terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Educação inclusiva - coisas de mamãe

 

Educação inclusiva... coisas da mamãe




 A vida é uma surpresa linda, nos enriquecemos com as nossas relações , e evoluímos no nosso próprio passo, detectamos  o que é bom e o que é ruim conforme as nossas percepções e sentidos que aprendemos a usar.

A educação é uma palavra curta mesmo que esta tenha uma complexidade além do que compreendemos ser, esse entendimento nos coloca às nossas próprias limitações vividas, ou seja, tudo que somos é de acordo do que pensamos e vivemos.

Uma pessoa preconceituosa, vive num ambiente preconceituoso, porque vivemos num ambiente coletivo, quando nos colocamos num lugar diferente do que estamos vivendo, vivemos as restrições de acordo.

Vivemos num mundo de patriarcado, e mesmo com os movimentos feministas ,ainda vivemos as reações das relações abusivas, e aprendemos a viver com isso, o que no meu ponto de vista é compreensivo, porque quando existe repressão, existe também  a aceitação dessa condição, portanto, lutar contra essa corrente, há uma luta constante, e precisamos progredir e não ficarmos presos as coisas que deveriam ter sido abolidas, o nosso modelo de civilização, é repressora, desde  sempre.

Quando excluímos algo ou alguém é porque não a queremos, a educação exclusiva é quando colocamos os nossos preconceitos a frente do progresso, deixamos as nossas limitações sobressaírem à nossa vontade de mudança.

 A exclusão num ambiente familiar, é estarmos dizendo : " Não te quero", isso vale no ambiente familiar, social e em qualquer outro lugar, quando excluímos algo, ou alguém é eliminar o que não julgo me fazer bem.

Durante séculos , excluímos, e depois segregamos, ou seja, separamos os iguais  e excluímos ,os colocamos em algum lugar, e igualmente fazemos isso em nossos diferentes ambientes, são fatos históricos, quando a sociedade percebeu algumas pessoas diferentes que viviam de maneira diversa da que ela julgava ser melhor, ela excluiu, ela quis eliminar, isso foi durante a "caça á bruxas", não apenas as mulheres , mas aos homossexuais, negros, asiáticos, cegos, surdos, algumas pessoas com qualquer tipo de doença, ou dotada de alguns dons inexplicáveis na época, o euro-centrismo queria deixar de lado o que não fazia parte da sua ideia de normalidade.

Hoje a história só mudou um pouco em seus conceito, houve ressignificação, mas continuamos a tentar rejeitar o que não queremos, mas há uma vontade de inclusão, porque quem sempre foi marcado pela exclusão quer ser incluído e merece ser incluído, mas isso aconteceu porque a população excluída exige isso, toda evolução vou gerada pela vontade de inclusão, sem essa vontade não existiriam as leis que gerem a nossa sociedade, qualquer lei surgiu pela falta dela, essa é uma lógica não é?

Na educação inclusiva não é diferente, a sociedade excluiu, segregou e agora quer incluiu, porque é preciso ser percebida para tornar-se visível, é preciso ser visto para ser pensado porque vivemos num mundo onde as percepções materiais são importantíssimas segundo o mundo global e materialista em que vivemos, e tudo gira em torno do poder de possuir, a educação inclusiva virou moda, todos querem ser incluídos, mas nem sempre são voltados para suas razões primárias, as suas necessidades reais ficaram em segundo plano, as novas gerações agora necessitam dessa inclusão, a sociedade pede isso e o capitalismo percebeu isso e agora corre para incluir quem sempre excluíram, mas ainda há uma expulsão interna, há uma exclusão que existe nas mentes humanas, disfarçadas, por mais que insistem ainda há resquícios de pensamentos de milenares de discriminação, racismo, sexistas, e muitos  "ismos" porque percebemos que eles não são bons, já sabíamos disso, mas disfarçamos, deixamos que eles permanecessem dentro de nós até nos vermos dentro desse grupo.

Daí surge as escolas inclusivas, estudos sobre esse tema hoje tão divulgado, mas não foi fácil chegar até aqui, precisaram existir lutas para que as leis mudassem , para que estudos tomassem um corpo , saíssem das teorias, ainda há uma educação violenta, ainda há uma educação sexista, mas o retorno aos mais antigos conhecimentos houve uma melhora.

Hoje as crianças têm voz, o que antes era uma ação repressora, as crianças eram reprimidas, hoje há uma abertura aos seus preciosos sentimentos, emoções, hoje é um crime cometer qualquer tipo de preconceito, não significa que não existe, existe , mas agora, está mais visível e precisamos punir quem as cometem, porque precisou de estudiosos lutarem para não ser uma atitude normalizada, é preciso não normalizar a violência, mesmo que essa seja fruto de atos insanos de pessoas doentes.

A educação inclusiva deve ser vivida e não apenas estilizadas nas escolas, mas na vida em geral, precisamos nos adequar a isso, há milhares de ideias que poderiam se tornarem reais, no plano material que possivelmente mudaria o mundo, e pode mudar, existe a força de vontade, e existe poder para isso.

A educação inclusiva é a educação do cuidado, do prazer em cuidar, exige muita força e muita perseverança, todos querem entender a educação inclusiva, mas na realidade, a história de uma educação inclusiva é apenas na lei, e no papel, na verdade, não existe de fato, só existe aonde há muita necessidade, porque houve um movimento para isso, porque o próprio excluído exigiu isso.

Tudo que se pode fazer é nos colocarmos no lugar dessas pessoas excluídas, nos tornarmos âncoras, fazermos de fato parte dessa sociedade e querermos sua evolução e lutar por isso.

Uma educação de inclusão é uma educação moral, uma educação para o amor incondicional.

Coisas de mamãe é ser esse abraço forte de cuidado, coisas de mamãe, é esse acolhimento e aconchego, sobrevivemos porque existe um cuidado maior, porque há quem cuida e a educação inclusiva não é uma utopia, porque ela é real quando há coisas de mamãe dentro dessa realidade.

A educação inclusiva é coisas de mamães, porque é um ato amoroso e purificador, quem quer vivenciar essa educação inclusiva se torna alguém melhor, alguém que realmente se interessa pela questão positiva do cuidado com o outro ser humano.

É preciso fiscalizar as escolas quando se trata de educação inclusiva, ir além do recebimento de pessoas que exigem cuidados maiores.

Então, há desigualdade em todos os setores da vida, muitas pessoas vivem à margem de tudo de bom que podem viver, é preciso compartilharmos as mudanças, cuidar uns dos outros é criarmos a sustentabilidade, e deixar que pensemos no que estamos nos tornamos.

A sociedade é como se fosse uma grande árvore, cada atitude nossa vai gerar frutos, flores e a cada galho que surgir, a cada folha, faz parte de nós, cada qual com o seu papel nessa vida ,nessa árvore, o mau cuidado gera maus frutos, folhas fracas e secas, então pensemos, que tipo de arvore somos nesse Universo?

Gaya somos nós, somos essa energia linda que vivemos, faz parte do equilíbrio, não somos seres que vivemos em competição, a natureza é o oposto disso, há cooperação, precisamos ver o mundo com os olhos amorosos, podemos incluir as pessoas em nossas vidas, cada um conforme as suas necessidades, alguns nos fazem mal, sim, deixamos de conviver com elas, as pessoas que nos fazem bem, que sejam bem vindas, mas as pessoas que não nos fazem bem, também fazem parte de nosso aprendizado, todos cooperamos uns com os outros, o Universo funciona assim.

Vamos nos olhar para dentro, e voltarmos para o exterior de forma mais zen, e mudar, incluir em nossas vidas muitos aprendizados, criarmos mais afetos, não somos mercadorias, somos seres humanos, não jogamos fora o outro, nós aprendemos uns com os outros, e uma educação inclusiva faz parte de quem somos...

Jogo do espelho




Espinosa disse : " Fácil derrubar um tirano, difícil é destruir a causa da tirania" e Platão considera o exercício de filosofar  mais importante que as provisórias consequências desse exercício, o método , mais importante que os conteúdos doutrinários.
Segundo Nietzsche " Transmudar constantemente tudo o que nós somos em luz e chama; e também tudo o que nos atinge, não podemos fazer de outro modo... Somente a dor, aquela longa, que leva tempo, em que nós somos."
O medo sempre nos afasta do que é diferente, sempre nos aproxima do egoísmo e orgulho , porque os seres humanos só evolui coletivamente, a sociedade tem medo de incluir o excluído e segrega para que esteja distante, porque nós precisamos de identidade, e a sociedade nos garante essa identidade através do olhar dela sobre nós, logo, o que o outro é... é sobre o nosso olhar.
"O medo e a esperança são afetos, irredutíveis do ponto de vista metafísico, mascas de nossa finitude, medo e esperança não podem ser suprimidos sem que com sua supressão desapareça a própria essência."
Todos somos responsáveis pelos nossos afetos, portanto, nos construímos conforme somos vistos pelos outros e a mudança disso faz como que o outro te veja como um alguém subversivo, por isso, num tempo não muito distante, somos únicos, mas precisamos uns dos outros para vivermos, na verdade somos todos um, cada um com nossas particularidades, com as nossas próprias concepções, e trabalhar isso é algo divino.
Somos todos um porque somos uma consciência, quando nos damos conta disse aprendemos a cuidar uns dos outros, quando pensamos coletivamente criamos egrégoras, criamos coisas, energias que são compartilhadas por todos nós, temos nossa individualidade , isso é importante nos conhecermos profundamente para que possamos atingir a consciência de que todos nós compartilhamos um mesmo começo, o mesmo meio e o mesmo fim, a minha alegria está na alegria do outro porque  só percebemos que somos todos um quando nos olhamos para nós mesmos e percebemos essa conexão.
Quando estudamos o Universo percebemos essa ligação, essa força única que nos unem, porque não somos um longe de um outro Universo, estamos num mesmo lugar com vibrações diferentes porque a nossa diferença nos tornam únicos, o que o capitalismo faz, é nos mantermos distantes dessa ideia, porque ele provoca a competição, e não a estrutura de união entre os diferentes, não estou falando dessa política crua e cruel, estou falando que cada um tem seu papel no mundo ,e ninguém pode ser considerado como desmembrado, mas cada um nos seu espaço, no seu lugar como consciência, cada um depende uns dos outros, porque isso precisamos pensar na unidade.
É um jogo de espelho, o que eu vejo é uma imagem refletida de quem eu sou, no espelho nos aprofundamos em quem somos através do que vemos, a imagem que eu vejo no espelho é toda a nossa consciência.
Quando eu vejo a sociedade, quando eu vejo o outro , eu vejo a minha concepção, a minha ideia, a imagem que eu vejo, é a imagem de mim, porque o espelho é um lugar de reflexo.
Se eu faço um pré-julgamento, estou mostrando o que eu sou através da minha percepção, e com toda a minha história dentro de uma sociedade, sou reflexo da sociedade que eu vivo, portanto, somos reflexos uns dos outros.
Quando há tirania , há falta de pensamento em conjunto, é dominar o pensamento do outro conforme o meu pensamento, quer dizer, quando eu "como um ser tirano" quero que sejam dependentes das minhas ideias, eu quero ser o centro do processo de progresso, e eu uso as minhas ideias para aprisionar o outro e quando eu exerço domínio mental sobre ele, o que acontece? O pensamento fixa , a ideia permanece porque cultivamos ele, logo, a ideia é sempre a arma para qualquer vilão quando este age em benefício próprio se torna monstruoso e cruel e quando a ideia é para um bem comum, ela tende a ter uma certa resistência porque ainda estamos vivendo o pensamento gerado de uma tirania, a tirania voltada para o medo.
Quando a tirania reina, reina o medo, e o medo gera uma crise existencial, cria-se uma ideia de que o que é diferente é um inimigo, embora o Universo respeite um padrão, o Universo é repleto de diferenças porque o ser diferente está inserido nesse Universo, logo não há diferenças , há portanto a individualidade na Unidade.
Quando eu percebo o outro, eu preciso perceber a unicidade no que me é diferente, e quando eu aceito a ideia de que somos seres individuais num mesmo Universo , eu me torno mais empática, e a minha ideia tirânica se dissolve.
Todos somos um, temos a mesma essência, todos os elementos estão em todos nós, seres humanos, animais e plantas, a Terra, somos nós, colaboramos uns com os outros.
O jogo de espelho é ter essa consciência de que todos somos uma consciência, e que a minha responsabilidade está intimamente ligada a sua responsabilidade, a educação que eu dou aos meus filhos irá ressoar na educação do outro, porque viver em comunidade nos faz essa interação o que nos tornam responsáveis uns pelos outros, e quando temos uma consciência sadia ela se torna ainda mais individual vivendo numa consciência coletiva porque sabemos o nosso papel nessa vivência.
Vamos entender esse jogo do espelho?
Veja a sua imagem diante do espelho e se veja interiormente, diga a si mesmo quem é você, quem é você enquanto um ser individual, um ser coletivo e a sua responsabilidade dentro desse conceito.
Quando se olha num espelho o que vê?
Como você vê a sua ancestralidade?
Como você se vê enquanto filho de alguém?
Esse exercício mental se faz quando meditamos, quando praticamos yoga, esse exercício de respirar, de se alimentar nessa respiração é ter esse olhar consciente de existir, de permanecermos uns nos outros.
Estamos vivendo do mesmo ar, consumimos a mesma água, é um ciclo de amorosidade e perceber isso, é criarmos e recriarmos essas conexões.

sábado, 11 de janeiro de 2025

Consciência - somos muitos "eus"



 Já parou para pensar que a imagem que temos de nós é sempre reflexo da imagem que o outro tem sobre nós ?

Se nos aprofundarmos em nós mesmos o que encontraremos?

Encontraremos muitos "eus" 

Imagino que nosso mais profundo pensamento não se encontra nas palavras complexas mas na simplicidade porque criamos dentro de nós camadas de coisas simples e elas vão se tornando maiores e quando nos damos conta colecionamos um amontoado de sentimentos confusos  porque não aprendemos a entender a simplicidade desde o seu início e é por isso que ao longo da vida nos procuramos na simplicidade para nos reconhecermos como seres individuais e autônomos.

Quando estudo filosofia , artigos de psicologia, assuntos milenares védicos, egípcios, gregos, etc e tal não é porque quero saber nomes, termos científicos, personalidades e palavras deixas de significados, mas porque eu quero saber mais sobre mim e criar meus próprios conceitos e não nas impressões que os outros tem sobre mim.

Como lidar com o mundo cercado de impressões alheias e como diferenciar o que eu sou do que os outros pensam sobre mim?

Se a imagem no espelho reflete quem eu sou significa que a imagem que eu tenho de mim depende  da imagem refletida sob o olhar do outro? Quer dizer que eu só consigo me ver refletida em outro ser ou coisa? E qual é a impressão que tenho de mim ao ver a minha própria imagem , é significativa?

Talvez eu precise olhar com mais profundidade a minha imagem real mas eu só consigo fazer isso se eu me absorver nas camadas que eu criei com os meus sentimentos , emoções e pensamentos, eu preciso separar cada camada o que me leva a crer que somos completamente desconhecidos de nós mesmos, e é por isso que educar as nossas crianças é um trabalho maravilhoso e árduo, para se tornarem sábias e criativas , elas precisam aprenderem a se ouvirem e só conseguem fazer isso através de brincadeiras, todos nós aprendemos brincando , porque o estresse nos cobrem com um véu nos cegando e nos tornam preguiçosos pelo acúmulo de pensamentos que nos fazem esquecer de brincar.

Um exemplo simples : A criança passa por uma fase que chamamos popularmente de "fase dos por quês" logo, quando respondemos esses tantos por quês devemos ter um pouco mais de atenção, uma resposta muito rude ou mal explicada pode causar uma confusão que ao longo da vida , esses nós que foram dados se tornam difíceis de entender, já que cada um responde conforme a sua visão de mundo, seja ela religiosa, científica, pessoal,  elas são significativas, e causam uma vida cheia de ideias e conceitos complexos, um adulto complicado certamente teve respostas mal digeridas , mal  interpretadas, enfim, a falta de paciência, a falta de vontade, o mal informação na primeira infância faz toda diferença.

As brincadeiras em nossas vidas são capazes de desatar os nós, afrouxar as percepções que tivemos em nossas vidas, o bom humor, a alegria nos fazem relaxar, criar novos meios de reflexão nas questões mais profundas.

Um modo eficaz  é quando reagimos à ações externas  nos perguntarmos o "porque" dessa reação para que possamos nos adentrar a essas camadas criadas por nós mesmos e deixamos no inconsciente para respondermos num outro momento sem estresse rotineiro, o que falamos sobre filosofia é esse hábito de nos aprofundarmos em questões simples que requerem pensamentos profundos, não precisamos decorar pensamentos de grande filósofos, essa não é a questão, é simplesmente pensar , brincar de filosofar é brincar com as palavras, pensamentos e emoções sem estarmos ansiosos ou estressados.

Temos muitos "eus" , muitas camadas a serem desvendadas.

Se olharmos a nossa imagem no espelho o que vemos além de nós?

Podemos ver a beleza da nossa ancestralidade, a aura que antecipa a nossa presença, o sorriso nos olhos ,a leveza e a dureza de nosso espírito.

"A beleza está nos olhos de quem vê", a beleza está na percepção do nosso próprio olhar, as nossas ideias de beleza ou feiura se compara ao que vemos no que diz respeito ao mundo, é pelos nosso olhar que julgamos, que temos compaixão, a beleza se torna matéria ao criarmos definições para ela, quer dizer, o que pensamos e sentimos se materializam.

Quando vemos o pôr do sol, cada um tem uma visão singular, ela é percebida pelo que sentimos no momento em que o vimos, portanto, a visão de uma pessoa cega, sem o sentido da visão pode ser capaz de ver um por do sol de uma outra forma, porque usamos além dos olhos para enxergar, porque também enxergamos com a alma, logo um cego, é um ser que enxerga usando um "olhar" diferente que talvez nos videntes não conseguiríamos enxergar da mesma forma, toda a nossa visão de mundo reflete em nossas próprias percepções e muitas vezes influenciadas pelas visões dos outros sobre esse mundo, porque julgamos o que vemos e colocamos nessas camadas , toda visão passa por um pré-julgamento que reflete sobre nós ,logo , a nossa imagem de nós mesmos sofre a influência do outro sobre nós , então também somos o que os outros veem, somos muitos "eus" então precisamos nos aprofundarmos sobre nós mesmos para sermos quem queremos ser? 

Que importância damos aos olhares sobre nós e será que esse olhar deve nos moldar para agradar aos outros?

Quem somos nós quando nos mergulhamos nas águas profundas de nós mesmos?

Temos consciência que somos uma consciência?

A consciência , o nosso "eu", tem essa consciência de que precisamos entender a maneira com que nos vemos para alcançarmos a felicidade, esse lugar que se confunde com a nossa própria essência?

O que chamamos de consciência tem tantos significados que nos perdemos em conceitos, mas na verdade o que precisamos saber é que temos tempo para pensar, para entendermos que nós somos a consciência e dentro disso tudo , é um saber gigantesco, sem contar com o que existe em nosso inconsciente, são tantas perguntas e tantas ideias a respeito.

Termos a consciência ( conhecimento) sobre nós mesmos nos ajuda a entendermos que somos uma consciência, que somos um indivíduo único dentro de uma grande unicidade.

Independente de nossas respostas somos sempre seres buscadores e mensageiros, emanamos luz, energia ,que aquecemos os corações que podemos encontrar dentro de nós e fora de nós, no fim somos seres em constante transformação.

Brincar , exercita a nossa mente, fazer a criança pensar sobre ela mesma, se respeitar como um ser, contribui para o seu crescimento pessoal, não é mimimi, precisamos resolver os nossos conflitos internos, não deixar que as nossas marcas, as nossas cicatrizes interfiram na educação que damos às crianças, elas estão em fase de formação , e que tipo de adultos estamos formamos, em adultos que se reprimem porque queremos que escondem suas emoções e depois terão que se descamarem depois ou adultos que sabem quem são e que provocam uma melhor lição?

A nossa educação gera uma nova geração de pensadores e precisamos nos lembrar que se a geração está mudando é porque estamos criando razões para isso, mas lembremos que cada ser , é um ser individual, já tem suas próprias impressões de mundo, então, cuidemos para que a nossa impressão não seja ruim para que as novas gerações sejam a educação negativa, sem nada a ensinar no futuro.

Que somos muitos "eus" isso já sabemos, nos resta refletir, em como estamos lidando com esses "eus", em como estamos descamando o que deixamos para trás, vamos brincar, usar a alegria para esse processo de conhecimento, não vamos estragar a nossa vida acreditando que brincar é só coisa de criança, precisamos resgatar a nossa criança interior para entender como amontoamos as coisas dentro de nós nos dando nós...


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

A série " Mentes extraordinárias" , uma viagem espetacular que fazemos em nossa própria mente.

 


 











Sabe aquela série que a gente não quer parar de assistir porque é empolgante?

Essa série é extraordinária, além dar aulas de neurologia , a habilidade do roteiro nos fazem repensar em nossas relações pessoais, as nossas maneiras de darmos com as diversidades, as lições podem surpreender.

O elenco é brilhante e claro, a trilha sonora é impecável, para quem gosta de temas médicos, termos complexos e relações interpessoais cheios de altos e baixos, vale a pena.

A série nos mantém ligados e aquele desejo de continuar aprendendo sobre temas tão complexos e cheios de ternura nos diálogos, realmente perfeita.

O protagonista é genial, e os personagens estão interligados buscando em nossas memórias situações similares, além de nos carregarem no colo , é um passo importante para a empatia.

O que aprendemos com Dr. Gabor Maté tem um intensivo nessa série brilhante, a narrativa é gritante na alma e a maneira simples de nos tornarem mais empáticos não apenas com os pacientes, mas com os próprios médicos que encarnam em personagens tão fascinantes.

As experiências vividas pelos personagens e como estes lidão com seus relacionamentos e com as suas próprias agonias,tristezas e alegrias, suas intemperanças, as suas questões mais íntimas são dialogadas conosco o tempo todo o que torna a série brilhante.

As nossas mentes tem um poder absurdo que desconhecemos porque não focamos o tempo todo em nosso espírito, em nossas questões mais profundas, focamos no consciente e deixamos o nosso inconsciente abafado, nos deixando afastados de nós mesmos.

O série explora as nossas memórias, e faz recortes intrigantes, não é mais uma série médica, é uma série intimista que nos conectam com filosofia  que está intimamente ligada a psicologia e outras áreas do conhecimento.

Bem, vale a pena nos conectarmos com essa série que faz jus ao nome.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

A maternidade - o lado escuro da maternidade...o nosso lado da história!!!!

 


 





Quando me perguntam sobre como é ser mãe, eu simplesmente me resumo em poucas palavras, mas na verdade no início de tudo eu acreditava que a pior parte seria nos cuidados com o recém-nascido, mas depois de um tempo, eu achei a fase mais fácil, embora a amamentação é uma fase terrível para mim pelo fato de ter sérios problemas , mas passa assim como as demais fases, mas o que é realmente difícil vem depois, quando os filhos já entendem o que é viver, das relações sociais e de como lidar com as diversidades, com os sentimentos conflitantes porque estão fora do nosso controle, as emoções sentimentos e como eles lidam com as suas próprias frustrações, é quando apenas os nossos conselhos contam, quando os nossos exemplos valem mais , é quando nós somos o espelho da vivência deles, daí vem as culpas maternais, quando colocamos em pratos limpos a nossa auto-punição, é quando aceitamos que não somos mais a fortaleza que acreditamos que seríamos.

Filhos são seres individuais, os criamos para serem pessoas de bem, pessoas que se amam, que vivem em harmonia com o TODO, mas as várias personalidades nos colocam a prova a paciência, não vamos curar traumas de imediato e nem seremos os heróis, seremos mutas vezes os vilões, seremos ainda mais humanos quando assumirmos que não estamos sempre no controle.

A maternidade não te garante um sono, pelo contrário, não dormiremos bem nem quando se tornarem adultos, então, estamos aceitando que passaremos o resto da vida parecendo um zumbi, a nossa vida social se resume em ser mãe de alguém, ser tia, ser avó, qualquer coisa que nos retrate como tutora, seremos a pessoa mais xingada, a mais chata, ou a mais estranha de todas, a mais negligente ou a mais odiada , amada e muitas vezes ignorada , mas mesmo assim o status de mãe, será ser mãe...

A maternidade é como uma massa de bolo, a surpresa sempre vem depois de pronto, a gente usa todas as formas possíveis, todos os recheios, tudo para tornar bom e gostoso, mas sempre será um bolo... 

A vida de uma mãe é a vida de todas as mães, donas de uma força quase sobre-humana, com pensamentos acelerados e com uma fé inalterada. um sexto sentido apuradíssimo e com uma audição e visão raio x que nenhum superman é capaz de superar, somos sempre as mulheres que todos querem ser mas com a vulnerabilidade filial.

Quando em algum momento vier um cansaço lembre-se de que ser mãe não é sempre a tarefa mais difícil, mas a mais importante, que não podemos ser perfeitas , que vamos ser sempre as mais requisitadas, mas que não podemos ser mais ser julgadas como as pessoas mais culpadas e não podemos mais nos levarmos tão a sério, a vida nos leva às questões difíceis de responder no entanto, há simplicidade nas respostas, simplesmente precisamos ter a nossa própria identidade, a maternidade não é a melhor coisa do mundo, precisamos apertar o botão do foda-se, precisamos dizer que queremos a solitude, que o silêncio nos mantém em equilíbrio, que cuidar de nós mesmas não é egoísmo e nem nos tornam as piores pessoas do mundo, que também erramos nos conselhos e queremos chutar o balde.

Dizer que é maravilhoso a maternidade , é permitido mas dizer que é a coisa mais estressante do mundo não é errado, é digno de coragem, ser mãe é o Ò do borogodó... é insuportável ser sempre a Super poderosa sempre, eu sei que a tarefa é só para pessoas fortes, mas pelo amor de Deus... também precisamos de férias...Esse é aquele lado escuro da maternidade ... quando sabemos que não podemos mas fazemos, quando queremos fazer o contrário e não podemos, porque sabemos da nossa responsabilidade , é quando sabemos os lados negativos, os efeitos nocivos das nossas negligências, o lado escuro da maternidade está em sempre estarmos nos sentindo punidas, julgadas e não sabermos o que fazer ao nos depararmos com as questões íntimas que nos colocam em perigo e aos outros, é quando alcançamos a depressão no seu auge e não conseguimos sair do labirinto que é nossa própria mente em desequilíbrio, mesmo sabendo que não é errado ter problemas que achamos não haver solução.

A mente humana se desconecta do TODO quando nos encontramos nesses conflitos internos, mas é comum, é aceitável e quanto mais nos punimos, quanto mais nos esforçamos para essa perfeição, mais adoecemos , porque não aceitamos que isso é natural.

Nós precisamos ser contraditórias, precisamos nos expressar com segurança, mas podemos surtar , o problema é que a responsabilidade sempre grita no nosso ouvido nos dizendo que precisamos ser perfeitas, maravilhosas, somos modelos a serem seguidos, mas somos?

Será que devemos ser sempre as rainhas do lar, as deusas do Olimpo?


Eu não sei responder isso, porque a perfeição é sempre a tarefa difícil de qualquer um, a questão é... sempre nos sentimos no dever de sermos melhores, essa parte é a arte boa de qualquer história, ao pensarmos que podemos ser melhores, nos esforçamos para isso, nos sentimos felizes por alcançar essa tarefa, nos sentimos bem ao fazermos o nosso melhor, por alcançarmos a alegria de servir, no fim, fazemos algo de bom ao sermos quem somos, logo, podemos sim mantermos o equilíbrio buscando o equilíbrio em tudo que nos propusermos fazer, então, a maternidade complicada como é ainda sim, somos capazes de concluir a missão dignamente, como deve ser.

Natal - uma data para rememorar... O nosso melhor Natal ou nosso pior Natal???

 


 


Natal pode ser um dia bem comum, como qualquer outro, mas não é bem assim.

O aniversariante não é uma pessoa comum, não é uma pessoa que só faz parte do nosso imaginário, faz parte da nossa fé, não precisa ser um devoto, é só o fato que conhecer sua história para entender que temos bons exemplos para seguirmos.

Natal não é uma data como as outras, o Natal renova as nossas esperanças e nos aproxima de nossa criança interior, e não é somente isso, a data é para festejarmos a vida.

Eu digo para as pessoas que amo que Papai Noel, um mensageiro amoroso e que representa a compaixão e nos lembra de que Jesus apenas nos oferta amor e que retribuir esse amor é sermos bons uns com os outros, enfim, eu sempre digo que meu presente de Natal , Papai Noel me deixou uma caixa vazia, e como professores tem um habito de reciclar tudo, até papel de bala, ou de qualquer coisa, eu simplesmente coloquei nessa caixinha os nomes das pessoas que amo e que já foram amorosas comigo e é uma forma de agradecer por elas terem feito parte de minha vida, bem... são 48 anos, é uma lista extensa, mas existem aqueles que não me lembro dos rostos, mas sei que foram importantes para mim, então eu agradeço...

TODAS as pessoas que nos nutre de amor, em algum momento merecem nossos agradecimentos, seja um morador de rua que nos chamou, um gari que recolhe nosso lixo, seja uma criança que sorri, seja um professor que ajudou com nossas crianças, seja quem for, fizeram parte de nossas vidas, fazem parte de nossas memórias e compartilharam alguns momentos conosco, nos ensinaram a sermos perceptíveis com a vida social.

Por maiores que sejam os nossos conflitos diários, neste dia agradecemos por estarmos vivos, alguns choram, outros gritam e reclamam, cada um com suas histórias pessoais, mas a vida é mais do que isso, é o amor em ação, não fomos criados para sermos enfeites no Universo, temos uma razão de existir e essa razão é simplesmente amar, nada além disso.

As dores se intensificam quando nos lembramos dela, assim como a alegria, portanto, escolher o que pensar, é de nossa responsabilidade, é uma vírgula que colocamos em nossa história.

Não importa como estamos nesse momento, o importante é estarmos prontos para mudar o que desejamos mudar, arriscar , persistir e nunca desistir de quem somos, dos nossos sonhos, apenas adiamos alguns momentos que desejamos viver, quem sabe a história seria diferente se a gente pensasse diferente, não sabemos, apenas imaginamos, temos fé em tempos melhores, e isso é um combustível para todos nós que queremos fazer o bem a nós mesmos e aos outros.

Natal pode ser uma data comum, sem grandes significados para algumas pessoas, mas e para você? O que diria a si mesmo neste dia, como seria co ano seguinte, que sonhos quer realizar, é tempo de refletir para que a nossa fé se renove e que nós possamos vivermos com mais esperança e boas expectativas, essa é a filosofia que nos mantém firmes e isso é que conta nesse dia.

Vamos pensar que apenas estamos caminhando para sermos felizes, essa a intenção de todos, e estarmos vivos para amar, é uma missão grandiosa, sejamos firmes nessa missão e tudo ficará bem.

Qual foi o nosso melhor Natal, ou o pior Natal? é tempo de rememorar o real sentido dessa data, pensar nas energias que circundam essa data, é preciso olhar para o horizonte e perceber que há um dia além desse, que a vida material, é só material, que somos além disso, e que não importa quanto tempo tenhamos vivido, é a maneira que vivemos é que realmente tem significado.

Passo todos os dias pelas ruas centrais de Belo Horizonte e vejo milhares de pessoas agitadas, outros moradores de ruas, comerciários, muitas pessoas vivem sob o mesmo céu, com pensamentos diversos, em algum lugar existem pessoas com nós, perseverantes no acolhimento, no amor e na gratidão, não podemos nos esquecermos disso,

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

O que podemos aprender com Dr.Gabor Maté?

 




 Quando estamos prontos para aprender encontramos ao logo de nossa jornada conhecimento que se completam, eles não apenas se completam como também se acumulam e acabamos compartilhando esse conhecimento, colocamos em prática.

O que lemos, o que assistimos fica no nosso inconsciente, se acumulam , nunca perdemos um instante ou qualquer conhecimento se quer.

Quando adormecemos alcançamos esse inconsciente, que é quem somos, é o que somos, apenas estamos num estado mais límpido.

A consciência é o que podemos ser quando estamos "acordados" então o nosso inconsciente está inacessível a não ser que temos as técnicas que podemos praticar ao longo de nossa vida melhorando a nossa vida,essas técnicas vão desde meditações, mantras e outras técnicas que dispomos e nos fazem estimular o usa da nossa glândula Pineal, enfim, é possível estarmos em conexão com quem realmente somos.

Eu estava assistindo um documentário "Recuperando a autenticidade" de Gabor Maté, é brilhante e genuinamente intenso, um retrato de quem somos e com questões que nos foram ensinadas há milênios mas que a ciência só conseguiu aceitar agora, será possível que a nossa vaidade ocidental e eurocentrismo nos cegaram ao ponto de desacelerar a ciência do autoconhecimento?

Quem nós somos está no que pensamos, no teor de nossos pensamentos, se estamos traumatizados devemos buscar os por quês e as soluções que estão dentro de nós e não nos outros, culpar os outros é fugir das responsabilidades sobre nós mesmos.

Somos nós causadores de nossas doenças, a nossa vibração trás a cura, a doença, somos nós os nossos médicos e gurus, somos nós a parte essencial da vida, quem somos, é o que pensamos.

As nossas esperanças devem ser renovadas a todo instante, somos seres iluminados buscando mais luz, portanto, somos responsáveis pelo nosso crescimento pessoal.

Quando escrevi meu livro infantil " Um dia de fada" foi pensando nesse estudo, nessa possibilidade de auto=crescimento e vontade de ensinar isso às nossas crianças, proporcionar uma saúde mental e a vontade de se tornar um ser mais iluminado.

O que aprendi e o que eu vivi é a expressão de quem eu sou, quando dizemos "EU SOU" estamos intensificando e acionando a nós mesmos quem somos, a nossa essência, logo, dizer eu sou de forma positiva aciona coisas positivas em nós e da mesma forma são pensamentos contrários.

Gabor Maté nos ajuda a nos conhecer, a nos cuidar e nos tratarmos como seres pensantes e seres que podem se amar, esse doutor iluminado trás ao ocidente uma estrutura fiel para que possamos nos cuidar com simplicidade e coerência, somos seres maravilhosos e que somos metralhados por um sistema repressor e que devemos nos ver com sinceridade e respeito, a nossa literatura infantil deve seguir esse exemplo de auto-amor, de auto-cuidado para que no futuro não precisemos nos matar porque desconhecemos o nosso potencial de sermos mais humanos.

As antigas civilizações nos enriqueceram com um conhecimento de poder da mente, do que podemos aprender com as mitologias, Cristo nos ensinou da mesma forma, mas nós buscando enriquecimento material dispensamos o que hoje deve ser indispensável, o nosso conhecimento sobre nós mesmos precisa ser acelerado e cuidado, porque a nossa educação foi focada na repressão e causou um estrago gigantesco em nossas mentes, o egoísmo e o orgulho foram capazes de causar guerras, fome e uma hipnose coletiva que negligencia a nossa paz , o nosso saber espiritual, e estamos agora sentindo os efeitos desse caos.

O que fazer agora senão buscar novamente esses conhecimentos milenares e nos curar.

Não há outra maneira senão nos aprofundarmos em nós mesmos, buscar luz que já possuímos que deixamos apagar pela força da normalidade, e o que podemos definir sobre normal?

Pensemos nisso!!!