quarta-feira, 13 de maio de 2020

Você está desaparecendo ou você está despertando?


Estamos desaparecendo... sim, desaparecendo... muitas vezes nos encontramos tão mergulhados nos problemas diários que não nos preocupamos em nos conhecermos melhor... dar aquela olhada no espelho e nos vermos como somos de verdade.
Precisamos exercitar a descoberta de nós mesmos para que haja uma real mudança dentro de nós... porque isso faz com que desaparecemos e então tudo aquilo de real em nós morra e o que existe não passa de uma mentira para que nosso ego permaneça comandando as nossas vidas e não busquemos o melhor em nós.
Quando comecei a praticar ioga comecei a olhar para mim mesma e durante as minhas meditações passei a me entender de forma tão clara que a minha natureza ficava cada vez mais evidente... é o despertar dentro de mim que me fez enxergar o mundo real e não aquele que apenas me apresenta na retina.
O que fazemos de todo conhecimento que temos de nós mesmos?
Será que somos honestos ?
Eu ao longo desse período aprendi a perceber pequenos detalhes, procurei acabar com aquelas falhas morais que eu encontrei e só se acaba com elas me reconhecendo , me corrigindo agindo de forma mais adequada...eu me proponho à mudanças, eu prefiro encontrar a ferida e tratá-la do que escondê-la.
Não existe tempo perdido, existe tempo mal trabalhado... porque o fato de parar e pensar já me faz trabalhar algo dentro de mim... não foi a faculdade que me tornou mais inteligente ou melhor, o que me tornou melhor foi a minha coragem de correr riscos , de sacrificar o meu orgulho e egoísmo... eu só sou uma pessoa melhor porque eu mergulhei profundamente a minha mente e me encontrei... ninguém evolui sem a dor, sem sentir a ferida doendo...um exemplo clássico que vivemos em tempos de pandemia.
Quantos depoimentos colhemos de pessoas que só reconheceram o agravante da doença quando encontraram dentro de seus lares as dores da covid19?
Só evoluímos quando reconhecemos as nossas dores como aprendizado, são nos momentos difíceis que encontramos força para superação... não existe vitória sem as superações , o ser humano é assim e aceitar quem somos torna essa tarefa mais fácil... é o ditado: "aceita que dói menos."
Tenho cinco filhos hoje... superei todas as dores do parto, todas as dores de não poder amamentar... e isso me tornou ainda mais forte... a convivência difícil com meu ex-marido, tudo isso me construiu, certamente me trouxeram consequências, mas eu fui crescendo, evoluindo e despertando... assim é a vida... um passo de cada vez.
Cada um tem um tempo para aprender, não se engana nessa alfabetização moral... não se pode enganar a si mesmo por longos períodos, mais cedo ou mais tarde, o boleto chega e vamos responder por todas as nossas ações acertadas ou não...
Uns caminham devagar, outros correm e não se cansam e ainda ajudam os que lhe procuram... cada um na sua estrada vivendo seus respectivos karmas... embora queremos ajudar o outro nesse caminho, não posso ser responsável pelo seu karma e nem você será responsabilizado pelo karma de seu vizinho.
Pensemos nos outros como colaboradores na jornada, somos aprendizes, e em contrapartida somos também professores tudo isso porque o exemplo educa... nossos filhos vão aprender com seus belos atos como com os maus atos, cabe a nós mantê-los firmes no caminho do bem... vamos errar e acertar muitas vezes , então sejamos os bons exemplos que nossos filhos precisam.

terça-feira, 12 de maio de 2020

O que estamos aprendendo com a crise ?


Nem sempre fazemos as melhores escolhas mas certamente são elas que nos fazem evoluir, e mesmo que pareça estranho essas mesmas escolhas são os meios pelos quais conseguimos progredir.
Um passo leva o outro e no fim a estrada é aquela da qual precisamos passar.
Um assunto persistente hoje é nosso atual momento de crise , sem essa crise não estaríamos pensando no outro com um olhar mais humano, precisou acontecer uma pandemia para que o mundo todo se voltasse para o mais carente, veja só como é feito o trabalho incansável de Deus... O mundo passa por um momento difícil para perceber que o outro deve importar...
É importante lembrar o papel deste blog, informar e dar um suporte emocional para as mulheres que sofrem ou sofreram algum tipo de violência... Quantas de nós já pediu ajuda e poucas foram as mãos estendidas?
Sim, essa é uma realidade difícil de engolir e uma questão que não se resolve imediatamente.
O machismo sempre foi uma questão venenosa e que a sociedade ainda não se mostrou pronta para resolver.
Quantas mães vivem sozinhas  e cuidam de suas famílias com dificuldade, são elas que dão luz ao mundo e que infelizmente ainda não conseguem ser valorizadas como tal... são as mulheres o ventre do mundo e são as mesmas que a cada dia deixam seus lares para trabalhar e muitas dessas mulheres sofrem para educar seus filhos deixados nas mãos de avós, tios e tias e muitas vezes nas mãos dos irmãos mais novos, uma realidade para a grande maioria e diante de uma pandemia sofrem as dores da fome e da indiferença.
Uma pergunta muito útil a todas nós: Como damos conta de tantas tarefas?
Eu não sei, talvez eu passe a vida inteira tentando responder e  mesmo assim ainda nos faltará palavras para completar uma resposta tão complexa como esta...
Eu não sei, o cansaço às vezes nos adormece a alma, e o trabalho contínuo nos tornam escravos da culpa diante da falta de educação de nossos filhos... sim... confesso que me sinto culpada quando não consigo dar o carinho que meus filhos precisam, muitas vezes que falta compreensão de suas atitudes infantis, tudo isso faz parte da maternidade, da incansável tarefa de educar do jeito nosso os filhos amados mesmo antes de os colocarem diante da luz...
Somos mães culpadas, somos mães que por melhor que nos damos ainda nos cabe a culpa de não acharmos que o melhor de nós foi feito...
Não existe no mundo mãe totalmente feliz... sim a felicidade não é algo que alcançamos nem no fim de nossa jornada... porque a felicidade para todos nós se estende ao sucesso de nossos filhos e quando achamos que falhamos, ali existe a frase: "Vamos tentar novamente."
Todo o caminho, todos os ensinamentos foram nos dados e foram divididos para nossos filhos  e assim criamos um mundo, geramos um mundo, sim somos culpadas ... como os pais e os filhos, somos nós culpados por uma egrégora de egoísmo e orgulho... Somos nós os únicos responsáveis pela grande maioria de nossos problemas e agora nos cabe recomeçar do jeito certo... ensinar a solidariedade e não é agora o nosso lar a nossa escola, chegou o momento de dividir a tarefa de cuidar ... quem ensina o amor, estará construindo uma estrada de caridade, portanto, diante dessa pandemia vamos ser os pais que nossos filhos merecem... sejamos nobres em nossas ações e vamos educar nossos filhos com amor e só isso fará de nosso mundo um lugar melhor ou estamos esperando um problema ainda maior que a pandemia para cairmos na real de que somos nós os grandes culpados dessa egrégora tão escura e materialista... vamos nos juntar para vibrar no amor e deixar que Deus nos ajude com essa missão.
O que estamos aprendendo com essa crise?
Estamos dispostos a evoluir ou encontrar um culpado para tudo isso?
Na verdade estamos diante apenas de uma questão que nos motiva a pensar em outras questões e isso nos tornam mais atentos ao futuro que nos espera, afinal, é nesse momento que estamos vivendo que nos dará direção para o porvir.
E agora o que faremos?
Como estamos reagindo ?
Vamos dizer e daí para os que sofrem as perdas ou vamos abraçar virtualmente quem necessita da atenção e da compaixão?

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Pandemia! Eu preciso respirar!!!


Depois de um longo período sem escrever, parece que as palavras fugiram e fiquei esperando as ideias surgirem, mas a única coisa que estava em mim  e que nunca fugiu foi a intensidade de meus pensamentos voltados a tentar ajudar .
Parece que não só parou o mundo nessa pandemia, parou o bom senso de algumas pessoas, parou o minuto de reflexão para outras, mas graças a Deus, algumas pessoas não se esqueceram das outras pessoas, algumas simplesmente desapareceram enquanto outras não se esqueceram da palavra fraternidade.
Sabe aquele instante em que a ficha cai?
Para mim a espiritualidade veio ainda mais forte, veio uma chuva de pensamentos bons com outras milhares de orações que cada dia vou inventando, aprendi que algumas pessoas nunca mudam, enquanto outras vão me surpreendendo como um novo sabor de sorvete, o tempo passou a andar num ritmo muito louco, uns dias parece que o tempo parou mas tem dias que o relógio anda na velocidade da luz, estranho... muito estranho.
A política continua nos pregando peças, um presidente que mais parece um personagem de filmes de terror, esquecendo que pandemia não é um jogo de política mas uma questão de vida e morte.
Vendo milhares de pessoas morrendo, se tornando números esquecidos por alguns me deixou constrangida e sem palavras, a palavra solidariedade passou a ser comum e isso me abriu alguns sorrisos, e entendam... me senti envergonhada por estar apenas em oração e constante meditação, porque eu queria fazer muito mais.
Agora tenho cinco filhos, cinco pequenas almas que eu tenho o dever de educar, e em meio de tantos detalhes comecei a perceber que os não-acasos virão grandes histórias que ainda não pude escutar,mas com o tempo a gente percebe que o ficar em casa salva vidas e simplesmente estou fazendo o que eu tenho que fazer.
E a sua ficha já caiu?
Estamos passando por uma transformação planetária gigantesca que inúmeras pessoas conseguem perceber e se despertam como alguém que se desperta de um sonho longo e confuso.
Não se pode parar o tempo e podemos viver sem grandes sustos mas é preciso agora refletir, filosofar e calar o coração para poder ouvir o que antes ficavam escondidos nos pensamentos estressantes do dia a a dia, não que não seja estressante ficar em casa, mas esse momento de ficar em casa é sem dúvida tempo de conviver com seu próximo pensando na vida que temos e como iremos viver daqui para frente.
Pensemos em todos nós, em sermos um só... cada um depende de cada um , temos agora a responsabilidade de sermos humanos, mais humanos e sermos mais humanos significa sermos solidários e reflexivos sobre os nossos atos de hoje para as consequências de amanhã.
Não é apenas um slogan , é uma frase de ordem para quem quer permanecer vivo...
Uma pandemia, é uma pandemia,não é uma vivência remota, é a realidade de hoje que merece consciência.
Vamos pensar em nossos filhos, netos e bisnetos...quem seremos nós para eles se colocarmos em risco as nossas vidas por negligência e descaso com o outro?
Os nossos heróis não são apenas os médicos, enfermeiros, os heróis são todos aqueles que estão empenhados em salvar vidas e cuidar para que todos fiquem bem, não tem asas, não tem capas voadoras , não tem super poderes, nossos heróis são os que sentem-se corajosos para serem solidários com os outros, esses são heróis... os que vivem para cuidar dos outros.
Eu preciso respirar o ar da razão  quando vejo as pessoas andando pelas ruas se esquecendo de que há milhares de pessoas precisando de ar...um ar puro longe do nosso atual CTI de nossa  saúde pública do Brasil.
Não estamos respirando , estamos sufocados por um presidente que não caiu a ficha da atual condição miserável em que nos encontramos... e vai demorar muito para seu despertar... e outros caminham de mãos dadas com ele como se a razão estivessem ao seu lado... que razão?
Eu não quero perder o ar tentando convencer ninguém que o melhor caminho é parar com esse ódio e essa nostalgia de tempos de ditadura, vivemos tempos difíceis em que os políticos se auto afirmam honestos e se vendem no quinto dia útil do mês...e pior... dão chilique porque uns estão mais populares e brigam com os jornalistas porque estes não puxam saco... esse é nossa situação atual...síndrome do zumbi... falta razão e ainda tenta comer o cérebro do outro porque ele mesmo não consegue pensar... e sai a caça de quem ainda consegue ter um pouco de razão e consciência... enfim... oremos pelo nosso país... não precisamos sermos patriotas, precisamos ser universalistas, porque pensar e ser solidário com outro independente de quem são, onde moram e como vivem é pensar como ser humano, é  consciência, é digno e amoroso... porque não há fronteiras para quem tende em amar ao próximo, amor a Terra, amor aos nossos irmãos... isso é ser universalistas... é ser pacífico.
Oremos por todos nós... os que ficam e os que se vão... e pelos que ainda não caíram na real de que o mundo se transforma com a dor e que sejamos solidários e tenhamos compaixão pelo outro...

A travessia - Psicografia - página 2


Foram dias cuidando das crianças , foram dias tensos e com grandes lutas internas no acampamento, rivalidades e grandes conflitos que acarretaram em uma grande e terrível consequência.
Eduardo , um cigano orgulhoso e ambicioso alimentava discussões e intrigas.
Estela era apenas uma jovem órfã, os pais eram lideres do grupo que se separaram da grande nação cigana da França, berço da nação cigana mais importante da Europa.
Filha única, era ela a herdeira de uma raça vitoriosa, seus pais perderam a vida numa batalha sangrenta para defender seu povo da perseguição dos soldados de Deus.
Para o povo cigano a fuga é sempre a melhor estratégia quando o objetivo é permanecerem vivos, mas a crueldade nunca fora um hábito cigano.
Vivendo em cada floresta e em cada estrada era um pensamento que os acompanhavam .
Crianças ciganas eram tiradas a cada batalha, eram mortas, estupradas por soldados e homens cruéis e cuidar das gerações futuras sempre fora uma missão impossível, morriam centenas de crianças ciganas, homens ferozes não polpavam as mães que morriam tentando defender seus filhos, fora tempos difíceis e Estela vivera as imagens e sua história não era diferente as outras mulheres ciganas.
Eduardo se comprometia em atormentá-la, assediando -a propondo casamento mas Estela iria de encontro contrário a tradições ciganas, preferia cuidar de seu povo sozinha, seus quinze anos de idade era comum casamentos arranjados, mas seu temperamento não a deixava se enlaçar com qualquer outro cigano.
Eduardo estava insistente e Estela já não aguentava as investidas e numa assembléia mencionou pensar em um futuro casamento em prol de seu povo , Eduardo estava confiante que iria se desposar de Estela mas a menina  rainha tinha outros planos e concordar com um possível  casamento era uma estratégia para que Eduardo não atrapalhasse seus planos  e manipular esse tempo era importante.
Para o povo cigano o casamento era uma forma de perpetuar não só a cultura mas a tática para permanecerem unidos.
Estela tinha um espírito livre, era avessa a casamento arranjado, sua missão de liderar o povo cigano era extremamente levado a sério mas em muitas noites Estela pensava em desistir e seguir um caminho contrário as antigas tradições, em seu coração era uma grande luta, cuidar de seu povo ou seguir seu próprio caminho longe das intrigas e perseguições, queria viver em paz mas o amor àquelas crianças e mulheres a fazia ficar.
Eduardo era um belo homem, mas Estela não o via como alguém confiável, em seu coração aflito havia uma grande intuição. Eduardo a faria sofrer pelo povo cigano.
Eduardo numa noite reuniu os homens numa grande clareira em o intuito de proteger as fronteiras do acampamento e como de costume Estela tomava banho uma lagoa durante as luas cheias firmando seus pensamentos aos ancestrais e os espíritos elementares.
Estela então se afeiçoara a lagoa que sempre fora seu refúgio, Eduardo aproveitando da vulnerabilidade , se aproximou de Estela e ali mesmo a violentou, esta então gritou mas seu grito foi silenciado com golpes e então num ato covarde fez desse dia de Estela as lágrimas de uma vida inteira.
Estela fugiu, correu pela floresta densa, chorando como uma criança indefesa, não parou, correu, correu por horas, desesperada só parou quando viu o sol nascer na colina.
Estela não mais olhou para trás, ali viu sua vida passar, ali mesmo Estela morreu, mas morreu uma rainha, não era a mesma Estela, não era mais aquela menina de grandes responsabilidades, era a Estela sozinha e o que iria fazer?
Fugiria para sempre?
Voltaria ao acampamento?
Estela estava ali, pedindo a Deus que ela acreditava uma ação, mas Estela apenas chorava pelo que aconteceu, naquele momento Estela pensava nela mesma, esquecera das crianças, as mães, agora Estela era apenas Estela.
E Eduardo passou a ser o homem que feriu seu coração, não só seu coração mas era agora um homem odiado e Estela não iria esquecer de quem era Eduardo.
Estela ficou dias sofrendo essa dor e o ódio aumentou a cada lembrança, Estela alimentou dentro dela um sentimento de vingança. 

A travessia - psicografia- página 1


Ela estava sentada, pensamentos voando e contemplava a lua cheia brilhante e muito viva.
Estela era uma jovem cigana, vivia livremente mas em tempos de guerra as muitas orações a fazia refletir sobre o que fazer para que seu povo não sofresse tanto.
Ela , uma jovem com seus cabelos dourados , era uma vida difícil mas viver na mata colhendo frutos e vivendo da natureza a fazia esquecer das guerras sem fim que matava seu povo e as perseguições sem fim fazia se esconder.
Não havia como esquecer das mortes do seu povo, dos soldados de Deus queimando suas cabanas e plantações.
Crianças órfãs e maridos mortos, seu povo sofria e sempre pensava no porque disso tudo.
As dores em sua alma a fazia solitária, sua responsabilidade era grande , ser aquela que comandava seu povo e cuidava das mulheres era um fardo pesado mas ao ver a lua brilhante e a magia no ar, liberava dentro dela a luz que ela precisava.
Estela era mansa e muito doce, tinha os olhos vivos mas as dores da alma agigantava seu espírito, não era uma cigana comum, era a rainha, a soberana , era ela quem cuidava , ensinava e liderava.
Sua vida podia ser escrita nas grandes histórias de um tempo, mas ela deixava claro a nobreza de ser ela mesma.
Passado horas contemplando a lua, precisava tomar uma decisão importante.
Um grande número de crianças estavam doentes, uma doença que deixavam febris e com dores abdominais, nem todas as ervas conhecidas estavam amenizando o problema, eram dezenas de crianças e jovens mães apavoradas e desconsoladas procuravam consolo naquela menina de cabelos dourados e grandes olhos azuis, ela temia a morte daqueles pequenos guerreiros, mas uma luz a envolveu e naquele pequeno instante veio ao seu encontro um espírito amigo aconselhando-a a usar uma erva conhecida como beladona, erva muito usada nas formulações venenosas contra grandes reinados, ela muito curiosa atenta as instruções dos planos  espirituais e assim a fez.
Uma pequena quantidade de erva em litros de água pura e límpida dos vales e cada criança curada a alegria de servir a deixava feliz.
Não estava acostumada com as glórias, e responsabilidade era uma alegria, pois seguir as tradições de seus pai que serviram como grandes guerreiros entre os ciganos.
Estela não era apenas uma rainha entre eles, Estela era a pessoa iluminada capaz de viver uma história de luta e conquistas.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A mulher que existe em nós!!!


É cada dia mais comum as atitudes cruéis do machismo... todos os dias os jornais abrem as reportagens violentas contra as mulheres.
É triste e não podemos nos acostumar com as notícias como se tudo isso fosse normal, pois não é normal... são comportamentos comuns mas não normal... pois a sociedade não pode ser construída a base da violência e do desrespeito com a mulher, o ser que gera almas e dá a luz aos nossos filhos e irmãos ... Todos nós merecemos respeito e amor, infelizmente a sociedade está emanando uma violência assustadora.
Essa semana uma chuva de noticiários de homicídios e estupros que me deixaram pensativa... Nossa sociedade está cada vez mais depravada ...  vi em um documentário uma brasileira dando entrevista dizendo que numa certa ocasião morando no exterior precisamente em Londres , um homem sabendo que era brasileira pediu que ele dançasse para ele semi-nua... ela assustada respondeu que não era prostituta, enfim, para encurtar a discussão, exportamos para o mundo a ideia de mulheres fáceis e fúteis, exportamos " bumbum" e pornografia... nesse momento me senti envergonhada ...
Nós pais precisamos ficar atentos a educação que damos aos nossos filhos, precisamos nos esforçar para não levá-los a preguiça e fazê-los pensar que devemos sempre tentar ser bons e honestos, não deixá-los serem levados pela mídia, pela má educação dessa sociedade doente e infeliz...
A  mulher deve se sentir bem pelo que ela é... nenhuma plástica vai deixá-la mais bela do que o respeito que tem a si mesma, o amor-próprio preserva de qualquer coisa, de pessoas que aproveitam de suas mazelas...
Nenhuma plástica vai valorizar seu caráter, pode sim, aumentar a auto-estima... mas amar-se é sem dúvida a melhor maneira de tornar-se melhor ...
Pensemos no amor que sentimos a nós mesmos, pensemos na forma como nos enxerguemos , pensemos que nenhum espelho te verá como você realmente é...
Precisamos olhar para nosso interior de forma honesta para que as nossas respostas venham mudar as nossas atitudes...
Não há nada mais belo do que um coração com alegria de auto-aceitação... é preciso uma avaliação sincera , uma visão de cima de nossas ações e pensamentos.
Ninguém pode te privar dessas ações avaliativas do que você está vendo... e não se iluda achando que vai ser fácil...mas vai ser maravilhoso o descobrimento de sim mesmo... e nunca mais vai enxergar a vida de maneira tão simples e tão gloriosa.
Nós mulheres somos as grandes mudanças que o mundo precisa para se tornar mais humanos... a maternidade é uma lição... e ensinar o amor... faz parte dessa lição!!!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Alienação parental - um problema gigante que afeta nossos filhos!


Sabe aquela famosa pergunta sobre você mesmo e seu papel de mãe?
Pois é, muito comum , nós mães acharmos que não fazemos o nosso melhor, e que cada minutinho conta, como se a gente perdesse tempo o tempo todo, e ser mãe, é o papel mais difícil a ser desempenhado.
Somos nós que adquirimos uma antena de algo errado no ar.
Quando somos apenas nós que educamos em nossa solitária missão, sem o auxílio direto do pai, daí a antena fica ainda mais ampla.
Alienação parental é uma atitude monstruosa, porque afeta apenas as crianças e os pais acabam aumentando uma rivalidade que não só destroem as relações como também mascara o verdadeiro problema.
Infelizmente nós não podemos dizer: Seu pai é um canalha, ele é mau!
Porque infelizmente? Que por mais que ele seja um homem mau, as crianças acabam sofrendo esse bombardeio de más informações, e a má nesta história nem sempre é a mocinha de fato, ou seja, não podemos influenciar negativamente as relações... portanto, vamos deixar que o tempo nos indique o caminho e não percamos a fé em Deus  para que a melhor solução possa acontecer em seu tempo e por seu motivo real.
Não sou a única e nem a primeira a vivenciar a tristeza e a reação negativa de um problema como esse, então, a única maneira de nos mantermos sãos é deixar que a poeira abaixe para vermos o caminhar dessa batalha...
Os sentimentos humanos são diversos e o mais danoso é sem dúvida é a raiva que nos levam a vingança , ao ódio entre outros.
O orgulho e o egoísmo são irmãos gêmeos , estão sempre em nosso coração e no momento certo nos pegam de surpresa , são mascarados e se manifestam com muita habilidade.
Somos humanos, nos limitamos aos nossos sentidos, dificilmente nos colocamos no lugar do outro, nos tempos atuais, as pessoas que fazem o bem são bombardeadas de más intenções, as amizades cada vez mais restritas e nós nos fechamos com medo do fracasso e de sofrermos, mas nosso coração desconhece ainda a grandeza do sofrer e de aprendermos com o sofrimento e mesmo com nossos próprios erros, apontamos o dedo para o outro sem notarmos que nós possuímos basicamente os mesmos erros.
Para nós mães, nossos erros se tornam gigantes, o nosso sentimento de culpa multiplica com os erros de nossos filhos, porque a dor deles reflete em nós.
Aprendi sendo mãe que não posso mudar os caminhos que meus filhos viverão, não posso viver por eles e nem os protegê-los das dores do mundo, sobretudo das dores da alma, o que podemos fazer é moldá-los enquanto são pequenos tornando-os bons a partir de nossos bons exemplos, devemos confiar em Deus e deixar que vivam as suas vidas e seus karmas ... não existe isso... existe cada um no seu caminho e enquanto podemos aconselhá-los melhor, ensinar o certo e errado, nada mais... porque as decisões serão deles, foram deles e agora é assistir o resultado da nossa boa ou má educação.
Vamos educar nossos filhos no caminho do bem desde pequenos para não sofrermos junto a eles os desamores de seus atos errôneos, devemos acima de tudo amá-los, porque nosso amor será sem dúvida o que perpetuará em suas vidas.
Não vamos nos desesperar com a alienação parental que sofremos, deixemos que com o tempo tomamos as melhores atitudes sem prejudicá-los.
Não somos más mães porque o filho resolveu morar com o pai... talvez aquele pai  precise se dar mais na educação desse filho, talvez nós mães precisamos aprender que a família não está unicamente ligada a nós como nos foi educado... não sei... devemos lutar pela boa educação que podemos dar e entregar a solução a Deus... sempre sofremos a ausência de nossos filhos, mas não sabemos a história escrita por Deus em relação as nossas vidas, e devemos sim colocar a cabeça para o alto e tentar solucionar nossos problemas com racionalidade... a solução está em nossa mente quando estamos calmos e prontos a refletir.
Durante muito tempo as mães sempre foram as super mulheres, e continuam sendo porque são as geradoras da vida, são nove meses em nosso ventre, são os primeiros passos , os primeiros choros e as primeiras palavras, somos apegadas ao sentimento materno, mas chega um momento em que devemos pensar a individualidade de nossos filhos, que sofrerão as consequências de seus próprios atos, e que passar a mão na cabeça dele não vai torná-lo melhor e sim dependente de você.
Nossos filhos precisam pensar como eles mesmos e não nossa reprodução, precisam se responsabilizarem por coisas que falam e fazem, eles não nasceram colados em nós.
Se os educamos mal, seremos sim punidas por isso, mas lembremos que a escolha do mau caminho não é sua.
A nossa ausência na primeira infância é fundamental, mas um bom pai na adolescência vai fazer uma grande diferença na vida de nossos filhos.
Pensemos em nossa educação, sobre o nosso papel na vida de nossos filhos.
Por mais que aquele pai, ou aquela mãe é maldosa ou maldoso, o tempo mostrará a verdade a eles, pode apostar tudo nisso.
Alienação parental é uma atitude monstruosa que exige muita cautela, nem sempre aquela gravação, nem sempre aquele depoimento é de fato um ato voluntário, então não vamos nos precipitar e maltratar nossos filhos com tamanha crueldade.
Muitas vezes falamos mau de nosso algoz com um amigo ou uma amiga e os filhos ouvem e isso cria uma situação difícil de contornar e cria-se um problema de grandes proporções, enfim, quando os pais têm um grande atrito não há outra solução senão o silêncio e a santa paciência para tentar viver em harmonia.