Eu choro sim...
Debaixo das cobertas, no banheiro... cara a cara com alguém.
Eu estou sendo eu.
Sem máscaras, sem nenhum tipo de véu.
Sou eu nua e crua.
Sou uma mãe que tenta acertar mas que erra tanto quanto acerta.
E no fim, aprendemos a definição do perdão.
Aprendemos que quanto mais treinamos mais nos tornamos especialistas.
Descobrimos que a base da nossa vida é a família.
E mesmo que a família tenha as diferenças de cada um, ainda sim os amamos.
E quando não, aprendemos a lidar com a incompreensão.
No mundo onde os choros são sinais de fraquezas , eu insisto em chorar.
Deixo todo peso desmanchar em lágrimas , e depois de tanto chorar.
Eu vejo que venci mesmo perdendo.
Não é feio chorar, feio é não sentir nada, nenhuma compaixão, não expressar nenhum sinal de amor.
Feio mesmo é achar que o mundo só vencem os espertos e endinheirados.
Mas ali, bem no final da vida, existe uma pequena parcela de esperança no que virá a diante.
feio é mentir para si mesmo, se enganar e acreditar que ninguém conhece seus pensamentos mais sombrios.
Belo é saber agradecer o feio de existir para exortar o amor e a descoberta dos pequenos gestos de amor e caridade.
A vida é assim... um eterno pensar em si e depois nos outros.
Chorar é simplesmente uma forma de se dizer humano... um choro verdadeiro diz quem você é.
Notamos um choro falso a metros de distância justamente porque conhecemos as imperfeições.
Conhecemos um choro falso quando a nossa alma indaga o que é verdadeiro.
Nos tornamos bons quando superamos as nossas imperfeições e assumimos quem somos sem tentar mentir para o espelho.
Todos mentimos, por mais que as mentiras são ruins, àquelas que são por uma bela causa... é perdoável.
Somos todos mentirosos até descobrirmos que somos e é a partir daí que a vida nos mostra o quanto é boa a metamorfose humana.
