Um silêncio ...Uma única batida no coração e fim...
Um sino poderia quebrar esse silêncio, mas silêncio é uma oração.
Um grito que sai de uma alma partida não é bem um grito, é um chamado de socorro.
Quem de longe ouve esse grito.
Sabe que dele brota uma dor dilacerante.
É a dor da perda.
Gotas de sangue que cobre um asfalto, é a morte cobrindo o chão.
Nos agarramos uns aos outros acreditando que nesse abraço a ideia de fim não se consagra.
Mas o que é o fim?
As almas transitam no além deixando rastros de saudades.
Não se sabe quando iremos partir.
Não se deve saber, apenas esperar o silêncio.
É quando a respiração cessa e o coração começa a bater mais forte.
De uma outra maneira.
Um lugar fora de nós.
Fora do corpo, o corpo agora está vazio de alma.
E o espírito está livre, fora de sim ou dentro de si...
Não importa, agora é uma outra dimensão.
É onde o coração parece mais vivo do que antes.
É onde as emoções ganham mais força.
É onde nos encontramos sem as máscaras de um corpo agora sozinho.
O silêncio de antes... de agora ... e a diante...são contados em segundos.
O tic tac é confuso, o tempo é diferente e as cores são vibrantes.
O som que vem do coração ... ressoa no horizonte.
Tudo tem um brilho...as cores emitem sons e o sons tem cores nunca vistas por uma alma que revive o corpo.
O corpo é um retrato que a alma pinta quando se precisa de carne viva.
E quando a vida se renova depois da morte...
A vida passa a ter sentido de formas diferentes.
Como pode a morte ser vida?
Quando deixamos de acreditar que o fim é mesmo o fim.
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