Eu vi de longe as pequenas gotas de orvalho.
Quando o toque sereno da luz sol as tocaram , eram como se fossem muitos sóis.
Eu mergulhei o meu olhar, como notas doces de uma canção.
Eu via ali o universo , e ele cabia em mim.
Nem mesmo o maior dos sábios poderia definir a alegria de estar ali.
O orvalho molhava as pétalas dos lírios, e eu me embebedei.
Era como se eu coubesse em tantos lugares além do meu corpo frágil e pálido.
Nas minhas mais antigas memórias eu me encontrava chorando, contemplando as estrelas.
Eu queria tanto estar entre elas.
Assim eu vejo o meu mundo.
Como as gotas de orvalho, tão simples e tão perfeitas e tão completas de luz e cor.
A ciência poderia explicar sua beleza, mas o meu olhar.
O meu olhar sobre elas , é tão intenso que meu coração permanece em êxtase.
Dizem que a beleza se encontra na simplicidade.
E nas minhas palavras matutas, a beleza é o que eu não consigo definir em palavras.
Mas num olhar meigo que eu quase me cego de tanta luz.
Quanta luz cabe dentro de nós?
o tanto que se pode doar de amor.
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