Em meio a um teto imaginário e a insignificância de que somos a imagem concreta apertou meu coração.
Me transcrevi num sonho em que me fez acordar cobre quem somos e naturalmente percebi as disfunções que existem no nosso olhar.
Olhamos para uma imagem concreta e achamos que ela é real, porque a tocamos com nossos sentidos acreditando que a beleza está apenas no que vemos com um olhar incompleto de quem somos.
Uma imagem , uma concreta imagem, moléculas que se grudam e depois de tantas maneiras se desfazem no envelhecer, na morte e na certeza de que nada existe a não ser no que não posso ver com meus olhos de carne viva.
O tempo escorre em suores, forças físicas e acreditamos que isso é tudo, somos tolos em pensar assim.
Meus olhos imperfeitos que são ,choram por sentir que acordei de um sonho lúcido e percebi a insignificância do ser ao fixar-se nas aparências e isso se torna o todo para quem apenas vê o que os sentidos incompletos do ser enxergam.
Estou diante do espelho e percebo que não sou tão linda como queria mas este mesmo espelho me faz perceber o quanto sou profunda quando me desmascaro em sentimentos, essa sim sou eu.
Completa e ininterrupta eu me vejo como sou, absolutamente e única.
Quem diante de si mesmo não percebe-se?
Quem vive de aparências não descobre a si mesmo olhando para si diante do espelho mas diante das consequências de uma alma quase vazia, é alguém que se esvazia com o tempo quando se descobre envelhecer e que o tempo não descarta nada.
Eu em minha pequena alma que busca se entender , entendeu que nada tenho a não ser uma alma, sendo eu a própria alma.
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