quarta-feira, 26 de março de 2025

Somos muitos alguéns...

 



Às vezes o nosso coração está cercado de perguntas que a gente não consegue responder no momento imediato, precisamos vivenciar , aprender com os nossos erros para depois entender que o caminho não é fácil e que cada ação vai gerar uma reação que tentamos prever, mas nem sempre sabemos em que momento da vida essa reação irá acontecer.... Sonhamos , desejamos ardentemente algo que julgamos impossível, amarramos nosso coração com um laço e toda vez que nos julgamos , apertamos o laço e sofremos porque o coração fica pressionado, no fim da história, estamos sempre exigindo demais a nossa perfeição apressando uma evolução que deveria ser gradual e lenta.

‎Queria manter todo barulho do lado de fora, mas minha mente é barulhenta, cheia de indagações e tudo parece tão intenso, e então, eu percebo que preciso respirar.
‎Quando estamos em paz, os outros à nossa volta parecem silenciados porque paramos de ouvir aos outros para ouvir a voz do nosso silêncio.
‎Queria  poder dizer com palavras complicadas coisas complexas, mas porque complicar o que a simplicidade faz com perfeição.
‎Sejamos um pouco mais a partir do momento que deixamos as coisas complexas para trás para viver o doce e a pureza do momento simples e indefinível que podemos viver olhando pra nós mesmos num momento de auto-reflexão.
‎Viver intensamente uma paixão e  nos assegurar que nossas lembranças vão ser compartilhadas entre nós nos motivam a criar novas lembranças.
‎E como medir a dor quando o coração se assemelha com uma pena?
‎Somos frágeis porque nós negamos ao sofrimento, nós negamos a enxergar e como Theseus e Medusa se sacrificam por um bem maior , um heroísmo que ainda irreconhecível e deixamos para trás o medo porque caminhamos mesmo assim, com medo, com dúvidas e algo em nós sobrevive apesar de tudo...aquele amor que nunca soubemos definir ou medir, estamos sempre nos procuramos de olhos fechados. 
‎Nietzsche define a solidão como um nobre, e me faz pensar na beleza de olharmos para nós mesmos durante auto sacrifício, eu aprendi ao longo da vida a querer o bem de todos, a de ser a mulher perfeita escondendo um Minotauro dentro de mim, uma Medusa,ou um Ícaro, mas apenas a Marina, com tantos sentimentos e emoções gritando, uma mente barulhenta que anseia a liberdade merecida, e assim cresci forte , confiante em meus sentimentos, fé em algo que o invisível deixa se mostrar dentro de mim, crescendo uma força que não cabe num universo de aparências, quem somos nós na solidão? Quem somos quando ninguém está vendo, quantas lágrimas deixamos cair no escuro do quarto? Somos olhares e sorrisos e com tantas percepções equivocadas sobre nós através do olhar do outro, acreditar em nós mesmos, é um ato de heroísmo.... Sou uma heroína sobrevivente ao caos que se curou sozinha, e aqui estou eu, deixando as minhas vozes internas falarem sem frescura, como é bom ser eu depois de tanta aprendizagem e não ter medo de se expressar, se tornar livre usando a escrita quando a voz se cala porque a voz  está rouca ... Na minha mente as cores são mais vivas, somos sementes estelares, vindos de um lugar que ansiamos regressar , os cientistas ignoram uma dimensão onde somos mais reais ,que a nossa mente cria e habita, já fui muitos alguéns, habitante do mundo antigo recém descoberto, a mente brilhante de um tempo até então desconhecido, não haverá dúvidas quando acreditamos em nós mesmos.
‎Em minha mente barulhenta há doçura e paz porque pensamentos nunca cessam, há movimentos atômicos , há combinações químicas e criações incessantes, por isso há tanto barulho, então, no silêncio do lado de fora, consigo me ouvir, e assim somos nós, ouvintes de nós mesmos, memórias incríveis de pensamentos extraordinários.... Somos tão bons que tudo ganha vida e se renova, somos deuses dentro de nós, habitamos um universo, infinito e enigmático, mas quando despertamos para nós mesmos, quem dorme do lado de fora jamais compreende quem somos , eles se tornam rasos e então nós afastamos e criamos outros mundos onde pessoas como nós compartilham e voam como borboletas explorando esse mundo perfeito e com liberdade que merecemos

quinta-feira, 20 de março de 2025

Você namoraria consigo mesmo?

 



 Já pensou : Eu namoraria comigo mesma?

Eu gosto da solitude, do meu momento, todas as nossas reflexões mais íntimas acontecem enquanto estamos sozinhos, nas reflexões filosóficas diárias durante nossa respiração profundo.

Quando estamos a sós não há ouvidos para terceiros, para pensamentos que nos exclui de quem somos de verdade, os outros nos aproximam de quem somos quando nos trazem percepções do mundo e de como nos comportamos.

A vida está cheia de novas impressões, novas escolhas e quando entramos em nosso silêncio, ouvimos quem somos e com a ajuda das percepções dos outros, montamos um quebra-cabeça de quem somos, da nossa personalidade.

Quando leio Nietzsche eu entro dentro de mim, me absorvo e me reservo um tempo, quando Sócrates disse que não sabia de nada , eu acreditei que ele seria o homem mais sábio do seu tempo, ele sempre foi um homem sábio, humilde e criativo, as nossas ideias, perguntas acabam nos consumindo para que possamos nos responder intimamente e quanto mais nos perguntamos mais perguntas formulamos para as mesmas perguntas, no fim, não sabemos de nada, somos apenas perguntadores assim como Sócrates.  

Agora é a vez daquela perguntinha básica e importante. Você namoraria si mesmo?

Como seria a sua vida se estivesse com alguém como você?

Quando nos conhecemos abrimos mão de muitas coisas, deixamos de nos deixar influenciar, e aceitamos os nossos defeitos e procuramos nos corrigir pelo fato de sabermos o que acreditamos ser melhor para nós.

A solitude não é como o sentimento de solidão, da solitude vem a nossa capacidade de ouvir a voz do silêncio, de nos conectarmos com as nossa essência com o nosso EU mais profundo, aquele EU sem o véu que nos cega pelo egoísmo e o orgulho.

Procuramos sempre o nosso par perfeito quem nos ajuda na conexão de quem somos com quem querermos nos tornar, é aquele ser que nos ama como somos, e nos ajuda a nos iluminar, mas antes desse encontro é preciso algo maior, uma força de vontade e de muita coragem para que nós possamos realmente nos relevar como somos, é nesse momento que fazemos a pergunta: Quem somos nós? É nesse momento de solitude que encontramos as melhores respostas.

As estrelas sempre nos chamaram a atenção, nos iluminam nos dias sombrios e nos conectam com o cosmos, a lua é nosso ponto de referência no céu, é nosso celeste iluminado que nos ilumina as noites. A lua é feita de nosso mesmo chão, é parte de nós por isso seu magnetismo intenso e magnífico.

Quando tiver alguma pergunta importante, pense olhando para o céu, quando o orgulho e o egoísmo te alcançar , olhe para o céu, ele é nosso limite e nosso espaço ilimitado, são as contradições inteligentes que nos garante perguntas e respostas, deixe que o céu te faça perceber-se firme.

Em algum lugar do mundo há alguém como nós que nos inspira as perguntas e que nos conectam com as respostas, há quem diga que são almas gêmeas, são os que buscam a si mesmo e que nos aproximam do nosso melhor.

Sabe aquelas pessoas que nos fazem crescer tão grande que nos sentimos gigantes e brilhantes? Somos nós , o nosso olhar, o mesmo olhar que nos abraçam com a alma, é um beijo doce do divino.

A nossa alma exala os nossos desejos, os nossos pensamentos, todos nós estamos mergulhados pela energia criadora e por isso somos co-criadores, somos semi-deuses., o amor é uma grande força, é o que nos gera , é o que nos mata, é o que nutre a nossa alma, enfim, quando estamos em estado meditativo, quando buscamos essa força, buscamos a nós mesmos.

Quando buscamos a nossa essência, quando aceitamos quem somos, estamos amando, estamos vivendo esse amor, enfim, estamos conectados com esse amor, é por isso que a solitude é importante para que nós possamos viver esse amor.

Você se procura nos outros, se inspira nos outros, porque somos frutos do mesmo amor divino, na mesma força criadora, somos seres únicos porque temos dentro de nós marcas e conexões com os outros conforme as nossas próprias percepções, somos geradores de energia, captamos todas as outras forças, somos únicos.

Quem procuramos para ser o nosso para perfeito se parecem com quem somos, temos os mesmos talentos, as mesmas formas de ver o mundo e é por isso que nos inspiram, porque nos entendem e nos ajudam no nosso autoconhecimento.

Você namoraria a si mesmo porque se ama, porque você se conhece e se inspira na beleza que encontra em si mesmo, acredita que o amor se estende ao infinito e se procura no outro por isso procura alguém , um ser que acredita que te completa, mas na verdade, não existe isso, existe sim, seres amáveis e puros que se amam porque acreditam no amor e na criação desse mesmo amor, e em tudo que é criado depois disso.

Você namoraria a si mesmo porque sabe quem é você e se aceita, entende o outro como a si mesmo, é por isso que tudo faz sentido a você, porque o que nos nutre também alimenta o que amamos.

A solitude nos aproxima de nós mesmos, nos ajuda a alcançarmos o que desejamos e nos ajuda a entender as perguntas , porque apenas nós somos capazes de responder o que está intimamente ligado a nós, logo, tudo que sabemos é lindo, e sabemos assim como Sócrates e outros filósofos que não sabemos de nada, porque não nos ignoramos...

Namoraria a consigo mesma?

Sim, porque se conhece, e quer compartilhar com alguém parte de você, quer estar com alguém que não vai te abandonar e nem esquecer de quem você é... esse alguém que procura está diante de você no momento que enxergar quem é e quem

quarta-feira, 12 de março de 2025

Crises no casamento? Quando é hora de parar?

 


 


Quando é a hora de parar?

Acreditamos sempre estarmos com a razão porque acreditamos nas nossas ideias, mas nem sempre a culpa é do outro, nem sempre a vida se trata apenas de nós mesmos.

Quando assumimos a nossa história , também criamos o direito de respondermos por ela, temos a responsabilidade de sermos nós mesmos sem culparmos os outros pelas nossas más escolhas.

A vida nos reserva grandes acontecimentos, escolhemos os nossos caminhos, escolhemos quem queremos ser e quem queremos que estejam ao nosso lado.

Quando culpamos os outros pelas nossas falhas estamos assumindo que não controlamos quem somos, assumimos as nossas falhas , e principalmente assumimos a nossa imaturidade ao entendermos sobre nós mesmos.

A vida sempre nos trás questões que devemos tratar e muitas vezes é um grande teste de maturidade e de consciência, será que temos consciência disso, de que somos nós fazedores de nosso karma?

Quando deixaremos de culpar os outros ?

É certo dizer que ações alheias também contribui para as nossas ações futuras, porque somos todos conectados, mas será que não superar essas questões é culpa nossa ou culpa dos outros?

Sempre que assumimos a responsabilidade de nossas emoções e sentimentos estamos subindo um degrau para nosso aperfeiçoamento.

Quando é hora de parar de fazer pirraça ?

É quando aceitamos que a vida é como é e não podemos sempre culpar os outros por nossas falhas, é como deixar que o outro controle diretamente a nossa vida.

Quando alguém não gosta de nós e faz fofocas ao nosso respeito como deveria ser a nossa reação?

Nenhuma reação violenta, a ação do outro é responsabilidade do outro, a fofoca é um ato violento e deve ser tratado como tal, mas essa  resposta parece fácil, mas não é, a forma como tratamos essa questão reflete em suas futuras ações, e no final, sempre acreditamos que tudo é culpa de alguém, seja nossa ou do outro, a ação sempre gera uma reação e não há como fugir dessa lei.

Um casamento com problemas nunca é culpa de uma única pessoa, a maturidade se faz quando ambos entendem que há problemas a serem resolvidos, e que devem ser dialogado antes que geram outros conflitos, e que não se acumulem, ambos devem entender que numa união , há sempre necessidade de um ajudar o outro, e se não for possível que o outro entenda que somos imperfeitos e que nada é permanente.

Crises em casamentos há sempre uma solução, nem sempre a mais aprovável, mas ainda sim, há como resolver , a maturidade se faz quando aceitamos que nem sempre estamos certos e que não somos capazes de fazer o outro feliz quando agimos com orgulho e egoísmo, há momentos agradáveis e desagradáveis, há muito a ser tratado dentro de nós, quando nos sentimos abandonados, podemos abandonar também, porque é uma ação da qual convivemos e isso se torna comum em nossa mente, quando nos sentimos amados, a ação se torna recíproca, porque recebemos e doamos esse amor, quando nos sentimos em algum momento o abandono, é que esse momento foi crucial para a nossa saúde mental, e é nesse momento em que começa um novo ciclo de ações, nesse momento há então, abandonos recorrentes de ambas as partes, deixamos de ouvir, deixamos de falar e deixamos de amar, a vida passa a ser lida como situações de rotina, e o romance se desgasta, porque acumulamos dentro da gente sentimentos semelhantes e isso vai gerando novos traumas, novas memórias ruins.

Não há conserto para romances desgastados, há novas memórias que irão vivenciar, há cicatrizes que precisam encontrar razões e trabalhar essas razões para serem curadas e entendidas com maturidade, pessoas feridas , ferem, e pessoas curadas , curam.

Um relacionamento que fracassou, não é na verdade um fracasso, é apenas indício de que ele precisa ser entendido , porque todos os relacionamentos existem por algum motivo e se perdem por um motivo, tudo que sentimos está gerando emoções, gera memórias que nos marcam e precisamos lidar com nossas próprias emoções e culpar o outro não é um ato que deve ser repetitivo, apenas deve ser entendido como razão e não como um problema criado por alguém sem que a nossa emoção e sentimento tenha contribuído para isso, ou seja, todos somos culpados, todos temos responsabilidades , o nosso papel é entender e perdoar sempre sejam o que for, o perdão é sempre um ato nobre, uma atitude madura de quem quer viver em paz.

Quando é hora de parar?

Quando o silêncio precisa ser usado para o autocuidado, a autoestima é uma ação generosa que fazemos a nós mesmos, quando olhamos para nós mesmos, devemos nos olhar com coragem, sem mentiras sobre nossas emoções, devemos captar os nossos sentimentos para entendê-los, quando perdemos a razão, estamos perdendo o controle sobre o que pensamos, ninguém age sem um motivo, tudo existe em consequência a um ato, então, embora uma crise parece ruim, é nesse momento que precisamos nos olhar para nos encontrar.

Educação inclusiva - parte 2


 




Imagine um mundo onde todos são iguais , não falo de socialismo ou comunismo, estou falando de características comuns, não como senso de justiça, mas como todos nós fisicamente parecidos, como se fôssemos robozinhos...

Sabemos que o Universo segue padrões e que somos diferentes em termos essenciais como fatores de nossa personalidade, quer dizer, há individualidade.

E a nossa humanidade segue uma ideia ainda pré-histórica de que devemos seguir um padrão estético mesmo conscientes que não somos iguais, apenas temos padrões de construção e reconstrução, desde células, tecidos, etc e tal, o que não é segredo para ninguém desde que consegue assimilar termos biológicos, logo quem está longe de ter esse padrão é considerado diferente por ter uma certa deficiência, e há milhares de anos, uma parte dessa população é excluída, quer dizer, as pessoas "normais" discriminam os "não-normais", mas a sociedade ainda está mudando, as mentes estão evoluindo embora as questões morais ainda necessitam de atenção.

Quando os nossos filhos nascem acreditamos que nada pode os ferir quando estamos com eles, e que nada de mal poderia acontecer porque estaremos sempre ao seu lado, nós geramos ideias e ideais de perfeição, porque queremos intimamente a perfeição e quando nos damos conta de que o diferente é perfeito, deixamos as crenças limitantes de lado.

O nosso mundo é cercado de regras, e não está errado isso, mas devemos entender que há mudanças quando agimos para que ela aconteça, quando foi criado o sistema Braille era unicamente para criar laços, para criar condições para que os cegos se desenvolvessem, assim como a linguagem de sinais para surdos e mudos, a sociedade só muda quando a própria sociedade enxerga a necessidade de mudanças, e quando a minoria se encarrega da mudança, toda uma sociedade muda.

Na escola conde meus filhos estudam eu noto a ausência de cuidados , a ausência de projetos a favor da educação de inclusão, porque eu ainda não vi nenhuma placa de comunicação não verbal e nem aparelharem ou sala de recursos, e tendo visto tanto sobre a falta , eu ainda não vi movimento de melhora, e no fundo do coração de muitas mães percebo o abandono

A educação inclusiva é um projeto riquíssimo que vem sendo desenvolvido em inúmeras escolas , algumas já se especialização, muitas falam de educação inclusiva, mas poucas se veem na prática, ou seja, ainda há muito a trabalhar.

Eu não falo apenas como mãe, mas como educadora, nos especializamos mas ainda há pouco recursos, e ainda há muita pouca vontade, todas as escolas são obrigadas por lei receberem alunos com alguma deficiência , isso nos ajuda na convivência destes na sociedade, mas há poucas mudanças, desde sinais sonoros para cegos nos sinais de transito como também faixas, ou qualquer recursos para cadeirantes, etc e tal.

Mães reclamam na justiça direitos reservados aos seus filhos, porque a dificuldade é gigantesca, a demora de diagnósticos e até tratamentos de especialistas são reclamações constantes.

A forma com que lidamos com o diferente nos reflete quem somos, e isso gera grandes mudanças na vida de todos, a nossa ação gera uma cadeia de reações, somos sempre os geradores de opiniões quando reclamamos pelos nossos direitos enquanto cidadãos, a educação inclusiva é um direito adquirido há muitos anos mas que ainda necessita de reformas, porque a grande população que devem ser incluídos ainda são tratados com descaso e discriminação, embora seja de forma discreta ainda existe preconceitos que só são quebrados a partir de ações sociais para essa inclusão, afinal, somos nós , a sociedade que inclui e exclui , portanto , quem ganha as muitas batalhas de inclusão são os que realmente lutam por elas, afinal, quem não necessita não procura.

Quando Gandhi transformou o mundo com seu amor incondicional e a luta contra a violência não se tratava apenas a favor de indianos, se tratava do mundo inteiro, de amar a todos sem nenhuma distinção, quando lutamos contra a violência contra a mulher não se trata de uma e algum lugar, mas de todas, de todos os lugares, no mundo onde há exclusão, há tirania, há maldades, há violências, há falta de cuidados e de amor.

Incluir dá um significado amplo, não é uma luta individual, uma luta coletiva é um ato de cuidado por todos nós, a educação inclusiva é um ato de liberdade, de solidariedade, sobretudo de empatia.

Tratar o outro com igualdade não é fechar os olhos para as diferenças, mas tratar a diferença como fator comum a todos nós.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Papo de mães... "Os pais podem errar mas é preciso evitar os erros!!!"


 

Sabe aquela sensação de que você fez a coisa certa e mesmo assim parece que as coisas não saíram como imaginava?

Acontece tantas vezes que nos acostumamos com essa ideia, de que as coisas acontecem no seu tempo sem que possamos controlar, não é estranho e nem errado se frustrar ou se sentir fora do controle, é absolutamente natural, acreditamos que a perfeição é algo que devemos sempre buscar, que temos que sermos bons demais e tudo demais e na verdade só precisamos ser nós mesmos com todos os nossos defeitos e virtudes.

Quando nos tornamos pais acreditamos que temos que sermos assim, infalíveis mas quando chegamos na madureza enxergamos a vida como ela realmente é, uma ilimitada lista de crenças limitantes que acabamos tentando seguir porque acreditávamos que era o correto a fazer.

Nossos pais não foram os pais exemplos de perfeição mas queríamos acreditar que eles não erraram, e que não erram, acreditamos que sermos pais o amor iria ser capaz de nos tornarmos pais brilhantes e perfeitos, o amor sem dúvida é gigantesco mas nem sempre iremos agir da forma mais adequada porque as nossas imperfeições existem e não é porque nos tornamos pais que elas desaparecem, muitas vezes elas ainda tendem a serem mais aparentes quando somos questionados conforme as nossas escolhas.

Ser mãe me trouxe habilidades, e muitos outros sentimentos, emoções, me fez perceber o que eu sou através dos meus filhos, e isso é maravilhoso quando me desperto para quem quero me tornar.

Quando me tornei mãe deixei de fazer muitas coisas das quais eu gosto, e depois me dei conta que eu poderia ter feito sem remorso e sem me sentir egoísta, mas isso é uma questão de educação, aprendi que quando somos mães abdicamos de muitas coisas, mas nem sempre isso é necessário, mas demorou muito tempo para que eu pudesse entender isso, e acredito que tudo é uma questão de tempo de amadurecer.

Pais e mães se arrependem e se projetam, aprendemos a lidar com situações extremas, sentimentos contraditórios e somos o tempo todo questionados, julgados, mas aprendi também a deixar entrar num ouvido e sair pelo outro como minha mãe diz, e isso também não está errado, as vezes pedimos conselhos e nos negamos a seguir conselhos.

Muitas vezes fazemos a escolha certa que não vai dar numa situação agradável ou esperado mas fazemos porque acreditamos ser necessário, existem motivos e motivações para que as coisas aconteçam e é simples assim.

Quando eu estava apenas eu e meus filhos, eu mantinha o controle, depois chegam as terceiras e quartas pessoas e a gente muda a estratégia e no fim, me dei conta de que eu sozinha dou conta de muitas coisas e que nem sempre outras pessoas são as nossas melhores escolhas, erramos, acertamos e está tudo bem.

Acredito que tudo que podemos fazer é aceitável, é permitido errar, não há pais perfeitos, porque as nossas emoções, sentimentos e atitudes mudam a todo instante e isso é permitido porque somos seres humanos em aprendizado, vamos nos permitir errar, vamos deixar de julgar o outros, nos julgar o tempo todo, nem sempre a nossa projeção é alcançável, pais são heróis humanos, porque estamos sujeitos a errar, o fato de vivermos em sociedade nos moldam conforme é essa sociedade, uma sociedade abusiva jamais permite contrariedades e uma sociedade livre não permite abusos, é uma questão de escolha, de vivências, no final das contas estamos sempre queremos agradar os outros para nos sentirmos seguros e aceitos e esse ciclo vicioso constrói a sociedade , a nossa sociedade é retrato de quem somos, então, procuremos sermos apenas melhores com nossas consciências no fazer o bem com o coração seguro e puro e nossos filhos se sentirão seguros.

Repetimos erros de nossos pais porque aprendemos com eles e os contrariamos quando agimos diferente, vivemos numa sociedade violenta, educamos os nossos filhos nessa sociedade violenta, e quando nós questionamos os abusos, somos taxados de negligentes, ou pais estranhos.

A educação não violenta nos ensinam o valor das palavras, o que falamos para os nossos filhos quando estamos estressados?

O que falamos para os nossos filhos quando eles cometem algum deslize?

Afinal de contas, como estamos educando nossos filhos?

Pensar sobre isso abre um leque de filosofias, as nossas mentes estão realmente sadias?

Pais podemos errar mas é preciso evitar os erros como a falta de sinceridade e o excesso de cuidados acabam trazendo insegurança aso nossos filhos e muitas vezes deixamos de olhar os filhos nos olhos , é preciso perceber os detalhes que os cercam, conversas amigáveis, devemos sim sermos amigos dos nossos filhos, isso não vai tirar a nossa autoridade maternal ou paternal, apenas vai abrir um espaço para sentimentos fortes de confiança, de afeto e de empatia...

A amizade que criamos é um ato de amor, e podemos sermos amigos de nossos filhos porque eles merecem pessoas que se dedicam a eles, que dedicam ouvir e aconselhá-los sem julgamentos muito severos deixando-os com baixo autoestima, erramos quando não os ouvimos, quando a nossa opinião é sempre a mais verdadeira, podemos dialogar sem termos que sermos muito autoritários, devemos dizer o porque agimos de determinado jeito, porque nossos filhos merecem respostas.

Não podemos nos esquecer de que podemos errar mas precisamos pensar em como podemos acertar, as nossas chances de sucesso está nas nossas ações,  não precisamos sermos perfeitos para criarmos filhos justos e inteligentes, precisamos sermos mais humanos e procurarmos agir com amorosidade, apenas isso, a maior prova de amor é estarmos cientes de que as nossas diferenças também ajuda na construção de uma sociedade equilibrada e humana.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

As marcas e o auto-perdão... O que as nossas marcas dizem sobre nós?

 






Diante do espelho, olhos nos olhos, pequenas marcas estampadas no rostos, são as marcas do tempo que parecem rios, as marcas que enfeitam meu rosto, olhei tantas vezes para essas mesmas marcas que me acostumei com todas elas, são marcas que não me fazem desgosta-las, mas cada uma delas , esses rios que cercam meu rosto são belas, são queridas e amadas porque me trazem tantas memórias que me afeiçoei a elas.
As marcas nos meus joelhos que me dizem bem mais do que as brincadeiras que deram errado, me fazem lembrar as corridas de carrinho de rolimã, as inúmeras vezes que corri de cachorros na rua, e das quedas de quando sobia em árvores e dos banhos de cachoeira, não há nada de errado com as nossas histórias, as tantas formas de contá-las, há tantas lágrimas e risos dentro de nós.
Há marcas internas,há traumas quer ainda custam a se curar, as nossas marcas fazem parte de nossa personalidade, há histórias nas cicatrizes, há vida em cada uma delas, não escondo as minhas marcas porque elas me construíram, me reconstruíram e me trazem na minha rotina a minha imagem de agora.
As marcas das minhas cesárias não são tão bonitas fisicamente  mas o nascimento de meus filhos, a deixarão lindas porque são marcas de uma experiência maravilhosa, é a chegada das pessoas mais preciosas na minha vida, quando eu a vejo, eu não vejo a sua aparência , mas o seu significado, quando vejo as minhas cicatrizes eu vejo o meu emocional e não o que ela deixou no meu corpo. algumas marcas doem na alma e não no corpo, por isso são tão significativas, a nossa forma de olhar para nossas marcas diz quem somos diante da vida e não podemos apenas esconder com maquiagem, plástica ou tatuagem, as marcas devem serem curadas em nossas mentes, a nossa mente é que nos refletem, a nossa mente é que nos definem, então, as nossas marcas são acessórios que carregamos em nossos corpos.
O que são os traumas senão marcas que ainda doem, feridas que ainda não se curaram, estamos todos cercados de histórias, quantas vezes olhamos no espelho e procuramos o sorrisos?
Quantos de nós não nos envergonhamos de uma ação ou reação diante do medo?Quantas marcas tentamos esconder porque ainda não conseguimos olhá-las e ver a beleza nelas?
As nossas histórias estão aí no Universo, são lembranças que habitam o invisível e que ao lembrarmos estamos acionando imagens mentais que nos fazem rir ou chorar, elas estão por aí para serem curadas, para serem revividas porque elas nos pertencem e devemos nos alegrar por cada fase de nossas vidas.
Sofremos tantas violências, provocamos tantas ondas e isso não muda o tempo passado mas podemos mudar a percepção que temos sobre o que vivemos, todas as vezes que revivemos uma má lembrança, vivemos as dores, mas quando revivemos e entendemos que crescemos com elas, as curamos, nos curamos de traumas e passamos a olhar diante do espelho com a alegria de perceber nosso próprio crescimento.
Não tenhamos vergonha do que vivemos, das marcas que estão em nossos corpos frágeis, há uma força dentro de nós, e essa força nos fazem crescer e adquirir super poderes, somos maravilhosos, somos chamas que aquecem uns aos outros, o que somos senão seres que nasceram para brilhar intensamente.
Diante do espelho está tudo que somos, e ainda mais dentro de nós que reflete nesse olhar divino sobre nós mesmos, há beleza dentro de nós, é olharmos com mais atenção.
Todos nós cometemos falhas e essas falhas devem ser analisadas e repensadas para que mudemos as nossas atitudes, que elas possam nos servir para o auto-perdão e para que possamos ter a coragem de pedir perdão, as nossas vidas devem ser valorizadas por nós mesmos para que reflita no espelho essa beleza.
Vamos criar novas marcas todos os dias, vamos vivenciar todas as experiências possíveis, e vamos praticar o auto-perdão, criar dentro de nós as chances de melhorar todos os dias.
As marcas provocam dentro de nós uma ação reflexiva , e nos perdoarmos é sempre uma ação benéfica, a valorização do que vivemos, e orgulho de crescermos com elas, não um orgulho que nos leva a arrogância, mas a alegria de nos amarmos como somos.
Existem tantas coisas a serem vividas e o medo de criarmos marcas e traumas só nos impedem de viver, eu sei que os traumas nos tornam medrosos e cautelosos , mas isso é natural e compreensivo, mas podermos olharmos diante do espelho e nos vermos como somos perfeitos da maneira que somos é maravilhoso e cheio de beleza. 
Essa é sim a alegria de viver e aceitar que tudo faz parte da vida, da nossa vida e que podemos aprender com isso, nos tornam mais humanos e melhorados.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Quando eu dei um choque em alguém...

 




 Bem, quando semeamos, semeamos o que nos tem de mais intenso, podemos semear qualquer coisa, seja ela boa ou ruim, nós semeamos, então, constantemente estamos criando, recriando e construindo.

Podemos materializar qualquer coisa desde que somos fortes para isso, ou seja, energeticamente estejamos preparados.

Um amigo do trabalho me disse que quando o cumprimentei, ele levou um choque, na hora eu achei engraçado e ele achou estranho alguém dar choque em alguém, mas depois de pensar atentamente sobre isso, percebi que não há estranhamento, há sim a prova de que somos energia.

Somos capazes de grandes feitos, grandes ações que podem mudar tudo que acreditamos basta um olhar sincero sobre isso, sim, realmente dei um choque em alguém e isso não é estranho, é interessante, mas a postagem não é sobre o choque que eu dei, mas sobre quem somos e como transmitimos a nossa energia,..

Bem, ao semear uma semente, a gente cria um ambiente para que essa semente se torne a plantinha que desejamos que ela se torne, ganhei de um amigo de trabalho duas mangas, uma fruta deliciosa, e ele disse para mim que era uma fruta autêntica, quer dizer, não era uma fruta comprada em feira , mas uma fruta colhida de um quintal, e que ele carinhosamente me ofertou,

Aquelas duas mangas estavam deliciosas de fato, "mangas coquinhos" pequenas e doces, então, eu coloquei num vaso de plantas e pensei: " espero que essas sementes possam criar outras árvores" e simplesmente elas estão crescendo, foram as primeiras folhas e grandes caules, e eu tenho acompanhado esse crescimento com alegria.

Podemos semear tudo que somos, somos energia, provocamos choques, provocamos vibrações, provocamos a vida, somos essa energia linda e divina e podemos fazer coisas geniosas a partir de nossa vontade, quando abraçamos alguém, quando beijamos alguém ou somente conversamos , estamos emitimos a nossa energia, e atraímos quem precisa dessa energia ou que igualmente compartilha a mesma vibração, é uma união de energias, assim como as egrégoras.

Quando você vive com alegria a vida, você atrai as pessoas que precisam sentir essa alegria, algumas apenas precisam e outras também aumentam essa egrégora, esse é o mecanismo , esse é o princípio da vida.

Quando esses meus dois amigos de trabalho tiveram contato comigo, dividiram suas energias e juntos comungamos uma egrégora de alegria e compaixão, então, estamos mergulhados num campo vibratório de amizade, não há nenhum estranhamento nisso, porque todos estamos conectados de alguma forma por algum motivo, ninguém encontro outras pessoas sem ligações , sem motivações.

Assim acontecem com pessoas que também comungam a repulsa, quer dizer, pessoas que não "combinam" quimicamente, energeticamente não se dão bem, elas por maiores que sejam suas ligações, elas não se tocam, porque não comungam a mesma energia, mas não significa quem não tenham semelhança, alguma coisa a fazem se encontrar, como por exemplo a própria repulsa, pessoas que se odeiam estão ligadas porque estão ambas sentindo ódio, ambas tem essa repulsa, mas quando uma se desliga dessa semelhança, há então uma neutralidade , logo, não há mais atração e as duas energias se distanciam, pois já não há ligação, elas simplesmente não terão ligação, há um sentimento de indiferença, talvez, não há sentimentos que as ligam, então, se afastam ... mas o afastamento não significa que as pessoas não estão conectadas, por exemplo, temos amigos distantes, familiares que por motivos diversos precisam estarem em ambientes diferentes, mas têm sentimentos comuns, estão ligados por sentimentos , emoções, o distanciamento geográfico não indica que não têm a mesma energia,

O quero dizer com isso?

Que embora pessoas estejam afastadas geograficamente os sentimentos de amizade, amor, compaixão os unem, não há distância que os separam, os pensamentos nos unem, nos conectam ao ponto de alguém sentir que o outro também sente, isso é mais comum do que possam imaginar.

Esse fenômeno acontece com pessoas ligadas energeticamente, quando alguém que amamos está chateada , sentimos essa sensação e logo sabemos disso.e nesse momento podemos orar  e emitir boas vibrações para ela através de nossa força mental, isso é instantâneo, não é uma coisa extraordinária, é a prova de que somos energias e conectados.

Um exercício simples que podemos fazer quando alguém que amamos está precisando de boas vibrações:

Podemos fazer isso em qualquer ambiente, basta nos concentrarmos, é só visualizar a pessoa que amamos em uma esfera luminosa e uma luz de amor alimentar essa esfera, simples assim...

As nossas células podem se reconstruir através de nossa própria energia, basta treino e fé, nada mais.

Nos fortalecemos quando criamos vontade para isso, sem vontade não há como progredir,criamos um ambiante para semear e colheremos o fruto dessa vontade, não é preciso uma força gigantesca, só uma leve energia para se intensificar a  medida que criamos consciência para isso.

É preciso educarmos nossas crianças para entenderem essa sabedoria milenar que o materialismo nos apagaram , a materialidade é importante para o nosso processo evolutivo, é preciso materializar as nossas energias, mas há um lado sombrio quando nos apegamos muito à matéria, porque ela pode nos provocar através do egoísmo e orgulho, há um lado positivo na matéria mas há uma grande probabilidade de esquecermos o lado espiritual da vida enquanto encarnados, essa é nossa grande provação, enfim, quando materializamos o amor, compaixão e amizade, estamos nos curando, estamos cuidando uns dos outros, esse é o maior ensinamento que podemos dar às nossas crianças.

Semear o amor , estamos colhendo esse mesmo amor e isso é a lei. essa é uma lei hermética, uma lei que a nossa ciência já comprovou há muito tempo, apenas há diferentes formas de dizer a mesma coisa.

O que precisamos é vivenciar essas leis de maneira simples e pura, educar nossas crianças num ambiente saudável nos garante um futuro mais feliz, um mundo mais feliz, enquanto vivermos de aparências , estaremos iludindo o mundo com "falsas verdades".

Quando damos choque em alguém estamos dando significado as nossas relações, estamos comprovando que estamos ligados energeticamente e que precisamos entender que todos nós provocamos uns nos outros reações diversas, somos capazes de transmitir quem somos , é preciso dar um choque para entendermos que nossos corações, mentes estão sempre interligados e que quando aceleramos o coração é sinal de que ele está forte para muitas novas emoções, sentimentos, assim como quando o coração desacelera, é quando precisamos parar para analisar tudo em nossa volta e filosofar sobre isso.