Era noite clara as estrelas contemplavam a lua e sua luz iluminava a noite.
Sempre se pode ver a perfeição divina na contemplação das estrelas, ele nascera em berço esplendido, estávamos ansiosos por sua chegada, háviamos nos acostumados com as profecias mas nada se comparava aquela noite, aquela criança que acabara de nascer.
Sabíamos de sua chegada ao mundo e todos contemplando aquela noite viram e sentiram um aroma sem dúvida a verdade de Deus, a nossa fiel esperança, o resplendor dos céus.
Havíamos andado muito, os camelos mal podiam andar , o cansaço era contagioso, ficamos ali ao meio da poeira dormindo ao relento, enxergando as belezas do céu, nada vimos a não ser nossos sonhos mais belos.
Colossal era nossa vontade de ver além dos nossos pés, as miragens nos mostravam quem éramos, príncipes e reis, tentando nos redimir das atrocidades do passado longíncuo, mas naquele momento esquecemos de tudo para respirar um momento de paz.
Em muitas vindas ao plano terreno aprendemos a respeitar a Deus, mas aquela noite, as nossas vidas teriam um novo sentido.
Era uma paz que sentíamos, o ar se diferenciava dos outros tempos, as nossas roupas se tornaram pesadas, mas nada que a alma não pudesse carregar, o passado passara por nossos olhos e pudemos enxergar a missão daquela criança, nos apressamos para encontrá-lo mas as dunas nos impediram de vê-lo, então pudemos seguir apenas as estrelas do céu, e quando ela parou, paramos também...
Colocamos um barril de água para nossos camelos e dormimos, no dia seguinte, a nossa caminhada estava comprometida,atrasamos alguns dias, mas a morada estava em nossos corações.
Não choramos de tristeza por termos perdido o nosso encontro, porque em nosso íntimo estávamos prestes a encontrá-lo.
Passariam anos, mas nos encontrariam afinal, o reconheceríamos a primeira vista e assim poderíamos aprender e ensinar o que nos foram ensinados desde o princípio.
Voltamos para nossa terra de origem, e passaram-se alguns anos e novamente voltamos aquela cidade, mas não para encontrá-lo mas para amá-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário