quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Machismo mata... a violência contra a mulher continua fazendo vítimas... educar nossas crianças contra isso é nossa missão.


 Como é complicado estar aqui, e começar a escrever uma folha em branco... são ideias que brotam mas as palavras chegam como um baralho de adivinhação... sim... a gente vai montando as frases e no fim, tudo dá certo.

Viver confinado nessa pandemia para algumas mulheres tem sido uma verdadeira tortura... é uma guerra silenciosa em que o grande vilão pode estar em casa tentando calar a mente e a saúde da mulher que resiste a tudo isso... viver presa aos pensamentos sóbrios diante de um agressor é um trabalho gigantesco e cansativo, porque todos estão fora ... e você está dentro de uma caixa fechada... vivendo terrores psicológicos e físicos que assustam a sociedade feminista ... sim um grupo enorme de pessoas lutam contra isso, mas não é fácil... porque a cada notificação, uma guerra ganha ou perdida dentro de um lar.

Vamos ensinar os nossos filhos a serem amorosos, porque serão adultos amorosos e assim podemos mudar algo que está na memória da nossa sociedade, o machismo mata , ele não constrói mentes sadias mas violência é algo que existe desde que eu conheço por mundo, a história mundial é feita através de medo e de revoltas, os grandes mestre amorosos tentaram mas conseguiram apenas plantar essa semente que deve ser cultivada por todos nós.

Criamos as nossas crianças para reproduzirem essa mesma sociedade abusiva em que vivemos e procuramos mudar, não... isso não pode continuar, precisamos evoluir e evoluir significa mudar a direção e encarar a verdade... estamos vivendo um sistema que não se muda apertando um botão... então devemos educar nossas crianças sendo amorosas e auto-confiantes porque pessoas sadias não criam violência, geram saúde e amor por onde passam...

Mulheres morrem todos os dias pelo machismo e devemos mudar essa parte da história, mas não acontece de uma hora para outra... acontece no momento em que criamos formas de deter essa tormenta... denunciando, e criando maneiras de cuidar dessas mulheres que se sentem derrotadas pelo sistema opressor e manipulador... sim... essa falsa ideia de moralidade nos arrebata e nos estraga... o que é moral? O que estamos vivendo é tentar esconder a sujeira para  debaixo do tapete como sempre fizeram... vamos mudar isso... vamos denunciar, vamos cuidar dessas mulheres torturadas pela violência que assombra a elas e nossas crianças... se educa mal nesse país, e devemos educar nossos filhos ao amor... violência gera violência e torturadores serão sempre os torturadores que ensinam a torturar... portanto vamos tentar mudar isso... fazendo a nossa parte, nem que seja escrevendo um texto.


domingo, 5 de julho de 2020

Mulheres de Gaya.


Mulheres sempre estão agitadas.
Deixando cair muitas vezes os lenços e esperar para se levantar e recomeçar.
As mulheres vivem de recomeços e muitos lenços caídos.
Mas é no recomeçar que elas se reconstroem.
É vivendo entre mulheres que se pode dizer quem são.
E caminhamos entre pedras, feridas e moles.
E de pés descalços alcançam grandes vitórias .
Porque são belas as suas histórias.
Nada de desistir, é sempre o recomeçar.
Nada de lamentar, é só o tempo correndo devagar.
Tudo passa, e passando se caminha outra vez .
Vivemos tantos lamentos, sofrer que nada passa... só o tempo.
Mas o tempo ajuda no renovar e no repensar...
É assim que se dá a revolução feminina...
Os diversos jeitos de pensar agitando nossa alma de mulher.
De mãe, irmã e filha... todas as mulheres mudam.
Mudam quando sofrem, mudam quando vencem e mudam quando morrem.
Mudam todo o tempo e isso é mágico não é ?
O ser humano vivendo as diferentes formas de ser.
O amor deve alimentar , alimenta a mãe que doa seu ventre.
O amor nutre o bebê recém chegado, tudo que se deve  chegar, chega no tempo certo.
Tudo é assim... um amor materno, um amor feminino, uma mulher amando é Gaya te dizendo:
Cresça... viva... e exista... tudo diz a todos nós.
Mulheres são ventres , são seres que nutrem a todos nós, unicamente para continuar amar.

sábado, 4 de julho de 2020

A travessia - psicografia - página 36


Estela estava infeliz, sentira que não veria a sua filha mais.
Messias tentou consolara mas seu coração se enchera de dor e raiva, Eduardo havia tornado as suas vidas difíceis.
Estavam alojados muito bem, estavam vivendo entre os portugueses com muita sabedoria num convívio amistoso, as pessoas da vila se acostumaram com os ciganos em pouco tempo, alguns ciganos ali próximos compartilhavam essa boa convivência com todos os povos que ali estavam.
Eduardo estava se preparando em sua vingança mortal, seu coração estava cheio de ódio e muita raiva ,era assustador vê-lo caminhar rumo a Portugal, sua missão era destruir todos os ciganos do acampamento, e com ele um exército de soldados de Deus que se convenceram do perigo dos ciganos e como recém convertido, Eduardo incentivava o crime e o desejo de ver os ciganos queimados e torturados em nome de Deus, a sua raiva e sua vingança era a arma mais cruel.
Estela estava aliviada por deixar Maria Mercedes num convento, acreditava que ela estaria segura lá, e era verdade, Eduardo estava próximo de concluir a sua vingança.
Na noite onde a lua cheia estava alta e limpa, os ciganos se ajudavam e festejavam a boa vida, todos os ciganos estavam próximo ao rio, onde cantavam e comiam em comunhão.
Eduardo e seus comparsas chegaram e colocaram fogo em todo o acampamento, deixando apenas as crianças livres do fogo, foram feitas prisioneiras com o intuito de evangelizá-las,alguns ciganos que estavam nas tendas poucos conseguiram fugir, os que estavam celebrando a alegria da vida, foram mortos e outros fugiram pelo rio.
Estela ficou frente a frente com Eduardo que lutou até a morte com ele, morreu orando e clamando pela vida, morte cruel que Eduardo só percebeu o quanto fora cruel depois de seu desencarne anos depois revendo Estela e Cristiano no plano espiritual.
Messias e Maria Madalena morreram abraçados queimados na tenda tentando escaparem das chamas.
Alguns ciganos conseguiram reconstruir as suas vidas longe daquele lugar repleto de lembranças tristes, as crianças capturadas foram levadas para internatos... algumas crianças conseguiram reencontrar seus pais e fugirem para outras nações.
Maria Mercedes foi visitada pelos seus pais até completar sua maturidade e viver a sua missão em outras terras...

fim

Pai Messias de Aruanda

quinta-feira, 2 de julho de 2020

A travessia- psicografia - página 35


Estela estava vivendo verdadeiro terror interno, estava com medo da morte, era como se Eduardo trouxera para a sua vida questões íntimas de outras vidas.
Ela então foi ao mar e pediu orientação dos elementais que imediatamente a deixou tranquila, mas por pouco tempo, assim que chegaram a Portugal pelo litoral e encontraram um lugar mais apropriado os ciganos, Estela soube por meio de seus amigos espirituais que Eduardo estava com muito ódio e não descansaria enquanto não concluísse seus pensamentos sombrios.
Maria Mercedes estava crescendo rápido então Estela segundo a  sua intuição a internou em uma casa de oração, um internato para que ela fosse educada pelas freiras e padres e então fugir de seu eterno algoz, Eduardo.
Todos os ciganos estavam ligados a ela estavam tristes e desorientados com a decisão porque Estela sempre fora uma cigana exemplar mas entenderam a decisão, Maria Mercedes não entendia muito bem o benefício desse sacrifício mas Estela prometeu visitá-la sempre até que sentisse que estavam protegidas de Eduardo.
Foram noites em que Maria Mercedes acordava com medo mas Cristiano a visitava sempre para tranquilizá-la.
Chegou o dia da despedida, foram tempos difíceis aqueles.
Maria Mercedes subiu as escadarias do casarão chorando mas ao seu lado seu pai amoroso e sorrindo.
Estela chorou, sentia que fizera a coisa certa e seguiu seu caminho sendo líder dos ciganos.