver mais como uma mulher, uma mulher forte e determinada , não desistir do que eu nasci para ser.

As mulheres não foram sempre assim, houve um tempo em que ser mulher não era tida como histérica mas como a imagem da sabedoria e de grandes conhecimentos não só místicos mas se fundiam com a própria natureza, com a nossa mãe Terra, e continuamos sendo assim, mas é preciso irmos mais além e com mais profundidade , é preciso um sentimento mais honesto, é preciso nos achar enquanto sábias e nos conectando com a nossa essência.

O sagrado feminino é essa energia em que estamos conectadas, é esse sentimento de amor por toda a criação, é essa energia que alimenta e nos tornam mais fortes e sabedoras dos mistérios mais antigos, é o que nos tornam plenas.

Quando entramos em contato com as deusas que nos constroem , estamos nos conhecendo e nos aceitamos como somos de forma genuína e com uma beleza singular.

Quando aceitamos que fazemos parte dessa natureza , estamos aceitamos a  leveza das nossas vidas e celebramos a vida com naturalidade e humildade, esse contato com essas energias nos fazem  refletir sobre a nossa existência e nosso poder que exercemos.

Que poder é esse?

O poder vem da sabedoria, vem desse amor que já nascemos com ele e que dele fomos criadas, essas energias que conseguimos co-criar e nos guiar para fazer o bem.

As deusas sempre estiveram intimamente ligadas a nós, porque elas nos representam e nos fortalecem quando nos conectamos com essas deusas dentro de nós.

Nós somos deusas, somos nós o ventre do mundo, o poder de dar a luz, e esse contato mais íntimo com a natureza, com a nossa natureza nos dão esse poder inimaginável.

O ver a vida brotar, ver o movimento das águas, o som do vento e o pulsar do sol dentro de nós, precisamos sentir isso, sentirmos unas.

Façamos esses exercícios meditativos sempre para que essa conexão nos tragam a consciência de quem realmente somos, nos alimentam o coração.

Aprendemos que o sofrimento nos eleva o espírito, isso é milenar , portanto, vamos filosofar sobre a origem desse esquecimento de quem somos, de quem fomos , porque ao entendermos isso, estaremos nos apropriarmos desse sagrado feminino.

Podemos passar uma boa parte do nosso tempo trabalhando em áreas diversas mas precisamos usar nosso tempo para nos conectarmos com o nosso Eu divino, para que não nos esqueçamos de quem somos.

Nos inspiremos em mulheres que consideramos forte, nos inspiremos nas deusas que aprendemos a entender, nos inspiremos na nossas ancestrais que nos deixaram esse mundo e que nos conectemos com as mais altas energias para que as nossas vidas também sejam inspirações.

Uma sugestão de leitura. " Calibã e a bruxa" de Silvia  Federici, estou aprendendo muito com essa leitura e espero que gostem também.

Qualquer literatura que nos façam nos conectar com a deusa que nós somos é de grande valia.


quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Qual é o melhor relacionamento?

 


Qual é o melhor relacionamento?

O relacionamento que nós vivemos em relação a nós mesmos.

Esse auto-cuidado é importante para convivermos com os outros, quando estamos de bem com a gente mesmo, conseguimos lidar com os outros com mais naturalidade e sinceridade.

A honestidade com os nossos próprios pensamentos , com as nossas emoções nos colocam em equilíbrio, mas lembremos que nem todos os dias estamos naquele momento glorioso de  harmonia , mas essa oscilação é normal e saudável, mas as nossas tendências depressivas nos colocam num lugar difícil, porque é preciso muita atenção com os nossos próprios sentimentos e emoções para não ficarmos presos a sensação de solidão e tristeza intensa.

Nossos relacionamentos estão sempre intimamente ligados ao nosso olhar sob nós mesmos, porque essas relações são baseada em nossos comportamentos, a nossa atitude e essa cadeia de reações  é que constrói a nossa sociedade, ou seja, vivemos em sociedade, e essas relações é que torna a nossa vida boa ou ruim.

O cuidar dos outros é também uma forma de cuidarmos de nós mesmos, o jeito que tratamos os outros , é também o jeito que tratamos as nós mesmos.

Só oferecemos o que temos , isso é lógico, então quando temos raiva, ou temos algum sentimento que provoca danos em alguém, estamos emitindo essa mesma força a nós mesmos.

Quando nos amamos, cuidamos de nós mesmos, cuidamos das nossas relações pessoais, porque precisamos estar de bem com os outros para estarmos bem.

Mas é preciso entender que a necessidade de ser "boazinha" o tempo todo tem que ter um certo equilíbrio , já que fomos educados para que para sermos amados precisamos ser bons, logo, quando agimos de forma "errada" são merecemos amor? Essa é uma ideia cruel , já que todos nós temos as nossas sombras das quais precisamos cuidar.

O "ser boazinha" para sermos aceitas às vezes no colocam em perigo porque para nos sentirmos amadas precisamos agradar a todos, nos colocando em situações que nos levam à uma auto-estima baixa, desgostamos de nós mesmos , mutilamos o nosso corpo emocional e isso causa uma dor emocional podendo provocar problemas sérios de saúde e até mesmo entrarmos numa relação abusiva, e isso é mais comum do que pensamos.

Somos seres humanos, seres em formação, estamos sempre buscando o melhor de nós, porque faz parte dessa nossa natureza humana, a nossa educação se baseia nessas relações pessoais, somos seres sociais e sendo assim, sentimos a necessidade de estarmos sempre bem socialmente , isso significa seguir os padrões sociais , e nem sempre os padrões estão associados aos valores morais equilibrados...

Com as redes sociais as nossas relações ficaram mais evidentes, a  nossa maneira de viver, as formas de expressarmos , tudo ficou mais exposto, ficamos mais vulneráveis?

Quando imergimos nas redes sociais percebemos as polaridades, percebemos que há excesso de informações e senão tivermos um foco, nos perdemos com muita facilidade desses conhecimentos e às vezes isso nos causam  estresse , crise de ansiedade e muitas vezes deprimidos, quando nos comparamos ao que vemos, porque a nossa força mental é capaz de fazer uma grande diferença.

O que pensamos sobre nós mesmos direciona a nossa vida, então, quando estamos bem, é estar bem com o todo.

O melhor relacionamento sempre é o que temos a nós mesmos, a forma com que nos tratamos , é essencial para vivermos bem, se eu estou me sentindo incapaz, eu vou ser incapaz, porque quando eu direciono a minha mente no desânimo , as coisas boas não estão próximas de acontecer.

Precisamos confiar em nós mesmos, precisamos criar bons hábitos, e principalmente ter uma constância desses hábitos, porque as coisas boas estão no ar, só precisamos estarmos com as portas abertas para que elas possam entrar.

Tudo que existe de bom, está dentro da gente, só precisamos estarmos dispostos a encontrar, busquemos essa força interna que todos nós temos, o mundo pode ter seus padrões enlouquecidos e às vezes rudes , mas a nossa consciência e intuição devem seguir sempre a diante nos motivando e nos impulsionando, o mundo não é um morango, mas pode ser bom quando procuramos enxergar o melhor em algumas coisas.

O melhor relacionamento não é construído de um dia para o outro, é sempre leve e devagar, como a tartaruga, que é inteligente e paciência, por isso vive tanto tempo.

Não vamos nos tornar seres humanos maravilhosos imediatamente, mas podemos tentar o nosso melhor porque merecemos o melhor.





quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A ressurreição - página 6

 


O sol estava alto, o pianista gritava dentro de si, estava ansioso para rever a amada e mesmo sabendo que ela agora estava casada e que estava infeliz e fazia pensar cada vez mais em sua amada, chorou por um tempo e compôs mais uma canção de amor, compôs e trazia paz, o fazia perceber o mundo de um outro jeito. Era dentro de si uma morte lenta, era tão difícil desfazer das lembranças, ele se apegava as suas tarefas diárias, mas seu pensamento tinha um jeito diferente de existir, estava ligado a sua amada, pensar em desistir mas seu coração controlava seus mais simples afazeres.

Anna estava sentada na varanda da fazenda onde o pianista iria tocar, ela pensava seu seu amado, no dedilhar, nas suaves notas e ela sabia que todos as suas canções seriam para sempre para ela, isso a alojava , a fazia se sentir plena.

O soldado não era seu amor, era apenas um ato de palavras, ele não a sentia sua e nem ela a ele, mas ele, a protegia quando lhe fazia necessário, ele sentia um sentimento fraternal por ela, mas era apenas um sentimento que crescia a medida que o tempo passava e iria passar muito tempo, pois o casamento era um eterno contrato, um contrato que perduraria durante sua vida inteira.


A ressurreição - página 5

 


Anna chegara na Inglaterra em sua carruagem, pensara no seu pianista e seu bom gosto quase infantil. Perdeu o chão ao chegar num lar onde em poucos dias iria se casar. Ali um soldado a esperava era seu noivo, que estendera a mão e beijou-a suavemente , viver um grande amor era o sonho de poucas mulheres, Anna ali estava, pronta para viver sua prisão matrimonial , presa num relacionamento que não pertencia ao seu coração, perdeu-se em seus pensamentos, ele, o soldado Smittt, sentou-se num banco próximo à porta central e a disse:

_ Minha prometida e amada Anna , temos pensamentos diferentes sobre a vida, mas estou aqui para fazer valer a lei, e prometo amá-la e protegê-lo.

Anna e Smitt se casaram depois de 15 dias , não houve uma noite de amor como Anna desejava, Smitt fora servir o país , e ela fora apenas servida num banquete burocrático, era ela a fonte de qualquer concórdia e discórdia de suas famílias, ambas famílias queriam apenas manter laços políticos e isso fora feito.

Smitt fora servir o país como um bom soldado, que quase não estava, Anna passara tempos sem vê-lo, e quando voltou, a tomou violentamente, por várias noites, Smitt e Anna se entregaram aos prazeres. Anna pensara em seu pianista e Smitt se assegurou que ela o pertencia, e isso fora comemorado entre Smitt, os outros soldados e sua família endinheirada.

Ao saber do casamento o pianista se entregou a bebida e ao ópio, foram dias em completa solidão, mas os dois amantes eternos se encontrariam em breve, num concerto em Londres, o pianista estava pronto para viajar e reaver sua amada Anna.


A ressurreição - página 4



 A moça estava ali visitando com os olhos, as árvores mais altas, cortinava sua vida e percebia que esse segredo era impossível guardar, mas o pianista não podia se servir desse amor, porque ela era prometida para um outro amor, do qual seu coração ardia de descontentamento, era como se perdesse para a vida, a sua própria vida.

Eles a despediram com a esperança de se verem novamente assim o amor passou a povoar seus sonhos.

Anna , era o nome dessa moça, era um nome comum , e tão belo quando ela mesma nos seus quase 17 anos, esperava por um casamento seguro, mas ela não queria se casar, queria viver esse amor impossível pelo qual seu coração era tão dominado e servil.

Ele era apenas um rapaz apaixonado e suas canções lhe servia se consolo, para outros era um homem enigmático, mas sua amada o conhecia bem.

Ela deveria se casar em breve, ela contava os dias clamando por um dia mais feliz, e ele pedindo -a para ser a sua eterna e imortal amor.


quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A ressurreição - psicografia - página 3

 


Era num domingo, a primavera enfeitava as tardes na Inglaterra e o jovem alemão se encontrava com o cheiro das flores que nunca tinha visto antes, sua amada andava no campo da pequena propriedade de seus pais, o cavalo a obedecia como um velho amigo, mas ao longo do caminho a chuva leve molhava seu rosto branco e quase pálido, quando o jovem pianista chega em seu cavalo cantarolando uma nova canção.

Os dois haviam combinado um reencontro, a jovem estava radiante porque o via feliz e nada poderia tirar seu encanto. Os dois velhos amigos e amantes se beijaram longe dos olhares curiosos, ela era uma moça desejada por inúmeros rapazes , e ele não se cansaria de compor suas canções românticas para sua amada, a cada acorde que alcançava uma nota sublime, eles se olharam e se pertenciam.

Os cavalos dialogava, a grama verde e selvagem os alegravam enquanto os amados donos se amavam e se prometiam na eternidade.

Naquele domingo , era um dia de despedidas, embora apaixonados sabiam que se afastariam mas sempre se prometeriam encontros em cartas apaixonadas escondidas nos quintais e jardins com medo que fossem descobertos.