domingo, 5 de novembro de 2023

A garota da fita, da Netflix... uma série realista.

 


A série da Netflix " A garota de fita" retrata uma realidade bastante cruel, uma série de 6 episódio relata o sequestro de uma garota de cinco anos e por alguns anos o caso é investigado, a questão ainda aprofunda porque trata de pornografia infantil além da cultura do estupro e da loucura por trás de traumas profundos, mas o que é importante salientar que essa é uma realidade difícil de engolir garganta abaixo que nos deixam de mãos atadas, o que nos fazem pensar na segurança de nossas crianças , na educação que damos aos nossos filhos e que há monstros que não vivem em baixo de nossas camas, mas em qualquer lugar que encontramos num caminho de tantos atalhos.

A internet se vê como um meio eficaz para a propagação de atos como a prostituição, o estupro virtual, pedofilia, além de divulgação de vídeos de abuso,essa violência crescente é alimentada por todos nós através das redes sociais por estarmos nos sentindo seguros , mas na verdade estamos ainda mais vulneráveis.

O que nos trás reflexões diversas sobre o nosso próprio comportamento nas redes sociais, além de relacionamentos, mas a série retrata os caminhos dessas redes de pornografia que apesar de serem bastante comuns, elas ainda estão bem guardadas e senão forem extintas continuarem inseguros e inoperantes enquanto pais e responsáveis nas redes sociais.

Durante toda a série os investigadores se deparam com redes de pedofilia, cultura ao estupro mas o caso está longe de acabar devido as várias bifurcações que a série nos levam, mas a cada episódio nos reconhecemos como mulheres e pais com os nossos medos e frustrações além da loucura de pessoas que se colocam no limite de seus desejos levando-os às atitudes deploráveis para alcançarem seus objetivos.

É basicamente o conto de Rapunzel nos tempos modernos com detalhes diferentes da versão original, embora no conto a menina cresce longe da civilização, a garota vive em meio aos pais sem nenhum problema a não ser a culpa de seus próprios pais por terem raptado a menina, precisam ver a séria e analisarem com um olhar crítico.

Enfim, o final pode ser surpreendente, mas vale a pena entender os caminhos e atalhos ao longo da série para estarmos conscientes de que as rupturas da sociedade são criadas por todos nós, pelas nossas atitudes e falhas, portanto, precisamos refletir de como estamos nos comportando diante das adversidades que nos confrontamos todos os dias.



quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Feminismo e o sagrado feminino!!! Nós mulheres estamos destinadas a inferioridade?


 


Eu me pergunto muitas vezes ao dia sobre nós mulheres sermos uma atração, como se nós mulheres fossemos um troféu, alguém que as pessoas devam admirar sempre e nós temos que nos suportarmos a dor de sermos sempre as melhores em tudo, e eu mesmo respondo timidamente: Não tem que ser assim.

Vivemos numa sociedade em que nós mulheres somos uma vitrine, que temos que estarmos sempre a frente e atrás dos homens como se fossem superiores, e isso não é uma impressão só minha, é de milhares de mulheres que lutam contra isso diariamente, como militantes.

Estamos destinadas sempre a perder?

Não, nós não estamos até porque sempre estaremos sendo a base e estrutura dessa sociedade que teima em submeter as mulheres a um lugar inferior, lembrando que nós , mulheres aguentamos as cargas da historia, afinal, somos nós que educamos ou deseducamos o mundo.

Posso assegurar ainda que nós mulheres apesar de sofrermos todas as diversidades, todas as mutilações possíveis, somos nós que fizemos com que o mundo sofresse uma evolução social, sem a luta das mulheres pelos seus direitos, senão fossem os escravos que trabalharam para enriquecer, senão fossem os pobres para sustentar a sociedade onde estaríamos hoje enquanto sociedade?

A luta é por todos nós , é por todos que as mulheres trabalham e lutam por igualdade, para nos libertar desse patriarcado que luta para continuar massacrando com uma ideia morta, sim, uma ideia para nos mortificar enquanto mulheres.

Mas por que estamos ainda vivemos essa situação de maneira tão massacrada?

Vivemos em um mundo onde aprendemos a sermos mulheres, na verdade não nascemos mulheres e por mais que nos esforcemos estamos sempre tentando provar quem somos.

Queremos sermos quem somos mas acabamos nos esbarrando nas nossas fraquezas sociais e psíquicas  baseadas em ideias machistas e precisamos mudar isso, primeiramente dentro de nós, e depois de mudarmos intimamente mudamos o que nos está em nosso redor.

Não podemos nos limitar, já passamos por tantas limitações, vivemos desde cedo a viver a opressão mas será que devemos aceitar isso como servidoras fiéis?

Primeiro cuidemos de nós e cuidemos uma das outras, porque não nascemos das costelas de Adão, precisamos nos tratar como iguais , ninguém deve dizer quem deveremos ser a não ser nós mesmas, somos as mulheres deusas e não nos cabe apenas nos conhecer  como mulheres mas nos conhecer enquanto seres humanos.

Somos parte dessa natureza, não somos a natureza, mas parte dela, portanto , ela está em nós assim como em outros seres vivos, vivemos polaridades mas ainda sim, somos um em sua essência, então, não somos inimigos, somos parte de um todo, então, não podemos nos considerar inferiores enquanto indivíduos , mas pensamentos inferiores sim, podemos possuí-los.

Não somos vitrines, somos mulheres incríveis e devemos nos tratar assim, como seres em formação, em evolução sem nos sentirmos inferiores apenas por sermos mulheres.

Não nos escapa o fato de sermos em nossa formação diferentes mas a nossa natureza humana , somos todos um, então, porque somos inferiores já que temos uma diferença significativa apenas para nos designar como mulheres.

Vamos nos tornar melhores nos tornando conhecedoras de nós mesmas porque só nos libertaremos quando esse conhecimento se torna pleno e acessível a todos nós.

O sagrado feminino nos ajuda a nos conhecer como mulheres, essa energia nos cria e criamos através dela, lembremos que somos quem podemos ser a partir do momento que tomamos consciência de quem somos.

O feminismo é uma luta para vivermos o nosso feminino, a nossa energia criadora nos leva a lutar pela nossa igualdade de direito , isso não nos tira a feminilidade , pelo contrário , ela impera a nossa posição enquanto mulheres.

Sermos femininas é assumirmos a nossa essência, e o feminismo nos ajuda a entender a nossa própria história e ainda mais, nos ajudam na vitória para sermos a nós mesmas, a mudança começa dentro de nós no instante em que nos entendermos.

O feminismo é uma luta considerável contra o machismo, é a luta por nós , por sermos mulheres nessa igualdade enquanto seres humanos.

É mais fácil nos prender numa sociedade machista e patriarcal do que nos entendermos e comungar a vida.

Será que a Bíblia sagrada, que é o livro sagrado é um livro machista?

Não posso dizer precisamente ,mas eu ,por minha opinião particular, sim...

A mulher na Bíblia é santificada quando é vista como um ser que sacrifica tudo ,não estou aqui fazendo do sacrifício algo ruim, sem nobreza, mas será que a mulher só é valorizada quando esta se sacrifica para atingir um ideal divino e será que ela não pode fazer da vida dela algo nobre sendo ela mesma?

As mulheres sempre mudaram o mundo ao seu jeito, com  um sentimento sacrifícial  tornando -as quase super humanas, isso é notável , mas será que tem que ser sempre assim?

Enfim, ser feministas não nos tornam ferozes e nem estúpidas, mas empoderadas e principalmente mais empáticas, e estar conectadas com o sagrado feminino nos fortalecem enquanto mulheres que sabem aonde querem chegar.


A ressurreição -página 9



 O pianista tocou duas canções , mas as duas canções eram exatamente aquilo que se sentia por sua amada.

Anna o via emocionada , os dois amantes, se encontram logo após a apresentação, Smitt estava ocupado com seus convidados e se embebedou, que acabou dormindo no jardim.

Giovana e Pietro foram embora nas primeiras horas do dia, Smitt vira Giovana e se lembrou de seu amor e o quanto precisava esquecê-la , pois ambos estavam casados.

Smitt bebeu para ter que conviver com suas mágoas.

O poanista e Anna  se encontravam na casa de férias ao lado da grande casa aonde morava com Smitt, os empregados embora descoonfiados, nada falaram, apenas atendiam as ordens.

Após passarem a noite de amor juntos,ambos se despediram, o pianista voltou para seu velho lar magoado com a situação mas aliviado de que Anna ainda o amava.]

Smitt acordou já haviam se despedido, e ele envergonhado da bebedeira se manteve em silêncio, pegara o cavalo para reconhecer a propriedade, como era de costume, tomou um banho no rio e depois voltou aos seus aposentos, Anna ainda dormira.

O pianista ainda sentia cheiro do seu corpo, não conseguia entender a alegria de estarem juntos aquela noite.

Smitt perdera a noção do tempo e só voltara a noite, sua esposa o recebeu com um sorrido e continuaram suas vidas quase sem se falarem.

A ressurreição - página 8

 


Anna estava agora entre dois homens, não sabia o quanto sua vida iria mudar. O pianista a olhava com os olhos apaixonados e cheio de esperanças.

Na noite do sarau, Anna estava deslumbrante , o pianista estava extasiado com sua beleza, o jovem soldado a tinha  como um prêmio , não sabia aonde tinha surgido esse sentimento.

Smitt estava encantado , mas outra pessoa o chamava a atenção, era Giovana, uma mulher igualmente bela, era seu amor de infância mas se casara com Anna por convenções sociais, estava dividido, Giovana estava casada com Pietro, um italiano endinheirado, filho de proprietário  de um vinhedo , era ele o maior produtor de vinho da região de Nápoles , os dois eram apaixonados um pelo outro, Smitt era um homem apaixonadamente agitado, entre dois amores Smitt vivera uma luta interna.

O pianista olhava atento sua amada que deixava a todos encantados, não apenas com sua beleza mas como sendo uma mulher inteligente causava espanto em alguns homens , mas o pianista a contemplava assim como se contempla as estrelas.


A ressurreição - página 7

 


A noite, depois de um leve chuvisco, toda a sociedade aristocrática se encontraria n propriedade de família de Anna, para ouvir o famoso pianista e suas excentricidades.

Anna vestiu seu melhor vestido, tomou uma taça de vinho e desceu as escadarias ao lado de seu marido, que se dispersou assim que reencontrou seus amigos de guerra, todos embebedados e alguns já pensando nas orgias da noite, o pianista aprecia de longe sua amada imortal, que sorria suavemente para ele, seu rosto iluminado pela lua se declarava apaixonada , mas apenas os dois se declaravam, um no olhar do outro, eram eternos apaixonados, vivendo solitários em suas casas vazias e frias.

O soldado olhava para a esposa que não negava desacordo entre eles, mas ele já estava se apaixonando pela leveza e o brilho incomum da esposa.

Esse sentimento crescia a cada dia, e isso certamente seria um problema para o pianista que só tinha pensamentos de amor e bem querer à sua amada Anna.

Dois homens apaixonados por Anna , uma jovem dama que apenas estava ali para viver de forma simples e dedicada.

A poeira , a brisa e a lua.

 


A poeira , o doce aroma das flores.

A força dentro de mim acorda.

Há muito tempo adormecida.

Acordei ansiosa para crescer.

E a lua, me ilumina , me acende o que muito tempo se apagou.

As flores me alimentam, me inundam a liberdade que eu ansiava .

Quero que a voz se calou em todas nós se faça presente em cada canto que eu resolver cantar.

Quero ter o gosto de ter prazer.

OHH, mãe.

Me faça florescer como as cores que eu escolher ser.

Que os raios de sol me façam brilhar , deixando dentro de mim, um punhado de luz.

Que cada uma de nós possa se encontrar uma nas outras.

E vamos fazer crescer dentro de nós o amor que já existe naturalmente dentro de nós.

Que a brisa me leve aonde eu cresci.

Onde eu possa ouvir a cigarra.

E a lua possa iluminar os meus sonhos antigos .

E contar para os que virão, aonde encontramos a essência perdidas por nós um dia.

Que as nossas histórias sejam apenas cantos de glória e paz.


O sagrado feminino e eu!!! Minha redescoberta!!!


 


A vida nos amontoa , ela nos envolvem de inúmeros problemas que nos desconectam de quem somos de verdade.

Quando foi isso? Quando deixamos de sermos nós mesmas para vivermos esse capitalismo selvagem?

As mulheres foram silenciadas por muito tempo, nos deixaram sem voz e nos mutilaram de tal forma que deixamos de nos conhecermos para agradar o outro de maneira que nos esquecemos de onde viemos e quem realmente somos , e agora?

As mulheres foram consideradas bruxas, e somos sim, se entendermos a etimologia da palavra, passamos a nos considerarmos bruxas, as mulheres foram queimadas vivas, foram estupradas, adulteradas , fomos proibidas de sentirmos prazer, fomos traídas, amaldiçoadas e nos fizeram esquecer da nossa própria história.

Esse conhecimento é milenar, de muitas civilizações perdidas , conhecimento do qual precisamos nos apropriar para sermos quem nascemos para ser.

Houve um tempo em que não competíamos umas com as outras, houve um tempo em que nós éramos as deusas que conhecemos e ainda somos, basta um olhar mais apurado.

Somos as mulheres que povoaram o mundo e nos mantiveram conectadas com a natureza, com a nossa própria essência, antes do patriarcado , éramos deusas, e lembremos, ainda somos.

Precisamos nos descobrirmos como as mulheres de outrora, somos deusas lindas que precisamos redescobrirmos dentro de nós.

Como nos reencontrarmos?

O sagrado feminino me trouxe , eu no meu lugar, ainda estou aprendendo a estar presente  essa nossa fase da minha vida, fiquei adormecida por muito tempo apenas sendo a mãe boazinha, que se abdicou de tudo pelos filhos, ainda sou a mãe boazinha  agora, estou mais forte mas o que me trouxe até aqui?

Quando estamos imergidos nos problemas do dia-a -dia precisamos de um tempo para nós mesmas, mas não usar o tempo num salão de beleza, é bem mais, é estar presente , estar presente na minha própria vida.

Eu me vi completamente sendo mãe, apenas mãe , não que seja ruim, mas eu precisava me ver mais como uma mulher, uma mulher forte e determinada , não desistir do que eu nasci para ser.

As mulheres não foram sempre assim, houve um tempo em que ser mulher não era tida como histérica mas como a imagem da sabedoria e de grandes conhecimentos não só místicos mas se fundiam com a própria natureza, com a nossa mãe Terra, e continuamos sendo assim, mas é preciso irmos mais além e com mais profundidade , é preciso um sentimento mais honesto, é preciso nos achar enquanto sábias e nos conectando com a nossa essência.

O sagrado feminino é essa energia em que estamos conectadas, é esse sentimento de amor por toda a criação, é essa energia que alimenta e nos tornam mais fortes e sabedoras dos mistérios mais antigos, é o que nos tornam plenas.

Quando entramos em contato com as deusas que nos constroem , estamos nos conhecendo e nos aceitamos como somos de forma genuína e com uma beleza singular.

Quando aceitamos que fazemos parte dessa natureza , estamos aceitamos a  leveza das nossas vidas e celebramos a vida com naturalidade e humildade, esse contato com essas energias nos fazem  refletir sobre a nossa existência e nosso poder que exercemos.

Que poder é esse?

O poder vem da sabedoria, vem desse amor que já nascemos com ele e que dele fomos criadas, essas energias que conseguimos co-criar e nos guiar para fazer o bem.

As deusas sempre estiveram intimamente ligadas a nós, porque elas nos representam e nos fortalecem quando nos conectamos com essas deusas dentro de nós.

Nós somos deusas, somos nós o ventre do mundo, o poder de dar a luz, e esse contato mais íntimo com a natureza, com a nossa natureza nos dão esse poder inimaginável.

O ver a vida brotar, ver o movimento das águas, o som do vento e o pulsar do sol dentro de nós, precisamos sentir isso, sentirmos unas.

Façamos esses exercícios meditativos sempre para que essa conexão nos tragam a consciência de quem realmente somos, nos alimentam o coração.

Aprendemos que o sofrimento nos eleva o espírito, isso é milenar , portanto, vamos filosofar sobre a origem desse esquecimento de quem somos, de quem fomos , porque ao entendermos isso, estaremos nos apropriarmos desse sagrado feminino.

Podemos passar uma boa parte do nosso tempo trabalhando em áreas diversas mas precisamos usar nosso tempo para nos conectarmos com o nosso Eu divino, para que não nos esqueçamos de quem somos.

Nos inspiremos em mulheres que consideramos forte, nos inspiremos nas deusas que aprendemos a entender, nos inspiremos na nossas ancestrais que nos deixaram esse mundo e que nos conectemos com as mais altas energias para que as nossas vidas também sejam inspirações.

Uma sugestão de leitura. " Calibã e a bruxa" de Silvia  Federici, estou aprendendo muito com essa leitura e espero que gostem também.

Qualquer literatura que nos façam nos conectar com a deusa que nós somos é de grande valia.