quinta-feira, 18 de abril de 2024
O novo jeito de ver o mundo !!!
quarta-feira, 10 de abril de 2024
Desabafo : Separação para poder reparar!!
Não há dor maior do que o esquecimento de si mesmo.
A dor é um remédio amargo, desses que leva um tempo para superar, para deixar lá atrás.
Perdemos tanto tempo nos apegando a sentimentos e emoções desnecessárias, mas aprendemos com o tempo, esse tempo que demora a passar e que ninguém pode lutar por você, porque são coisas unicamente nossas e de mais ninguém.
Questionamos sobre tudo o que requer cuidado e cuidar de nós mesmos em algumas situações não vem em primeiro lugar, as vezes não estamos no topo da lista, mas deveríamos estar, no topo da nossa lista.
É que os outros também fazem parte dela, podem ser filhos, pais, irmãos, amigos e de quebra o nosso parceiro , que nem sempre é o nosso parceiro.
A verdade é que a vida nos revela em ciclos e esses ciclos quando nos adoecem, devem ter um fim, para a nossa saúde mental , etc e tal.
Mas o tempo quando nos aconselha a esperar mais um pouco, e então nos damos conta de quem somos e assumidos como prioridade e então o ciclo muda e nós nos tornamos donos do nosso próprio destino, de novo.
Um dia nos damos conta de que nós sempre precisamos ser os primeiros da lista, porque sem isso seremos apenas um boneco solitário num palco vazio, somos nós os donos de nós mesmos, mas eu sei que é difícil estar sempre ali, olhando de cima, é que em algum momento da nossa vida, o outro toma o nosso lugar, porque esse alguém precisa de nossa atenção, do nosso amor incondicional, é quando um problema precisa ser resolvido, quando uma doença toma maiores proporções, enfim, há momentos.
Nem sempre somos os donos da razão, nem sempre as nossas opiniões são as mais acertadas porque somos seres humanos e falhamos em muitas fases e aí é que nos chama a racionalidade, aprendemos uns com os outros e só.
Hoje foi um dia de despedidas e eu como uma mulher cheia de emoções e sentimentos que extravasam eu senti a despedida, mesmo que venha a ser por pouco tempo a separação foi difícil de engolir, mas a humanidade caminha com os pés descalços.
Eu tenho muita dificuldade em dizer adeus para quem eu amo, e amor é o que me carrega no colo, então, eu coloco toda a minha energia naquilo que eu acredito e eu sei que vale a pena ,e todo esse amor que eu sinto, e isso não se escreve num texto de 2000 caracteres.
Já dizia o poeta " Valeu a pena, Tudo vale a pena se a alma não é pequena" então, eu replico todas as formas desse amor, e que tudo vale a pena mesmo que doa no coração, mesmo que a ferida demore a cicatrizar, as perdas nem sempre são de fato perdas e nem sempre a separação de fato existe.
Há apenas espaços a serem preenchidos por nossas emoções e sentimentos que vamos cultivando até tomar conta de todo nosso espaço, de toda a nossa alma, é assim.
Hoje foi só um tempo para um afastamento momentâneo, para que possamos voltar com um outro gosto, um outro sentido mais apurado, é como venho aprendido nas minhas aulas de braille, a gente passa a desenvolver outros sentidos quando deixamos uma percepção que está travada por algum motivo nem sempre aparente, ampliamos os nossos olhares, criamos alguma carapaça que nos fortalece e isso é natural a todos nós.
Quando estamos cegos, estamos apenas enxergando de uma outra maneira, percebemos a vida de uma outra forma , mas em algum momento vamos nos despertar e recomeçamos a nossa história mas agora mais maduros e responsáveis.
Hoje nos separamos, amanhã será um novo dia, cheio de esperanças, eu espero sempre o melhor e será assim sempre!!!
terça-feira, 9 de abril de 2024
Vamos combinar??? Temos muita para experienciar!!!
sexta-feira, 5 de abril de 2024
Meu amor depois de você!!!
Quando as minhas mãos perderam as suas mãos, eu cai.
O meu céu perdeu a cor, nem as águas rasas me deixaram ver a minha própria imagem.
Mas eu cresci, eu cresci andando descalço em terras ásperas.
As minhas mãos, as minhas palavras, meu coração abraçou-se como um amigo urso;
Eu cresci quando eu me vi sozinha, transformei-me em dores crescidas.
Eu aprendi a olhar você com os olhos fraternos , então, deixei você partir.
E eu cresci.
E meu céu ficou azul, fiquei com as cores que o mundo coloriu para mim.
Eu me vi novamente crescendo em mim e não em você.
Eu aprendi a esquecer as dores que você deixou.
E eu cresci.
Cresci sem você por perto.
Cresci nascendo de novo, é assim que nos fazemos presentes em nós mesmos.
Aprendi a olhar você com os olhos abertos.
Eu cresci ...
Nada do que foi será, como disse o poeta.
Meu coração abraçou as alegrias de ser eu mesma.
E me engrandeci querendo ser eu.
E quando foi que deixei de ser eu?
Quando eu pensei que deveria ser o que você quisesse que eu fosse.
E então, eu cresci.
Eu me amei como nunca tinha amado antes.
Olhei para o céu e vi a lua me banhando e me nutrindo.
Eu cresci com ela.
As minhas fases, as minhas lindas memórias sobre você, eu perdoei.
Eu vi as borboletas posaram nas minhas mãos, eu eu novamente me vi voando com elas.
As flores do meu jardim, a minha casinha de fadas, as minhas estátuas ritualísticas.
Eu me vi sendo eu, eu me alegrei sendo eu, e eu amei sendo eu.
E quando percebi que meu brilho se intensificou, eu esqueci o que você foi dentro de mim.
E eu cresci.
Quando eu ficar velha quero poder olhar para trás e ri de tudo, poder sentir a brisa e rir de tudo.
Entrar dentro de mim, ficar dentro de mim sem você por perto.
Sabe?
Eu te amo, mas agora... eu te amo mais.
Amo o que você deixou em mim, amo o que você causou em mim.
Acho que o que sou hoje é bem mais...
Quem sou eu depois de você?
Sou apenas eu...
O simples querer, a vontade louca de continuar vivendo na lua e sonhando com ela.
Sabe?
Eu te amo, mas agora, eu te amo mais.
Meu amor depois de você, é mais linda de todas as flores, é a mais bela que as pedras do meu jardim.
O meu amor depois de você é a dose exata da cura, é a beleza de qualquer ser.
É o Universo expandindo em mim.
É o gosto doce do orvalho.
A medida certa do açúcar e a chuva grossa que faz cócegas na minha pele.
Meu amor depois de você, é a mais pura verdade dentro de mim.
Eu cresci quando você deixou dentro de mim a mais dura carência.
E eu te amo por isso, por me deixar crescer fora de você.
segunda-feira, 1 de abril de 2024
__ Mãe, eu estou com fome!!!
A morte como lição!!!
Há uns três anos atrás eu estava escrevendo um livro chamado " Cinco Marias", um romance de 100 páginas, todas as vezes que eu terminava uma página eu as li para as minhas filhas, ao chegar a última página, assim que eu terminei de ler as últimas linhas, as meninas choravam compulsivamente, e eu também, ao terminar aquelas páginas de uma história sobre cinco mulheres fortes e destemidas, que sofriam todas as perseguições improváveis, as meninas se revoltaram com o final da história dizendo assim:
_ Mamãe, como você pôde matar as mulheres que deram vida a sua história?Você é uma escritora assassina!!!
Na hora em pensei. Meu Deus , eu sou uma escritora psicopata.
Eu me perdi naquelas palavras, reavaliei toda a história, e mesmo assim percebi que era impossível que tivesse um final feliz para aquela história, demorou algumas semanas para as meninas entenderem que a história se tratava de coragem, de amizades sinceras e intensas e que a morte é um momento natural da vida de qualquer ser vivo.
Quando percebemos que a morte parece o fim de qualquer história ficamos frustrados e desolados porque a vida nos impõe um final terrível e parece que não há esperança e tudo chega ao fim, quando a morte é uma realidade que não podemos fugir nos revoltamos e não compreendemos que a vida não chega a fim, apenas acreditamos que não há como escrever outras histórias, acreditamos que não haverá novas experiências e a morte se torna uma vilâ, mas na verdade a morte apenas é uma mudança que não conseguimos entender, e que a história que vivemos é a nossa passagem mais linda de qualquer história, o que conta é sempre o que vivemos e não como julgamos o término, enfim, a morte é apenas um jeito cruel de dizer, que as coisas irão mudar a partir desse ponto final.
Sempre julguei que eu fosse uma pessoa forte, cresci acreditando nisso, as histórias que a minha avó me contava de eu estar no hospital no meu aniversário de um ano, eu sempre me aventurei, e me entregava as minhas aventuras como se eu fosse uma superwoman, eu vivia subindo em árvores, cai inúmeras vezes de árvores, escadas , nadava em rios e sofria com picadas de insetos, me ralava toda correndo no carrinho de rolimã, o tempo todo, quando eu cai da trave de futebol e meu rosto inchou, eu mal me reconhecia, e da vez que subi num coqueiro, entrou um espinho no meu pé e eu acabei caindo lá de cima , meu Deus, eu nunca quebrei um osso se quer... eu sempre acreditei que eu fosse invencível, e a menina mais sortuda do mundo, e acredito que eu ainda sou tudo isso.
Ser forte o tempo parece uma tarefa fácil para uma heroína , mas não é, somos capazes de fazer coisas inacreditáveis, nos esforçamos para não cometermos erros, mas somos falíveis, acabamos ferindo o nosso coração e o coração dos outros, estamos sempre correndo riscos e o final da história sempre estaremos acreditando que podemos muito mais, que podemos salvar os outros, nos salvar , mas será que isso é bom?
Eu ainda não consegui responder a essa pergunta, sempre oscilo ao tentar responder, porque eu sempre estou em dúvidas sobre como seria a minha vida se fosse diferente.
Por maiores que fossem as minhas dores, por mais que eu poderia magoar alguém com as minhas impulsividades, com as minhas atrevidas indagações, ainda sim , eu sempre precisei ser forte, apesar de eu chorar por qualquer coisa que me dê vontade de chorar, eu sempre acreditei que fingir sentimentos nunca foi uma boa ideia, enfim, eu sempre testarei a minha resistência e sempre irei matar os meus personagens porque eles serão as Fênix que eu crio para entender o que se passa dentro de cada um de nós, e sempre teremos as cicatrizes das nossas escolhas e sobreviveremos a elas.
Estou escrevendo meu próximo livro, e até agora não matei ninguém, não que seja uma regra eu matar meus personagens, mas que mais cedo ou mais tarde eles viverão as lições que devemos aprender, que cada leitor se verá neles e os farão entender que tudo se trata de escolhas e de lições e que no final sempre aprendemos algo, teremos sempre memórias, e apesar da minha condição de desmemoriada estar avançando sem que eu queira, ainda sim carrego dentro de mim as lições das quais eu preciso passar e seja lá para onde a minha vida me levar eu serei sempre grata aos que passaram por mim, aos que passarão e se eu deixei alguma memória em alguém, boa ou ruim, eu fiz parte da vida de alguém, eu deixei uma cicatriz, eu deixei uma lição e eu deixei um pedaço de mim em alguém.
Somos todos seres que brilham e que podem voar com suas lindas asas que são feitas de puro amor e resistência, resistimos as dores, e nos deliciamos com as alegrias que vivemos e compartilhamos, assim se cria o Universo, com um amor infinito e não pensemos na morte como algo ruim, é só mais um momento da qual todos acabamos nos lembrando e que se acreditarmos que a morte é uma passagem para uma outra vida, ótimo, porque o amor sendo eterno, estaremos vivendo em um outro lugar de forma intensamente proporcional ao nosso coração.
sexta-feira, 29 de março de 2024
Livros feministas bom para ler!!!
Dediquei-me às minhas leituras e me deparei com incríveis obras literárias que expandiram a minha mente fervilhante.
A criação do patriarcado e Calibã e bruxa são duas obras gigantescas , uma complementa a outra, sendo a primeira uma visão clara de que não houve em momento algum o matriarcado colocando algumas teorias a baixo, essa obra nos apontam fatos históricos além de pesquisas e uma posição feminista diante de muitos fatos e até mesmo uma análise sobre as religiões e de como encaramos as diversas civilizações. sobretudo o eurocentrismo, é uma leitura tensa mas que abrange de forma consistente a visão feminista e histórica, uma visão diferente desta que vemos em nossos livros de história.
Retrata a história da mulher de forma abrangente e significante, alguns relatos que diferem a nossa linguagem aprendida há milênios e nos coloca a par de acontecimentos até então não retrtatados pelos historiadores.
O livro nos leva há mais de 5000 anos atrás , nos mostrando escavações, análises da vida e de como normalizou o patriarcado e de como a política influenciou e apossou de nossos corpos e manipulou a nossa educação nos oprimindo e nos trazendo sentimentos de inferioridade, como o patriarcado manipula as religiões que proferem uma ideia estranha e de domesticação das mulheres, assim como a escravidão e suas formas desumanas e de como ocorria as várias dominações e desapropriação de terras, além de explicar de forma muito didática as várias revoluções ocorridas ao longo de milhares de anos.
Calibã e a bruxa é uma obra viva e escancarada de nossa humanidade que digo de passagem, desumana, também retrata a transição do feudalismo para o capitalismo e suas atrocidades, nos faz revelações de como as mulheres viviam e como eram inferiorizadas, o texto é rico em detalhes e historiadoras renomadas e análises consistentes além de fatos que também está longe de ser retratada nos nossos livros de história.
Um capítulo a parte sobre a caçada as bruxas que foi um verdadeiro genocídio, as milhares de mortes de mulheres assassinadas por motivos que fogem da nossa lógica.
A escravização e a colonização das Américas que nos fazem pensar o quanto o homem é capaz de chegar em nome da religião e do acúmulo primitivo, sempre muito bem explicado e exemplificado ao longo do livro.
É difícil dizer o quanto aprendi ao ler dois livros célebres e de tamanha importância para os estudos sobre o feminismo.
São duas obras que nos levam ao nosso limite, nos mostra a crueldade e animosidade dos que construíram as nossas civilizações e de como esses ensinamentos nos influenciam até hoje.
As mulheres não apenas foram inferiorizada como foram manipuladas psicologicamente através da opressão e das inúmeras maneiras de repressão que infelizmente nos aniquilam até os dias atuais, nos trás uma reflexão de como ainda somos subestimadas.
A importância dos movimentos feministas nos ajudaram em muitas conquistas mas vale lembrar que a luta é por todas nós, e que não somos ainda a força avassaladora que realmente somos, ainda estamos lutando e nos aprimorando.
É de suma importância estarmos cientes que nosso estado psicológico tem um motivo histórico e que devemos nos fortalecer e fortalecer o movimento para que novas políticas sejam feitas e novas conquistas.