quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Carta número dois de Robin

 




Metade do meu tempo foi solidão esperando um sorriso perfeito das pessoas a minha volta mas soava falso  e imperfeito porque era só um momento, conheci a caridade em alguns momentos da minha vida, mas não tanto como agora.

Viva o agora com todo o seu poder e faça o que melhor estiver em seu coração sem esperar respostas.

A fama nos vicia em esperar expectativas infundadas, fama nos robotiza nos fazendo perder o Eu Superior, em esquecer o que de fato é importante.

A fama é um vício terrível que nos afeta indescritivelmente o espírito trazendo o nosso pior a tona.

A fama nos escraviza a ponto da vaidade e orgulho atravessarem o bom senso.

A fama evidencia o nosso ego trazendo muitas vezes o pior em nós a ponto de perdermos a melhor fase da vida. O agora.

O agora de boas ações e sentimentos, o agora da reflexão e do silêncio.

A depressão é nosso medo gritando e a nossa dor consumindo os nossos dias, o álcool se torna calmante obsessivo e sombrio.

Viva o agora na caridade, aprenda a ouvir o silêncio e refletir sobre quem é, porque quem somos é de fato a nossa real vida, não importa qual dimensão viva, a vida é sempre uma dádiva que muitas pessoas esquecem, os dias são longos quando estamos doentes e depressivos , a vida se extingue e consome o que poderia ser sua felicidade.

Não se esqueça da oração sincera, nem sempre o sorriso é verdadeiro e você precisa lhe dar com isso com sabedoria.

Obrigado por sua atenção e caridade em escrever e em ler, quem ler essa carta certamente pensará duas vezes antes de cometer um suicídio.

Robin Williams 

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